DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
20 DE JANEIRO DE 2015
O ministro Joaquim Levy (Fazenda) demonstrava constrangedor contentamento, ontem, com o papel de portador da má notícia do aumento de impostos. Como os antecessores, ele preferiu o caminho fácil de meter a mão no bolso do contribuinte, aumentando impostos, para cobrir o rombo de R$20,6 bilhões nas contas. O “mãos de tesoura” calou sobre a obesidade mórbida do governo que produziu o tal rombo.
O aumento da Cide e do PIS e do Cofins dos importados não foi seguido de nenhuma medida para tornar o governo menos perdulário.
O suposto corte de “um terço” dos investimentos de cada ministério é só uma promessa, como tantas outras. Nada indica que será cumprido.
O aumento do PIS e Cofins dos importados, de 9,25% para 11,75%, é mais uma punição para consumidores que tentam fugir da exploração.
O que vai acabar primeiro: a luz, a água, o dinheiro do brasileiro ou o governo Dilma?
O governo do Brasil, chefiado por Dilma Rousseff, não pode dar lições à Indonésia, por meio de atitudes de repulsa à execução do traficante Marco Archer. Considerada no cenário internacional a “nova China”, a Indonésia é um país democrático que cresceu em média 5% ao ano, na última década, comparável ao ritmo chinês do final dos anos 1980. E ainda elegeu presidente um homem simples, coerente e competente.
Presidente da Indonésia desde outubro, Joko Widodo é bem avaliado pelo eleitorado. Até porque cumpre todas as promessas de campanha.
Entre os compromissos do indonésio Joko Widodo (“Jokowi”) junto aos eleitores, está o de cumprir sentenças judiciais de morte de traficantes.
Lição da Indonésia ao Brasil: seu presidente criou uma “Comissão de Erradicação da Corrupção”, que faz limpeza histórica na classe política.
Políticos do PT ameaçam fazer barulho caso o partido ignore a questão: o que o ex-jornalista Franklin Martins e sua turma fizeram na reeleição de Dilma para merecerem uma bolada de R$ 12 milhões?
Se quiser apurar toda a roubalheiras na obra da refinaria de Abreu e Lima, a força-tarefa da Lava Jato deveria sentar praça no local. São abundantes os relatos, até para turistas, dos desvios nas obras.
Com chanceler Mauro Vieira no cargo, foi Marco Aurélio Garcia quem, sob pressão da França, fez Dilma reprovar o ataque ao Charlie Hebdo. No fuzilamento do traficante, o aspone Top-Top falou em nome do país. É… Vieira parece tão fraquinho quanto os três últimos antecessores.
O governo brasileiro pagou o mico de defender traficante de cocaína condenado à morte na Indonésia, mas mantém o bico calado diante da destruição de templos da brasileiríssima Igreja Universal na Nigéria.
Com falta d’água, de luz, contas mais caras e corrupção na Petrobras, a nomeação de Eduardo Braga para o Ministério de Minas e Energia é a prova definitiva de que a presidenta Dilma não gosta mesmo dele.
Fortaleza dos Nogueiras (MA), 15 mil habitantes, logo vai se tornar um dos primeiros municípios totalmente saneados no País. O povo ficará protegido de doenças e o município gastará menos em saúde pública.

NA COLUNA DIÁRIO DO PODER
PETROLOÃO
CERVERÓ PROVOCOU PREJUÍZO DE US$ 700 MILHÕES EM ANGOLA PARA DESVIAR RECURSOS
CERVERÓ PROVOCOU PREJUÍZO PROPOSITAL À PETROBRAS PARA GANHAR DINHEIRO
Publicado em 20 de janeiro de 2015 às 0:22 - Atualizado às 0:23
Por: Redação
Nestor Cerveró levou a Petrobras a investir em negócio na África que só seria vantajoso para ele próprio (Foto: Jonathan Campos/AE)
O ex-diretor de Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró foi apontado na Polícia Federal por suposto prejuízo proposital em um negócio de exploração de petróleo em Angola, na África, que teria gerado um dispêndio de US$ 700 milhões. O caso passou a ser investigado após depoimento prestado sob sigilo por um funcionário de carreira da estatal, no Rio, que procurou os policiais um mês após ser deflagrada a Operação Lava Jato, em março de 2014.
O informante citou o nome de Cerveró – preso na Operação Lava Jato – em um negócio de US$ 700 milhões, que contrariou pareceres internos, e teria gerado prejuízo proposital como forma de desviar recursos públicos.
Funcionário de carreira com 30 anos de serviços prestados à Petrobras, o informante procurou os delegados para denunciar indícios de crimes e “má gestão proposital” na estatal.
“Um dos projetos que teve como objetivo o prejuízo internacional da Petrobras foi o bloco de exploração em Angola”, afirmou o informante em depoimento de quatro horas, realizado no dia 28 de abril de 2014, no Rio.
Conta ele que quando foi aberto leilão internacional para compra dos direitos de exploração de blocos petrolíferos em Angola, a estatal analisou o negócio. “Diversos pareceres de geólogos da Petrobras foram redigidos analisando o potencial de exploração de cada um deles. Estes pareces apontavam indícios de que a Petrobras não deveria sequer participar do leilão, pois não havia indícios de lucros ou rentabilidade na exploração de tais áreas.”
Com base nesses pareceres, a Petrobras não entrou no leilão. “Alguns anos depois, a Petrobras decidiu comprar 50% dos direitos de exploração deste poços arrematados no leilão pelo mesmo valor que a empresa inicial arrematou a totalidade”.
A empresa vencedora teria pago US$ 500 milhões pelo negócio na época do leilão. O custo de 50% do direito aos blocos, no entanto, custou à Petrobras “exatamente a mesma quantia paga anos antes por 100% dos direitos” – US$ 500 milhões.
“Existem indícios de que o dinheiro repassado à ganhadora do leilão foi uma forma de desvia-lo da Petrobras e sugere que se investigue se houve retorno deste capital ao Brasil ou a contas controladas pelo envolvidos, no exterior”, registra a PF, em documento anexado em novembro aos autos da Lava Jato, conforme revelou o Estado.
Na época, reportagem mostrou que o informante havia apontado o envolvimento de Cerveró e do lobista Fernando Antônio Falcão Soares, o Fernando Baiano, em suposto desvio de propina na refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.
Perfurações
Ao todo, o relatório de Informação Policial 18/2014 registra acusações do funcionário de carreira em seis supostas fraudes para desvios de recursos. Prestes a se aposentar, ele decidiu contar o que sabia, sem ter seu nome revelado. Delegados da Lava Jato mantém contato direto com o informante.
No negócio em Angola, que teria envolvido a Diretoria de Internacional sob o comando de Cerveró, ele relata que a irregularidade não foi só na compra.
O informante declarou que a Petrobras, depois da compra de 50% dos direitos de exploração, decidiu então “perfurar três poços (em Angola) com o objetivo de prospecção da capacidade produtiva do bloco recém-adquirido”.
“Cada um dos poços tem um custo de perfuração de aproximadamente US$ 80 milhões a US$ 120 milhões”, revelou o funcionário.
Segundo o documento, os três poços foram perfurados e “mostraram-se secos”. “Confirmando os pareceres técnicos dos geólogos da empresa que analisaram o mapeamento do subsolo do terreno e apontaram tecnicamente que era inviável explorar tais áreas, pois não havia petróleo disponível naquela região.”
Os resultados teriam sido usados “nas decisões futuras da empresa em continuar explorando tais áreas, e assim, todo investimento foi descartado”. “Desta forma, o prejuízo total deste projeto foi de cerca de US$ 700 milhões, sendo US$ 500 milhões para adquirir 50% dos direitos e outros US$ 200 milhões em perfuração de poço que já se sabia serem secos”, acentua o documento.
O informante apontou ainda como responsável pelo negócio o ex-gerente Luis Carlos Moreira da Silva. Segundo ele, Nestor Cerveró criou o cargo de gerente executivo internacional de desenvolvimento de negócios “em tempo recorde”. O nome do ex-gerente já foi citado também no caso Pasadena. Em julho, ele foi ouvido sobre o caso na CPI da Petrobras.
“Durante a gestão de Moreira, à frente do cargo criado por Cerveró, alguns negócios teriam sido desenvolvidos contrariando diversos pareceres técnicos.”
A Petrobras foi procurada para falar sobre o caso, mas ainda não se pronunciou.
Luis Carlos Moreira da Silva não foi localizado para comentar o caso. Em julho do ano passado, quando foi ouvido na CPI da Petrobras sobre o caso Pasadena, ele considerou o negócio legal.
A defesa de Nestor Cerveró nega o envolvimento dele em qualquer irregularidade.

PETROLOÃO
PROCURADORIA OPINA CONTRA LIBERDADE PARA DOLEIRA DA LAVA JATO
Publicado em 20 de janeiro de 2015 às 1:41
Por: Redação
nelma kodama ontem e hoje
A prisão fez bem à silhueta da doleira Nelma Kodama. À esquerda, como está hoje, bem diferente de como era antes de ser presa
O Ministério Público Federal quer que a doleira Nelma Mitsue Penasso Kodama permaneça na cadeia. Condenada a 18 anos de prisão por suposto envolvimento com o esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas desmantelado pela Operação Lava Jato, a “Dama do Mercado”, como Nelma é conhecida, entrou na Justiça com habeas corpus por meio do qual pede autorização para recorrer da sentença em liberdade. Liminarmente, o pedido de habeas corpus já foi negado.
A defesa da doleira alegou que “não subsistem os motivos ensejadores da custódia cautelar”. A defesa argumenta, ainda, que Nelma “possui condições pessoais favoráveis que autorizam a liberdade”.
Nelma foi presa na madrugada de 14 de março de 2014 quando tentava embarcar no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos/Cumbica, com destino a Milão, na Itália, com 200 mil euros ocultos na calcinha.
A manifestação do Ministério Público Federal contra a concessão de habeas corpus atende solicitação do desembargador João Pedro Gebran Neto, do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4).
“No caso dos autos, a prisão preventiva foi satisfatoriamente fundamentada na garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal e para assegurar a aplicação da lei penal”, assinala a Procuradoria da República.
O Ministério Público Federal sustenta “a imprescindibilidade da segregação cautelar (de Nelma Kodama) como afirmado na sentença, uma vez que permanecem os fundamentos da prisão preventiva, para garantia da ordem pública, por conveniência da instrução criminal e para assegurar a aplicação da lei penal”.
Os procuradores que subscrevem a manifestação do Ministério Público Federal definem como “impecáveis os argumentos que justificaram a manutenção da prisão na garantia da ordem pública, pela atividade ininterrupta da paciente (Nelma), desempenhada por oito anos, na operação do mercado negro de câmbio, ainda que com ações penais em curso”.

MEXERAM NOS BENEFÍCIOS
CENTRAIS (EXCETO A GOVERNISTA CUT) REAGEM ÀS NOVAS REGRAS TRABALHISTAS
AO CONTRÁRIO DAS PROMESSAS DE DILMA, GOVERNO ALTERA REGRAS TRABALHISTAS
Publicado em 19 de janeiro de 2015 às 22:35 - Atualizado às 0:44
Por: Redação
Apesar da disposição de diálogo apresentada nesta segunda-feira (19) pelo governo federal no debate sobre as decisões que dificultam o acesso a benefícios trabalhistas e previdenciários, centrais sindicais já trabalham para tentar derrubar o novo modelo no Congresso e estudam entrar com ações judiciais.
Os ministros da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto; da Previdência Social, Carlos Gabas; do Planejamento, Nelson Barbosa; e do Trabalho e Emprego, Manoel Dias se reuniram em São Paulo com dirigentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Nova Central Sindical de Trabalhadores.
No encontro, apesar de não haver avanço formal, os ministros se comprometeram a manter o diálogo. Os sindicalistas, apesar de visões distintas, decidiram trabalhar por adaptações nas medidas, e não pela total revogação dos textos. Uma nova reunião está pré-agendada para 3 de fevereiro.
Contra as medidas, as centrais sindicais vão organizar uma mobilização nacional do dia 28 de janeiro. O passo seguinte será o enfrentamento no Congresso. No retorno do recesso, os deputados vão analisar os textos das MPs 664 e 665, que definiram as mudanças do seguro desemprego, abono salarial, auxílio doença e pensão por morte.
O deputado Paulinho da Força (SD-SP), prepara uma série de emendas que serão apresentadas ao plenário. Na visão dele, qualquer negociação ou “meio-termo” significaria um retrocesso para o trabalhador. “Todas as emendas serão para revogar as medidas provisórias inteiras. Se fosse para negociar, o governo deveria ter nos consultado antes do anúncio”, afirmou.
Na opinião do diretor de documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antônio Augusto de Queiroz, é limitada a capacidade de mobilização da bancada sindical da Câmara, que terá 50 deputados a partir de fevereiro, contra 83 na atual legislatura. “Claro que será possível reduzir a perversidade das medidas com alterações no texto, mas não rejeitar os projetos por completo”, avaliou.
Para Queiroz, o caminho com maior chance de resultado para os sindicalistas é o judicial. “A Constituição diz que matérias que foram objeto de emenda entre 1995 e 2001 não podem ser alteradas por medida provisória”, disse. O argumento, segundo ele, se enquadraria nos casos de pensão por morte e auxílio doença, presentes em emenda constitucional de 1998, ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso.
Segundo ele, também cabe discussão judicial na mudança do abono salarial, que passará a ser pago proporcionalmente ao tempo trabalhado, e não de forma integral. “A Constituição é clara. O pagamento não pode ser proporcional”, disse.
O texto, entretanto, é regulamentado por uma lei de 1990 que teve sua grafia alterada com o pacote no fim do ano passado. O texto original citava que “é assegurado o recebimento de abono salarial no valor de um salário mínimo”. Com a mudança, passou a vigorar a redação de que “é assegurado o recebimento de abono salarial anual, no valor máximo de um salário mínimo”.
A opção de ir aos tribunais está no horizonte dos sindicalistas. “Vamos analisar e atacar com todas as nossas possibilidades, inclusive as jurídicas”, afirmou o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah.
A ideia é compartilhada pelo presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antônio Fernandes Neto. “Nossos advogados estão estudando a constitucionalidade das medidas. Estaremos juntos no que for possível para impedir o corte de direitos dos trabalhadores”, disse.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
20/01/2015 às 7:33 \ Opinião
VLADY OLIVER
Finalmente a oposição resolve colocar em pratos limpos o episódio malcheiroso da operação fraudulenta da bolivariana Smartmatic no Brasil e seus bracinhos venezuelanos amestrados. Pelo que se lê no mausoléu redecorado, alguns tucanos acham ─ e os petistas também ─ que a oposição dará um tiro no pé ao auditar o resultado das eleições presidenciais recentes. Tudo é possível, inclusive nada de errado com as pobres urnas eletrônicas tupi-guaranis que já deram o que tinham que dar por aqui. Neste caso, duas coisas ficam evidentes. A primeira é que a oposição dormiu no volante mais uma vez, porque era prerrogativa dela fazer essa fiscalização DURANTE o pleito e a apuração ─ e nada fez. A segunda é que o processo eleitoral é uma caixa preta, que acaba dando margem a esse tipo de desconfiança.


19/01/2015 às 18:32 \ Direto ao Ponto
ATUALIZADO ÀS 23h37
“O Profeta Maomé é o modelo que seguimos”, informa no vídeo o saudita Ahmad Al Mu’bi. “Ele tomou Aisha como sua esposa quando tinha 6 anos, mas só fez sexo quando ela tinha 9″. O maridão já passara dos 50, dispensou-se de lembrar o oficiante de casamento.
Também lhe pareceu irrelevante ressalvar que, enquanto esperava que Aisha chegasse ao ponto, Maomé não teve de estrangular a libido. O harém que abrigava o time de reservas de Aisha estava ali para que jamais faltasse companhia noturna.
“Qual é a idade apropriada para a primeira relação sexual?”, interroga-se Ahmad Al Mu’bi no meio do falatório. “Isso varia de acordo com o ambiente e as tradições”, desconversa, caprichando na pose de doutor em aberrações nupciais. Eis aí uma bom tema para devotas de Lula.
De longe, 'marilenas chauís' e 'marias-do-rosário' contemplam com olho rútilo e lábio trêmulo os turbantes engajados na guerra contra os infiéis em geral e o Grande Satã americano em geral. Se tivessem nascido por lá, saberiam como é a vida de quem é vítima de estupro na infância, mãe na adolescência e avó quando mal conferiu no espelho como é a aparência de uma balzaquiana recentíssima.
O modelo saudita, adotado em grande parte do mundo islâmico, permite que qualquer adulto de qualquer faixa etária transforme em esposa, e inicie sexualmente. meninas em idade de brincar com bonecas. Em lugares menos primitivos, esse tipo de assassinato da inocência dá cadeia. Até no Brasil.
Naquelas paragens, o casamento pedófilo é uma homenagem ao Profeta que amava criancinhas.

NO BLOG DO CORONEL
Pasadena: cerco se fecha e Gabrielli acusa Dilma em fraude de R$ 2,1 bilhões.
Dilma e Gabrielli nos bons tempos, quando ninguém discutia quem assinava o quê
(Estadão - 20-01-2015) Em defesa apresentada ao Tribunal de Contas da União, o ex-presidente da Petrobrás José Sergio Gabrielli pede para ser excluído, junto com outros dez ex-integrantes da Diretoria Executiva da estatal, do processo que determinou que o bloqueio de bens dos executivos responsáveis pela compra da refinaria de Pasadena, nos EUA. Caso o pedido não seja aceito, solicita que o Conselho de Administração que autorizou o negócio em 2006 seja responsabilizado pelo prejuízo da compra e tenha o mesmo tratamento dos ex-diretores: todos precisam ser ouvidos no processo e ter o patrimônio congelado. 
Dilma Rousseff era presidente do Conselho de Administração da estatal à época. O argumento da hoje presidente da República para ter aprovado o negócio é que o conselho se baseou em um resumo técnico “falho” e “incompleto” a respeito do negócio. 
Em decisão preliminar de julho do ano passado, o tribunal isentou o Conselho de Administração. Na segunda, em resposta ao Estado, o TCU não descartou a possibilidade de arrolar Dilma e os demais ex-conselheiros no processo sobre a compra da refinaria (mais informações abaixo). Segundo concluiu o tribunal, o prejuízo da Petrobrás com o negócio foi de US$ 792 milhões. A defesa de Gabrielli argumenta que o Conselho de Administração teve tanta ou mais responsabilidade do que a Diretoria Executiva na compra da refinaria. 
Justificativa 
No texto de 64 páginas, entregue no dia 5 de dezembro, Gabrielli diz que não se sustenta a justificativa de Dilma de que o relatório de Néstor Cerveró – então diretor de Internacional – era falho por omitir que o contrato tinha as cláusulas Marlim (que garantia rentabilidade mínima de 6,9% à Astra Oil, parceira da Petrobrás na refinaria) e Put Option (que obrigava a Petrobrás a comprar a parte da sócia se houvesse divergência de gestão).
De acordo com a defesa de Gabrielli, o Conselho tinha “obrigação de fazer uma avaliação criteriosa” de todos elementos do contrato antes de autorizar a compra, e contava com “os mesmos elementos fornecidos pelas mesmas pessoas” com os quais a Diretoria tomou a decisão.
Diferença 
Conforme o documento assinado pelo advogado Antonio Perilo Teixeira, ao contrário de outras empresas nas quais as funções dos conselhos se limitam a planejamento e estratégia, o estatuto da Petrobrás confere ao Conselho de Administração poderes executivos. “Esse fato é demonstrado na própria aquisição de Pasadena, tendo visto que a Diretoria havia aprovado sugestão de Cerveró de adquirir a segunda metade da Astra mas essa posição foi rejeitada pelo Conselho”, diz o texto.
É com base no estatuto que Gabrielli pede que os integrantes do Conselho também sejam responsabilizados. “Caso este tribunal entenda que não é possível afastar a responsabilidade dos integrantes da Diretoria Executiva, que sejam então chamados para manifestar-se todos integrantes envolvidos na aprovação dos contratos, incluindo os membros do Conselho de Administração.” 
Ao final, a defesa de Gabrielli sustenta que caso o TCU se negue a excluir a Diretoria Executiva do processo, “que os integrantes do Conselho de Administração sejam citados para integrar a lide, tendo seus bens bloqueados em igualdade de condições com os atuais requeridos”. No documento, a defesa cita Dilma explicitamente ao lembrar da primeira conclusão do TCU. “Essa posição (de que os conselheiros são responsáveis), que implicaria a oitiva da Presidenta da República e de outras altas autoridades do atual governo, recém reeleito, foi descartada.” 
Além de Dilma, faziam parte do Conselho o atual ministro da Defesa, Jaques Wagner, o ex-presidente do PT e da Petrobrás José Eduardo Dutra, o ex-ministro Antonio Palocci, o atual presidente da Abril Mídia, Fábio Barbosa; o economista Cláudio Haddad, presidente do Insper, os empresários Jorge Gerdau e Arthur Sendas (falecido) e o ex-comandante do Exército Gleuber Viana.
Em julho do ano passado, logo após o TCU dar sua decisão preliminar, Cerveró e Ildo Sauer, ex-diretor da área de Gás e Energia, também tentaram responsabilizar o Conselho. Cerveró encontra-se atualmente preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Ele é acusado pela Operação Lava Jato de receber propina em contratos da Petrobrás.
‘Erro médico’ 
No documento de sua defesa, Gabrielli aproveita para defender a compra de Pasadena. Diz que os lucros já cobriram os gastos, contesta os critérios e números apontados pelo TCU e diz que em momento algum foi demonstrado dolo ou culpa da direção da Petrobrás. Para fins legais, o ex-presidente da estatal compara o negócio a um erro médico, “no qual a relação com o paciente é de meio e não de fim”. Para Gabrielli, a compra de Pasadena “não foi, certamente. a maior barganha realizada pela Petrobrás, mas tampouco foi a maior venda da Astra”. Gabrielli aproveita para provocar a desafeta Graça Foster, atual presidente da estatal, dizendo que a Petrobrás não forneceu uma série de documentos que poderia ajudá-lo na defesa.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 07:53:00

TERÇA-FEIRA, 20 DE JANEIRO DE 2015












(O Globo) O Brasil terá em 2015 um novo ano de estagnação econômica, prevê o Fundo Monetário Internacional (FMI) no relatório trimestral Panorama da Economia Mundial, divulgado na madrugada desta terça-feira, na China. Após crescimento quase zero em 2014, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro foi cortada em 1,1 ponto percentual, na comparação com outubro, para alta de apenas 0,3%. O número está em linha com o mercado _ que pela pesquisa semanal Focus do Banco Central (BC) estima, em média, 0,38%. Porém, é mais pessimista do que a expectativa do governo, de 0,8%, incluída na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Para 2016, a recuperação brasileira será modesta, de expansão de 1,5%, 0,7 ponto inferior ao estimado há três meses.
A equipe do Fundo não faz comentários específicos sobre o Brasil no relatório revisado — uma publicação de apenas quatro páginas. Mas o FMI diz que "o potencial de crescimento de muitos países foi revisado para baixo e os efeitos da queda nos preços das commodities, iniciada em 2011, sobre as perspectivas de crescimento da América Latina estão ficando mais claras".
A região só não terá desempenho pior este ano do que a do bloco de ex-repúblicas soviéticas, que, puxado pela retração econômica projetada para a Rússia em 2015 e 2016, registrará recessão no biênio. Na comparação entre as nações que compõem o Brics (grupo dos maiores emergentes), o Brasil só não apresentará resultados piores do que os russos em 2015 e 2016 (queda de 3% e 1%, respectivamente, devido às crises externa e energética).
A China continua desacelerando, de forma ordenada, refletindo a transição da economia dos investimentos para o consumo. O ritmo desta transformação está mais rápido do que estimava o FMI e coloca a expansão chinesa abaixo de 7% no biênio: 6,8% em 2015 e 6,3% em 2016. Já a Índia segue favorecida por reformas internas feitas nos últimos dois anos, que potencializaram a expansão indiana: 6,3% este ano e 6,5% no próximo. O PIB da África do Sul deverá ter alta de 2,1% e 2,5%, respectivamente. 
Em média, espera-se que as nações emergentes registrem crescimento de 4,3% em 2015 e 4,7% em 2016. — A desaceleração da China reflete uma decisão bem-vinda de reorientar a economia, movendo-se do foco no mercado imobiliário e no shadow banking para o consumo. No entanto, este crescimento mais lento está afetando o resto da Ásia — afirma Olivier Blanchard. 
Essa correlação de forças entre os efeitos de um mesmo desdobramento relevante para a economia internacional é a tônica de 2015, com as influências negativas se sobrepondo neste início de ano, explica Blanchard. Por isso, as projeções para o crescimento este ano e em 2016 foram reduzidas em 0,3 ponto percentual, para 3,5% e 3,7%, respectivamente.
— A economia mundial enfrenta um forte e complexo choque de correntes. Por um lado, economias de porte estão se beneficiando da queda do preço do petróleo. Por outro, em muitas partes do mundo as perspectivas de longo prazo afetam a demanda adversamente, resultando em grande ressaca — disse Blanchard.
O conjunto dos países ricos exemplifica bem estes sinais trocados. Enquanto os EUA avançam mais rapidamente do que projetado anteriormente, a zona do euro permanece patinando, necessitando de estímulos adicionais, ameaçada por conflitos políticos e arriscando uma deflação. E o Japão, diz o economista-chefe do FMI, “foi uma das principais decepções de 2014”, entrando em recessão no fim do ano, após a repercussão inicial positiva da chamada Abenomics.
Olhando adiante, há vários outros riscos no horizonte global. Além das direções opostas entre os países e as regiões, o comportamento do preço do petróleo representa um desafio. A cotação do barril recuou, em dólares, 55% desde setembro, de cerca de US$ 100 para menos de US$ 50. Para países importadores, especialmente os avançados, a mudança libera renda de governos e consumidores. No entanto, afeta investimentos no setor de energia _ como o shale gas/oil nos EUA e o pré-sal no Brasil _ e constrange receitas de países exportadores. Os fatores negativos se sobrepõem.
Ainda, a apreciação global do dólar e a depreciação do iene, do euro e de moedas de emergentes, como o real, vão afetar termos de troca no comércio e níveis de endividamento. Ao aumentar o apetite americano por produtos, porém, pode animar economias parceiras dos EUA, como Japão e as europeias.
Completa o balanço de riscos o aperto das condições financeiras internacionais. Os juros estão em alta em boa parte do mundo — encarecendo investimentos e consumo — e cresceram os riscos de turbulências. Prêmios de risco (custo de captações e financiamentos) já começaram a subir, antecipando elevação da taxa básica dos EUA a partir da virada do semestre, nova política monetária expansionista na zona do euro e os desequilíbrios internos das nações, notadamente emergentes como o Brasil.
O FMI recomenda à comunidade internacional força total na adoção de medidas que elevem crescimento potencial dos países, como investimentos em infraestrutura, reformas estruturais (tributária, trabalhista, previdenciária etc) e simplificação regulatória. "Na maioria das economias, elevar o crescimento potencial é uma política prioritária. Há necessidade urgente de reformas estruturais em várias economias, avançadas e emergentes", diz o FMI. 
Segundo Olivier Blanchard, no curto prazo a única esperança de um cenário mais animador para a economia mundial é que os efeitos positivos da queda do preço do petróleo, contrariando a expectativa, se imponham ao negativos. — Avaliar os efeitos da queda da cotação do petróleo no atual ambiente é difícil. Esse recuo pode acabar sendo um empurrão maior do que o que está implícito em nossas projeções. Em outras palavras, quando divulgarmos as próximas previsões, em abril, nossas projeções (de janeiro) poderão ter sido muito pessimistas. É o que muito espero — disse o economista-chefe do FMI.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 08:14:00

SEGUNDA-FEIRA, 19 DE JANEIRO DE 2015
Onde está a presidente?
O Brasil está assustado com o tamanho da herança maldita que o primeiro governo Dilma deixou para o país. Apagão, racionamento de energia, aumento de impostos, cortes de direitos trabalhistas já preocupam e demonstram como milhões de brasileiros foram enganados durante a campanha eleitoral.
Os erros do governo do PT não podem mais ser "escondidos embaixo do tapete". E a conta de todos esses erros será, injustamente, paga pela população.
Em meio a tudo isso, o país se pergunta: onde está a presidente?
Duas características são essenciais a um governante: responsabilidade e coragem.
Durante a campanha eleitoral faltou responsabilidade à presidente. Focada apenas em vencer as eleições, a candidata adiou medidas necessárias que agora, diante de um quadro agravado, vão custar ainda mais caro à população.
Hoje, falta à presidente coragem para olhar nos olhos dos brasileiros e reconhecer que está fazendo tudo o que se comprometeu a não fazer.
Ao se omitir no momento do anúncio de medidas que afetarão gravemente a vida do nosso povo, a presidente parece querer terceirizar responsabilidades que são essencialmente dela.
A pergunta que milhões de brasileiros se fazem hoje é: Onde está a presidente? 
(Aécio Neves)
POSTADO POR O EDITOR ÀS 22:33:00

O famoso Operador Nacional do Sistema (ONS), cujo nome oficial é Dilma Rousseff, apagou meio país de forma seletiva para evitar um apagão geral em todo o Brasil. Foram 50 minutos de corte, causando problemas a milhões de pessoas em dos dias mais quentes do verão. Dilma iniciou com Lula justamente no ministério das Minas e Energia. Pelo que ocorreu hoje, fica provado que também foi incompetente nesta matéria. Mas não é só isso. Também acaba de ser anunciado um tarifaço de R$ 20 bilhões.
Segundo o Valor Econômico, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anunciou na noite desta segunda-feira (19) quatro medidas que vão gerar um aumento na arrecadação de impostos de R$ 20 bilhões em 2015 e, nas palavras do ministro, têm o "objetivo de aumentar a confiança na economia".
Hoje (19) o ministro anunciou a equiparação de IPI dos cosméticos, aumento do PIS/Cofins sobre a importação, restabelecimento da alíquota do IOF para as operação de crédito da pessoa física e aumento do PIS/Cofins e Cide sobre os combustíveis. Segundo o ministro, a equiparação da cobrança de IPI do setor de cosméticos “Não envolve aumento da alíquota.”, afirmou Levy, destacando que a medida “faz com que a tributação seja mais homogênia para evitar acúmulos em algumas das pontas”. “Terá pequeno efeito arrecadatório”, comentou. 
Cosméticos
A segunda medida trata, conforme o ministro, de um “ajuste” na alíquota do PIS/Cofins sobre a importação, que passará de 9,25% para 11,75%. O objetivo é corrigir uma distorção causada pela retirada do ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins importação para que e produção doméstica não seja rejudicada.
IOF
O governo decidiu também elevar o IOF para operações de crédito para a pessoa física, que passará de 1,5% para 3%, “que era o que tinha há alguns anos”. O ministro fez questão de informar que a alíquota de IOF de 0,38% por operação foi mantida. “Não há mudança. Continua cobrando o valor”, comentou.
Combustíveis
Levy anunciou ainda que vai elevar o PIS/Cofins e Cide sobre os combustíveis. O ministro explicou que num primeiro momento o aumento do PIS/Cofins será superior porque a Cide só vigora em 90 dias. A ideia é que daqui a noventa dias a alíquota do PIS/Cofins seja reduzida. No caso da gasolina, os dois tributos provocarão um acréscimo de R$ 0,22 por litro para a gasolina e R$ 0,15 para o diesel. O aumento vale a partir de 1º de fevereiro.
Levy ressaltou que o preço da gasolina depois do aumento do PIS/Cofins e Cide “vai depender da política de preços da Petrobras”. “Não tenho envolvimento na política de preços da Petrobras”, destacou o ministro. “Se o preço da gasolina se mantiver, se adiciona R$ 0,22 ao preço”, disse. 
Sobre o impacto na inflação, o ministro afirmou que a gasolina corresponde a mais ou menos 1/25 da cesta do IPCA. “O preço sobre o IPCA cada um calcula de uma maneira. Posso dar uma indicação de que a gasolina fica entre 1/25 a 1/30 da cesta”. “Não é apropriado dar o número porque você tem efeitos secundários”, emendou o ministro evitando estimar o impacto no IPCA do aumento dos combustíveis.
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POSTADO POR O EDITOR ÀS 20:39:00


NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
20/01/2015 às 4:54
Que coisa, não?! Faz 20 dias que Dilma tomou posse; há menos de três meses, reelegeu-se presidente. No dia em que o país passa por um blecaute, ordenado pelo Operador Nacional do Sistema, que atingiu 10 Estados, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy — que os petistas dizem ser um neoliberal — vem a público para anunciar um pacote fiscal que, por si, confessa a falência do modelo petista. Então ficamos assim: o partido é um desastre de hardware e de software. Não está equipado para entender o mundo, e seu sistema operacional é ineficaz para lidar com a realidade. Este 19 de janeiro entrará para a história como uma espécie de dia-síntese de uma era.
O governo decidiu levar R$ 20,6 bilhões da sociedade para seus cofres. Mirou as importadoras, o setor de combustíveis e o de cosméticos. E também o crédito da pessoa física. O IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras) passa de 1,5% para 3%. O Planalto ressuscitou a Cide, o imposto sobre combustíveis, e aumentou o PIS/Cofins sobre gasolina — R$ 0,22 por litro — e diesel R$ 0,15. Não se sabe quanto chegará ao consumidor. Mas chegará. A alíquota desses impostos sobre importados também será elevada, passando de 9,25% para 11,75%. Finalmente, equiparou, para efeitos de cobrança de IPI, o atacadista e o produtor da área de cosméticos. Ah, sim: o Comitê de Política Monetária do Banco Central deve anunciar nesta quarta a elevação da taxa de juros em 0,5 ponto percentual, passando a 12,25% ao ano.
Como disse Guimarães Rosa, o sapo pula por necessidade, não por boniteza. Não parto do princípio, como normalmente faria um petista se tais medidas fossem anunciadas por tucanos, de que Dilma age assim por maldade. Mas isso não pode nos impedir de constatar: as contas estavam em petição de miséria, não é mesmo?
A imprensa diz aos quatro ventos que são medidas para recuperar a credibilidade. Tomara que sim! Uma coisa é certa: são medidas recessivas, de contenção do consumo, numa economia que já cresceu perto de zero no ano passado e que tinha um crescimento previsto na casa de 1% antes da majoração da tarifa de energia, do reajuste dos combustíveis, da alta da taxa Selic, da contenção do crédito e da elevação dos juros da casa própria.
O governo prometeu fazer um superávit de 1,2% do PIB em 2015 — R$ 66,3 bilhões. Com o pacote de agora, espera conseguir quase um terço disso. Já passou a faca em mais de R$ 22 bilhões no Orçamento e espera poupar R$ 18 bilhões com regras mais rígidas para a concessão de benefícios previdenciários e trabalhistas. O busílis é que elevação de combustíveis e da taxação de importados também pode pressionar a inflação — que, em tese ao menos, será contida com juros mais altos e diminuição do consumo.
Querem saber? Há um forte cheiro de recessão no ar neste 2015. Mas, consta, esse pode ser o preço a pagar para recuperar a tal “confiança” na economia, o que prepararia o Brasil para crescer. A ser assim, a gente tem uma noção do que fez o PT, no período, com essa tal “confiança”.
Agora tente explicar, sei lá, a um estrangeiro que não conheça direito as coisas do Brasil a seguinte equação: o governo Dilma está pondo em prática tudo o que jurou solenemente não fazer — embora, reconheçamos, algumas medidas sejam necessárias. Pior: ela esconjurou essas escolhas e disse que elas faziam parte do cardápio de seu adversário, que estaria disposto a atender aos interesses de banqueiros cúpidos. O ministro que ela chamou para implementar essas ações era um alto executivo do maior banco do país e foi secretário-adjunto de Política Econômica e economista-chefe do Ministério do Planejamento do governo FHC, que os petistas dizem ser a fonte de todos os males do Brasil.
Não pensem que isso é virtude, a síntese que resulta da tese e da antítese. É só a consumação de um estelionato e mais uma evidência da picaretagem e do atraso da política brasileira. Antes do apagão de energia, há o apagão de vergonha na cara. Não serei refém intelectual de uma falsa questão: saber se essas medidas são ou não necessárias. Digamos que sejam. A presidente que venceu a eleição disse que não eram. E é preciso que se cobre isso dela.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Facsímile da chamada principal do site do jornal argentino La Nación. Como se vê, lá como cá, existe por parte de alguns veículos de mídia, se não a maioria, a adesão ao tal "controle bolivariano da mídia". A foto e o texto-legenda falam por si só. A tal "ley de medios" já corroeu boa parte da liberdade de imprensa na Argentina bolivariana. 
Fotomontagem que circula nas redes sociais a partir da Argentina: Cristina Kirchner com a touca ninja armada com uma pistola.
A procuradora Viviana Fein, encarregada de investigar a morte de Alberto Nisman, afirmou nesta segunda-feira que a arma não era de propriedade do promotor. Disse ainda que “não houve intervenção de outra pessoa” no disparo, o que não conclui a investigação.
"Poderíamos falar de um suicídio, já que o corpo não foi golpeado nem submetido a maus tratos. Mas não decidimos que esta é a causa", afirmou Viviana à Rádio America, acrescentando que ainda espera o resultado do exame toxicológico.
Em uma morte com significado explosivo para a política argentina, há razões para ceticismo em relação às informações que são divulgadas sobre o caso. Nisman foi encontrado morto na madrugada desta segunda-feira em seu apartamento em Buenos Aires. Na última semana, ele havia apresentado uma longa denúncia envolvendo a presidente Cristina Kirchner e vários apoiadores, segundo a qual o governo agiu para acobertar iranianos envolvidos no atentado contra a sede da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), em julho de 1994, que deixou 85 mortos.
Nisman havia sido alvo de ameaças – em uma ocasião, um recado foi deixado em sua secretária eletrônica advertindo que ele seria caçado e levado a uma prisão iraniana. Além disso, a denúncia contra Cristina apresentada na quarta-feira e a audiência marcada para esta semana na Câmara dos Deputados com o objetivo de apresentar mais provas representava o coroamento de um trabalho de investigação iniciado há mais de dez anos.
Morte duvidosa – “A causa está classificada como morte suspeita, enquanto não se tiver todas as provas, continuaremos a investigar”, afirmou a procuradora. “Estamos checando se um amigo emprestou a arma a ele”, explicou. Nisman morreu em decorrência de um só disparo no rosto feito com uma arma calibre 22 que foi encontrada ao lado do corpo.
Ela explicou que a investigação tenta determinar “através de todos os instrumentos coletados, se houve algum tipo de indução ou instigação por meio de ameaças, seja através de telefonemas ou mensagens de texto”.
Pela manhã, quando veio à tona a informação sobre a morte de Nisman, a promotora não quis aventar nenhuma hipótese sobre ocaso. Ao contrário da postura do governo, na figura do secretário de Segurança Nacional, Sergio Berni, que não tardou em dizer que “quando se tem um corpo, uma arma e uma cápsula, todos os caminhos levam a um suicídio”. Do site da revista Veja


NO O ANTAGONISTA
Gaviões da Fiel
Mundo 20.01.2015
Treze meninos iraquianos foram fuzilados pelo Exército Islâmico porque, assistindo na TV a um jogo de futebol, torceram para a seleção de seu país. Os assassinatos ocorreram em 12 de janeiro, mas só foram noticiados nas últimas horas. Os terroristas, que controlam a zona de Mosul, onde os meninos foram executados, não reconhecem as fronteiras nacionais e consideram que torcer para a seleção iraquiana representa uma violação da sharia. 
Idiotas do mundo todo questionaram se os cartunistas do Charlie Hebdo ultrapassaram ou não os limites da liberdade de opinião. Mas quando se outorga aos jihadistas o direito de estabelecer quais são os limites - e de determinar o que constitui um ultraje à sua religião -, o resultado é esse: treze meninos massacrados porque Maomé é perna-de-pau.
O Antagonista torce para o Iraque

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