DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 18-8-2014

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Não é à toa que o PMDB se preocupou em organizar estrutura para o vice-presidente Michel Temer nos Estados onde a sigla não apoia o PT. Apesar de cobrar fidelidade, a presidenta Dilma tem escondido Michel Temer em peças publicitárias da reeleição, nas quais ganha destaque apenas o antecessor Lula. O peemedebista não figura em adesivos e materiais distribuídos e mal aparece nos sites de campanha de Dilma.
O Itaú Unibanco foi condenado a indenizar uma investidora que, por indicação do banco, aplicou economias na empresa de Bernard Madoff, mega-picareta norte-americano que aplicou um golpe bilionário, num esquema de pirâmide financeira. O Itaú foi condenado pela 22ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, em sentença que separou o risco, inerente a aplicações financeiras, da fraude.
Condenado em segunda instância, o Itaú Unibanco terá de indenizar em R$ 355.349,78 a investidora lesada, por danos materiais.
“Bernie” Mardoff foi condenado a 150 anos de cadeia por haver lesado milhares de pessoas, no golpe estimado em mais de R$ 200 bilhões.
Encalhou o barco de Lindbergh Farias (PT), com sua candidatura patinando nas pesquisas para o governo do Rio: o PCdoB já cogita apoiar o rival Garotinho ainda no primeiro turno.
O mensaleiro José Genoino, que obteve regime aberto antes do previsto, foi beneficiado por lei do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), garantindo redução de pena por estudos feitos na prisão.
Políticos garantem que o deputado Luiz Argôlo não só teria usado por um ano o helicóptero de Alberto Youssef, como também seria responsável por sublocar o helicóptero a políticos e artistas baianos.
O genial roqueiro e escritor Lobão advertiu para a eventual eleição de Marina Silva presidente: “Teremos uma 'clorofilocracia' evangélica!”

NO BLOG DO NOBLAT

Marina tem 21% no primeiro turno e venceria Dilma no segundo

Gabriel Garcia

A primeira pesquisa eleitoral para presidente da República após a morte de Eduardo Campos, realizada pelo Instituto Datafolha, põe a ex-senadora Marina Silva (PSB) com 21% das intenções de voto.
Marina desbanca o senador Aécio Neves (PSDB) na segunda posição. Aécio aparece com 20% das intenções de voto, o que representa empate técnico. A presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, tem 36% da preferência do eleitorado.
As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (18) pela Folha de S.Paulo.
Com Marina, praticamente está descartada a chance de a eleição ser definida no primeiro turno.
Na próxima quarta-feira, o PSB se reúne para decidir se lança ou não a ex-ministra como candidata a presidente pelo partido, em substituição a Eduardo. Tal fato é dado como certo. A reunião servirá mais para sacramentar o nome do candidato a vice. O mais cotado é o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS).
Em uma simulação de segundo turno, Marina venceria Dilma, com 47% das intenções de voto contra 43% da petista - situação de empate técnico.
Se o candidato no segundo turno for Aécio, Dilma venceria por 47% a 39%. É o que diz o Datafolha. Dilma ampliou sua vantagem sobre Aécio. Em julho, o cenário era de 44% a 40%.
De acordo com a pesquisa, a diferença agora está na queda do número de eleitores sem candidato. Com Eduardo, as intenções de voto nulo ou em branco eram 13%. Com Marina, a taxa cai para 8%. Indecisos passaram de 14%, em julho, para 9%, no levantamento atual.
Sem Marina na disputa, segundo o Datafolha, Dilma venceria no primeiro turno, com 41% das intenções de voto, 8% a mais do que a soma dos demais concorrentes.
Por outro lado, houve leve melhora na avaliação do governo. A taxa de rejeição de Dilma - aqueles eleitores que não votam de jeito nenhum em determinado candidato - passou de 35% para 34%. Mesmo assim, ela lidera tal índice. Aécio tem 18% de rejeição e Marina Silva, 11%.
O Datafolha ouviu 2.843 eleitores em 176 municípios nos dias 14 e 15 de agosto. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.



Afonso Benites, El País
Os restos mortais do ex-governador de Pernambuco e presidenciável Eduardo Campos foram enterrados na noite deste domingo em um ambiente que misturava política, folclore pernambucano e fé religiosa no Recife. Cerca de 130.000 pessoas, segundo a Polícia Militar, participaram das solenidades do velório e sepultamento do líder do PSB.
Desde o Palácio do Campo das Princesas, onde ocorreu o velório, até o cemitério do Santo Amaro, os admiradores de Campos e os militantes do partido dele alternavam cânticos de igrejas com gritos políticos. Em um momento cantavam a música "Entra na minha casa" para logo depois entoar o hino nacional ou para criticar a presidente Dilma Rousseff (PT). Em várias ocasiões gritaram “fora Dilma”, mesmo depois de a mandatária ter deixado a cidade.
 
A viúva e os filhos de Eduardo Campos durante o velório em Recife - Foto: EFE

José Naranjo, El País
Hawaiu gosta de dançar. Basta que sua avó Mami Kamara, de 55 anos, comece as primeiras sílabas de uma canção para que a pequena, de apenas três anos, comece a mexer os braços ao ritmo da música. Seu irmão Amadu, de quatro, gosta de correr de um lado para o outro. Também faz o gesto de chutar uma bola, mas em Kula, na localidade serra-leonesa de Kailahun, não existem muitas bolas para que ele possa chutar.
Nem bolas, nem bonecas, nem carrinhos. "Às vezes me perguntam onde estão seus pais e digo que foram embora, que não vão mais voltar. Se estão tristes, dou bolachas, não tenho outra coisa", assegura a avó. São os órfãos do ebola, crianças que perderam seus pais e que estão sendo acolhidos por familiares ou vizinhos que se atrevem a romper o estigma que pesa sobre esta doença. Órfãos, mas não totalmente abandonados.
 
Dois irmãos que vivem com a avó após a morte de seus pais - Foto: El País

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
A Folha desta segunda traz os números da mais recente pesquisa Datafolha para a corrida presidencial. Querem saber? Todos — Dilma Rousseff, Aécio Neves e Marina Silva — têm motivos para comemorar um pouco e para se preocupar também. Vou dizer por quê. . Segundo os números apurados, se a eleição fosse hoje, Dilma, do PT, teria 36% das intenções de voto, marca idêntica à obtida há um mês, quando o candidato do PSB era Eduardo Campos. Também o tucano Aécio Neves fica no mesmo lugar: com 20%. E Marina? Ela ressurge na disputa com 21%, tecnicamente empatada com o candidato do PSDB — há um mês, Campos tinha apenas 8%.
Datafolha 18 de agosto
Se Dilma e Aécio não perderam votos e se Marina aparece com 13 pontos a mais do que Campos, de onde saiu essa diferença? Dos bancos/nulos e dos que não tinham candidato. Há um mês, 13% demonstravam a disposição de não votar em ninguém; agora, são apenas 8%. Os que diziam não saber eram 14%; agora, são 9%. Os demais candidatos somavam 8%; agora, apenas 5% — Pastor Everaldo, do PSC, conservou seus 3% (os infográficos que aparecem neste post foram publicados na edição impressa da Folha).
Conclusão óbvia: Marina, a candidata que mais se identificou com os protestos de rua iniciados em abril do ano passado e que nunca censurou, de modo inequívoco, nem mesmo as manifestações violentas, beneficia-se, vamos dizer assim, do ódio à política e aos políticos. Ela sempre foi muito hábil em fazer de conta que não é feita do mesmo barro que compõe os mortais da vida pública. Há mais: fica evidente, como apontei aqui tantas vezes, que ela não transferia votos para Campos.
No segundo turno, a estarem certos os números, há uma novidade importante. Marina Silva aparece em empate técnico com Dilma, mas numericamente à frente: 47% a 43%. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. Contra Aécio, a petista lideraria com 47% a 39%, com oito pontos de diferença.
Datafolha 2 18 de agosto
Então vamos pensar um pouco na contramão do que parece óbvio. A tragédia que colheu Eduardo Campos já atingiu o seu auge. Não há mais como espetacularizar o acontecimento. O Datafolha ouviu 2.843 pessoas nos dias 14 e 15 de agosto. O ex-governador de Pernambuco morreu no dia 13. Obviamente, cairá, a partir de agora, o impacto do acontecimento.
Não dá para ignorar que a nova realidade é ruim para Dilma porque está eliminada, agora de modo inequívoco, a possibilidade de ela vencer no primeiro turno: seus adversários somam 46 pontos — 10 a mais do que os seus 36. Ela tem ainda a lamentar a rejeição, que segue altíssima: 34% dizem não votar nela de jeito nenhum, índice praticamente igual aos que votam: 36%. Resta o que a comemorar? Duas coisas: apesar da avalanche do noticiário, manteve seu patrimônio eleitoral no primeiro turno e se distanciou um pouco de Aécio no segundo. Também melhorou a avaliação do governo, segundo o Datafolha ao menos: ele é agora considerado ruim ou péssimo por 23% — há um mês, eram 29%. Dizem ser bom ou ótimo 38% — contra 32% em julho. Os mesmos 38% o consideram regular.
Datafolha 3 18 de agosto
A exemplo de Dilma, Aécio conservou os pontos que tinha: 20%. Como a sua candidatura poderia ter sido a mais exposta a prejuízos em razão da entrada de um novo nome no terreno oposicionista, não deixa de ser positivo que tenha mantido o seu eleitorado. A diferença de oito pontos no segundo turno é ruim quando se compara com os apenas 4 do Datafolha anterior. No Ibope de há 11 dias, no entanto, era de 6 pontos. O patamar é o mesmo.
E Marina? Só recebeu boas notícias da pesquisa? Não custa lembrar que, no último Datafolha em que o nome dela apareceu, em abril — antes que ficasse claro que o candidato seria Campos —, ela chegou a marcar 27%. Vale dizer: nem a tragédia monumental, que lhe garantiu uma visibilidade inédita, com todas as tintas da tragédia e da evidente exploração política, lhe devolveu ao patamar a que já havia chegado.
Aparecer à frente de Dilma no segundo turno, dadas as circunstâncias e considerando o momento em que se faz a pesquisa, me parecia desde sempre plausível. O horário eleitoral começa amanhã. Dilma tem um latifúndio: 11min24s contra apenas 4min35s de Aécio e 2min3s de Marina. Mais: a candidata da Rede — ora no PSB — agora terá de falar o que que quer. Como vice de Campos, ela se limitava a dizer alguns “nãos”. Vamos ver.
A síntese das sínteses:
1: Dilma e Aécio certamente esperavam notícias piores;
2: Marina certamente esperava notícia ainda melhor;
3: o segundo turno já é uma realidade inescapável;
4: a estarem certos os números do Datafolha, o horário eleitoral começa com uma certa recuperação de prestígio do governo;
5: a rejeição a Dilma continua elevadíssima;
6: Marina e Dilma são certamente mais conhecidas do que Aécio, e o início do horário eleitoral pode ser, relativamente, mais positivo para ele do que para elas;
7: Estamos diante da disputa eleitoral de resultado mais incerto desde a redemocratização do Brasil.

A segunda viuvez eleitoreira de Marina no velório e no sepultamento que acabou deixando de lado o decoro e se transformando em micareta eleitoral
Marina, à beira do caixão de Campos, ergue o retrato do candidato morto:viúva política e rainha posta
Marina, à beira do caixão de Campos, ergue o retrato do candidato morto:viúva política e rainha posta. Isso não é dor. É política.

Explico. Deixo textos fáceis para outros. Alinho-me com aqueles que preferem os difíceis, ainda que sob pena de desagradar a muitos, até mesmo a alguns leitores habituais. Não posso fazer nada. Penso o que penso. E meu único compromisso aqui no blog, na Folha ou na Jovem Pan é este: dizer o que penso. Vamos lá. De súbito, Eduardo Campos virou a versão masculina e brasileira de Inês de Castro, aquela “que, depois de ser morta, foi rainha”, na formulação imortal de Camões, em “Os Lusíadas”. Se tiverem curiosidade, pesquisem a respeito da personagem. As circunstâncias são outras, mas, nos dois casos, há uma espécie de coroação post mortem. Marina Silva, já apontei aqui, para a minha não-supresa, fez-se a viúva profissional de mais um cadáver. Campos foi, sim, coroado rei. Morto no entanto, logo alguém se lembrou de dar vivas à nova rainha. Tudo bastante constrangedor para quem repudia a demagogia, o mau gosto e a exploração da morte como moeda eleitoral.
Vocês sabem que tratei aqui de modo muito decoroso — e não pretendo mudar a rota — a morte de Campos. Mesmo o comportamento da família me parecia correto a mais não poder. Havia dor genuína, mas também comedimento. Havia sofrimento, porém temperado pelo pudor. Afinal, morria o marido, o filho, o pai… Vi, bastante comovido, e comentei nesta página o vídeo que seus filhos fizeram em homenagem ao Dia dos Pais, tornado público três dias antes da tragédia. Renata, a viúva de verdade, preferia, então, o silêncio e, a despeito do aparato que a cerca, não vi partir dela nenhuma nota fora do tom. A cerimônia de sepultamento neste domingo, no entanto, fugiu, obviamente, ao controle. Assistimos ao enterro inequívoco de um político. E o que se via ali era muita gente organizada para fazer o cadáver procriar… votos.

Viatura do Corpo de Bombeiros com lema político da campanha de Campos, estampado também na camiseta de três de seus filhos: punhos cerrados
Viatura do Corpo de Bombeiros com lema político da campanha de Campos, estampado também na camiseta de três de seus filhos: punhos cerrados
Não me peçam para compactuar com isso. Achei justo e correto que se organizasse um velório público. Campos era um governante popular em sua terra e morreu de forma trágica. Mas pergunto: o que fazia aquela faixa no veículo do Corpo de Bombeiros com a declaração “Não vamos desistir do Brasil”, lema idêntico ao que se lia na camiseta de seus filhos, três deles desfilando sobre a viatura, com os respectivos punhos cerrados, numa manifestação inequivocamente política? Não! Eu não posso me desculpar por estar aqui a apontar a inadequação da manifestação se eles próprios não souberam separar, como seria o correto, o domínio da dor, que creio ser verdadeira, daquele em que se aloja a pregação eleitoral. Os fogos de artifício, então, não deixaram a menor dúvida de que o velório e sepultamento haviam se transformado numa micareta política. Lamentável. Como era o esperado, houve tempo para vaias à presidente da República e a seu antecessor, Lula, , aos gritos de “Fora, Dilma!”, “Fora, PT!” e, é óbvio, “Marina Presidente!”
Infelizmente, para a tristeza do Brasil, no sentido mais amplo da expressão, o Campos morto ganhou uma projeção que o vivo jamais conseguiu. E Marina, mais uma vez, se apresentou como a viúva de plantão. O PSB ainda não fez dela a candidata, mas é só uma questão de tempo. A já presidenciável teve cinco dias ininterruptos de horário eleitoral gratuito. E, com seu ar sempre pesaroso, magro, quase quebradiço — mas sem se esquecer de acenar de vez em quando e de deixar escapar furtivos sorrisos —, empertigou-se quando necessário para vestir o manto da fortaleza moral e se apresentar para a batalha.
Não foi, assim, então, quando se transformou numa espécie de viúva oficiosa de Chico Mendes? Até hoje há quem acredite que ela era uma seringueira dos pés descalços quando ele foi assassinado, em dezembro de 1988. Não! Ela já tinha sido eleita vereadora um mês antes e, àquela altura, já era militante do PT e da CUT. Tinha fundado com Mendes, em 1985, a central sindical no Acre. Mas ficou com o espólio político do cadáver, como fica, agora, com o de Campos. Rei morto, viúva posta. Em vez de “Brasil pra frente, Eduardo presidente”, o grito de guerra dos campistas, ouviu-se, então, no velório, “Brasil, pra frente! Marina presidente!”.
Não foi um dia feliz para o comedimento, para o decoro, para o bom gosto e para o bom senso. Que Deus tenha piedade do Brasil se os eleitores não tiverem!

NO BLOG DO CORONEL
Datafolha "boca de velório" desmonta campanha petista.
Dilma, João Santana e Lula: estratégia da campanha com o pé na cova.

E agora, João Santana? E agora, Dilma? E agora, Lula? E agora, PT? Todo o discurso do "nós contra eles" caiu por terra com a entrada de Marina Silva no páreo. Ela passa a ser mais um adversário e fez parte do governo Lula, durante anos. Tem DNA petista. Se a campanha do PT ficar atacando o PSDB, Marina sobe, vai para o segundo turno e leva os votos tucanos. Como mostrou a pesquisa "boca de velório" do Datafolha que saiu hoje, a ex-petista costuma levar 100% dos votos da floresta. É a Marina correntão. Não esquecer, também, que todo o discurso marineiro é de alternativa à "polarização", é de "terceira via". Pior de tudo: não dá para espalhar boato de que a antiga seringueira vai acabar com a Bolsa Família ou que é da elite branca e cheirosa de Higienópolis, com aquela cara de Madre Teresa do Xapuri. A verdade é que o marqueteiro vai ter que mudar o discurso petista na última hora. Tudo o que fizeram até agora está morto e sepultado pela trágica ascensão de Marina Silva.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
AÉCIO NEVES PRESIDENTE PARA SALVAR O BRASIL E A FAMÍLIA BRASILEIRA! CAMPANHA RETORNA COM TODA FORÇA!
Aécio Neves, seu filho recém-nascido e sua esposa: a força da vida e da família que faz o Brasil sorrir de novo! 
Encerrados os atos fúnebres que marcaram o sepultamento do ex-governador Eduardo Campos, a corrida presidencial recomeça. E, pelo que tudo indica, ao contrário do que verbaliza a maioria dos analistas políticos da grande mídia, normalmente áulicos do PT, o trágico desaparecimento de Eduardo Campos transforma Aécio Neves no único candidato da Oposição de verdade. Campos, como é sabido, fazia uma oposição light, já que foi integrante do governo Lula. 
Todavia, ainda que Eduardo militasse num partido socialista vestia o figurino fabiano levando em consideração a importância da economia de mercado e os preceitos democráticos nos moldes da social-democracia européia.
Com Marina Silva como candidata o diminuto PSB fica menor do que é. Sem dúvida a liderança de Eduardo Campos é que dava consistência ao PSB. Campos, sozinho, era maior do que todo o PSB e a Rede de Marina juntos.
Acresce a tudo isso mais uma realidade negativa à campanha do PSB, que é o fato do fanatismo ambientalista de Marina Silva, a par de seu desmedido autoritarismo. De cara, o setor empresarial, sobretudo o agronegócio, não irá de jeito nenhum oferecer apoio a Marina Silva. Aliás, seria um contrassenso, haja vista que os ecochatos em geral são fanáticos e violentos. São capazes de destruir um laboratório, como ocorreu em São Paulo no ano passado ou, ainda, armar um movimento contra a expansão do setor elétrico além de outras obras emergenciais de infra-estrutura. Corre-se o risco de colapso energético entre outros gargalos como portos, aeroportos e rodovias em razão do desastre do governo petista.
Vale lembrar, por exemplo, que naquelas manifestações ocorridas no ano passado um dos vândalos que depredaram a sede do Itamaraty em Brasília, era um sociólogo do staff de Marina Silva que cuidava da criação da Rede Sustentabilidade. Aliás, ficou conhecido como o "sociólogo da barra de ferro", porquanto empunhava aquele instrumento demolidor com violência. 
Sabe-se também que Marina Silva está ligada ao movimento ecológico internacional, reduto dos comunistas órfãos da ex-URSS e ex-Alemanha Oriental. Trata-se de um movimento que já englobou a ONU e tem seus tentáculos em todos os pontos do Planeta. Há quem diga que o ambientalismo já é um dos mais fortes movimentos políticos internacionais que investe praticamente contra todas as iniciativas desenvolvimentistas. É uma espécie de caboclo tranca-rua. 
Nos níveis mais elevados, o ambientalismo vê o ser humano como um intruso que atrapalha e ameaça o Planeta. Para esses ecochatos, mais importante é a Terra, os animais, as árvores, o Mar, os rios e os lagos. O Homem é uma peste que teria de ser varrida da face da Terra. Neste caso, para o ambientalismo ecochato, a existência dos seres humanos é apenas tolerada e, por isso mesmo, a volta da humanidade às cavernas seria o objetivo natural. O que acabei de dizer pode parecer besteira ou exagero, mas é, lamentavelmente, a verdade!
É claro que para o PT seria mil vezes melhor ter de enfrentar Marina Silva no segundo turno. Tanto é que a primeira providência do marqueteiro-mor do PT, o baiano João Santana, foi pautar a Folha de S. Paulo, dizendo que preferem ter Aécio Neves como oponente. É uma forma de tentar esvaziar a campanha de Aécio que, com a morte de Eduardo Campos, ficou praticamente sozinho no páreo como o único candidato em condições de reorganizar o governo e o Estado brasileiro, completamente avariado pelo desgoverno do PT e transformado num centro de produção de corrupção.
Aécio Neves já foi governador de Minas Gerais, Presidente da Câmara dos Deputados e atualmente é Senador da República. Tem experiência comprovada nos âmbitos administrativo e legislativo, e tradição política cujo emblema é seu avô o grande democrata Tancredo Neves. Além disso está na idade adequada para o exercício da função de Presidente da República.
Soma-se a isso o estilo negociador, conciliador e diplomático de Aécio Neves. Só isso alivia a Nação que vem sendo pisoteada de todas as formas pelos psicopatas que dominam o PT, um partido que integra o Foro de São Paulo, a organização comunista fundada por Lula e Fidel Castro em 1990, destinada a transformar todos os países latino-americanos em repúblicas socialistas de viés cubano. 
Mais um mandato do PT, e o Brasil estará rivalizando com a Venezuela na esculhambação geral. Lá também começou com a importação de médicos cubanos e agora os venezuelanos amargam a escassez de alimentos e a brutal desvalorização de sua moeda o Bolívar, voltando a conviver com uma inflação das mais altas do mundo. Sem falar que o principal líder oposicionista está preso num calabouço da política política do regime pelo fato de fazer oposição!
Por tudo isso, o destino do Brasil estará em jogo nesta eleição. O PT já provou sua incompetência total. Seus quadros são extremamente fracos e desqualificados. Já a Marina Silva é um esbirro caboclo do movimento ambientalista global, que se acha no direito de intervir nas Nações por meio da ONU e da miríade de ONGs ecochatas e organizações radicais assemelhadas.
Um eventual governo de Marina Silva estaria umbilicalmente dependente do PT, já que o PSB e a tal Rede que deverá ser legalizada pela Justiça Eleitoral, não passa de um ajuntamento de diletantes, ecochatos radicais e oportunistas de primeira hora, têm estrutura política raquítica.
A opção racional e responsável é Aécio Neves cuja assessoria, sobretudo na área econômica e social, é de alto nível. Aliás, isso já foi comprovado nos governos de Fernando Henrique Cardoso, quando pela primeira vez na história do Brasil foi alcançada a estabilidade da economia com o Plano Real, que agora está indo por água abaixo sob o desgoverno do PT.
É por essas e outras que os petistas estão apavorados. Sabem que os votos de Aécio Neves não são votos aventureiros e jamais migrarão para a Rede de Marina. Já boa parte dos votos da Dilma, por certo, convergirão envergonhados para Marina Silva. Todavia não serão suficientes para eleger a rainha da floresta.

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