DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 31-8-2014

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Nas pesquisas e nas redes sociais, os eleitores mal conseguem esconder o encantamento pela candidata do PSB a presidente, Marina Silva. Além da pesquisa Datafolha de sexta-feira (29), que aponta seu crescimento estonteante, ela lidera os números nas redes sociais. Sua página oficial no Facebook, de longe a mais acessada nos últimos dias, acumulou quase 700 mil “curtidas” desde a morte de Eduardo Campos.
Perplexos com o crescimento da candidatura de Marina Silva, agora empatada em primeiro lugar nas pesquisas com Dilma Rousseff, petistas ilustres já começam a buscar “convergências” com ela.
Marina foi chamada de “Lula de saias” por José Dirceu, até porque sua trajetória é semelhante à do ex-presidente, mas só na origem humilde. Ela aprendeu a ler só aos 16 anos de idade, mas, além disso, e ao contrário de Lula, tomou gosto pelos estudos e pela leitura.
Quando lhe contaram, sexta-feira (29), que tinha 34% no Datafolha, empatando com Dilma, Marina Silva achou que os números se referiam somente a São Paulo. “É Brasil?”, exultou. Mal acreditava.
O votenaweb.com.br, que avalia o trabalho de políticos, classifica Aécio (PSDB) como o de melhores projetos entre os presidenciáveis, 88% de aprovação. Dilma, 82%. Marina teve só dois projetos no Senado.
O site da Secretaria Geral da Presidência foi infectado por um vírus. Ao ser acessado, o domínio www.secretariageral.gov.br é congelado, com o aviso: “invasores podem estar roubando suas informações”.
De 2007 a 2013, o governo federal diz ter investido R$ 9 bilhões em creches, mas das 6.427 prometidas pela então candidata Dilma (PT), na campanha de 2010, ela só entregou cerca de 500.

NO BLOG DO CORONEL
Líder absoluto nas pesquisas, que dão a sua reeleição em primeiro turno, Geraldo Alckmin (PSDB-SP) surpreendeu o Brasil ao colocar Beto Albuquerque, o vice de Marina Silva, no seu programa eleitoral. O socialista, um quase desconhecido, apresentou-se ao eleitor paulista da seguinte forma., dando apoio ao governador: " eu sou Beto Albuquerque, vice-presidente de Marina Silva". 
Foi um choque para a militância tucana num momento muito difícil da campanha. Quase uma bofetada na cara porque até aquele momento Alckmin não havia colocado Aécio Neves no seu programa eleitoral. Pesquisa Datafolha, que teve campo logo após a aparição de Marina no programa do governador tucano, mostrou uma expressiva queda do candidato presidencial do PSDB no maior colégio eleitoral do país.
Ontem, o segundo colocado nas pesquisas, Paulo Skaf (PMDB), finalmente subiu no palanque de Dilma Rousseff, levado de arrasto por Michel Temer, vice peemedebista. Skaf resiste o quanto pode a dar apoio formal ao PT. Pois teve um gesto de homem. Subiu ao palanque, mas não cumprimentou Dilma. No seu discurso não deu apoio algum e saiu do encontro antes do discurso da presidente. Parabéns ao candidato pela coerência e pelo caráter.

Aldemir Bendine fazia vultosos pagamento em dinheiro vivo, denuncia ex-motorista do PT.

O ex-motorista do Banco do Brasil, Sebastião Ferreira da Silva, 69, disse em depoimento ao MPF (Ministério Público Federal) que fez vários pagamentos em dinheiro vivo a mando do presidente da instituição, Aldemir Bendine. 
Ferreirinha, como é conhecido, disse que em certa ocasião Bendine, após subir de mãos vazias num prédio dos Jardins (zona oeste de São Paulo), saiu com uma sacola repleta de maços de notas de R$ 100. Segundo ele, a sacola foi entregue depois ao empresário Marcos Fernandes Garms, amigo de Bendine. 
O depoimento do motorista, ao qual a Folha teve acesso, gerou a abertura de um procedimento de investigação contra Bendine, em junho, por suspeita de lavagem de dinheiro. É uma etapa preliminar do trabalho do MPF, quando os procuradores buscam provas para embasar um eventual processo.
Ferreirinha tem um histórico de anos de serviços prestados ao PT e ao Banco do Brasil. Em 2002, foi contratado para a campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva. No ano seguinte, passou a trabalhar para a Presidência da República em São Paulo, cujo escritório ocupa o terceiro andar de um prédio do BB na avenida Paulista. 
O motorista trabalhou para a Presidência até 2007, quando foi desligado do quadro após ter se desentendido com a então chefe do gabinete da Presidência, Rosemary Noronha -- amiga pessoal de Lula demitida em 2012 por suspeita de tráfico de influência em agências do governo. Nesse período, Ferreirinha dirigiu sobretudo para Gilberto Carvalho, então chefe de gabinete de Lula, hoje chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República no governo Dilma Rousseff (PT). 
O motorista Sebastião Ferreira da Silva, 69, o Ferreirinha, afirmou ao Ministério Público Federal que fez quatro pagamentos em dinheiro vivo a pedido do presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine. À Folha ele detalhou como atuou.
Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista.
Folha - Como era seu trabalho no banco?
Sebastião Ferreira da Silva - O horário que ele pedia eu estava lá, à disposição. Se pedia às 5h, às 7h... A gente levava ele onde ele queria. Eu também fazia pagamentos a pedido dele. 
O sr. pode contar como esses pagamentos eram feitos?
Duas vezes fui a Taubaté (SP) com uma quantidade de dinheiro muito grande, que levava no carro. Teve um dia, no fim de semana, que esse dinheiro dormiu no porta-malas do carro na minha casa. 
Como ele dava o dinheiro?
Dentro de uma sacola comum, dessas de papel. Sacola de loja. E dizia: "Olha, aqui tem R$ 86 mil. Aqui dentro tem R$ 182,6 mil". Foram duas vezes que eu fui lá fazer esse pagamento. Era uma loja de uma moça que era da família dele. [Foi] Em 2009, mais ou menos. Não sei o nome dela. 
Como ele pedia para fazer esses pagamentos?
Ele me chamava na sala dele, na sede do banco da avenida Paulista. Sempre só eu e ele. E falava: "Você vai fazer esse pagamento para mim, em tal lugar, assim e assim. O recibo tá aqui, confere o dinheiro lá e pede para assinar e colocar data e hora". Quando eu voltava, devolvia o recibo assinado para ele. 
Houve alguma outra situação que tenha envolvido dinheiro?
De vez em quando, ele vinha num local aqui [uma rua no bairro dos Jardins, em São Paulo]. Dizem que lá é um escritório da [TV] Record [no local, há pelo menos uma empresa ligada ao grupo Record, a Abundante Corretora de Seguros]. Várias vezes eu fui lá com ele. E uma vez ele saiu com uma sacola de lá e foi para a casa do Marquinhos [o empresário Marcos Fernando Garms]. 
O que havia na sacola?
Ele foi jantar com o Marquinhos. Após o jantar, ele foi pegar essa sacola no carro. Quando ele pegou a sacola, umas das alças escapou da mão dele, e eu vi que era dinheiro que havia dentro da sacola. Era muito dinheiro. Maços de dinheiro, como os que saem do banco.
(Folha de São Paulo)

Uma das clientes secretos de Marina Silva é a gigante do agronegócio, a Unilever. Leia aqui post do blog de setembro passado. Seria interessante perguntar para a empresa quanto ela pagou para a candidata. E se a empresa está entre as doadoras da sua campanha.
Sem cargo público, mas com um capital eleitoral de quase 20 milhões de votos depois de perder a última eleição presidencial, a ex-senadora Marina Silva abriu em março de 2011 uma empresa para proferir palestras e faturou R$ 1,6 milhão com a atividade, até maio deste ano. 
Marina sempre manteve em segredo os detalhes sobre a atividade que virou sua principal fonte de renda desde que deixou o Senado. Agora candidata à Presidência da República, ela aceitou revelar o valor de seus rendimentos após questionamento da Folha. 
Em pouco mais de três anos, Marina diz que assinou 65 contratos e fez 72 palestras remuneradas. Ela se recusa a identificar os nomes das empresas e das entidades que pagaram para ouvi-la, alegando que os contratos têm cláusulas de confidencialidade. No ano passado, a própria Marina pediu a entidades que a tinham contratado para não divulgar seu cachê, como a Folha informou em outubro.
Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que também cobram por palestras desde que deixaram o cargo, mantêm igualmente em segredo valores e identidades de clientes. 
O faturamento bruto da empresa de Marina lhe rendeu, em média, R$ 41 mil mensais. O valor é mais que o dobro dos R$ 16,5 mil que ela recebia como senadora no fim de seu mandato, em 2010. Os rendimentos da empresa de Marina aumentaram ano a ano, saltando de R$ 427,5 mil em 2011 para R$ 584,1 mil no ano passado. 
Em 2014, por causa das eleições, Marina assinou só um contrato, de R$ 132,6 mil, para apresentações em quatro países da América do Sul. As últimas cinco cinco palestras foram gratuitas -- antes do início oficial da campanha eleitoral, em julho --, segundo informou sua assessoria.
O valor do último contrato remunerado fechado pela empresa de Marina se aproxima do valor total dos bens que ela declarou à Justiça Eleitoral como candidata à Presidência da República. Ela estimou em R$ 135 mil o valor de seu patrimônio pessoal, que inclui uma casa e seis terrenos em Rio Branco, a empresa criada para contratar sus palestras e uma conta no Banco do Brasil. Em 2010, Marina estimou o valor de seus bens em R$ 149 mil. 
SALA FECHADA
Com capital de R$ 5.000 e sede em Brasília, a empresa M. O. M. da S. V. de Lima foi registrada em 2011 com as iniciais do nome completo da candidata: Maria Osmarina Marina da Silva Vaz de Lima. A empresa tem a ex-senadora como única proprietária e foi criada como de pequeno porte exclusivamente para ela proferir palestras e participar de seminários e conferências. Segundo a assessoria de Marina, a empresa tem somente um funcionário. 
Para que se enquadre como de pequeno porte, o negócio precisa ter faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões, de acordo com exigências da legislação específica. A empresa funciona numa sala de cerca de 40 m² alugada por R$ 1.507,30 mensais, ao lado do Instituto Marina Silva, que intermedeia palestras gratuitas e ocupa outras cinco salas no mesmo edifício. 
Na sexta-feira (29), a Folha visitou a sede da empresa, que estava fechada. Os funcionários do instituto abriram o escritório, que tem uma antessala e uma sala de reuniões, onde se encontra uma mesa oval com sete cadeiras. 
Criado para cuidar de projetos da área ambiental e atividades como a digitalização do acervo de Marina, o instituto é uma associação privada mantida com a renda da ex-senadora e com doações. Entre as principais doadoras está a herdeira do banco Itaú Neca Setúbal, que atualmente coordena o programa de governo da candidata. (Folha de São Paulo)

NO BLOG DO JOSIAS
O ‘Plano A’ era declarar guerra à elite branca do PSDB, fingir que a ruína econômica tem causas externas, pintar o país de rosa na propaganda eleitoral e conquistar mais quatro anos de Poder. O ‘Plano B’ era, era, era… Não havia um ‘Plano B’. O generalato do PT não tinha considerado a hipótese de o ‘Plano A’ dar errado. Ninguém podia imaginar que a morte de Eduardo Campos ressuscitaria a cafuza Marina Silva.
Agora, Dilma Rousseff e seus operadores buscam uma saída que os redima do fiasco. Neste sábado, num comício organizado pelo PMDB, Dilma adotou um ‘Plano B’ que seu vice, Michel Temer, improvisara em cima da perna. “Numa democracia, quem não governa com partidos está flertando com o autoritarismo”, disse a ex-favorita, ecoando um discurso que o vice fizera na véspera, em Porto Alegre. “Não existe um único lugar em que haja regime democrático e que não haja partido.”
Nessa formulação, Marina e sua promessa de governar com “as melhores pessoas” da República seria uma ameaça à normalidade democrática. “As pessoas não podem ser colocadas acima das instituições”, disse Temer, no pronunciamento que inspirou Dilma. “Quando isso aconteceu no mundo, nós fomos para o autoritarismo. Nós temos exemplos dramáticos no mundo, não quero nem mencioná-los!”
A nova estratégia evidencia o desnorteio do conglomerado governista. O que fez de Marina uma alternativa real de poder foi justamente a insuportável normalidade que permeia a democracia brasileira. Oito em cada dez eleitores desejam que o próximo presidente adote providências diferentes das atuais, informa o Datafolha. Ou, por outra: 79% do eleitorado acha que algo de anormal precisa suceder. Sob pena de passar por natural o que é absurdo.
Quem quiser compreender o que está acontecendo deve levar em conta o seguinte: os últimos presidentes brasileiros — FHC, Lula e Dilma — foram prisioneiros de um paradoxo: prometeram o avanço sem chutar o atraso. Pregaram o novo abraçados ao velho. Presidiram a ilicitocracia enrolados na bandeira da moralidade. E terminaram confundindo a plateia. Uma parte acha que são cínicos. A outra avalia que são cúmplices.
Hoje, os quase 80% que estão sedentos por mudança dividem-se em dois grupos. Os que duvidam de tudo enxergam os últimos presidentes como cínicos. Os que não duvidam de mais nada os vêem como cúmplices. As duas alas se juntam na percepção de que, à margem dos avanços econômicos e sociais, proliferou um sistema político-partidário caótico, um mal cada dia menos necessário.
Aos olhos de muita gente, o PT virou um projeto político que saiu pelo ladrão. O PMDB e seus congêneres tornaram-se organizações partidárias com fins lucrativos, todas elas financiadas pelo déficit público. E o PSDB é a mesma esculhambação, só que com doutorado na USP. Se a economia vai bem, o acúmulo de fraudes é tolerado. Se a inflação aperta, a roubalheiras salta às retinas.
Num Brasil remoto, a análise política exigia meia dúzia de raciocínios transcendentes. Era necessário decidir se o pragmatismo do PSDB seria melhor do que o puritanismo do PT, se a social-democracia responderia às dúvidas do socialismo, se a ética da responsabilidade prevaleceria sobre a ética da convicção… Hoje, a coisa é bem mais simples.
Karl Marx e Max Weber tornaram-se descartáveis. Falidas as ideologias, o templo da política abriga uma congregação de homens de bens. Vigora no Executivo, no Legistivo e, por vezes, até no Judiciário a lógica do negócio. Tudo se subordina a ela, inclusive os escrúpulos. A integridade dos ovos não vale mais nada. Importa apenas o proveito do omelete.
Já nem é preciso varrer as cascas para debaixo do tapete. A generalização da desfaçatez, hoje espraiada da Esplanada à Petrobras, tornou a anomalia normal. Tudo parecia tranquilo nessa democracia anestesiada até que as ruas decidiram roncar em junho de 2013. Ao despencar do olimpo das pesquisas, Dilma virou uma espécie de porta-voz do asfalto.
O que os manifestantes querem é o mesmo que o governo deseja, disse ela na época. “O meu governo está ouvindo essas vozes pela mudança. Está empenhado e comprometido com a transformação social”, declarou, antes de acrescentar que passeata é uma coisa normal, que ela mesma já participou de muitas.
Por muito pouco Dilma não jogou uma mochila nas costas e foi à Avenida Paulista cobrar a melhoria dos serviços públicos, ao lado de herois da resistência como Sarney e Renan. “Essa mensagem direta das ruas contempla o valor intrínseco da democracia”, ela festejou. “Essa mensagem é de repúdio à corrupção e ao uso indevido de dinheiro público.”
Candidata de um partido cuja cúpula se encontra na cadeia, Dilma soou esquisito. Não se deu conta de que o excesso de cadáveres políticos dera origem a um defunto mais, digamos, ilustre: o próprio PT. Morreu também o pobre. De suicídio. E, suprema desgraça, não foi para o céu. A ex-petista Marina Silva é o purgatório do ex-PT. Ela se tornou uma espécie de repositório do ‘voto saco cheio’.
É nesse estágio que o país se encontra agora. De saco cheio das alianças espúrias e da tolerância presidencial para com os maus hábitos. De saco cheio da teia de chantagens e exigências feitas em nome da pseudo-governabilidade. De saco cheio do mês que dura sempre mais do que o salário. De saco cheio de tudo isso que está aí.
Ao dizerem que ninguém governa sem os partidos, Dilma e Temer tentam aproximar Marina Silva da figura de Fernando Collor, a “nova política” que terminou em impeachment. O problema é que, tomada pela biografia, ela está mais para Lula, em sua versão 2002, do que para caçadora de marajás. Com uma diferença: foi digerida pelo mercado sem precisar assinar nenhuma carta aos brasileiros.
Para se manter no topo das pesquisas até outubro, Marina talvez não precise fazer nada além de desviar dos laranjas do jato de Eduardo Campos e cuidar das suas boas maneiras. Prevalecendo a bordo do PSB e de sua coligação diminuta, chegaria ao Planalto sem dever nada a ninguém, exceto aos donos dos votos. Diz-se que pode terminar em desastre. Mas o eleitor, de saco cheio, parece cada dia mais disposto assumir o risco de, no mínimo, cometer um erro diferente.

NO BLOG ALERTA TOTAL
O casamento com a Marina: Tô fora!
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Em nome das liberdades individuais, plenamente asseguradas na Constituição que fundou os EUA em 1776, o juiz federal Clark Waddoups decidiu que o mórmon fundamentalista Kody Brown pode viver junto com suas quatro esposas e 16 filhos, no estado de Utah, onde 38 mil seguidores da mesma religião praticam a poligamia.
O eleitorado brasileiro é politicamente polígamo. Casa com todos e com qualquer um. De tempos em tempos, sente a necessidade da tal “mudança”. Este é o clima de agora. A maioria não aguenta mais o PT. Dilma será trocada por outra. A conjuntura ficou boa para Marina Silva – viúva política do Eduardo Campos, porém com um ponto forte a favor dela: não tem um Lula por trás para manipulá-la.
A candidatura de Marina tem apoio da Oligarquia Financeira Transnacional. Marina fechou acordos recentes com banqueiros, investidores internacionais e usineiros – segmentos descontentes com a gestão petralha. Um grupo de economistas ligados ao HSBC se colocou à disposição dela para fazer todo o projeto para uma profunda e urgente reforma tributária. Logicamente, o sistema financeiro, que tanto lucra no Brasil, já se blindou para o próximo governo... Marina até acena com a "independência" do Banco Central do Brasil - tão sonhada pela banca internacional...
Marina terá governabilidade, se for eleita? No começo, a tendência é que sim. A caneta do Diário Oficial tem mais poderes que a espada da She-Rá (a irmã do He-Man). Sem dúvida, Marina terá de compor com o PMDB (que abandonará o PTitanic pouco antes do afundamento). Também deve fechar uma aliança, no quase certo segundo turno eleitoral, com o PSDB (que vai se tornando especialista em perder eleições por falta de pegada). O resto vem na onda.
O PT tomará muito cuidado ao atacar a eternamente petista Marina, a partir de agora. Mais provável é que os petistas negociem uma trégua, na hora de aparentemente deixarem o poder com a perda do Palácio do Planalto. A “saída” petista será aparente, já que a máquina pública nunca antes na história foi tão aparelhada. O PT já sabotou Marina impedindo a criação do partido dela, a Rede. Agora, é o PT quem cai de otário na redinha da Marina.
Fajutagem
O chefão Luiz Inácio Lula da Silva tem interesse em manter sua blindagem. Sabe que corre alto risco de ter seu nome envolvido nas futuras broncas judiciais das Operações Porto Seguro (por mais abafada que esta pareça estar) e Lava Jato (esta bastante fora de controle das influências petralhas). Por tal fragilidade, Lula deve falar bem fininho com a “velha amiga” Marina – que o abandonou ou foi por ele abandonada, dependendo do ponto de vista.
Enquanto o PTitanic afunda, o Brasil mergulha nas profundezas abissais de seu modelo Capimunista, com carestia, cartelização, cartorialismo e corrupção sistêmica. Tudo isto, junto com a incompetência na gestão da coisa pública, ajuda a compor o cada vez mais impagável “Custo Brasil”. O próximo governo, seja quem dirigi-lo, terá de resolver os eternos pepinos: impostos absurdos, juros elevadíssimos e falta de infraestrutura. Não será fácil romper com a governança do crime organizado.
A tendência da maioria do eleitorado, que raciocina com simplicidade e não tem fidelidade a nenhum político, é embarcar no “casamento” com a Marina – que é uma caixa-preta mais insondável que a do avião que matou o Eduardo Campos. Como será a “lua de mel” se ela vencer? Ou teremos uma “lua de fel” a partir de 2015? Eis a grande dúvida a ser respondida pelo tempo – profundo senhor das irracionalidades de Bruzundanga.
Marina é uma incógnita, no Brasil das incertezas e das poligamias políticas, com aquele jeitinho de incestuosa suruba. Já se especula que sua equipe do Ministério da Fazenda será comandada pelo Fábio Barbosa, ex-presidente do Santander, da Federação dos Bancos e hoje presidente do Conselho do Grupo Abril. Por enquanto, tudo é especulação...
Alguns anônimos revoltados, aparentemente petistas que não saíram do armário por algum motivo, nos questionam: “Para você ninguém presta!?”. A questão não é de prestar ou não. A eleição no Brasil não é decidida pelos brasileiros. Sempre obedecemos aos “pacotes” fechados de fora para dentro. Os controladores globalitários comandam todos os cavalos do jogo. Nós, as bestas, apenas emprestamos nosso voto para elegê-los.
Na verdade, tanto faz como tanto fez quem será o boneco ou a boneca que sentará no trono do Palácio do Planalto. Ele terá um script a obedecer. Se fugir das regras teatrais, combinadas com a Oligarquia Financeira Transnacional, é saído de cena, pelos mais variados golpes. Lembram-se do que aconteceu com o Collor – o ungido em 1989 para “modernizar” o Brasil? Os supostos “poderosos” de plantão são descartáveis...
Quem aposta no sucesso do casamento com a Marina? Muitos já apostam... Os mais espertos já tomam precauções para o divórcio programado. Se a Marina seguir o perfil da esposa radical, pode se dar mal. Agora, no noivado com o eleitorado, ela vai parecer uma gata da selva inteiramente domável. Depois, com a caneta do poder, pode acabar induzida pela vaidade a mostrar as garras...
Marina é o ouro dos tolos. O historiador Carlos Ilich Azambuja manda a seguinte mensagem-lembrete sobre um dos itens do Programa de Governo da candidata Marina Silva. Nada mais é do que um resumo colorido do Decreto 8243: “Movimentos sociais - "Possibilitar que movimentos populares e movimentos sociais ocupem espaços políticos. Manter diálogo permanente com eles, por meio de canais de comunicação mais ágeis e acessíveis. Definir prazos para responder às reivindicações e problemas. Implantar efetiva Política Nacional de Participação Social, pelo aumento da participação da sociedade civil nos conselhos e instâncias de controle social do Estado".
Falta pouco mais de um mês para o primeiro turno. A onça tem muita água para beber até a provável decisão do último domingo de outubro, no segundo turno eleitoral. Agora, a agonia é da Dilma. A decepção é do Aécio. O nirvana é da Marina. Até o momento fatal da dedada eletrônica, para coonestar o dogmático processamento dos votos sem direito a auditoria e recontagem, com altíssimo risco de fraude.
Resumindo a opereta: Marina, eterna petista, socialista de seita, demagógica ambientalista, com fachada de calvinista, sempre bem financiada pelas controladoras de ONGs transnacionais, é a versão sem graça do Tiririca.
Com Marina, pior que está não fica... Ou será que fica?
Na dúvida, fico solteiro. Não flerto e nem caso com a Marina.
(...)

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