DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
O ex-jornalista Rui Falcão, 71, subiu muito na vida após assumir a presidência do PT, em 2011. Ex-militante da organização clandestina VAR-Palmares e ex-sindicalista, Falcão se rendeu aos encantos da burguesia e agora leva vida de marajá, com hábitos de milionário, que revela ao usar o jatinho Cessna Citation CJ3, prefixo PP-MPP, que alugou ontem para uma viagem solitária de São Paulo a Florianópolis.
O jato fretado à TAM custou R$ 20 mil. A mesma empresa cobra vinte vezes menos por passagem em avião de carreira, no mesmo trecho.
Nascido em bases operárias, o PT agora enricou, recebendo “doações” milionárias de empresas que prestam serviços aos governos petistas.
Parte do dinheiro roubado da Petrobras foi entregue ao PT por meio de “doações” oficiais, segundo executivos presos na Operação Lava Jato.
Empresas contratadas nos governos Lula e Dilma fazem “doações” estranhas. Só em 2013, ano não-eleitoral, foram R$ 79,7 milhões.
Disfarçaram, mas o Hércules C-130 da FAB, que fez pouso forçado, há dias, levava à estação espacial Antártica, Sérgio Solon de Pontes, assessor-chefe da presidência do TSE, e ex-assessor de Dilma.
A refinaria Abreu e Lima pode estar operando com tubos falsificados, sob risco até de explosão. Superfaturado, o monumento ao desperdício da Petrobras em Pernambuco era responsabilidade do ex-diretor Paulo Roberta Costa, que relatou diversas fraudes em delação premiada ao juiz federal Sergio Moro, do Paraná. O site especializado <Petronotícias> suspeita que o material vem da China, sem a devida certificação.
O consórcio liderado pela Camargo Corrêa teria comprado os tubos da Sanko Sider, que nega a denúncia, mas não diz de quem comprou.
Contra o risco de vazamento e até de explosão, os tubos devem ter certificado do API (EUA), mas fraudadores falsificam o certificado.
Atolado com a baixa mundial do preço de petróleo, o semiditador Nicolás Maduro teria vendido uma ilha da Venezuela a chineses para pagar dívidas, dizem jornais de Hong-Kong.
Desabafo na internet: “Antigamente os cartazes nas ruas, com rosto de criminosos, ofereciam recompensas. Hoje em dia, pedem votos.”

NO BLOG DO CORONEL
Sem dinheiro em caixa, Dilma retém repasses e dá calote em governadores.
O governo federal está atrasando parte dos repasses obrigatórios para Estados e Municípios. Nas contas dos governadores, o valor devido chega a R$ 2 bilhões. São recursos relativos a despesas com salário-educação, pagamento a professores, além de receitas dos royalties do petróleo que deveriam ser transferidas para governadores e prefeitos. 
"Deveríamos receber 12 parcelas de transferências neste ano e só recebemos 11. Ao que tudo indica a 12ª parcela ficará para o ano que vem", afirma José Barroso Tostes Neto, secretário de Fazenda do Pará e coordenador do Confaz (conselho que reúne os secretários de Fazenda).
O governo vem enfrentando dificuldades orçamentárias neste ano. A moderação do crescimento econômico afetou a arrecadação de impostos, mas as despesas seguiram em alta. Até outubro, as contas do governo estão deficitárias em R$ 15 bilhões. Com a restrição, o Tesouro recorreu a manobras para manter dinheiro em caixa e, com isso, tentar cumprir as metas fiscais. No meio do ano, repasses a bancos que fazem o pagamento de benefícios sociais, como o Bolsa Família, chegaram a ser represados. 
Para Tostes, o atraso nos repasses aos Estados é mais uma dessas "pedaladas" --um jargão usado para designar as manobras. "É uma pedalada. Trata-se de um atraso de dias, mas representa uma grande incerteza nas contas dos Estados." O secretário afirma que outros repasses também estão atrasados. Ao todo, segundo suas estimativas, o governo federal está "devendo" cerca de R$ 6 bilhões aos governadores. São compensações por isenção de ICMS nas exportações, além da parte dos Estados nos impostos do Refis. 
Assim como a União, os Estados também sofrem com a menor arrecadação e alguns correm o risco de não conseguir fechar as contas. "Se esses repasses não chegarem, a maioria [dos Estados] terá dificuldades em fechar seus balanços", disse Tostes.(Folha de São Paulo)

PGR pode estar montando acordão com empreiteiras corruptas para colocar o governo do PT como vítima de cartel e não como criador do esquema criminoso.
Há sete meses o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, vem se reunindo com representantes das empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção instalado na Petrobras e investigado pela Operação Lava Jato. ISTOÉ apurou que de maio até a última semana foram realizados pelo menos quatro encontros com a presença do próprio Janot e outros dois com procuradores indicados por ele (leia quadro nas páginas seguintes). O objetivo dessas conversas, que inicialmente foram provocadas pelos empresários, é o de buscar um acordo no Petrolão. 
No Brasil, onde a legislação da delação premiada ainda engatinha, não é comum que o chefe do Ministério Público mantenha conversas com representantes de empresas envolvidas em um processo criminal. Mas, em se tratando de um caso com a alta octanagem que têm as investigações da Operação Lava Jato, as reuniões de Janot com os empreiteiros não poderiam, a princípio, ser tratadas como um pecado. Trata-se de uma prática comum nas democracias mais maduras, cujo principal objetivo não é o de evitar punições, mas o de acelerar as investigações e permitir que o Estado adote medidas concretas e imediatas para evitar a repetição de atos criminosos. 
O problema dos encontros de Janot é que, segundo advogados e dois ministros do Supremo Tribunal Federal ouvidos por ISTOÉ na última semana, o acordo que vem sendo ofertado pelo procurador-geral nos últimos meses poderá trazer como efeito colateral a impossibilidade de investigar uma suposta participação do governo no maior esquema de corrupção já descoberto no País. Na prática pode ser um acordão para livrar o governo.
Na sexta-feira 5, através de sua assessoria, Janot confirmou os encontros com representantes das empreiteiras e negou que esteja negociando um acordão. “Como os investigados não têm prerrogativa de foro, os acordos devem ser tratados com os integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato, no Paraná”, diz o procurador. Nas conversas que manteve com representantes dos empresários, porém, Janot, segundo advogados ouvidos por ISTOÉ, definiu qual o modelo de acordo interessa à Procuradoria. 
Ele quer que as empresas, seus diretores e executivos assumam a responsabilidade pelos crimes investigados. Pede que as empresas reconheçam a formação de cartel e que concordem em pagar multas recordes (no caso da Mendes Júnior, estudos preliminares feitos pelos empreiteiros indicam que a multa poderá até inviabilizar a sua continuidade no setor de construção civil). Ainda de acordo com os advogados, Janot sugere que na delação premiada sejam feitas menções a políticos de diversos partidos, e não só os da base aliada do governo, e que as empresas abram mão de recorrer aos tribunais superiores. Em troca, as empreiteiras continuariam a disputar obras públicas e seus dirigentes poderiam cumprir as futuras penas em regime de prisão domiciliar. 
Os casos dos parlamentares mencionados serão remetidos ao Supremo Tribunal Federal (STF) para investigações posteriores. “Isso é um absurdo. Embora não acredite que seja essa a motivação do procurador, um acordo nesses termos protege o governo de eventuais investigações”, disse à ISTOÉ um ministro do STF na tarde da quinta-feira 4, sob o compromisso de manter o anonimato para não ser impedido de participar de futuros julgamentos provenientes da Operação Lava Jato. 
Segundo este ministro, ao admitir a formação de cartel e apontar o nome de parlamentares que teriam se beneficiado, as empreiteiras estariam indiretamente colocando o governo na situação de vítima de um esquema montado pelos empresários e alguns agentes políticos, sem que fosse de seu conhecimento e do qual não obteve nenhuma benesse financeira ou política. E, ainda conforme o mesmo ministro, proibir que as empresas recorram aos tribunais superiores pode impedir que elas venham a participar como colaboradoras nas investigações contra as autoridades com foro privilegiado.
“Se cabe ao STF investigar os políticos com foro especial, limitar que pessosas que participaram do esquema recorram ao tribunal é violar o direito de defesa e reduzir o alcance da investigação”, afirmou um outro ministro do STF ouvido por ISTOÉ. A iniciativa de buscar um acordo com a procuradoria partiu da Camargo Corrêa. A proposta era a de mobilizar os empreiteiros para um entendimento comum. 
Em 14 de junho, Janot recebeu os advogados José Geraldo Grossi, Pierpaolo Bottini e Márcio Thomaz Bastos. Em 20 de outubro, quase um mês depois de homologada a delação premiada de Paulo Roberto Costa – o ex-diretor da Petrobras que revelou a existência do propinoduto na estatal e listou empreiteiras e políticos que teriam participado do esquema –, o procurador recusou uma minuta de acerto elaborada por Thomaz Bastos. 
Assim, o projeto de um acordo comum a todas as empresas envolvidas acabou não prosperando. “Nessa época, ficou evidente o que o procurador-geral buscava e como ele, os procuradores da força-tarefa e o juiz Sérgio Moro iriam agir para forçar as empresas ou parte delas a participar do acordão nos termos propostos pela procuradoria”, disse um dos advogados. Entre os delegados e procuradores da Operação Lava Jato existe a convicção de que manter alguns dos envolvidos na prisão facilita a obtenção de delações premiadas. E as revelações feitas por Costa permitem ao juiz Sérgio Moro decretar as prisões temporárias e provisórias. 
Uma estratégia que vem dando resultados, apesar das críticas feitas por alguns setores da sociedade civil. “É inadmissível que prisões provisórias se justifiquem para forçar a confissão de acusados. O combate à corrupção não legitima o atentado à liberdade”, registra manifesto do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil aprovado na terça-feira 2.
Em 13 de novembro, atendendo a pedidos de Janot, os representantes das empreiteiras participaram de encontro com procuradores da força-tarefa, em Curitiba. Entre os presentes estavam os advogados Roberto Telhada, Maurício Zanoide, Dora Cavalcanti, Alberto Toron, Celso Villardi e Pierpaolo Bottini. Cinco procuradores representavam a Operação Lava Jato, entre eles Carlos Fernando dos Santos Lima e Orlando Martello Júnior. Não houve consenso e os procuradores insistiam na fórmula defendida por Janot. 
No dia seguinte foi deflagrada a sétima etapa da Operação Lava Jato, batizada de Juízo Final, que levou para a cadeia executivos e diretores das principais empreiteiras do País. “É evidente que, com os seus principais quadros na prisão, muitos tendem a acatar as propostas da procuradoria”, afirma um dos advogados. 
Em 16 de novembro, a Toyo Setal aceitou a delação premiada em termos muito próximos do que vem sendo buscado pelo procurador-geral e, em seus depoimentos, os executivos da empresa delataram a formação de cartel e listaram como beneficiários das propinas não só partidos da base do governo como também da oposição. Na quinta-feira 4, o vice-presidente da Camargo Corrêa, Eduardo Leite, também teria feito acordo de delação premiada.
Dez dias depois das prisões, o advogado Celso Villardi voltou a se reunir com Janot, mas o procurador não abriu mão de que haja a admissão de culpa de executivos e diretores das empreiteiras para que houvesse um acordo. 
O último encontro de Janot com representantes das empreiteiras ocorreu em Brasília, na terça-feira 2. Os advogados Celso Villardi, Maurício Zanoide, Dora Cavalcanti, Alberto Toron e Roberto Telhada levaram uma proposta de acordo que foi prontamente rechaçada. A exemplo do que é comum em países como os Estados Unidos e a Inglaterra, os empreiteiros admitem o pagamento de multas milionárias, concordam em colaborar com o Ministério Público fornecendo dados que permitam aprofundar as investigações, se comprometem a não repetir os mesmos erros, mas recusam a confissão das pessoas físicas e a abrir mão de recorrer aos tribunais superiores, caso julguem necessário.
De acordo com os advogados e ministros ouvidos por ISTOÉ, a postura tomada por Janot nas últimas semanas procura forçar as empreiteiras a aderirem ao acordo e acaba favorecendo o braço político do Petrolão. Há mais de dois meses a Justiça homologou a delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Isso significa que as informações prestadas por ele sobre os milionários desvios de recursos ocorridos na estatal passaram por uma primeira análise e foram consideradas relevantes.
Com base nesses depoimentos e na comprovação de centenas de movimentações financeiras realizadas no Brasil e no exterior, diretores e executivos das maiores empreiteiras do País estão presos. Com os políticos acusados por Costa de receberem boa parte dos recursos roubados da Petrobras a situação é outra, apesar de as provas serem as mesmas. 
Para que as investigações sobre eles sejam iniciadas é preciso que Janot faça uma denúncia ao ministro Teori Zavascki, do STF. O procurador-geral, no entanto, tem dito que só tomará essa medida depois de homologada a delação do doleiro Alberto Youssef. Enquanto isso, empreiteiros que continuam presos podem aderir ao acordão. Quando o caso chegar no STF, segundo os advogados ouvidos por ISTOÉ, os rumos poderão ser diferentes. “No STF poderemos saber exatamente do que somos acusados e responder a tudo, inclusive apontar todos os envolvidos”, asseguram pelo menos dois grandes empreiteiros citados na Operação Lava Jato. (ISTO É)

Porto em Cuba pago pelo BNDES pode ter dado R$ 3,6 milhões em propina para o PT.
Dilma festeja a inauguração do Porto de Mariel, em Cuba, aplaudindo o ditador assassino, acostumado a matar a sangue frio, Raul Castro.

Uma planilha apreendida no escritório do doleiro Alberto Youssef, que lista 747 obras de infraestrutura de 170 empresas, a maioria empreiteiras, é um dos principais indícios que levam o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal do Paraná, a suspeitar que o esquema criminoso que desviou recursos de obras da Petrobras alcança outros setores da administração pública. Usada pelo doleiro para acompanhar suas negociações e projetos em andamento, a planilha lista valores que, somados, chegam a R$ 11,5 bilhões — 59% das obras têm a Petrobras como cliente final.
Num despacho em que negou a revogação da prisão preventiva do executivo Erton Medeiros Fonseca, presidente da Divisão de Engenharia Industrial da Galvão Engenharia, Moro afirma que a apreensão da planilha é “perturbadora” e diz que “o esquema criminoso de fraude à licitação, sobrepreço e propina vai muito além da Petrobras”.
A lista de Youssef, a qual O GLOBO teve acesso, é formada basicamente por empreiteiras citadas e investigadas na Operação Lava-Jato por obras com a Petrobras. Os projetos pertencem a setores como aeroportos, irrigação, energia, mineração, transporte e saneamento básico, a maioria feita com recursos federais e, em muitos casos, tocada por governos estaduais. O juiz frisa que é necessária uma “profunda investigação” para que se confirmem as suspeitas de novas irregularidades. 
Além de obras no Brasil, a planilha lista obras realizadas no exterior por construtoras brasileiras, incluindo o Porto de Mariel, em Cuba, que recebeu financiamento do BNDES de cerca de R$ 1 bilhão. O valor anotado em relação a esse projeto é de R$ 3,6 milhões.
O nome de uma empreiteira brasileira, investigada na Lava-Jato, também aparece vinculado a obras no Uruguai e na Argentina. Na lista há ainda outras duas empresas, uma de engenharia, associada a uma unidade de gás no Equador; e outra citada por uma obra em Angola. 
A planilha não é o único documento que levanta suspeita sobre financiamentos a obras no exterior. A Polícia Federal identificou visitas do advogado Alexandre Portela Barbosa, da construtora OAS, ao escritório do doleiro Alberto Youssef logo após ter retornado de viagens a países da América Latina. 
No dia 16 de setembro de 2013, Barbosa esteve no escritório do doleiro, onde ficou por cerca de 50 minutos. No dia seguinte, ele embarcou num voo com destino a Lima, a capital peruana. No dia 16 de janeiro passado, Barbosa chegou ao Brasil, vindo de Lima, e, no dia seguinte, foi até o escritório de Youssef: chegou às 14h02m e saiu às 15h31m. Preso temporariamente, Barbosa foi libertado, e não há informação de que tenha colaborado com a investigação. A suspeita é que as viagens estejam ligadas a pagamentos de propinas no exterior. (O Globo)

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
Por Daniel Haidar, na VEJA.com:
O ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco Filho entregou documentos que comprometem o ex-diretor de Serviços da estatal Renato Duque, libertado por liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) na quarta-feira. As provas foram oferecidas no acordo de delação premiada fechado com o Ministério Público Federal e a Polícia Federal, em que ele admitiu ter participado do esquema de corrupção e passou a colaborar com as investigações em troca de uma punição mais branda da Justiça.
Barusco é o mais recente delator da Operação Lava Jato a identificar beneficiários do petrolão. Depois de presos, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef passaram a ajudar nas investigações, principalmente apontando políticos beneficiários do esquema. O empresário Augusto Mendonça Neto e o lobista Júlio Camargo, ambos do grupo Toyo Setal, se anteciparam a uma ação da polícia e também conseguiram acordos de delação premiada. Os executivos descreveram o funcionamento do cartel formado por algumas das maiores empreiteiras do país e entregaram documentos contra Duque e o lobista Fernando Soares, o Baiano, apontado como o operador do PMDB na Diretoria Internacional. Só Mendonça Neto e Camargo descreveram o pagamento de mais de 60 milhões de dólares em propina para Barusco e Duque.
Por ter sido subordinado a Duque, indicado pelo então ministro José Dirceu para o cargo de diretor da estatal, Barusco colaborou significativamente para apontar provas contra o antigo chefe, mas não apenas contra ele. Foram mencionados, nos depoimentos da delação premiada, novos operadores que atuavam como intermediários dos pagamentos de propina para os executivos da estatal. Barusco confirmou a participação de Shinko Nakandakari como operador do PT na Diretoria de Serviços, como apontou Erton Medeiros da Fonseca, presidente da divisão industrial da Galvão Engenharia. A colaboração de Barusco deve motivar uma nova leva de prisões desses intermediários, de acordo com investigadores.
“Barusco presenciou muitos anos de corrupção. Tem muito mais gente envolvida”, afirmou uma fonte que acompanha a investigação.
A insistência da família levou Barusco a se entregar e colaborar. A esposa chegou a acompanhá-lo em depoimentos ao Ministério Público. Ele enfrenta um câncer ósseo e tenta escapar da prisão. Já se comprometeu a devolver 97 milhões de dólares escondidos na Suíça e a devolver outros 6,5 milhões de reais, parte da propina que recebeu em espécie. Barusco disse que vai provar aos investigadores que gastou “apenas” cerca de 1,5 milhão de dólares do dinheiro desviado da Petrobras.

Na VEJA.com:
A presidente Dilma Rousseff voltou a culpar a crise internacional pela desaceleração da economia brasileira durante a cúpula da Unasul, em Quito, no Equador. A afirmação vem depois de a presidente fazer alterações drásticas na equipe econômica de seu segundo governo, justamente em resposta aos efeitos colaterais das decisões tomadas no primeiro mandato. A presidente disse, nesta sexta (05), que a recuperação mundial ainda é “tênue”, o que exigirá mais esforços da região para garantir a manutenção dos ganhos sociais obtidos nos últimos anos.
Em discurso de 14 minutos durante a sessão plenária presidencial na Cúpula Extraordinária da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), a presidente fez questão de elogiar os processos eleitorais na região este ano, em que também foram reeleitos os presidentes Evo Morales, na Bolívia, Michele Bachelet, no Chile, Juan Manuel Santos, na Colômbia, e José Mujica, no Uruguai. Segundo Dilma, dessas eleições “saiu vitoriosa a agenda da inclusão social, do desenvolvimento com distribuição de renda e, portanto, do combate à desigualdade e da garantia de oportunidades, que caracteriza a nossa região nos últimos anos”.
O discurso da presidente derrapou até mesmo para algumas incorreções. Diz ela: “O Brasil se dispôs a, nesse período, avançar no combate à desigualdade, assegurando o crescimento com inclusão social. Nós, nessa eleição, mostramos que diante da crise, que nos afetou profundamente, defendemos sobretudo o emprego e, por isso, mantivemos uma das menores taxas de desemprego de toda a nossa história”. A última edição da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) mostrou estagnação da desigualdade, enquanto a análise social dos dados da pesquisa, feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), evidenciou aumento no número de brasileiros abaixo da linha da pobreza. A presidente lançou mão do emprego para justificar o “sucesso” de seu governo. Mas não mencionou que a criação de vagas em 2014 teve o pior desempenho em mais de 10 anos.
Apesar da troca de sua equipe econômica, que agora terá o economista Joaquim Levy no comando da Fazenda, Dilma voltou a defender as políticas de seu governo, afirmando que foram as mais acertadas. Em período de vacas magras, com arrecadação desacelerando e despesas subindo, o país não conseguirá cumprir o superávit primário de 2014. Mas, diz a presidente, não há o que temer. Segundo ela, o governo está disposto a ampliar o investimento em infraestrutura logística, energética, social e urbana, além de impulsionar o desenvolvimento tecnológico e a inovação.

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza06/12/2014 05:58
Os procuradores que atuam na Operação Lava Jato farão hora extra neste final de semana. Fecharão o primeiro lote de denúncias contra executivos de empreiteiras que fraudaram concorrências na Petrobras para elevar os lucros e pagar propinas a agentes públicos. A Procuradoria planeja protocolar as peças na Justiça nos próximos dias. Dá-se de barato que serão convertidas em ações penais.
As grandes construtoras nacionais vivem dias atípicos. Com os porões invadidos pelo instituto da delação premiada, deixaram de ser logomarcas inalcançáveis. Sentem o hálito corrosivo da lei como jamais sentiram antes. Habituaram-se aos escândalos. Mas eles não costumavam render nada além dos 15 minutos de má- fama nas manchetes. Hoje, adicionou-se à encrenca algo que o repórter Elio Gaspari chamou de “efeito Papuda”.
Tentaram um acordo com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Admitiriam a formação de cartel na Petrobras e pagariam uma multa polpuda. Mas queriam que seus executivos fossem deixados em paz. Por ora, não colou. Conversando com o preposto de um dos empreiteiros encrencados, o repórter percebeu que eles se consideram fruto do meio.
No fundo, as construtoras acham que a culpa é da sociedade. Com todas as facilidades que receberam —do direito ao sobrepreço à impunidade vitalícia— foram praticamente intimados a ser o que são. E tudo continuaria assim, não fosse a indiscrição dos delatores Paulo Roberto Costa e Alberto Yossef, cujos depoimentos puxaram outras delações, desorganizando o esquema.
É como se os mandachuvas das empreiteiras, pegos com a boca suja de óleo, esperassem que o Brasil sentisse remorso pelo que o juiz Sérgio Moro e os procuradores estão fazendo com eles. Tratam-nos como vilões irreversíveis, sem direito à atenuante do meio apodrecido que os produziu. Parece que ainda acreditam que a aliança com o amoralismo político os desobriga de levar em conta as próprias culpas.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
A reportagem-bomba da revista Veja que chega às bancas neste sábado (06) mostra que o esguicho da mangueira da operação-lava jato aos poucos vai reitrando a tinta vermelha que tinge a estrela de cinco pontas que identifica o PT. À medida que se eleva a pressão do compressor da operação lava-jato, por baixo a coloração comunista que identifica o partido de Lula e seus sequazes vão aparecendo as imagens de cédulas verdinhas, a moeda forte do Tio Sam, embora de boca pra fora os petralhas abominem os Estados Unidos. Menos das verdinhas, é claro!
A reportagem-bomba de Veja é tremendamente explosiva e pode implodir o núcleo duro da camarilha petralha, haja vista que na chamada de capa afirma sem tergiversar que o partido do governo tem muito que explicar sobre o escândalo do petrolão depois de receber propina nas campanhas eleitorais.
Como se vê, não se trata apenas da última campanha presidencial, mas de todas as campanhas. A coisa pode ter começado lá atrás, quando o barbudinho nordestino, falso operário de São Bernardo, subiu a rampa do Palácio do Planalto e de lá não arredou mais os pés, haja vista que Dilma não o sucedeu, trata-se de uma montagem para atender provisoriamente a legislação. O Foro de São Paulo tem em mira, mais adiante, rasgar a Constituição de 1988 e no seu lugar, por meio de uma Constituinte fajuta a ser comprada por meio dos venais do Legislativo, atirar a Constituição de 1988 no lixo, de modo que em 2018 o Lula retorne à presidência sob os auspícios da Smartmatic para de lá só sair quando o satanás lhe convocar.
Teoria conspiratória? Delírio? Não. Nada disso! Bastar ver como estão as coisas na Venezuela, Bolívia, Argentina, El Salvador, Nicarágua e Equador. Não se descarta também o mesmo esquema no Uruguai, que acabou de iniciar o troca-troca. E lembrem-se: há uma estranha coincidência no escore eleitoral em todos os países bolivarianos. A oposição, lá como cá, serve apenas para revestir de legalidade o esquema do Foro de São Paulo.
Não será, portanto, de admirar se amanhã ou depois descobrir-se que esses bilhões de dólares do petrolão tenham servido também para empoleirar no poder todos esses bolivarianos. Aliás, matéria do site de Veja, postada pouco antes da reportagem-bomba ser divulgada, evoca sérias ipossibilidades de que o petrolão ultrapassa os umbrais da Petrobras, segundo desconfia o juiz federal Sérgio Moro, que coduz as ações da Operação Lava-Jato.
Moro considera que existem indícios de que os crimes de corrupção e propinas "transcenderam a Petrobras". Ele demonstra perplexidade com a planilha de dados sobre cerca de 750 obras públicas, "nos mais diversos setores de infraestrutura, que foi apreendida com Alberto Youssef".
Doleiro e alvo central da Lava Jato, Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa decidiram pelo acordo de delação premiada e relataram a ação do cartel das empreiteiras na estatal. A planilha que incomoda o juiz da Lava Jato foi apreendida no dia 15 de março, quando a operação saiu à caça dos investigados.
Na terça-feira, em Brasília, durante sessão da CPI mista da Petrobras, Costa afirmou que o esquema de propinas é generalizado no país. Funciona, segundo o delator, "nas rodovias, portos, ferrovias e aeroportos".
Não custa lembrar que a descoberta do petrolão se seu por acaso, quando a Polícia Federal do Paraná investigava um esquema de lavagem de dinheiro. Este fato, por si só, desmente a governanta do Lula, quando afirma que em seu governo é que essas investigações foram feitas.
Por tudo isso, está aí mais uma edição de Veja imperdível e que, por certo, haverá de pautar o restante dos jornalões, inclusive a famigerada Folha de S. Paulo, que como bem colocou o Augusto Nunes, em sua coluna no site de Veja, pratica um surpreendente contorcionismo jornalístico para publicar as matérias que contrariam a turma do Foro de São Paulo. Aliás, há quem diga que a Folha de S. Paulo há muito tempo, desde que morreu o patriarca Otávio Frias, rasgou a fantasia e saiu do armário.
Faz sentido. Até porque recentemente a Folha de S. Paulo contratou como colunista semanal um psicopata e histérico que comanda os invasores de propriedades privadas em São Paulo.
Nestas alturas, sobram apenas a revista Veja e mais meia dúzia, se tanto, de blogs independentes. Esses veículos é que mantêm viva a liberdade de imprensa no Brasil. A reportagem-bomba de Veja que dirige o esguicho do lava-jato contra a estrela vermelha petralha começa a desventar muitos mistérios. Dentre eles um muito especial e que desafia os detetives mais argutos: as inauditas e sucessivas performances eleitorais do PT que ocorrem no Brasil há 12 anos!

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