DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 07-10-2014

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
As usinas de porcentagens são duras na queda, preveniu o post deste domingo. E os videntes de acampamento cigano não admitem o afogamento mesmo com a água já inundando os pulmões, confirma a entrevista concedida ao Estadão de hoje por Márcia Cavallari. “Até agora, temos 92% de precisão nos resultados”, fantasiou a diretora executiva do Ibope. “Algumas diferenças entre as pesquisas e os resultados das apurações não foram captadas porque o eleitor mudou até o último minuto. Mas nosso último levantamento havia mostrado um crescimento do Aécio Neves”.
Conversa fiada, reafirmou nesta segunda-feira (06) o jornal O Tempo. As urnas golearam impiedosamente a derradeira pesquisa sobre a sucessão presidencial produzida pelo Ibope, que também fracassou em nada menos que 17 unidades da federação. Tudo somado, a fábrica de enganos estatísticos estabeleceu um recorde memorável: 66,66% dos levantamentos feitos na véspera da eleição foram desmoralizados pelas urnas no dia seguinte. Confiram o impressionante acervo de provas do crime exposto na edição de O Tempo. (AN) 
Os últimos levantamento do Ibope, maior instituto de pesquisas do país, divulgadas antes do primeiro turno nos 26 Estados e no Distrito Federal divergiram da apuração, fora da margem de erro, em 17 unidades da Federação, ou 66,66%. De acordo com levantamento do OLHO NELES, o instituto só conseguiu prever corretamente o resultado das eleições para governador em dez casos. Além disso, o Ibope também errou o resultado para presidente da República, fora da margem de erro.
Em relação à disputa entre Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB), o Ibope apontava, no dia 4/10, que a presidente teria 46% dos votos válidos, enquanto Aécio Neves teria 27% e Marina Silva teria 24%. Com a margem de erro de dois pontos para mais ou para menos, Dilma estaria entre 44% e 48%; Aécio estaria entre 25% e 29%; Marina, entre 26% e 22%.
No dia seguinte, no entanto, os eleitores deram à presidente 41,59% os votos válidos, enquanto Aécio Neves somou 33,55% e Marina Silva ficou com 21,32%.
Em Minas Gerais, o instituto apontava que Fernando Pimentel teria 61% dos votos válidos, contra 31% de Pimenta da Veiga. O resultado foi mesmo a vitória do petista, mas ele registrou 52,98%, contra 41,89% do tucano.


NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Após eleger o governador mais bem votado do País, Paulo Câmara, e Fernando Bezerra senador, o PSB-PE deve defender o apoio nacional a Aécio Neves (PSDB) no segundo turno da eleição presidencial. Os socialistas de Pernambuco (e a família de Eduardo Campos) consideram que esta seria a vontade do falecido líder, que se lançou candidato a presidente contra a reeleição de Dilma Rousseff (PT).
Em entrevistas e discursos, Eduardo Campos ressalvava que seu projeto não era contra o amigo Lula, e sim contra a reeleição de Dilma.
Presidente da CPI e da CPMI da Petrobras, o senador Vital do Rêgo (PMDB) ficou em 3º lugar na disputa pelo governo da Paraíba, com apenas 5,2% dos votos. Até parece que, para ele, importante mesmo é competir, apesar de ser um dos candidatos com maior “custo por voto”: considerando a previsão de gastos (R$25 milhões) e a votação obtida, é só fazer as contas: cada um dos seus 106 mil votos custou R$ 235.
Vexame do PT em Pernambuco: não elegeu um só deputado federal e o João Paulo perdeu para senador até no Recife, onde foi prefeito.
Depondo sob delação premiada, o megadoleiro Alberto Youssef ainda não concluiu suas revelações escabrosas contra grandes empreiteiras. Têm razão para insônia o empreiteiro Marcelo Odebrecht e a cúpula da Camargo Corrêa. Youssef não está deixando pedra sobre pedra.
Calou fundo nos pernambucanos a declaração do respeitado deputado federal eleito Jarbas Vasconcelos (PMDB) contra a reeleição de Dilma, até por questões éticas insuperáveis, como o escândalo do Petrolão.
O astronauta-camelô Marcos Pontes, que Lula mandou (por US$10 milhões) numa nave russa para plantar feijão no espaço, caiu da cauda do foguete: não foi eleito deputado federal, como queria.
Única no PT-DF a se reeleger deputada federal, Érika Kokay pregou ontem a “cultura de paz” no País. Ela empregava o militante do PT que agrediu Joaquim Barbosa, na época presidente do Supremo Tribunal.
A família Sarney não foi exatamente derrotada no Maranhão porque decidiu não se envolver na disputa, facilitando a vitória de Flávio Dino (PCdoB). A governadora Roseana se recusou a lançar candidato, e o espaço foi ocupado por Lobão Filho (PMDB), humilhado nas urnas.
Líder da PM contra o governador Cid Gomes (Pros), o Capitão Wágner (PR) foi o mais votado a estadual no Ceará, com 194,2 mil votos. Já o senador Inácio Arruda (PCdoB) sequer se elegeu deputado federal.
Somando pouco mais de 20% e ficando em 3º para presidente no DF, Dilma poderá dizer aos visitantes ilustres que Brasília é sua casa?

NO BLOG DO CORONEL
O PSDB derrotou o PT em São Bernardo do Campo, cidade onde o partido nasceu e onde mora o seu fundador, Luiz Inácio Lula da Silva, mais conhecido como Lula. No Pernambuco, estado natal do ex-presidente, o PT não elegeu nenhum deputado federal, não elegeu o senador e elegeu apenas três deputados estaduais. Uma catástrofe política. Aécio venceu Dilma em 88% das cidades paulistas e Alckmin perdeu para o PT em apenas um município entre os 645 do estado. As pesquisas, que davam até a possibilidade de Dilma vencer no primeiro turno, mostraram a candidata petista se arrastando no limite de 40%. Nunca o PT foi tão rejeitado. Tendo toda a máquina na mão, foi o partido que mais perdeu deputados, o que significa 18,6% a menos no fundo partidário, no tempo de TV e muito menos poder para negociar posições na Câmara dos Deputados. Há um antipetismo crescente tomando conta do Brasil. Com o mesmo tempo de TV, neste segundo turno, Aécio vai falar com os pobres em igualdade de condições, retirando as algemas do medo, colocado nos mais pobres pelos mentirosos que usam o Bolsa Família como instrumento de tortura contra dezenas de milhões de brasileiros. Ninguém aguenta mais as mentiras do PT. Ninguém aguenta mais a corrupção do PT. Ninguém aguenta mais os mensalões do PT. Ninguém aguenta mais a inflação do PT. Ninguém aguenta mais a recessão do PT. Durante todo o primeiro turno, eles esconderam a bandeira e o símbolo do partido. Agora ele será escancarado e o dedo será posto na ferida. É hora de cravar a estaca no coração destes vampiros que sugam os cofres públicos. Fora, PT!

Um dia após ter ficado fora da disputa pela Presidência da República, Marina Silva (PSB) começou a calibrar o discurso e a negociar o formato do anúncio de seu apoio a Aécio Neves (PSDB) no segundo turno das eleições. 
A ex-senadora estuda a melhor maneira de se colocar ao lado do tucano sem parecer incoerente com a posição da "nova política" que defendeu durante a campanha. Ela enumera pontos de seu programa de governo que pedirá que sejam incorporados pela candidatura do PSDB. A reforma política, com o fim da reeleição, a educação em tempo integral e a sustentabilidade estão entre os itens colocados à mesa pela ex-senadora. Todos eles já aparecem contemplados no programa de governo tucano. 
Nesta segunda (6), Marina reuniu seus principais aliados no apartamento em que se hospeda em São Paulo. Ouviu a opinião de todos, mas deixou claro que, caso não haja consenso entre o PSB, partido que a abriga desde outubro de 2013, e a Rede Sustentabilidade, seu grupo político, tomará uma posição individual pró-Aécio. "A avaliação é que não dá para ter mais quatro anos desse governo. Isso é ponto pacífico. O nosso compromisso é com o movimento de mudança", disse João Paulo Capobianco, um dos mais próximos assessores de Marina. 
Um dos trunfos de seu discurso, avalia a pessebista, é o eventual apoio da viúva de Eduardo Campos, Renata Campos, a Aécio. A fidelidade à família e ao legado do ex-companheiro de chapa, morto em 13 de agosto, justificaria a aliança. Segundo a Folha apurou, Renata começou nesta segunda consultas a aliados para formular seu discurso em favor de Aécio. O irmão do ex-governador, Antônio Campos, declarou voto no tucano em sua página do Facebook, mas ressaltou que aquela era uma posição pessoal. 
A Rede marcou reunião para a noite de terça-feira (7), em São Paulo, na qual deve se comprometer com a mudança, mas liberar seus filiados para escolher entre Aécio e Dilma Rousseff (PT). Já o PSB convocou encontro em Brasília na quarta-feira (8) para definir o futuro político do partido no segundo turno. O presidente nacional da sigla, Roberto Amaral, defendia apoio à petista, mas tem dito que "às vezes um reacionário pode ser um avanço", em referência ao candidato do PSDB. O anúncio oficial deve sair na quinta-feira (9). 
APROXIMAÇÃO TUCANA
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso deflagrou nesta segunda a ofensiva para conquistar o apoio de Marina e do PSB a Aécio, como antecipou a Folha. FHC e integrantes da cúpula tucana procuraram marineiros para construir a ponte entre as candidaturas. 
A ex-senadora, por sua vez, telefonou a Dilma e a Aécio para parabenizá-los pelo desempenho na campanha, mas não tratou de apoio. O tucano confirmou ter falado com a pessebista, mas disse que aguarda o "tempo de cada um" para definições de apoio e que vê mais "convergências" do que divergências" entre seu programa de governo e o de Marina. 
Interlocutores da ex-senadora afirmam que também foram procurados por petistas. Marina, porém, está refratária à campanha do PT -- que, desde o início de setembro, investiu na desconstrução de sua imagem, o que acarretou em sua queda nas pesquisas. Antes favorita, a candidata do PSB terminou a disputa em terceiro lugar, com 22,1 milhões de votos. (Folha de São Paulo)

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
Vamos reescrever Caetano Veloso para deixá-lo irritadinho. São Paulo vê e não vê quem desce ou sobe a rampa, aquela lá, do Planalto Central do Brasil. Como não depende muito da boa vontade de estranhos, não cede com facilidade à chantagem. Não é bolinho, não! O Estado tem 645 municípios: o governador Geraldo Alckmin venceu a disputa para o governo em, atenção!, 644! Só Hortolândia ficou de fora. Mas por muito pouco: 35.809 votos para Alexandre Padilha contra 32.354 para o tucano. Hortolândia é uma das 67 cidades administradas no Estado pelo PT. Alckmin ganhou em 66.
Mas não foi só isso. O presidenciável tucano Aécio Neves venceu a petista Dilma Rousseff em 565 dos 645 municípios — um total de 88%. Isso significa que tanto o presidenciável como o governador bateram o partido na cidade de Guarulhos, administrada pelo PT há 14 anos; na mitológica São Bernardo de Lula, que está na segunda gestão petista, de Luiz Marinho, o coordenador da campanha de Dilma em São Paulo, e na Osasco do presidente do PT paulista, Emídio de Souza.
Na Folha de S. Paulo, leio a seguinte explicação dada Joao Paulo Rillo, líder do PT na Assembleia: “Não temos conseguido fazer o debate com o eleitor paulista sobre os avanços dos governos do PT. O antipetismo se relevou muito forte”. Mas espere aí: esse antipetismo, então, deve ter um motivo, não é mesmo?
Acho impressionante que os petistas tenham tentado, no Estado, faturar com a crise da água, faturar com a crise dos transportes, faturar com a greve do metrô — ocorrências, enfim, que criam dificuldades para a vida dos paulistas — e achem estranho que a população tenha rejeitado a sua abordagem. Mais: indivíduos — e estamos falando da larga maioria — que não dependem da boa vontade do poder público para garantir o próprio sustento e que não estão oprimidos pela pobreza ou pela miséria tendem a rejeitar essa espécie de tutoria que o partido busca exercer sobre suas vidas.
E, de resto, há a experiência propriamente com o jeito petista de fazer as coisas. O partido acreditar que o morador da cidade de São Paulo — o paulistano — caminha para aplaudir a gestão de Fernando Haddad, o maníaco da bicicleta, chega a ser um sinal de alienação da realidade.
Não é que São Paulo seja congenitamente antipetista, senhor Rillo. É que o petismo acaba sendo congenitamente antipaulista porque gosta de exercer a tutela sobre os cidadãos. E o lema do brasão da cidade de São Paulo expressa não só o espírito paulistano, mas também o paulista: “Non ducor, duco”. "Não sou conduzido, conduzo".
Se o PT não entender isso, na próxima eleição, não vai perder por 644 a 1, mas por 645 a zero.

Por Daniela Lima e Gustavo Uribe, na Folha:
Na primeira agenda após passar para o segundo turno, o candidato do PSDB ao Planalto, Aécio Neves, rebateu críticas feitas pela presidente Dilma Rousseff (PT) e disse esperar “uma campanha limpa”. Aécio falou sobre o assunto após reunião, em São Paulo, com o governador Geraldo Alckmin e o senador eleito José Serra. Ele disse que já se trata de um primeiro encontro para discutir o segundo turno. O tucano fez referência a uma fala da petista na noite desde domingo (5). Após o fim da apuração, ela disse que o país se lembraria dos ” fantasmas do passado na hora de decidir o voto.
Na fala, evocou polêmicas do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), como o discurso em que ele criticou aposentadorias precoces dizendo que quem deixa de trabalhar antes dos 50 anos é “vagabundo”. Nesta segunda-feira (6), Aécio disse que ficou surpreso ao ver nos jornais a fala de Dilma. ” Me surpreende a candidata oficial falar de fantasmas do passado. Na verdade, os brasileiros estão preocupados com os monstros do presente: inflação alta, recessão e corrupção.” O tucano disse que, de sua parte, fara uma campanha limpa e que espera o mesmo de Dilma. “Respeitar o adversário é respeitar a democracia”, concluiu.
Marina
Aécio confirmou ter recebido um telefonema de Marina esta manhã, mas disse que aguarda o “tempo de cada um” para definições de apoio. O tucano disse ter falado com o governador eleito de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), aliado de Eduardo Campos, para parabenizá-lo pela eleição. Câmara tende a defender voto em Aécio. O presidenciável disse ainda não ter conversado com a família de Campos. Para Aécio, é preciso ter cautela antes de anunciar qualquer apoio. Ele afirmou que vê mais “convergências” do que “divergências” entre seu plano e o de Marina. Aliados da pessebista dizem que um apoio dela ao tucano se daria em bases “programáticas”.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
MARINA SILVA SOB PRESSÃO DE UM CHEFETE COMUNISTA NANICO

Com a morte de Eduardo Campos, o lulista Roberto Amaral passou a ser o dono do PSB e agora dá ordens à Marina Silva.
Surfando na onda azul que varre o Brasil, o candidato Aécio Neves, disse que não tem pressa com relação a um eventual apoio de Marina Silva.
Enquanto isso, a filiação “provisória” de Marina no PSB, partido nanico que tem na presidência o lulista Roberto Amaral, tornou-se o seu inferno. Provavelmente Amaral está negociando o apoio de seu PSB de olho em alguma sinecura num eventual segundo mandato da "Presidenta".
Roberto Amaral foi ministro de Ciência e Tecnologia de Lula. Entretanto como veterano comunista soa estranho que a ele tenha sido entregue justamente esse ministério já que os comunistas em geral não sabem nada dessa área, haja vista que são contra os Estados Unidos e Israel, as duas principais matrizes do avanço tecnológico dos últimos anos.
Amaral é um dinossauro. Nunca fez nada na vida além de agitação política comunista. Com a morte de Eduardo Campos, que dava uma sobrevida ao PSB, não há mais ninguém para dividir o poder com Amaral. Neste caso ele pode correr de novo para o regaço lulístico.
Assim sendo, o chefete do PSB já começou a fritar Marina Silva. Se a líder da Rede sucumbir à pressão de Roberto Amaral, sairá irremediavelmente desgastada politicamente. Na verdade, desmoralizada. E não lhe restará mais nada senão pedir a benção ao Lula. E também pode arquivar o projeto da sua Rede. As pessoas são livres para fazer as suas escolhas. E, ao fazerem, revelam o seu verdadeiro caráter.
Se apoiar Aécio Neves de forma clara e objetiva engajando-se na campanha tucana, sai fortalecida. Submetendo-se aos caprichos e interesses particulares e egoístas do comunista Roberto Amaral, voltará a ser refém de Lula.
Marina Silva conhece bem essa gente do PT. Nessas alturas eles desejam moer Marina Silva. Como se sabe, são especialistas em assassinar reputações. Que o diga Romeu Tuma Jr.
Se Marina apoiar Aécio Neves, crescerá politicamente. Se obedecer as ordens de Amaral, o estafeta de Lula, pode enfiar a viola no saco.


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