DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 21-9-2014

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES

Dilma derrapa no palanque: `Nosso país também precisa ter um compromisso com aqueles que desviam dinheiro público’https://www.youtube.com/watch?v=LQR16vLDJ2Y

“Acho que nosso país precisa de fortes fundamentos éticos… o nosso país precisa de compromissos com essa questão chamada igualdade de oportunidades”, desandou Dilma Rousseff no palanque em Duque de Caxias antes da derrapagem espetacular: “Nosso país também precisa ter um compromisso com aqueles que desviam dinheiro público…”
Ela disse isso mesmo?, duvidarão os muito céticos. Disse, atesta o vídeo (link acima) que registra a reafirmação pública do compromisso com a bandidagem de estimação . Mas o que poderia ter sido o início de um potente surto de sinceridade era apenas outra pane na cabeça baldia, informaram a pausa súbita, a expressão apalermada e a continuação do palavrório em dilmês castiço: “…No combate a eles contra a corrupção, acabando com a impunidade”, tentou corrigir o neurônio solitário.
Caprichando na pose de Faxineira do Planalto, que só usa a vassoura para esconder o lixo, a oradora foi em frente com a promessa de revogar o que o governo institucionalizou: “Não é possível que no Brasil tenhamos pessoas que queiram viver com recursos que não são delas, que são do povo”. Verdade. Nenhuma nação resiste a tanta roubalheira.
É também por isso que Dilma está prestes a perder o emprego que a obriga, como vive recitando, a “cuidar de todos os brasileiros e de todas as brasileiras”. A partir de janeiro, por decisão do eleitorado, a babá de país terá tempo de sobra para cuidar só do neto.

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
O governo federal dá como certo que personagens das gestões de Lula e Dilma foram citados na delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Ao pressionar pela obtenção de cópia dos depoimentos, o governo acabou por confirmar, pela via informal, o envolvimento de políticos aliados, inclusive do PT, outros ministros, além de Edison Lobão (Minas e Energia), e figurões da Presidência.
O ex-diretor tinha relações próximas com o petismo: Lula o chamava de “Paulinho” e guarda um macacão da Petrobras autografado por ele.
Além de também ter macacão autografado por Paulo Roberto, Dilma o teria incluído na seleta lista de convidados para o casamento da filha.
Paulo Roberto era “resolvedor geral” de problemas dos poderosos, da compra de imóveis ao pagamento de despesas pessoais.
Diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa tinha “carta branca” do Planalto para agir com autonomia nos negócios da Petrobras.
A previsão de gastos dos candidatos a presidente, nos três meses de campanha, é maior que os orçamentos anuais do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça somados. Os R$ 916,3 milhões que os presidenciáveis disseram ao Tribunal Superior Eleitoral que vão gastar representam quase o dobro do orçamento do STF (R$ 564,1 milhões) e quatro vezes maior que o do CNJ (R$ 219,2 milhões).
Só o gasto da candidata petista, Dilma Rousseff (RS 298 milhões), e do tucano Aécio Neves (R$ 290 milhões) já bancam um ano de Supremo.
O presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado Ricardo Izar (PSD-SP), duvida de quórum, a 5 dias da eleição, para votar parecer do relator sobre a cassação de Luiz Argôlo: “Ninguém vai aparecer”.
Alvo de processo de cassação Conselho de Ética, Luiz Argôlo (SD-BA) – acusado de ser sócio do megadoleiro Alberto Youssef – segue na campanha pela reeleição, como se nada tivesse ocorrido.
Lula debochou do senador Pedro Simon (PMDB-RS), em visita ao Rio Grande do Sul, e pegou mal. Simon é respeitado no Estado. Dilma ficou irritada. “Isso mais atrapalha do que ajuda”, disse a assessores.
A cúpula da Globo, no Rio, colocou sob observação a sua filiada no Ceará, acusada de ignorar uma ordem do TRE para não veicular comerciais do candidato do PT ao governo, Camilo Santana.
O que é mais suspeito: convidar o ex-diretor para o casamento da filha ou pressionar a Justiça para saber o que ele contou, na delação premiada?

NO BLOG DO NOBLAT
Talita Bedinelli, El País
Na porta de uma das casas de barro da zona rural de Alto Alegre do Pindaré (no oeste maranhense), Lucas, de 3 anos, brinca com um pássaro jaçanã morto ao lado das irmãs Ludmila, 6, e Bruna, 5. Dentro da casa, a mãe, Maria Eliane da Silva, de 22 anos, cuida do filho mais novo de oito meses quando uma equipe da Secretaria de Assistência Social entra para conversar com ela sobre o Bolsa Família.
A família só se cadastrou no programa do Governo federal agora, porque antes não tinha os documentos necessários, apesar de nunca ter tido nenhuma fonte segura de renda na vida. O marido de Maria faz bicos e recebe, quando consegue trabalho, em média 30 reais por dia. Nos meses bons, paga os 50 reais de aluguel da casa de três cômodos e compra comida para os filhos. Nos meses ruins, todos passam dias à base de uma papa feita de farinha e água, contam eles.
Antonilson dos Santos, 23, Maria Eliane Ribeiro da Silva, 22, e os filhos Lucas (esq.), Ludmila, Bruna e Luan (no colo da mãe) - Foto: Alex Almeida


NO BLOG DO CORONEL
Júnior Friboi, hoje PMDB, ontem PSB, amanhã ninguém sabe.

Lula é uma espécie de "sócio honorário" do JBS e de outras empresas que foram beneficiadas com dezenas de bilhões do BNDES, no seu governo, no projeto que os brasileiros pagaram para que o país tivesse grandes empresas transnacionais, líderes globais de mercado. Estas empresas passaram a ter o apoio dos fundos de pensão, compraram outras que faliram justamente por falta dos mesmos empréstimos e se transformaram em grandes doadoras do PT e da base da Dilma. Abaixo, matéria da Folha de São Paulo.
"Potência empresarial que despontou no governo Lula como a maior indústria de carnes do mundo, o JBS tornou-se, nesta eleição, o maior financiador de campanhas políticas do país -- com doações de R$ 113 milhões até o começo do mês. Dona das marcas Friboi, Seara e Vigor, a empresa deu dinheiro para bancar pelo menos 168 candidatos a deputado federal, 197 a deputado estadual, 12 a governador, 13 a senador e três a presidente, da maior parte dos partidos. 
Mas a oposição levou a menor parte. Sócio de empresas e fundos de pensão ligados ao governo nos seus principais negócios, os donos do JBS concentraram 80% das doações nos governistas. O PT recebeu 25% do dinheiro doado e outros 55% foram destinados a sete partidos da base aliada da presidente Dilma Rousseff. 
A empresa também lidera, ao lado da construtora OAS, a lista de maiores doadores da campanha à reeleição de Dilma, a quem deu R$ 20 milhões. Marina Silva (PSB) recebeu R$ 6 milhões, e Aécio Neves (PSDB), R$ 5 milhões. 
Controlado pela família Batista, que começou a vida 60 anos atrás com um açougue no interior de Goiás, o JBS chama a atenção por ter doado bem mais do que campeões tradicionais do financiamento político, como as construtoras Camargo Corrêa, Odebrecht e OAS. O JBS não quis dar entrevista sobre o assunto. Por meio de nota, o grupo declarou que o objetivo de suas doações é "contribuir com o debate político e o desenvolvimento da democracia". 
Afirmou também que a escolha de candidatos e partidos é feita "a partir dos projetos apresentados por ambos e que estejam em linha com seus valores e crenças". Nos últimos oito anos, o JBS aumentou em 465% o valor que destina à política. Na eleição de 2006, a primeira em que atuou com força no financiamento de campanhas, deu R$ 20 milhões (em valores atualizados).
Em 2010, a empresa entrou com R$ 83 milhões, que ajudaram a eleger oito governadores, sete senadores, 40 deputados federais e 19 deputados estaduais, além de Dilma. A busca por acesso ao meio político cresceu na mesma velocidade com que os negócios dos Batista se agigantaram. Apoiado por aportes bilionários do BNDES, o frigorífico, que faturava R$ 3,7 bilhões em 2005, agora tem fábricas em 12 países, 200 mil funcionários e faturou R$ 92 bilhões em 2013. 
"Como toda empresa que fica grande, ela faz doações para ganhar influência no setor público", diz o professor Paulo Arvate, da FGV. "A dúvida é se foi o JBS que se aproximou dos políticos para crescer ou se foram eles que a procuraram quando viram que estava ficando grande."
Para o professor Sergio Lazzarini, do Insper, uma das vantagens que os doadores buscam é acesso facilitado aos candidatos que ajudam a eleger. "Eles conseguem atenção do governo quando necessário e têm ajuda de parlamentares para acelerar ou retardar projetos." A arrancada do JBS começou com a decisão do governo Lula de turbinar quatro frigoríficos para transformá-los em grandes multinacionais. Dois deles quebraram, um não decolou, e o único que seguiu em frente foi o JBS. 
A empresa cresceu comprando concorrentes em dificuldade, no Brasil e no exterior, com apoio do BNDES. Foram R$ 9,5 bilhões, entre aportes e financiamentos. Hoje, o banco é o segundo maior acionista da empresa, com 24,59%. A Caixa Econômica, também controlada pelo governo, tem 10%. A família Batista tem 41,12%. Depois do JBS, os Batista se diversificaram. Atualmente, têm banco, fabricam cosméticos e produtos de limpeza, são sócios da estatal Furnas e construíram uma grande fábrica de celulose, onde são sócios dos fundos de pensão Petros e Funcef."


NO BLOG ALERTA TOTAL

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

O delator premiado Paulo Roberto Costa teria revelado que a compra da refinaria Pasadena pela Petrobras foi usada para fazer caixa dois para as campanhas do PT e seus aliados, além de garantir propinas para os idealizadores e participantes do negócio. Sendo tal revelação verdadeira, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff teriam de ser denunciados pelo Procurador Geral da República. Nada na Petrobras se decide sem o aval direto do titular do Palácio do Planalto. #PT$audações ao Governo do Crime Organizado... 
A chance de tal denúncia se tornar realidade é mínima no Brasil da impunidade. Ainda mais em meio a um processo eleitoral financiado a peso de ouro pelo crime organizado - que compensa e sustenta os processos de perpetuação no poder. É por isso que a Dilma (uma presidenta-candidata), com toda arrogância e empáfia, faz um cínico discurso moralista de que tem “tolerância zero com a corrupção”. Nem mafioso que chora feito carpideira profissional no enterro do inimigo consegue ser um ator tão espetacular. 
Quantos “mensalões” as gestões petralhas movimentam há mais de uma década no poder pelo Brasil afora? Veja denunciou que, desde 2010, o Ministério Público investiga uma ONG criada por petistas na Bahia. A presidente do Instituto Brasil, Dalva Sele Paiva, revelou que a entidade foi criada para ajudar a financiar o caixa eleitoral do PT, desviando R$ 50 milhões de reais dos “projetos sociais” das administrações petistas, desde 2004. 

Dalva Paiva denunciou que o Instituto Brasil recebia os recursos, simulava a prestação do serviço e carreava o dinheiro para os candidatos do PT. Se o acordo pagava pela construção de 1000 casas, por exemplo, o instituto erguia apenas 100. O dinheiro que sobrava era rateado entre os políticos do partido. Pelo menos R$ 17,9 milhões de reais, saíram do Fundo de Combate à Pobreza e acabaram fazendo a riqueza de muitos políticos ladrões. Cabe perguntar de novo: quantos mensalões como este a petralhada tem pelo Brasil afora? 
Grande parte do eleitorado brasileiro nem quer saber de responder a tal pergunta. Corrompida pela ignorância, a massa de manobra não dá bola para denúncias da oposição a cada dois anos em que jogamos bilhões de reais fora com as eleições. Quem recebe alguma vantagem do esquema de poder vota fiel e fanaticamente com o governo. Como o sistema processual brasileiro é burocrático, lento e aceita infindáveis recursos, até que uma decisão judicial final se torne “transitada em julgado”, a impunidade vigora. O corrupto não é punido em tempo hábil e na intensidade correta, justa e perfeita. Enquanto fica impune, usa e abusa do poder para roubar, corromper, enriquecer e perpetuar a governança organizada do crime. 
Só uma profunda revolução cultural seria capaz de mudar tal quadro de corrupção, injustiça e impunidade. Na atual conjuntura, apesar da indignação dos segmentos esclarecidos da sociedade, não há um sinal claro e objetivo de que o Brasil vai ser dirigido por políticos honestos e competentes. Muito pelo contrário, a tendência é a manutenção da vagabundagem e da patifaria vigentes. O sistema do crime organizado é claramente hegemônico. Tudo financiado pelo cidadão de bem que se comporta como um rato que ruge e pelos idiotas dão o voto para empregar os ladrões na máquina pública. 
O poder de reação das pessoas honestas é infinitamente inferior ao poderio dos gestores do governo do crime organizado. Quem ousa sair da zona de conforto, para protestar ou denunciar, fica dependente de outras instâncias diretamente influenciáveis pelos poderes corruptos de Bruzundanga. O Ministério Público, as Polícias e órgãos de controladoria investigam e formulam denúncias. O Judiciário até acata algumas, condena alguns bodes expiatórios. No entanto, o sistema criminoso não é desmantelado no final das contas. Os poderosos chefões, de verdade, raramente são apanhados. Assim, a corrupção se retroalimenta, e a nação toma no TCU... 
O cenário é dantesco. Apesar de altamente desgastada e detonada pela Oligarquia Financeira Transnacional, que não confia mais nos petralhas, Dilma Rousseff até tem chances de se reeleger. A “oposição” dá um show de incompetência. Parece fazer força para não ganhar a eleição. Marina Silva, por ter DNA petista, demonstra chances de derrotar a Dilma. Evidentemente, uma vitória do continuísmo ideológico. O plano é que tudo permaneça como sempre esteve há 12 anos... O Capimunismo não vai se alterar, no máximo sofre remendos. Petralhas que infestam a máquina feito pragas ainda terão a chance de vender, caríssima, a aparente retirada do teatro de poder. 
Só um imprevisível milagre, nos próximos 10 dias, pode dar alguma chance a Aécio Neves conseguir disputar um segundo turno eleitoral contra Dilma ou Marina. Aécio foi claramente sabotado em sua campanha. Seu marketing foi tão incompetente que nem conseguiu associar a imagem dele com a do falecido avô Tancredo Neves. Foi tão ruim que evitou dar destaque às propostas econômicas do Armínio Fraga. Tão mal articulado que nem conquistou a adesão explícita do mineiro Joaquim Barbosa – figura que, no imaginário popular, poderia abalar o PT, expondo sua corrupção. Aécio terá apenas os votos dos teimosos que rejeitam Dilma e Marina - as primas gêmeas na vanguarda do atraso. 
Dilma reeleita será o caos do continuísmo de tudo que vem dando errado. Marina eleita representará uma incógnita institucional, com altas chances de manter o sistema de governabilidade nas mãos do PMDB – o partido permanentemente governista, apesar dos também constantes desgastes de imagem. Não é à toa que José Sarney (aliado mor do petismo) é um símbolo da imortalidade desta moribunda politicagem brasileira. Sarneys se multiplicam e se eternizam em Bruzundanga... 
A metáfora política do Brasil é de uma ave Fênix que, sempre queimada no fogo do inferno, renasce, a cada dois anos de eleição, parida de um ovo podre chocado na esgotosfera, até ao rotineiro retorno triunfal ao ninho palaciano dos três apodrecidos poderes. A sorte dos corruptos no Brasil é a passividade da minoria insatisfeita. O sistema é tão vagabundo que recebe críticas, se adapta a elas e não se transforma. No mundo virtual, qualquer um grita e até tem razão. Mas, no mundo real, pouco ou nada se altera. A indignação pode ser grande. No entanto, o conformismo é dominante, enquanto a putaria é hegemônica. Perda Total para o Brasil! 
Por isto, o símbolo do buraco em que estamos metidos aparece no instante imortalizado na fotografia acima – clicada no ano de 2008. Nela, Dilma Rousseff aparece com o Paulo Roberto Costa atrás dela, olhando maliciosamente, não se sabe para onde... Ambos com o uniforme de empregados da Petrobras (que lembra a cor da roupa de algumas penitenciárias retratadas em filmes de Hollywood)... Dilma adoraria que fosse uma montagem... Mas não é... 
Retrato de uma realidade que a impunidade tenta esconder, tal imagem vale mais que mil palavrões... Quem é o mais poderoso na fotografia? Certamente, é o sujeito oculto – que nela não aparece. Ele, com certeza, está por trás da Dilma e do “Paulinho”. Seu diabólico nome talvez até seja citado nos processos da Lava Jato e em outras operações menos votadas, geralmente correndo sob estranho segredo judicial. Acontece que nada atinge o blindado companheiro. 
O dantesco significado imagético de tudo isso: #PT$audações ao Governo do Crime Organizado... 
Delação ou encenação? 


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