DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Citado como o lobista do PMDB junto à maracutaia da Petrobras, Fernando Soares, o “Fernando Baiano”, já se ofereceu três vezes, por meio dos advogados, para prestar depoimento à Justiça Federal no âmbito da Operação Lava Jato. Ainda não obteve resposta. Ansioso, considera fechar acordo de delação premiada para contar tudo o que sabe. Se fizer isso mesmo, pode comprometer toda a cúpula do PMDB.
Pelo sim, pelo não, “Fernando Baiano” está no exterior, bem distante de uma eventual Operação Lava Jato II. Dias atrás foi visto em Miami.
Investiga-se a “parceria” de Fernando Baiano com Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras na época da negociata da refinaria de Pasadena.
O processo contra Paulo Maluf parou no Tribunal Superior Eleitoral desde 2 de outubro, quando foi liberado para ir a plenário pela relatora, ministra Luciana Lóssio. O TSE barrou a candidatura de Maluf a deputado federal com base na Lei da Ficha Limpa. A pauta do TSE está bem enxuta, mas o presidente, ministro Dias Toffoli, que define o que vai ou não a julgamento, mantém o recurso longe da apreciação. Pela praxe, registros de candidatura devem ter prioridade máxima.
Na quinta (6), a sessão ordinária do TSE, onde pendências devem ser apreciadas, foi encerrada em menos de uma hora.
Paulo Maluf não pode sair do país para não ser preso pela Interpol, que está à espreita. A França irá julgá-lo por lavagem de dinheiro.
Lula prefere o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, mas a “nova” Dilma só aceita na Fazenda quem tem tímpano complacente, como Guido Mantega, que além de ouvir seus gritos sem reclamar, ainda se sujeita a “chás de cadeira” que chegam a quatro horas.
Dilma recebeu na sexta (7) o presidente do Uruguai. Parece que José Mujica tentou em vão calçar nela suas sandálias da humildade. Ele, que de bobo não tem nada, quer vender o excedente de gás ao Brasil.
Tucanos criticam os erros do deputado Carlos Sampaio (SP), que teria agido sozinho ao pedir ao TSE a auditoria do resultado das eleições e ao fazer acordo com o PT para matar a CPMI da Petrobras.
O deputado Nilson Leitão (PSDB-MT) tentará aprovar na Comissão de Agricultura a convocação do ministro Guido Mantega (Fazenda) para  explicar desvios no Programa de Agricultura Familiar (Pronaf).


NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
Publicado na edição impressa de VEJA
O lado ruim da vitória de Dilma Rousseff nestas eleições, para não ficar gastando latim depois da missa, é que Dilma Rousseff ganhou. O lado bom é que agora está garantido, sem margem de erro, que ela ficará no cargo só mais quatro anos; no dia 1º de janeiro de 2019 terá de ir embora. É um alívio. Desde o seu primeiro dia na Presidência sempre houve a possibilidade angustiante de que continuasse lá para um segundo mandato. Agora não há mais essa aflição. Ao contrário, cada dia de seu governo, a partir de janeiro próximo, será um dia a menos. Não se trata de ver a vida em cor-de-rosa; todo otimismo, quando se pensa um pouco, é uma forma de impostura, pois faz promessas sem garantia de entrega. Mas, no caso, o segundo mandato de Dilma será realmente o último – não é promessa, é o que manda a lei. Eis aí uma das vantagens da certeza: acaba com as esperanças, é verdade, mas também acaba com as dúvidas. Desde o último domingo, foi-se a esperança de que Dilma devolvesse já agora a cadeira de presidente. Em compensação, foi-se a dúvida sobre o montante ainda a saldar. Tudo considerado, a conta provavelmente está de bom tamanho – ou, numa adaptação livre da filosofia política do deputado Tiririca, muito melhor não fica.


NA VEJA ON LINE
Sete mitos da campanha de Dilma que caíram após a reeleição
Depois da subida dos juros, do resultado fiscal ruim e da permanência da inflação acima da meta, Dilma acena com recuo na política expansionista
O eleitor que assistiu à campanha eleitoral com atenção deve estranhar os últimos anúncios feitos pelo governo. Duas semanas depois de ser reeleita, a presidente Dilma Rousseff já autorizou a subida dos juros, o reajuste do preço da gasolina e falou até mesmo sobre "ajuste fiscal" depois que o Tesouro Nacional divulgou que a economia do governo para pagar os juros da dívida está deficitária em 15 bilhões de reais até setembro deste ano. Curiosamente, trata-se de medidas que constavam do leque de ataques da presidente aos candidatos da oposição, Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB). O ainda ministro da Fazenda Guido Mantega chegou até mesmo a sinalizar que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) receberá menos recursos a partir de 2015. O discurso em questão contraria sistematicamente tudo o que a presidente defendeu ao longo da corrida eleitoral. Agora, Dilma admite que haverá cortes de orçamento em 2015, o que implicará na redução de repasses para investimentos, por exemplo. Veja quais foram os mitos da campanha petista que caíram por terra nos primeiros dias após a reeleição. 
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