DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Convocado para acareação com o ex-colega Nestor Cerveró, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa prestou inesperado serviço às investigações, oferecendo o mote para que Congresso, Polícia Federal e Ministério Público Federal passem o País a limpo. Ele revelou que o esquema de corrupção no governo Dilma não se restringe ao Petrolão: está nas áreas de portos, aeroportos, hidrelétricas, ferrovias e rodovias.
Paulo Roberto confirmou que em 2009 enviou e-mail a Dilma, então chefe da Casa Civil, alertando sobre fraudes na Petrobras. Foi inútil.
Quando Costa contou que recebeu aval de Sérgio Gabrielli para enviar e-mail a Dilma, Afonso Florence (PT-BA) sacou o celular e saiu da sala.
A tropa do PMDB na Câmara boicotou a acareação dos ex-diretores na CPMI da Petrobras. A oposição acha que temiam ser desmascarados.
Responsável pelo Ministério dos Transportes e do DNIT, incluídos por Paulo Roberto na lista de suspeições, o PR logo será a bola da vez.
Paulo Roberto avisou, na CPMI, que o propinoduto no governo Dilma não se limita à Petrobras, está em toda parte. Quem investigará isso?
O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa contou ontem na CPMI que optou pela delação premiada após ouvir de sua família a pergunta: “Por que só você [é incriminado]? Cadê os outros?” Com o acordo de delação, ele evitou destino idêntico ao de Marcos Valério, office boy de luxo que pegou 40 anos de cadeia no mensalão, enquanto José Dirceu, condenado por chefiar a quadrilha, foi sentenciado a apenas dez anos.
O líder do PSDB na Câmara, Antônio Imbassahy (BA), afirma que as declarações do ex-diretor Paulo Roberto Costa levaram o escândalo do Petrolão para dentro do Planalto: “Ficou muito ruim para Lula e Dilma”.
Além de confirmar o que disse à Justiça, Paulo Roberto negou a lorota de Dilma na campanha: ele não foi demitido; ele se demitiu da estatal.
Dirigentes do PMDB acham que Vital do Rêgo, recompensado com o cargo de ministro do TCU, vai se declarar impedido de julgar processos sobre a roubalheira do Petrolão. Não é o que o Planalto espera dele.
Os Correios alegaram que o reajuste provocou o atraso nos salários de dezembro e do 13º, mas é lorota: o “reajuste”, na verdade gratificação, levará três anos para ser incorporado. Há anos os Correios pagam o 13º no 1º dia útil e o salário até 20 dezembro, além do “vale peru”.
Mesmo com o 13º salário dos funcionários atrasado, os Correios enviou servidor “companheiro” a Doha, no Qatar, até o dia 9, para “fiscalizar” uma parceria de patrocínio de campeonato mundial de piscina curta.
Deu pena a tentativa solitária e desesperada do deputado Sibá Machado (PT-AC) de defender o governo Dilma na CPMI, atrapalhando os colegas que interrogavam Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró.
Amigos de Renan Calheiros estão indignados com Romero Jucá (RR) e Eduardo Braga (AM), do PMDB, sempre protegidos pelo presidente do Senado. É que, há dias, eles nem se moveram enquanto Renan quase era agredido fisicamente por oposicionistas, em sessão do Congresso.
O megadoleiro Alberto Youssef afirmou à Justiça que, no PP, só se salvam dois deputados. Jair Bolsonaro (RJ) seria um deles, talvez por isso não teve medo de ir à acareação dos ex-diretores da Petrobras.
O boletim eletrônico americano Business News America fez as contas: o Petrolão envolve US$ 17,7 bilhões de uma dezena de grandes construtoras que participaram dos leilões de concessão aeroportuárias.
…coerente com a praxis petista de exigir 3% de propina no Petrolão, o ex-diretor Nestor Cerveró só contou na CPMI 3% do que sabe.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
É… Como é mesmo que dizia Camões? Lembrei: “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,/ Muda-se o ser, muda-se a confiança:/ Todo o mundo é composto de mudança,/ Tomando sempre novas qualidades.” É, PT…! É, Renan Calheiros…! Já não dá mais para fazer do Congresso a casa-da-mãe-Joana, a casa-da-mãe-Dilmona ou o fundo do quintal de interesses menores. Ou melhor: até dá! Mas já não é sem protesto. A que me refiro?
Renan teve de suspender nesta terça (02) a sessão destinada a votar o projeto de lei que dá ao governo um cheque em branco para fazer o que bem quiser com a LDO, a Lei de Diretrizes Orçamentárias. Pouco importa se vai produzir déficit ou superávit. Trata-se de uma agressão ao Artigo 165 da Constituição e, entendo, de uma agressão à Lei 1.079, que define crime de responsabilidade. Como o governo decidiu ir às compras, na sexta (28), o Diário Oficial da União publicou um decreto em que Dilma amplia o limite de recursos para emendas individuais dos parlamentares em R$ 748 mil por cabeça, mas só se eles aprovarem a LDO. Coisa igual nunca se viu.
As galerias estavam tomadas por manifestantes contrários ao projeto. Uma confusão, digamos sonora, gerou a balbúrdia. Quando a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) discursava, parte das galerias gritava: “Vai pra Cuba!” Era, claro!, uma referência ao fato de a parlamentar ser membro do PC do B, um partido alinhado com o regime cubano e que participou ativamente das hostilidades à blogueira Yoani Sanchez, quando esteve no Brasil. Ocorre que a também comunista do Brasil Jandira Feghali, deputada do Rio, entendeu que Vanessa estava sendo chamada de “vagabunda!”. Ela protestou contra a suposta agressão, e Renan, vermelho como uma bacante, mandou a Polícia Legislativa esvaziar as galerias, suspendendo a sessão por um tempo. Depois de muito empurra-empurra, agarra-agarra, cotovelada pra lá e pra cá, envolvendo manifestantes, parlamentares e policiais, não houve jeito. Renan, então, encerrou a sessão e remarcou a próxima para esta quarta, às 10h.
Referindo-se aos manifestantes, o presidente do Senado afirmou: “Essa obstrução é única em 190 anos do Parlamento: 26 pessoas presumivelmente assalariadas obstruindo os trabalhos do Congresso Nacional”. O também senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) emendou: “Todos nós sabemos que é o pessoal que veio trazido pelo deputado Izalci. Todo mundo conhece, todo mundo sabe quem são. Se são pagas ou não, não sei”. O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), rebateu: “Isso é uma bobagem, é mais um equívoco. A população brasileira acordou. As pessoas estão participando do que está acontecendo no Brasil. E algumas querem vir [ao Congresso]. Nós vamos fechar as galerias?”
Renan deveria ter mais respeito com a divergência. Quantas vezes aquelas galerias foram ocupados por manifestantes levados por parlamentares de esquerda, disfarçados de movimentos sociais, para defender isso e aquilo? Quando o presidente do Senado concorda com a gritaria, é um caso de direito à manifestação e, quando ele não concorda, de pressão ilegítima?
Foi patético assistir, por exemplo, ao líder do governo na Câmara, o petista Henrique Fontana (RS), a vituperar contra a presença de manifestantes nas galerias. Aos brados, dizia que o Parlamento estava impedido de trabalhar. Justo ele, um homem do PT, cujo partido se notabilizou por lotar a Casa com os ditos movimentos sociais para impor a sua vontade no berro. Ah, sim: ele também sugeria haver constrangimento ilegal. Nem parecia que Fontana era um dos comandantes da tropa que queria estuprar a Constituição!
Quórum para a votação, bem, este havia. Estavam em plenário 370 deputados e 54 senadores. Para que a votação tivesse prosseguimento eram necessários, respectivamente, 257 e 41 (metade mais um de cada uma das Casas). Sim, meus caros, é bem possível que Constituição e moralidade sejam violadas por um Congresso que, então, perderá um pouco mais do que a independência. Estará entregando também a honra. Por isso, os que não querem se confundir que deixem clara a sua posição.

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, concedeu uma liminar revogando a prisão de Renato Duque, ex-diretor de serviços da Petrobras e homem do PT na empresa. Ele é ligado ao ex-ministro José Dirceu. Segundo Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef, era Duque quem cuidava da parte da propina destinada ao PT. Só para lembrar: um subordinado de Duque, Pedro Barusco, se comprometeu a devolver US$ 97 milhões aos cofres públicos.
Até o começo da madrugada desta quarta (03), não se conheciam os motivos que levaram Zavascki a conceder a liminar. Ele disse que ainda divulgaria o inteiro teor da sentença. A sua única ação preventiva foi recolher o passaporte de Duque. Até agora, apesar de todas as evidências, o petista nega que tivesse conhecimento de qualquer irregularidade na estatal. Como é notório, “não saber” é uma tradição do petismo. Vamos ver qual é o critério, né? Tudo indica que, se Duque pode ter revogada a prisão preventiva, os demais presos também podem.
A Galvão Engenharia, por exemplo, entregou à Justiça Federal do Paraná provas de que pagou propina de R$ 8,8 milhões a uma empresa de consultoria do engenheiro Shinko Nakandakari. Segundo a empreiteira, tratava-se de mera operação de despiste. Shinko, na verdade, faria a coleta de dinheiro sujo em nome da Diretoria de Serviços, comandada pelo petista Duque.
O indicado de Dirceu era, sim, originariamente, funcionário da Petrobras, mas era considerado apenas “mediano”. Foi a chegada da companheirada ao poder que lhe abriu o caminho para a glória: tornou-se o titular da poderosa Diretoria de Serviços, onde permaneceu de 2003 a 2012.
A menos que haja uma razão muito particular, até agora desconhecida, para libertar Duque, pode-se esperar um festival de solturas nas próximas horas. Se ele pode sair da cadeia, por que não os outros?
Teori Zavascki compôs, ao lado de Roberto Barroso, a dupla de ministros do Supremo que abriu caminho para anular a condenação de José Dirceu, de Delúbio Soares e de José Genoino por formação de quadrilha no escândalo do mensalão. Ele e Barroso são os dois ministros do tribunal mais apreciados pelos petistas. Ganham até de Ricardo Lewandowski. E olhem que a concorrência é dura!

Pronto! O senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) já foi aprovado pelo Senado para ser o mais novo membro do TCU, no lugar de José Jorge. Vai herdar a relatoria do caso Petrobras. Se, no TCU, for um coveiro tão eficiente da investigação como foi nas CPIs, melhor para os larápios. Seu nome foi aprovado por 63 votos — inclusive os de oposição — a favor e apenas um contrário, do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), em fim de mandato. Embora o voto seja secreto, ele fez questão de declarar o seu: “Vossa Excelência está dentro de uma engrenagem do PT e do governo da presidente Dilma, que a mim causa ojeriza. Não é contra Vossa Excelência ou o PMDB”.
O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), perguntou se o apoio do PT a Vital era parte de um acordo para os peemedebistas endossarem mais tarde o nome de José Eduardo Cardozo para o Supremo. Vital respondeu: “O PMDB não fez nenhum acordo. O PMDB indicou um dos seus, e esta indicação recebeu da grande maioria dos líderes do Senado o apoio indispensável”. Apesar da suspeita, os tucanos apoiaram a indicação, que será agora submetida à Câmara, onde será igualmente aprovada. É claro que é um vexame.

Por Marcela Mattos e Laryssa Borges, na VEJA.com:
Delator do maior propinoduto da história brasileira, Paulo Roberto Costa afirmou nesta terça-feira na sessão da CPI mista da Petrobras que a Casa Civil da Presidência da República, então chefiada por Dilma Rousseff, encomendou a ele o envio do e-mail no qual informava que o Tribunal de Contas da União (TCU) recomendava a paralisação de obras da diretoria de Abastecimento por ter flagrado irregularidades em contratos. O envio da mensagem foirevelado por VEJA na edição de 26 de novembro.
Paulo Roberto Costa disse que, na época, o então presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, estava ciente da comunicação e que, portanto, ele não teria desrespeitado a hierarquia da empresa – ele era diretor de Abastecimento e o e-mail foi enviado diretamente para a Casa Civil em 29 de setembro de 2009.
“Quando foi passado, esse e-mail era de conhecimento do presidente da Petrobras e foi pedido pela Casa Civil para que eu o mandasse para a presidente Dilma. Não houve atropelo de hierarquia”, afirmou Paulo Roberto Costa.
O ex-diretor da Petrobras disse ainda que, na época, “estava enojado” com o processo de sangria da estatal e que, portanto, deseja alertar o governo dos problemas e não conseguir apoio político para a manutenção do propinoduto. A afirmação foi uma resposta a trechos da reportagem de VEJA, segundo os quais Costa estaria empenhado em impedir que o esquema corrupto que gerenciava fosse desmontado.
Em outras palavras, ele atribui ao governo o interesse em manter o petrolão ativo. “Às vezes você entra em um processo e não tem como sair. Mas eu saí. Saí em 2012, mas o processo continuava.”
Outro momento forte do depoimento foi quando Costa desmentiu a presidente da República sobre sua saída da empresa. Durante a campanha, Dilma martelou que foi ela quem demitiu o ex-diretor. No entanto, sua versão é que deixou a estatal em 2012 a pedido.

NO BLOG DO CORONEL
Que dívida tem Zavascki com José Dirceu?
O ministro Teori Zavascki, do STF, encarregado do caso do Petrolão, concedeu habeas corpus a Renato Duque, cujo assistente na Petrobras vai devolver mais de R$ 250 milhões. Foi este ministro quem votou para livrar José Dirceu da acusação de formação de quadrilha. Duque é indicação do mensaleiro petista na estatal. Zavascki não liberou os motivos pelo qual deu liberdade ao maior suspeito de distribuir propinas para o PT. Será apenas gratidão a José Dirceu? A matéria a seguir é da Folha de São Paulo.
O relator dos processos da Operação Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Teori Zavascki, acatou um pedido da defesa do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e determinou sua libertação. 
Preso desde o dia 14 na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, Duque poderia deixar o local a qualquer momento. Até a conclusão desta edição, não havia saído. Teori determinou ainda apreensão do passaporte do ex-diretor e que ele fique no Rio, ao alcance da Justiça. 
Renato Duque é suspeito de participar de um esquema que envolvia formação de cartel por empreiteiras, fraude em licitações e desvio de recursos para benefício dos envolvidos e agentes políticos. Ele foi indicado à diretoria de Serviços da Petrobras pelo PT. Segundo o também ex-diretor Paulo Roberto Costa, um dos delatores da Lava Jato, o partido ficava com 3% dos contratos da área.
Durante as investigações, um dos ex-subordinados de Duque, Pedro Barusco, admitiu ter US$ 97 milhões no exterior. Ele se comprometeu a devolver o valor dentro de um acordo de delação premiada.
Em interrogatórios feitos pela PF, Duque negou participação no esquema. A empreiteira Galvão Engenharia enviou à Justiça, no último dia 24, comprovantes de que pagou R$ 8,8 milhões em propina à empresa de consultoria do engenheiro Shinko Nakandakari. Segundo a empresa, Shinko era encarregado de recolher o dinheiro como "emissário" da diretoria de Serviços sob o comando de Duque. 
Os advogados de Duque não haviam tido acesso à integra da decisão de Teori. "Mesmo sem ler, posso dizer que representa, sem dúvida, o reestabelecimento de rumos. O devido processo legal, sem punições antecipadas e prisões sem processos, sempre foi resguardado pelo Supremo", disse o defensor Renato de Moraes à Folha. 
Alexandre Lopes, outro advogado, disse acreditar que Teori não avaliou o questionamento da competência do juiz Sergio Moro, da Justiça Federal de Curitiba, em tocar os processos da Lava Jato.
Lopes, que já havia tentando libertar Duque por meio de pedidos ao Tribunal Federal do Paraná e ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), vem questionando a competência de Moro para atuar no caso. Para ele, o caso deveria tramitar na Justiça de Brasília ou do Rio, sede da Petrobras, não no Paraná. Advogados também argumentam que, devido à participação de autoridades com prerrogativa de foro, o processo todo deveria ser analisado pelo STF.

NO BLOG DO JOSIAS
Dilma Rousseff finalmente escreveu a sua versão da Carta aos Brasileiros. Assemelha-se à peça divulgada por Lula em 2002 pela caída em si. A diferença é que o texto só veio à luz agora, depois da eleição. E foi endereçado a estrangeiros. Mais precisamente investidores estrangeiros. No texto, Dilma 2 compromete-se a retirar a economia nacional do mau estado em que sua antecessora a deixou.
Disponível aqui, a carta foi lida para os seus destinatários pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho. No terceiro parágrafo, Dilma beija a cruz: “O crescimento da economia tem estado abaixo do que todos nós esperávamos no início do ano – tanto no governo quanto no mercado – e isso tem se traduzido num desempenho fiscal menor do que o previsto.”
No quarto parágrafo, Dilma troca o malabarismo econômico pela ortodoxia: “Para os próximos anos, nossa prioridade é recuperar a capacidade de crescimento da economia, com controle rigoroso da inflação e fortalecimento das contas públicas e, assim, garantirmos o emprego e a renda.”
Nos dois parágrafos seguintes, Dilma estende o tapete vermelho para o novo ministro Joaquim Levy (Fazenda): “A nova equipe econômica trabalhará em medidas de elevação gradual, mas estrutural, do resultado primário da União, de modo a estabilizar e depois reduzir a dívida bruta do setor público em relação ao PIB…”.
“…Também continuaremos a melhorar nossa política de aumento do investimento e de produtividade do trabalho, pois é isso que sustenta um crescimento mais rápido do PIB e dos salários reais, com estabilidade macroeconômica.”
No antepenúltimo parágrafo, Dilma toca violino para o mercado e para as agências de classificação de risco: “As iniciativas em análise envolvem tanto reformas do lado fiscal, para adequar a taxa de crescimento do gasto público ao crescimento da economia, quanto maior desenvolvimento financeiro, com aumento da participação de fontes privadas no financiamento de longo prazo, em especial, da infraestrutura.”
No penúltimo parágrafo, Dilma conclui a descida do palanque. Distanciando-se daquela candidata que associava banqueiro à fuga da comida da mesa do pobre, a nova Dilma praticamente vincula o êxito de suas políticas sociais ao sucesso do mercado financeiro.
“Olhando para 2015 e além, contamos com a participação do mercado na construção de um novo ciclo de desenvolvimento da economia brasileira, em que pretendemos continuar nossa política de inclusão social e geração de igualdade de oportunidades para todos os brasileiros e brasileiras. Para isso, a profundidade, a diversidade e a qualidade regulatória do nosso mercado financeiro terão um papel cada vez mais relevante.”
Ao descer do palanque, Dilma consolida na carta aos investidores estrangeiros o estelionato que aplicou nos seus eleitores brasileiros. Sorte do pedaço do eleitorado que não votou nela.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 2ª EDIÇÃO DE 25/02/2024 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 25/02/2024 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 26/02/2024 - SEGUNDA-FEIRA