DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 10-9-2014

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
Na entrevista ao Jornal Nacional de 18 de agosto, Dilma Rousseff repetiu a informação pendurada na manchete do Blog do Planalto: com a importação dos 14 mil médicos formados em Cuba, passaram a ser atendidas 50 milhões de pessoas que nunca tinham visto um doutor de perto. Cada jaleco cubano, portanto, cuida de 3.571 possíveis clientes.
Segundo a aritmética presidencial, basta multiplicar por 3.571 os 400 mil profissionais cadastrados nos Conselhos Regionais de Medicina para chegar-se a uma descoberta assombrosa: com pouco mais de 200 milhões de habitantes, o Brasil já dispõe de um exército de branco com capacidade para garantir a saúde de 1,4 bilhão de viventes.
Esse colosso é suficiente para atender toda a população do continente americano (950 milhões), mais uma Rússia (143 milhões), um Japão (127 milhões) e uma França (66 milhões). Ou seja: pelas contas da chefe de governo, o Brasil Maravilha agora tem tantos médicos que o único problema é a falta de pacientes.

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
O Ministério Público Federal requereu à Justiça do Paraná a anulação do acordo de delação premiada que beneficiou o mega-doleiro Alberto Youssef em 2004, no caso Banestado. Condenado pelo envolvimento no escândalo, ele admitiu ter movimentado ao exterior mais de US$ 5 bilhões ilegalmente. No acordo, que o livrou da cadeia, Youssef se comprometeu a não cometer mais crimes e a entregar comparsas.
Ao sustentar a anulação do acordo, o MPF lembrou que a Operação Lava Jato constatou que Youssef até expandiu seus “negócios”.
Os processos suspensos em razão do acordo de delação premiada devem ser retomados. E Youssef terá anos adicionais de cadeia.
Em sua petição à Justiça Federal, a procuradora Mônica Dorotea Bora mostrou que não há extinção de punibilidade em razão de prescrição.
O caso do Banestado, em 2002, foi investigado pela Polícia Federal por remessas ilegais de US$30 bilhões ao exterior, por meio de contas CC5.
Assim como Guido Mantega (Fazenda), que já teve sua demissão confirmada em eventual segundo governo de Dilma, o ministro Edison Lobão (Minas e Energia) também entrou na lista negra da presidenta. No PMDB, lideranças admitem que será difícil o partido brigar para manter Lobão no cargo, caso venham a ser confirmados os rumores de sua participação no esquema bilionário de corrupção na Petrobras.
O ministro Edison Lobão está de férias desde terça (2). O secretário-executivo, Márcio Zimmermann, assumiu interinamente o cargo.
Políticos citados por Paulo Roberto Costa adotaram discurso padrão: “Mais importante do que a acusação são as provas”. Humm…
Citado na delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Costa, o ex-governador Sérgio Cabral tem dito a aliados que o escândalo “colará muito mais na campanha do PT que na campanha do PMDB no Rio”.
Os médicos do Congresso prescreveram doses industriais de tranquilizantes desde a delação premiada do ex-diretor da Petrobras.

NO BLOG DO NOBLAT
Fábio Fabrini e Andreza Matais, Estadão
O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, acusado de comandar esquema de corrupção na estatal, recebeu R$ 36,9 milhões em contas de cinco bancos, abertas em seu nome. O genro de Costa, Humberto Sampaio, recebeu R$ 42 milhões. Segundo a Polícia Federal, ele é dono do Grupo Pragmática, alimentado com recursos de fornecedores da estatal. Já as duas filhas do ex-diretor, Arianna e Shanni Azevedo, obtiveram, respectivamente, R$ 5,7 milhões e R$ 4,4 milhões.
Os dados constam das quebras de sigilo remetidas à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras, que investiga o caso. A oposição tenta marcar novo depoimento de Costa para dar detalhes do esquema, delatado por ele, que teria beneficiado políticos e partidos da base aliada. O ex-diretor colabora com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, em troca de redução de pena.

Veja
Quatro presos na Operação Lava-Jato da Polícia Federal tentaram fugir no último dia 3 de setembro, segundo o Departamento de Execuções Penais da Secretaria de Justiça do Paraná. O relatório assinado por um agente penitenciário informa que Carlos Habib Chaper, René Luiz Pereira, André Catão de Miranda e André Luiz Paula dos Santos tentaram escapar logo após uma audiência na Justiça Federal em Curitiba.
De acordo com o documento, eles pediram para "melhorar a ventilação" de uma viatura em que eram conduzidos e, em seguida, empurraram o agente penitenciário Leonardo Cazais junto com a porta do carro. O agente, no entanto, conseguiu conter o grupo. Segundo o agente, os acusados também teriam ameaçado policiais militares "utilizando para isso suas condições financeiras e dizendo que eles seriam processados".
PF recolheu relógios, joias e outros artigos de alto padrão - Foto: Divulgação / Polícia Federal

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
Ai, ai… Vamos lá, seguindo sempre a máxima de Voltaire, segundo a qual o segredo de aborrecer é dizer tudo. Nesta segunda, as candidatas Dilma Rousseff, do PT, e Marina Silva, do PSB, passaram o dia tentando saber quem gostava menos de banqueiros e de bancos. Era o confronto de dois discursos do fingimento.
O PT, a partir de 2003, viveu uma verdadeira lua de mel com o setor — interrompida pelo atual governo — não por ideologia, mas por incompetência mesmo. Dilma, é evidente, não tem moral para chamar Marina de “candidata dos bancos”, moral que também falta a Marina para acusar Dilma de beneficiária da “bolsa banqueiro”.
A petista mandou seu recado aos companheiros do mercado financeiro anunciando a demissão de Guido Mantega caso seja reeleita — de fato, demitido ele já está agora. E Marina, mais do que recado, mandou foi uma equipe de emissários para “explicar” seu programa de governo a mais de 500 clientes do Bank of America Merrill Lynch (BofA). O encontro ocorreu anteontem, dia 8, num hotel de São Paulo.
Esperem! Usei a palavra “emissários”? Em “marinês”, não é assim que se fala: eles são “vocalizadores”. Fora falar aos “sagazes brichotes”, como os chamaria o poeta Gregório de Matos no século 17, os seguintes “vocalizadores”: Walter Feldman, João Paulo Capobianco; André Lara Resende; Maurício Rands; Beto Albuquerque e Basileo Margarido.
Este blog teve acesso a uma síntese do que se disse lá. Trata-se, sem dúvida, de um troço bem “sonhático”, o neologismo com que Marina pretende conciliar sonho e pragmatismo. Alguém quis saber sobre o compromisso anunciado pela candidata com inflação e juros baixos. Coube a Lara Resende responder. Inflação, disse, é um sintoma. E começará a ser atacada pela parte fiscal para forçar a queda dos juros. Tá. E os preços administrados represados? Ele respondeu que é um absurdo o estímulo aos combustíveis fósseis. Os que o ouviram saíram de lá com a impressão de que ele defende um tarifaço de cara para retomar a credibilidade…
Os “vocalizadores” de Marina também acham que o câmbio está valorizado de maneira artificial, e se supõe, então, que a turma pretenda trabalhar com um dólar mais fraco e um real mais forte. Não se sabe se o mesmo discurso seria empregado com empresários do setor produtivo ligados à exportação, por exemplo. Este tenderia a ficar assustado.
Os “sonháticos” acreditam que a reforma política é a “mãe” de todas as reformas, mas pretendem começar com a tributária, que simplifique a área, o que seria feito aos poucos, de forma fatiada. Eles também declararam a sua adesão incondicional ao tripé macroeconômico: metas fiscais, de inflação e câmbio flutuante.
No primeiro ano, eles dizem, a meta de inflação poderia ser um pouco maior do que os 4,5%, mas sempre declinante. O empresariado seria ainda convocado para uma espécie de mutirão da infraestrutura, e a categoria deixaria de ser “tratada como bandida”. Falou-se até em rever a postura “perversa e autoritária” da Receita Federal. Ah, sim: como eles gostam duma reunião, seria criado um “Conselho de Responsabilidade Fiscal”, com vários setores da sociedade.
E na política?
Bem, nessa área o bicho pega, e a coisa vai ficando nebulosa, mas todos já estavam encantados com as promessas na área econômica. O negócio é o seguinte: os “sonháticos” acreditam que a vitória de Marina vai acarretar uma profunda reestruturação partidária no país. Não! Ela não estaria preocupada nem com o PSB nem com a Rede. Apelaria, para usar uma expressão lá empregada, a um “banco de reservas” do PT, do PSDB e de outros partidos. Querem fazer uma reforma política com unificação das eleições, mandatos de cinco anos e fim da reeleição para cargos executivos.
Comitê de Busca dos Homens de Bem
Afinal, eles asseguram, na “nova política”, as ferramentas são as mesmas, mas o jeito é outro. Os “vocalizadores” indagaram por que não poderiam escolher os quadros pelo currículo, em vez de falar com o Sarney. Para isso, pretendem criar um tal “Comitê de Busca dos Homens de Bem”, expressão que foi empregada pela própria Marina na sua visita a Minas, nesta segunda. Isso seria sair da “democracia 1.0 para a democracia 2.0”.
A turma quer fazer as reformas política, tributária, fiscal, da Previdência e do Estado. Mas com que Congresso? Feldman assegurou que diversos parlamentares já procuram os “marineiros” em nome dessa relação programática e que será criada uma frente suprapartidária. Talvez não se dando conta exatamente do que falava, Beto Albuquerque, o candidato a vice, lembrou que o “baixo-clero” sempre se aproxima de quem vence… Nem diga!
No mais, darão, sim, importância ao pré-sal; saberão compatibilizar ambientalismo com agronegócio; pretendem fixar metas para cada área; querem um Estado como protagonista da saúde, educação e segurança — para o resto, contam a com a iniciativa privada —; educação pública em tempo integral e melhoria do SUS, com correção das ineficiências. Nesse paraíso, só ficam faltando, como se vê, a cobra e a maçã. Ou será que não?
Todos saíram de lá muito impressionados e achando que Marina, se eleita, será “pró-business”. Houve quem afirmasse que a conversa lembra, assim, uma “Terceira Via” à moda Tony Blair: amigo dos mercados, mas com um sotaque social.
É… Em 1997, Blair pôs fim a 18 anos de governo conservador na Grã-Bretanha. Em 1995, na liderança do Partido Trabalhista, ele fez mudar o conteúdo da famosa Cláusula IV, que havia sido redigida em 1917, ano da Revolução Russa, e que compunha o programa do partido desde 1918. Se vocês clicarem aqui, terão acesso às duas versões. A original afirmava que os operários só seriam donos de seu trabalho e dele poderiam usufruir plenamente com o fim da propriedade privada. Isso acabou.
Ou por outra: Blair mudou o programa do partido, fortaleceu-o, disputou eleições e venceu. Do outro lado, estavam os conservadores não menos fortes e organizados. O plano de Marina, como a gente vê, também expressa uma conversão aos valores de mercado — e isso é bom! —, mas os seus “vocalizadores” dizem que ela vai governar com os bons, apelando a um Comitê de Busca dos Homens de Bem e apostando numa profunda reorganização partidária. Pretende, assim, fazer aquela penca de reformas.
Eu, que sou apenas um ucraniano preocupado, pergunto: alguém já combinou com os russos?

NO BLOG DO CORONEL
Dilma acusa Marina de ser sustentada pelo Itaú. Marina acusa Dilma ter ter criado bolsa empresário. Mas as duas não rasgam dinheiro nas suas campanhas.

A campanha à reeleição de Dilma Rousseff recebeu R$ 9,5 milhões em doações de bancos e empresas ligadas a eles, até o final de agosto, de acordo com a segunda declaração parcial apresentada ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O valor representa 7,7% de tudo o que foi captado (R$ 123,6 milhões). Sexto maior banco do país em ativos, o BTG Pactual doou R$ 3,25 milhões. Duas empresas do grupo doaram mais R$ 3,25 milhões.Dos R$ 22,2 milhões declarados pela campanha de Marina Silva (PSB) até agora, R$ 4,5 milhões (20,3%) foram doados por bancos e financeiras. A maior parcela veio do Itaú Unibanco: R$ 2 milhões, em 5 de agosto. Neca Setubal, herdeira do banco, coordena o programa de governo do PSB. (FSP)

O Brasil é a economia do G-20 que registrou a maior queda no número de pessoas que de fato são economicamente ativas no último ano. Com isso, dados divulgados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) revelam que o Brasil tem o quinto menor índice de desemprego entre os países do G-20. Ou seja: o que diminuiu não foi o desemprego, mas o número de pessoas que procuram trabalho, acomodados pela cobertura da Bolsa Família e outros programas sociais.
A taxa de desemprego ficou baixa no Brasil não porque aumentou a oferta de vagas no mercado, mas porque houve uma queda na população economicamente ativa. O índice de desemprego representa a parcela da população que está sem trabalho. Mas, ainda assim, está em busca um emprego. Aqueles que nem trabalham nem buscam uma vaga não são contabilizados. 
Segundo o informe, a taxa de desemprego no Brasil no primeiro trimestre deste ano foi de apenas 4,9%. Mas o que chama a atenção da OIT é que, em março de 2014, 60,8% da população participava do mercado de trabalho. Em 12 meses, o índice recuou 1,6%, a maior queda entre todas as economias avaliadas. Em mercados como o do México, Coreia do Sul e África do Sul, a taxa de participação aumentou em até 1%. Ou seja: o Brasil está na contramão do mundo.
De fato, a taxa de brasileiros que estavam empregados foi de 57,8%, com uma redução de 1,2% em comparação ao mesmo período de 2013. A queda também é a maior entre todas as economias do G-20. É o resultado perverso do bolsismo do lulopetismo que não oferece porta de saída para o beneficiado, acomodando-o e tornando-o dependente do estado. Em termos de eleições, mais de 40% dos brasileiros que votam são beneficiados por um programa social.

NO BLOG DO JOSIAS
A família do doleiro Alberto Youssef o pressiona para que negocie com o Ministério Público Federal os termos de um acordo de delação premiada semelhante ao que foi fechado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Youssef discutiu a hipótese com seus advogados. Não bateu o martelo. Mas sinalizou a intenção de seguir outro caminho. Equipa-se para tentar anular nos tribunais superiores de Brasília o inquérito da Operação Lava Jato e os processos dele decorrentes.
Operação Lava Jato da PF18 fotos3 / 18
17.mar.2014 - Camaro apreendido pela Polícia Federal durante a operação Lava-Jato, que expediu mandados de prisão de 47 pessoas por lavagem de dinheiro em sete Estados. Numa operação envolvendo 400 policiais, foram expedidos mandados de prisão nos Estados do Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e no Distrito Federal. Além das detenções, foram executados 81 mandados de busca e apreensão Leia mais Divulgação/Polícia Federal
Além da pressão familiar, Youssef recebeu indicações de que sua delação interessa também às autoridades envolvidas no caso. No esquema de corrupção da Petrobras, empreiteiras davam propinas milionárias a políticos governistas para obter contratos na estatal.
Do lado de dentro da Petrobras, Paulo Roberto Costa azeitava os desvios. Desde 29 de agosto, ele conta o que sabe a procuradores e delegados federais. Do lado de fora, cabia a Alberto Youssef lavar o dinheiro sujo. Tornando-se delator, ele permitiria aos investigadores fechar o cerco aos corruptos e corruptores a partir das duas extremidades do esquema.
Deve-se a resistência de Youssef em tornar-se um réu-colaborador ao advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. Os dois têm se reunido semanalmente. A última conversa ocorreu há sete dias, na quinta-feira da semana passada. Nela, Youssef relatou a pressão que recebe da família para aderir à delação.
Preso há seis meses, queixou-se das condições carcerárias. Classificou sua situação de degradante. Divide uma cela com outros três presos. Um buraco no chão faz as vezes de vaso sanitário. A água para o banho é fria. Segundo seu relato, a coisa piora nos finais de semana. Fica trancafiado do meio da tarde de sexta até a tarde de segunda, sem banho de sol.
Paulo Roberto, que coabitava a mesma cela, teve, por assim dizer, um up-gradeprisional desde que resolveu abrir o bico. Youssef revelou-se preocupado com a rendição do ex-parceiro. Perguntou a Kakay o que achava. O advogado repetiu algo que já dissera ao cliente. Considera desaconselhável a delação premiada. Avalia que há boas chances de anular a Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal ou no Superior Tribunal de Justiça.
Saiba quem são políticos delatados por ex-diretor da Petrobras13 fotos1 / 13
PAULO ROBERTO COSTA, O DELATOR - Investigado pela Operação Lava Jato da Polícia Federal, que apura esquema bilionário de lavagem de dinheiro, Paulo Roberto Costa é ex-diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras, cargo que ocupou entre 2004 e 2012. Foi preso em março deste ano por tentar ocultar provas que o incriminavam. Solto em maio, foi preso novamente em junho, e fez acordo de delação premiada com a PF em agosto, o que possibilitaria uma redução de sua pena em caso de condenação. Em depoimentos gravados feitos à polícia, ele cita, segundo a revista "Veja", ao menos 25 deputados federias, 6 senadores, 3 governadores, um ministro de Estado e pelo menos três partidos políticos (PT, PMDB e PP), que teriam recebido propina de 3% do valor dos contratos da estatal Leia mais Renato Costa/Frame/Folhapress
De resto, Kakay recordou a Youssef que, havendo a delação, ele terá de abandonar a defesa. Advogado de “metade dos políticos e empresários desse país”, como costuma dizer, Kakay já teve alguns de seus clientes alvejados pelo delator Paulo Roberto. Entre eles a governadora maranhense Roseana Sarney e o senador Romero Jucá, incluídos pelo ex-diretor da Petrobras no rol dos supostos beneficiários do propinoduto. Numa eventual delação de Youssef, o número de clientes de Kakay engolfados pelo escândalo roçaria a casa das duas dezenas.
Kakay não defende Youssef na primeira instância do Judiciário. Ali, o doleiro é representado pelo doutor Antonio Figueiredo Basto. O mesmo advogado que assessorou o doleiro no escândalo do Banestado, estréia de Youssef no noticiário policial de âmbito federal. Acusado de ser o principal operador do esquema que movimentou perto de US$ 30 bilhões, Youssef firmou na ocasião um acordo de delação premiada. Por ironia, o juiz que atuava no caso era Sérgio Moro, atual titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, onde correm os processos da Lava Jato.
Embora seja menos enfático do que Kakay, o doutor Figueredo Basto também soa contrário à delação nas conversas que mantém com Youssef. Mas ele não deixa de mencionar os benefícios judiciais que a colaboração poderia render. E realça que, no limite, caberá ao próprio Youssef decidir que caminho prefere adotar.
Se mantiver a disposição de recorrer aos tribunais superiores de Brasília, Youssef terá de se conformar com a perspectiva de uma cana longeva. Antes de chegar à Capital, os processos fazem escala no que os advogados chamam de “tribunal de passagem'', no Estado. A travessia é rápida como o deslocamento de uma tartaruga manca. Em Brasília, Kakay não cogita enfrentar as acusações que pesam contra Youssef. Vai escorar suas petições em “teses processuais'', não no mérito das denúncias.
Kakay coleciona “erros'' supostamente cometidos pelo Ministério Público e pela Polícia Federal. Invocando-os, pretende sustentar nos tribunais de Brasília a tese segundo a qual os responsáveis pela Lava Jato não observaram o “devido processo legal”. Outra tese que a defesa pretende esgrimir na Capital é a de que o juiz Sérgio Moro não teria competência legal para tratar, a partir de uma Vara de Curitiba, de um caso que tem abrangência nacional.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Paulo Roberto Costa, o homem-bomba da Petrobras, quando despachava diretamente com Lula e Dilma
O nome do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB­AL), foi mencionado pelo ex­diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa em depoimentos prestados à Justiça na tentativa de conseguir o perdão judicial por meio da delação premiada. A empresa UTC Engenharia também foi citada pelo ex­executivo como integrante do esquema que desviou recursos de contratos bilionários da Petrobrás. As empresas ganhariam os contratos em troca de pagar propina de 3% para deputados e senadores, conforme antecipado pelo portal do Estado na tarde desta sexta-­feira,(05).
O Estado apurou que um dos negócios mencionados envolvendo Renan é um acerto com o doleiro Alberto Youssef para que o Postalis comprasse R$ 50 milhões emitidos da Marsans Viagens e Turismo, que tinha Youssef como um dos investidores. O doleiro teria se reunido com Renan, em Brasília, no início de março, para acertar a comissão do PMDB nesse negócio. O fundo de pensão dos Correios é controlado pelo PMDB e PT. O negócio não ocorreu porque estava em curso quando Youssef e Costa foram presos. A empresa fechou após as prisões. A assessoria de Renan afirmou que não localizou o senador para comentar o assunto. Procurada, a UTC Engenharia emitiu nota onde afirma que: "é uma empresa com 40 anos no mercado, referência no segmento de óleo e gás. As obras realizadas para a Petrobras foram contratadas através de processos licitatórios, seguindo todos os trâmites legais. A UTC repudia qualquer insinuação envolvendo seu nome a práticas que contrariam as leis e a ética".
Paulo Roberto Costa: a delação é longa e se mostra preocupado por se considerar um "arquivo vivo".
DEPOIMENTOS DIÁRIOS
No início das investigações foram citados nomes de vários parlamentares e partidos sdupostamente envolvidos no esquema de corrupção. Entre eles, o tesoureiro do PT, João Vaccari, os deputados André Vargas (sem partido­DF), Luiz Argolo (SD­BA) e o senador Fernando Collor (PTB­AL). O portal do Estado revelou nesta sexta­feira que o ex­diretor da Petrobrás envolveu 32 deputados e senadores e um governador de cinco partidos políticos que receberiam 3% de propina em negócios com contratos da Petrobrás durante sua gestão na diretoria de abastecimento da empresa (clique aqui para ler). Desde sexta­feira passada, 29, Costa está prestando depoimentos diários que se estenderam por toda semana numa tentativa de conseguir o perdão judicial por meio da delação premiada.
O Estado apurou que Costa relatou aos policiais a formação de um cartel de partidos políticos que atuavam para desviar recursos da Petrobrás por meio de comissões em contratos arranjados. E exemplificou: "Todo dia tinha político batendo na minha porta". Num dos depoimentos, ele citou uma conta de um "operador do PMDB" em um banco europeu.
Costa contou que os desvios nos contratos da Petrobrás envolveriam desde o funcionário do terceiro escalão até a cúpula da empresa, durante sua gestão na diretoria de Abastecimento. O ex­-executivo também citou nomes de empreiteiras que conseguiram os contratos. Inicialmente seu alvo foram as empresas, mas não havia como isentar os olíticos, uma vez que foram beneficiados com propinas. Por causa da citação aos políticos, que têm foro privilegiado, os depoimentos estão sendo enviados para a Procuradoria ­Geral da República. O Estado apurou que o acordo de delação premiada assinado por Costa prevê praticamente o perdão judicial. A pena será mínima perto dos 50 anos que poderia pegar se responder aos processos. Ele deve ficar um ano usando tornozeleira eletrônica, em casa, no Rio, sem poder sair na rua.
"ARQUIVO VIVO"
Os depoimentos têm sido longos. No primeiro dia duraram mais de quatro horas. Pessoas que estiveram com ele dizem que está exausto, mas se diz aliviado. O ex­-executivo teria demonstrado preocupação apenas quando soube que a imprensa noticiou a delação premiada. Seu temor é se tornar um "arquivo vivo". São horas de relatos, acompanhados de um advogado, um delegado e um membro do Ministério Público.
Os depoimentos são todos filmados e tomados em uma sala na Custódia da PF. Ao final de cada dia, são lacrados e criptografados pelo MPF, que os envia diretamente para a PGR que mandou emissário a Curitiba no início do processo de delação. O doleiro Alberto Youssef, também preso acusado de ser um dos cabeças do esquema desbaratado pela Lava Jato, também tentou negociar com o MP uma nova delação premiada (ele fez a primeira no caso do Banestado), mas o advogado o demoveu porque pegaria pelo menos 3 anos de prisão, em regime fechado. Do site do jornal O Estado de S. Paulo

NO BLOG ALERTA TOTAL
Investidores denunciam à CVM que Dilma, Mantega e fundos apoiavam atos de Paulo Roberto na Petrobras
Documentos e atas apresentados por investidores à Comissão de Valores Mobiliários confirmam que Dilma Rousseff, quando ministra e conselheira-presidente de Luiz Inácio Lula da Silva e, depois, Presidenta da República, tinha pleno conhecimento e respaldava todas as ações de diretores executivos e membros dos conselhos de Administração e Fiscal da Petrobras.
Por isso, vai falhar a manobra do Palácio do Planalto de desvincular Dilma por responsabilidade direta ou indireta nos problemas gerados por Paulo Roberto Costa que, sem ser diretor financeiro, mas apenas de abastecimento, controlava 1.832 contas correntes do sistema Petrobras (a maioria no Banco do Brasil, que é alvo dos investigadores da Operação Lava Jato).
Acionistas minoritários da empresa comprovaram à CVM que Dilma apoiava as decisões de gestão na Petrobras junto com Guido Mantega (seu ministro desafeto, demitido tecnicamente da Fazenda). Tudo acontecia em parceria com o BNDES, BNDESpar e os fundos de pensão Previ, Petros e Funcef, que elegiam conselheiros ao arrepio da Lei das Sociedades Anônimas e das normas da CVM.
Os investidores denunciaram Dilma, Mantega, conselheiros da Petrobras, BNDES e fundos de pensão pelos delitos de conflito de interesses e abuso de poder controlador por parte da União Federal. Se o caso avançar para a esfera jurídica e legislativa, Dilma pode acabar enquadrada por crime de responsabilidade – que a torna passível de impeachment.
Detentores de ações ordinárias e preferenciais da Petrobras representaram à CVM para que “fixe o entendimento de que acionistas que forem vinculados ao controlador da companhia (União Federal) não podem participar das votações em separado nas quais são eleitos os representantes dos minoritários nos Conselhos de Administração e Fiscal”. Os investidores reclamaram que essa prática irregular é comum há pelo menos 10 anos, ferindo o artigo 9º, parágrafo 1º, IV, da Lei 6.385/1976, além de contrariar as normas da CVM, xerife do mercado de capitais no Brasil.
Além de pedir que o BNDES, BNDESpar, Petros (Petrobras), Previ (Banco do Brasil) e Funcef (Caixa Econômica Federal) fiquem impedidos de interferir na escolha de conselheiros da Petrobras, os investidores pedem que a União, seu banco de fomento e os fundos de pensão sejam condenados ao pagamento de multa pelos atos que configuraram conflito de interesses e abuso de poder de controle acionário. Se a CVM cumprir suas próprias normas, permitindo aos acionistas minoritários escolherem representantes para fiscalizar e tomar decisões gerenciais em favor da empresa, poderiam ser evitados escândalos como a Lava Jato e outros evidentes crimes, também investigados por auditorias do Tribunal de Contas da União. 
Dilma já sabe que, se perder a eleição (o que é bem provável), todas as broncas da Petrobras cairão em seu colo. Este é o mesmo drama de Guido Mantega, que só não deixa o cargo de ministro para não ficar sem o “foro privilegiado” contra as ações movidas contra ele na Petrobras (onde preside o conselho que respaldou ações ou se omitiu em manobras erradas de Paulo Roberto Costa).
Mantega também é alvo de broncas judiciais na esfera da Eletrobras e na área leonina da Receita Federal. O ministro caído da Fazenda é questionado porque o Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o COAF, vinculado ao Ministério, não foi eficiente em “prevenir a utilização dos setores econômicos para a lavagem de dinheiro e financiamento de terrorismo” – conforme crimes que se comprovam nas investigações da Operação Lava Jato.
Quem fica em situação mais embaraçosa que Mantega é sua desafeta Dilma Rousseff. Se a Presidenta sabia do que se passava na Petrobras, fica passível de conivência com os crimes. Se de nada sabia, como sempre tenta alegar em defesa própria, Dilma se concede um atestado de incompetência para gerir o Brasil.
Agradecimentos...


Ministros do TCU, com certeza, não leram as três linhas finais do Extrato de Ata do Conselho de Administração da Petrobras, datada de 3 de maio de 2012, onde ficou escrito aquilo que seria hoje uma piada:
“O presidente do Conselho de Administração, Guido Mantega, em face da renúncia do diretor Paulo Roberto Costa (...) Outrossim, determinou o registro dos agradecimentos do colegiado ao Diretor que deixa o cargo, pelos relevantes serviços prestados à companhia, no desempenho de suas funções”.
O documento é assinado por Hélio Shiguenobu Fujikawa, Secretário-Geral da Petrobras, sendo registrado na Junta Comercial do Rio de Janeiro com o número 00002327390, em 16 de maio de 2012.
A Grande Família

Empreiteira garante que jato de Lula não é dela

A Assessoria de imprensa da Andrade Gutierrez nos procurou ontem para esclarecer que a aeronave citada na nota “Lula a Jato”, prefixo PR-DIB, não pertence à empresa, conforme publicado na edição de 8 de setembro.
Lobistas de Brasília garantem que a aeronave da foto é usada por Lula em seus deslocamentos pelo País.
Resta agora descobrir quem seria o dono do jatinho que tanta carona dá ao ex-Presidente...
A aposta em Brasília é que ela pertença ao Papai Noel, que também se veste de vermelho igual aos petistas, e gosta de ajudar os amigos necessitados...
O roteiro
O avião de Lula saiu Campo de Marte às 9h45 da manhã de domingo, 7 de setembro, com 4 passageiros, para a reunião de emergência sobre o caso Paulo Roberto Costa.
Chegou em Brasília 11h38min, com estacionamento em área de autoridades (Hangar 3 do BSB JK).
Como a reunião foi relâmpago, o jatinho partiu de Brasília às 14h45 e desceu em Congonhas 16h07min.
Por fim, retornou com os pilotos para BH às 18h30min.
Ruim para todas

Ainda bem que a Presidenta Dilma sacaneou a Marina, ironizando:
“Não tenho banqueiro me sustentando”...
Do jeito que a Dilma administra, sem saber de nada, até o banqueiro acabaria indo à falência...
O amor é lindo...
Marina deixou ontem seus adversários PTs da vida ao avacalhar que petistas e tucanos sofrem da famosa síndrome de Estocolmo:
“O PT se apaixonou por quem sequestrou seus sonhos: Renan, Sarney, Jader Barbalho, Maluf. Com o PSDB é a mesma coisa”.
Quem vive cortejada pela Oligarquia Financeira nacional e transnacional, como a Marina, deve saber o que diz pelo Twitter...
Rebaixada
Depois de ter “demitido tecnicamente”, por repetidas vezes, nos últimos dias, o Ministro da Fazenda de seu desgoverno, Dilma Rousseff nem tem o direito de ficar PT da vida com a agência de classificação Moody´s, por ter revisado a perspectiva de risco do Brasil de estável para negativa.
A inabilidade e incompetência de Dilma fazem jus ao rating BAA2.
A Moody´s adverte que a economia brasileira continuará com crescimento baixo e abaixo do potencial do país, junto com a piora dos indicadores de dívida – graças à manutenção da política de juros altos combinada com a gastança pública.
Jogada da Porto Seguro
Controlada pelo Itaú-Unibanco, a Porto Seguro (Bovespa PSSA3), presidida por Fábio Luchetti, criou uma armadilha para os clientes do cartão de crédito com sua marca que desejam renovar alguns seguros – inclusive o “seguro fiança”, que de seguro não tem nada...
Na tela de renovação ou contratação do seguro fiança, aparece para o corretor a opção de pagamento com cartão de crédito.
No entanto, na hora em que o corretor programa a operação, o sistema alega que não pode usar o cartão para fazer o negócio, e o cliente é obrigado a pagar na modalidade de débito em conta corrente.
O cliente do cartão Porto Seguro Internacional, bandeira Visa, número 4121 7706 9876 71xx, foi vítima desta brincadeirinha da seguradora na hora de renovar o “estelionato-fiança” (negócio com vantagens apenas para a seguradora e não para quem é forçado a fazê-lo, em evidente operação ilegal de “compra casada”, se quiser fazer ou renovar o aluguel de um imóvel).
Providências
O consumidor prejudicado já formalizou uma queixa ao Banco Central do Brasil e à Superintendência de Seguros Privados, exigindo uma providência para que demais consumidores não sejam lesados.
Também fez a denúncia aos organismos e demais órgãos de defesa do consumidor.
E, como os errados temem sempre a pressão das redes sociais, publicou no Facebook, no Twitter e até no “Zap-zap”...
Aliás, o tal “seguro fiança” é um produto praticamente monopolizado da Porto Seguro com a conveniência das imobiliárias, que ainda ganham comissões de corretagem em cima do otário obrigado a pagar os mais absurdos aluguéis do planeta na atualidade.
Marinando...
Os coordenadores do programa de governo da candidata à presidência Marina Silva (PSB) vão encontrar com a iniciativa privada na próxima segunda-feira (15/09), na Amcham – São Paulo, das 9h às 10h 30min.
Walter Feldman, Neca Setubal e Maurício Rands vão expor o programa de governo de Marina e responder a dúvidas do empresariado da plateia.
A Amcham já tinha recebido os presidenciáveis Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), morto em 13 de agosto.
A Águia está de olho...
O Tio Sam e sua Águia investigam a denúncia de que a Venezuela de Nicolas Maduro esteja fornecendo passaportes para o terrorismo internacional.
O jornalista Moisés Naim denuncia que os serviços secretos de Cuba estariam por trás da parada errada:
"As autoridades canadenses descobriram que um número significativo de cidadãos iranianos e outros cidadãos ligados a grupos radicais islâmicos entraram no país com passaportes venezuelanos. O Centro para a organização Sociedade Livre e Segura, estima que entre 2008 e 2012, pelo menos 173 passaportes venezuelanos foram dadas aos membros desses grupos radicais para vir para a América do Norte. Na verdade, várias pessoas envolvidas em ataques terroristas na Bulgária e Líbano receberam passaportes emitidos na Venezuela, onde os serviços de identificação são controlados por Cuba”.
Hermanos chineses?
Militares brasileiros - e os norte-americanos também - estão de orelha em pé com a construção de uma base aeroespacial chinesa que começa a ser construída em Neuquén – a 1.380 quilômetros de Buenos Aires, a capital argentina.
O ministro do Planejamento argentino, Julio de Vido, garante que a base tem fins exclusivamente pacíficos, dentro do plano chinês de chegar à Lua em 2020.
O acordo dos chineses com os hermanos também prevê a construção de duas barragens, para geração de energia, na Patagônia.
Brasil que funciona
A produção brasileira de grãos da safra 2013/2014 chegará a 195,46 milhões de toneladas, um aumento de 6,80 milhões de toneladas ou o equivalente a 3,6% sobre a safra anterior, de 188,65 milhões de toneladas.
O total de área plantada chega a 56,93 milhões de hectares, o que significa uma alta de 6,3%, se comparada com a de 53,6 milhões de hectares da safra 2012/2013.
A Conab fez a pesquisa do dia 24 a 30 de agosto, levantando informações para a pesquisa em parceria com agrônomos, técnicos do IBGE, cooperativas, secretarias de agricultura, órgãos de assistência técnica e extensão rural (oficiais e privados) e agentes financeiros e revendedores de insumos.
(...),


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