DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 05-8-2014

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
Depois de esclarecido o “caso do aeroporto”, os sherloques da imprensa especializados em mistérios da aviação civil têm tempo de sobra para investigar as viagens clandestinas de Rosemary Noronha a bordo do Aerolula
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Em 2 de agosto, no noticiário sobre a escala em Montes Claros da trupe governista, a Folha de S. Paulo expôs na vitrine o lixo despejado pelo palanque ambulante e escondeu a vassoura finalmente sobraçada por um oposicionista de alta patente. “Dilma e Lula ironizam Aécio por ter feito aeroporto em terra de tio”, berrou a manchete da página A6. Três dias antes, num artigo publicado no mesmo jornal, o candidato do PSDB à Presidência admitiu ter usado quatro ou cinco vezes o aeródromo de Cláudio, reconheceu que deveria ter verificado previamente a situação legal da pista e, de novo, provou que não cometeu nenhuma irregularidade.
Alheios às explicações de Aécio, o enviado especial e o editor abriram a reportagem com a transcrição sem ressalvas do palavrório de Dilma. “Nós aumentamos a capacidade dos aeroportos em 67 milhões de passageiros e ninguém ficou com a chave desses aeroportos”, elogiou-se a supergerente de araque que só improvisou puxadinhos, enxerga multidões inexistentes nos saguões, inventou a privatização com codinome, entregou a empreiteiros amigos as chaves dos principais aeroportos e mantém engavetados os 800 novinhos em folha que prometeu inaugurar ainda em 2014.
O desfile de fantasias, insultos insinuados e bazófias difamatórias prosseguiu com a reprodução de um trecho da entrevista de Lula à Gazeta do Norte de Minas: “O Estado não pode ser tratado como propriedade para benefício de uma família”, provocou o ex-presidente ao comentar o “caso do aeroporto”. Mesmo para a oposição mais gentil da história republicana, passou da conta a aula de ética proferida pelo pai do Lulinha e provedor de Rosemary Noronha. Só então, pela primeira vez desde a divulgação parcial das maracutaias descobertas pela Polícia Federal em novembro de 2012, o oportunista que vive confundindo o público e o privado foi confrontado com o escândalo que protagonizou ao lado de Rosemary Noronha.
Coube ao ex-deputado Pimenta da Veiga cutucar a fratura exposta: “Misturar assuntos pessoais com assuntos de governo não é prática do PSDB”, advertiu a nota oficial divulgada pelo candidato do PSDB ao governo mineiro, antes da frase de 23 palavras que merecia virar manchete de primeira página em todos os jornais que prezam a inteligência dos leitores: “O presidente perdeu mais uma boa oportunidade para dar as explicações que o Brasil aguarda há muito tempo sobre pessoas da sua intimidade”.
Embora Pimenta da Veiga não tenha identificado pelo nome e sobrenome a larápia que o então chefe de governo transformou em segunda-dama, chefe do escritório paulista da presidência e passageira clandestina do AeroLula, a Folha tratou de confinar o histórico revide em dois parágrafos. O Globo e o Estadão, que também destacaram o lixo, não concederam uma única e escassa linha à vassoura desfraldada por Pimenta da Veiga. Cabe ao exército de Aécio intensificar a ofensiva até que Lula já não possa fingir que nada ouviu, até que a imprensa dócil seja forçada a curar a miopia seletiva.
É hora de trocar mensagens cifradas por recados com todas as letras. Os oposicionistas sem medo precisam deixar claro que Lula deixou de ser inimputável., e que a licença para pecar ultrapassou o prazo de validade. Como registra o post reproduzido na seção Vale Reprise, faz 620 dias que o chefão da seita foge de pelo menos 40 perguntas vinculadas ao caso Rose. Faz mais de um ano e meio que a oposição e os bravos rapazes da imprensa se dispensam de perguntar-lhe o que não tem resposta.
Durante 10 dias, repórteres dos três maiores diários brasileiros exigiram que Aécio Neves revelasse quantas vezes utilizara o “aeroporto” de Cláudio. Agora que o segredo foi desvendado, os sherloques especializados em mistérios da aviação civil têm tempo de sobra para investigar o enigma muito mais relevante. Para facilitar o trabalho dos repórteres, a coluna enfileira dez perguntas que envolvem a dupla Lula e Rosemary.
1. Quantos vezes o Aerolula decolou com Rosemary Noronha a bordo?
2. Quais os motivos da inclusão de Rose na comitiva presidencial em pelo menos 20 viagens internacionais?
3. Por que foi contemplada com um passaporte diplomático?
4. Quem autorizou a concessão do passaporte?
5. Por que o nome de Rosemary Noronha nunca apareceu nas listas oficiais de passageiros do avião presidencial divulgadas pelo Diário Oficial da União?
6. Quem se responsabilizou pelo embarque de uma passageira clandestina?
7. Por que Marisa Letícia e Rose não eram incluídas numa mesma comitiva?
8. Quais eram as tarefas confiadas a Rose durante as viagens?
9. Todo avião utilizado por autoridades em missão oficial é considerado Unidade Militar. Os militares que tripulavam a aeronave sabiam que havia uma clandestina a bordo?
10. Como foram pagas e justificadas as despesas de uma passageira que oficialmente não existia?
Não é tudo. Mas já basta para autorizar a decolagem rumo à verdade.

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
É habitual, no Congresso, depoentes ligados à maioria governista receberem previamente as perguntas que lhes serão formuladas, nas comissões parlamentares de inquérito. A prática é também parcial quando parlamentares, inclusive de oposição, combinam com depoentes o que lhes será perguntado. A diferença, agora, na denúncia contra a CPI da Petrobras, é que a farsa foi gravada em vídeo, documentada.
Apesar das ameaças de representação, a reação da oposição à fraude na CPI foi considerada no mínimo cautelosa. Para não dizer medrosa.
Em pleno ano eleitoral, os políticos (inclusive de oposição) não querem desagradar, na CPI da Petrobras, grandes empreiteiras que os financiam.
“Pool” de empreiteiras contratou criminalistas famosos, parlamentares e lobistas para blindar seus dirigentes de depoimento na CPI da Petrobras.
A Petrobras tem o dever de explicar por que proporcionou a um ex-diretor sob suspeita, Nestor Cerveró, “mídia training” para enfrentar a CPI.
A União Europeia e países como o Japão vão anunciar a abertura de um painel contra o Brasil, na Organização Mundial do Comércio (OMC), em reação a medidas protecionistas como o programa Inovar-Auto e regimes especiais de tributação, criando privilégios para fabricantes que incluem em seus produtos conteúdo local. O objetivo do governo é conferir vantagens à indústria nacional em relação aos similares importados.
Primeiro, o senador Delcídio Amaral (PT-MS) tentou se descolar de Nestor Cerveró, que indicou para a diretoria da Petrobras, atribuindo a nomeação do amigo a Renan Calheiros (PMDB-AL). Depois, à sombra, segundo Veja, “ajudou” a tornar mais amena a vida de Cerveró na CPI.
Agora é o governador Zé Filho (PMDB-PI) – candidato à reeleição – o acusado de construir pista de pouso em sua fazenda de Buriti dos Lopes, com 1,2 mil metros, a 30 quilômetros do aeroporto de Parnaíba.
…de nada adiantou o teatrinho da CPI da Petrobras: os depoentes não convenceram a ninguém porque afinal se revelaram péssimos atores.


NO BLOG DO NOBLAT
FRASE DO DIA
"A presidente Dilma está no mundo da lua. O governo tem tanto pavor das falcatruas na Petrobras que nem a CPI chapa-branca foi suficiente. Esses fatos foram a confissão de culpa da presidente Dilma." (Senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), candidato a vice-presidente da República na chapa de Aécio Neves, sobre a denúncia de armação em depoimentos da CPI da Petrobras).

Andreza Matais, Fábio Brandt e Ricardo Brito, Estadão
A reunião entre servidores da Petrobras para discutir as perguntas e respostas dos interrogados na CPI da estatal no Senado ocorreu no gabinete da presidente da companhia, Graça Foster, em Brasília. A sala de reuniões integra o gabinete e o acesso é restrito a servidores da alta cúpula da estatal.
O espaço é usado por Graça para receber autoridades e fazer reuniões com assessores. O gabinete da presidente ocupa todo o segundo andar do prédio da Petrobras na capital federal. Procurada, a estatal não respondeu aos questionamentos do jornal a respeito do uso do gabinete da presidente Graça Foster.

Eduardo Bresciani, O Globo
A Petrobras afirmou, por meio de nota, que realizou treinamento dos depoentes da CPI que investiga denúncias contra a empresa com base em perguntas disponíveis na internet. A empresa destaca que o plano de trabalho das investigações no Congresso expõem perguntas que devem ser respondidas e que foram levadas em conta ainda questionamentos feitos a outros depoentes.
Reportagem da revista “Veja” afirma que perguntas elaboradas pelo relator da CPI do Senado, José Pimentel (PT-CE), teriam sido repassadas anteriormente aos depoentes. “A Petrobras esclarece que tomou conhecimento das perguntas centrais que norteiam os trabalhos das CPI e CPMI da Petrobras, através do site do Senado Federal, nos dias 14 de maio e 02 de junho, respectivamente, onde foram publicados os planos de trabalho das referidas comissões”, diz a estatal.
 
Tucanos Aloysio Nunes (à esquerda), Alvaro Dias e Carlos Sampaio anunciam resposta judicial às denúncias. Foto: O Globo

Isabel Braga, O Globo
O deputado André Vargas (sem partido-PR) não compareceu às duas sessões realizadas ontem no Conselho de Ética, marcadas para ouvi-lo. Além disso, os advogados do ex-petista protocolaram no final do dia pedido de suspeição do relator do caso, deputado Júlio Delgado (PSB-MG).
Segundo o advogado Michel Saliba, tanto Delgado quanto o presidente do Conselho de Ética, Ricardo Izar (PSD-SP), têm agido "com má-fé" neste processo, tentando atropelar prazos. Vargas está sendo processado sob suspeita de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava-Jato.

Ruben Berta, O Globo
A juíza Alessandra Cristina Tufvesson Peixoto, da 3ª Vara da Fazenda Pública, determinou o bloqueio dos bens do deputado federal Rodrigo Bethlem (PMDB-RJ), da ex-mulher dele, Vanessa Felippe, da ONG Casa Espírita Tesloo (atual Obra Social João Batista) e do major reformado da Polícia Militar Sérgio Pereira de Magalhães Junior, que esteve à frente da entidade quando ela assinou convênios com a Secretaria municipal de Assistência Social.
A Justiça também determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal dos quatro. A decisão foi proferida na sexta-feira, mas veio a público nesta segunda-feira. A magistrada concedeu liminar ao Ministério Público numa ação de indisponibilidade de bens elaborada pela promotora Gláucia Santana, da 5ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Cidadania.

Paula Adamo Idoeta, BBC Brasil
De um lado, adolescentes pouco estimulados pelos estudos, muitas vezes cursando séries atrasadas. Do outro, um currículo escolar extenso porém desconectado da realidade, em aulas excessivamente teóricas e incapazes de suprir deficiências anteriores dos alunos. Esses são, segundo especialistas, alguns dos ingredientes que levam a altos índices de evasão no ensino médio brasileiro, ciclo que é considerado hoje o principal gargalo da educação no país.
O tema voltou a entrar em evidência neste mês com um relatório do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) apontando que, entre os jovens mais pobres, menos de um terço conclui o ensino médio no Brasil.

NO BLOG DO CORONEL
Tesoureiro do PT envolvido em negociata de U$ 21 milhões com doleiro Youssef. Dinheiro que a Petros nunca mais cobrou.
Vaccari Neto, envolvido com a Petros desde os tempos da Bancoop.

O fundo de pensão da Petrobras, o Petros, perdeu o equivalente hoje a R$ 21 milhões ao emprestar esse montante em 2006 para uma empresa que era controlada pelo doleiro Alberto Youssef, de acordo com documentos apreendidos pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. Um relatório da PF levanta a suspeita de que o empréstimo foi obtido graças aos contatos políticos do doleiro. Até hoje, não se sabe o destino do dinheiro que não voltou para os cofres do Petros.
Um dos indícios de intermediação política, segundo a PF, é um e-mail de um executivo que trabalhava para Youssef, no qual ele faz menção a João Vaccari Neto, tesoureiro nacional do PT, como interlocutor para tratar de assuntos relativos ao Petros. "Falei hoje com o João Vacari sobre a Petros", diz o executivo Enivaldo Quadrado, condenado no processo de mensalão por ter usado uma corretora, a Bônus Banval, que tinha para repassar recursos do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza para o PP, partido da base aliada do PT que tem ligações com o doleiro. A mensagem que cita Vaccari Neto é de 2012.
"Há indício de que João Vaccari estaria intermediando negócios entre a Petros e o grupo GFD/CSA", diz o documento da polícia, citando duas empresas do doleiro. O Petros é o segundo maior fundo de pensão do Brasil, com patrimônio de R$ 66 bilhões. Teve, só no ano passado, prejuízo de R$ 2,8 bilhões, por conta de investimentos que deram errado e empréstimos não honrados.
Youssef foi preso em março deste ano, sob a acusação de liderar um megaesquema de lavagem de dinheiro, com ramificações na Petrobras e em partidos políticos. Quadrado foi preso na mesma época pela PF, sob a acusação de lavagem de dinheiro, mas responde em liberdade. O doleiro escolheu uma empresa que criara um projeto aparentemente promissor, mas não tinha capital.
A IMV (Indústrias de Metais do Vale), de Barra Mansa (RJ), tentava implantar um novo método de produção de ferro usando sucata, e não minério de ferro. Youssef usou um de seus laranjas, Carlos Alberto Pereira da Costa, para colocar como sócio na empresa, segundo a PF. Apesar do interesse da Votorantim pela nova tecnologia, a IMV não conseguia uma seguradora de porte para garantir o empréstimo, como exigia o Petros. A PF afirma que houve interferência política até no seguro, já que o IRB (Instituto de Resseguros do Brasil) vetava seguradoras que aceitavam fazer a operação, mas depois mudou de posição.
OUTRO LADO
Vaccari Neto disse, por meio da assessoria do PT, que "não conhece, nunca se encontrou e jamais manteve qualquer forma de contato com Enivaldo Quadrado". O Petros afirma que não vai se pronunciar sobre o empréstimo porque não teve acesso à investigação. A advogada de Quadrado não quis se pronunciar. Um dos sócios da IMV, Uilian Fleischmann, afirma que não cuidava da parte financeira da empresa e não quis comentar a suspeita. O IRB disse que precisaria de mais tempo para pesquisar a operação. (Folha de São Paulo)

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

FRAUDE NA CPI – Graça Foster tem de se demitir ou de ser demitida. Ou: Um dos “Três Porquinhos” foi coletar pessoalmente as questões

Graça Foster: da estirpe de pessoas cujo ar enfezado passa por competência técnicaGraça Foster: da estirpe de pessoas cujo ar enfezado passa por competência técnica
Ainda que Graça Foster fosse, do ponto de vista moral e intelectual, uma mistura de Catão, Madre Teresa de Calcutá e Schopenhauer e, do ponto de vista técnico, a encarnação da competência e da racionalidade, ainda que assim fosse, teria perdido a condição de presidir a Petrobras. Como ela não é nem uma coisa nem outra e é apenas Graça Foster, tem de ser demitida. Ou de se demitir. E não apenas porque deve ficar logo mais com os bens indisponíveis, tão logo o Tribunal de Contas da União volte a apurar a sua responsabilidade no imbróglio de Pasadena.
Graça tem de deixar o cargo porque está, infelizmente, no centro da tramoia contra a CPI da Petrobras — que é uma conspiração contra o Congresso, contra o estado e contra a democracia. Como vocês sabem, reportagem da VEJA desta semana prova que as perguntas elaboradas pelos senadores foram previamente passadas aos depoentes — e com gabarito! A própria Graça foi beneficiada pelo expediente, além de José Sérgio Gabrielli e Nestor Cerveró.
Para lembrar: integram a conspiração, com graus variados de participação, além da presidente da Petrobras, o relator da CPI no Senado, José Pimentel (PT-CE); José Eduardo Dutra, diretor Corporativo e de Serviços da estatal; o senador Delcídio Amaral (PT-MS); Paulo Argenta, assessor especial da Secretaria de Relações Institucionais; Marcos Rogério de Souza, assessor da liderança do governo no Senado; Carlos Hetzel, assessor da liderança do PT na Casa; o chefe do escritório da Petrobras em Brasília, José Eduardo Sobral Barrocas; Leonan Calderaro Filho, que responde pelo departamento jurídico desse escritório, e Bruno Ferreira, advogado da empresa. A reunião em que se cuidou da combinação foi feita no gabinete da presidência da empresa, numa sala anexa à de Graça. Barrocas, o chefe do escritório da estatal em Brasília, foi nomeado pessoalmente por ela e já tinha sido seu chefe de gabinete na BR Distribuidora, quando presidia essa subsidiária da Petrobras.
Pois bem: Lauro Jardim informa em sua coluna que Dutra, que é ex-senador e ex-presidente do PT, foi pessoalmente ao Senado fazer a coleta das perguntas. Os partidos de oposição decidiram recorrer à Procuradoria-Geral da República, à Comissão de Ética do Senado e à Comissão de Ética da Presidência para que apurem o escândalo.
Mas voltemos a Dutra e Graça. É evidente que ele não teria se lançado nessa empreitada sem a autorização de sua chefe imediata — ela própria beneficiária da falcatrua política. Um vídeo que veio a público deixa claro que a presidente da Petrobras teve acesso prévio às perguntas. Notem: estamos falando de algo mais do que o simples envio das questões em razão, sabe-se lá, do mau comportamento de um funcionário ou de outro. É mais do que isso. Tudo foi meticulosamente planejado.
Dutra, cumpre lembrar, era um dos três homens fortes da campanha de Dilma, ao lado de Antonio Palocci e José Eduardo Cardozo. A então candidata os apelidou, com aquela sua maneira muito particular de ser carinhosa, de “Os Três Porquinhos”. Eles todos devem saber por que o apelido era adequado. Nesta segunda, a presidente posou de Valesca Popozuda, deu um beijinho no ombro e disse que o assunto é do Congresso. Errado! Há servidores públicos envolvidos até o pescoço no imbróglio, como se vê. E são pessoas de sua confiança pessoal.
Sim, eu sei que Graça vai continuar onde está, até porque pertence àquela estirpe de pessoas que conseguem fazer com que seu ar enfezado passe por competência técnica, a exemplo de sua chefe, Dilma Rousseff. Eis o estado de degradação a que chegou a República.
Texto publicado originalmente às 20h25 desta segunda(04)

NO BLOG DO JOSIAS

A taxa de inflação está no teto. O índice de crescimento, rente ao chão. As tarifas, represadas. A despeito disso tudo, Dilma chama de “artificial” o pessimismo dos críticos. É como se ela estivesse na posição do sujeito que salta do vigésimo andar e, ao cruzar o segundo, exclama: “Até aqui, tudo bem.”
De repente, até gente como Luiz Gonzaga Belluzo, conselheiro econômico de Dilma, começa a enxergar o otimismo como uma patologia ótica. “Será muito difícil impedir pelo menos um trimestre de recessão”, disse. “A economia está realmente resvalando para uma recessão ou para um crescimento extremamente baixo. [...] A gente não pode se enganar.” É, faz sentido.

Nota da Petrobras joga gasolina na farsa da CPI

O governo já privatizou a Petrobras sem desestatizá-la e, à medida que a pseudoestatal penetra o caos, vai arrasando outros axiomas administrativos, além do bom senso. Na nota que divulgou para desmentir a notícia segundo a qual as petro-CPIs viraram um jogo de cartas marcadas, a empresa informou que “garante apoio a seus executivos e ex-executivos, preparando-os, quando necessário, com simulações de perguntas e respostas”.
A Petrobras faz isso “para melhor atender aos diferentes públicos, seja em eventos técnicos, audiências públicas entrevistas com a imprensa, e, no caso em questão, a CPI e a CPMI.” Repetindo: para a ex-estatal, uma palestra técnica tem o mesmostatus de um depoimento numa comissão parlamentar de inquérito. Insistindo: uma entrevista sobre, digamos, as riquezas do pré-sal é equiparável a uma inquirição sobre o prejuízo bilionário que resultou da compra da refinaria de Pasadena.
Para que as “simulações” resultem numa “melhor compreensão dos fatos e elucidação das dúvidas”, a Petrobras mobiliza “profissionais de várias áreas, inclusive consultorias externas.” No caso das CPIs, ninguém passou previamente, por baixo da mesa, as perguntas que seriam feitas à presidente Graça Foster, ao ex-presidente José Sergio Gabrielli e ao ex-diretor Nestor Cerveró. Não, não. Absolutamante.
A nota informa que a empresa “tomou conhecimento das perguntas centrais que norteiam os trabalhos da CPI e da CPMI da Petrobras, através do site do Senado Federal, […] onde foram publicados os planos de trabalho das referidas comissões.” Neles, “além das perguntas centrais, constam também os nomes de possíveis convocados, e a relação dos documentos que servem de base para as investigações.”
O senador José Pimentel (PT-CE), relator da CPI do Senado, também divulgou uma nota. No texto, negou ter orientado depoentes. Ecoando a Petrobras, realçou que a relação de perguntas integrava o plano de trabalho da comissão. O ex-diretor Cerveró, também mandou dizer, por meio do advogado, que não recebeu a inquirição com antecedência. Apenas submeteu-se a um “treinamento” provido pela empresa que o demitira.
Confrontado com o vídeo trazido à luz no final de semana pelo repórter Hugo Marques, o encadeamento de versões perde o nexo. Gravadas clandestinamente, as imagens exibem uma trinca de servidores da Petrobras conversando, em timbre de conluio, sobre a melhor forma de fazer chegar as perguntas aos depoentes sem levantar suspeitas.
A alturas tantas, José Eduardo Barrocas, chefe do escritório brasiliense da Petrobras, soa assim na fita: “Eu perguntei da onde, quem é o autor dessas perguntas – 80% é do Marcos Rogério [assessor da liderança do governo no Senado]. Ele é o responsável por isso aí. Ele disse hoje que o Carlos Hetzel [assessor da liderança do PT] fez alguma coisa. O Paulo Argenta [assessor da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República] fez outras.”
Bruno Ferreira, advogado da Petrobras em Brasília, indaga: “Qual a estratégia em termos de orientação ao Cerveró?” Leonan Caderaro Filho, outro advogado da suposta estatal, emenda: assim como o Dutra [José Eduardo Dutra, ex-senador petista, hoje diretor da Petrobras] trouxe para a BR, talvez o Delcídio [Amaral, senador do PT de Matro Grosso do Sul] esteja levando para o Cerveró… Será que o Delcídio já levou as perguntas para ele?” Uma alma incauta perguntaria: ora, mas as perguntas não estavam dispníveis no site do Senado?
Na nota que divulgou, a ex-estatal absteve-se de esclarecer os termos da inusitada conversa dos seus três graduados servidores. Embora as palavras, por inqualificáveis, sejam de fácil qualificação, a empresa preferiu concentrar-se na “simulação” que promoveu para treinar seu pessoal. Referiu-se aos ensaios como algo trivial no mercado. “Assim como toda grande corporação, a Petrobras garante apoio a seus executivos e ex-executivos…”
De novo, o enredo peca pela falta de nexo. Vale a pena recordar: ao ser confrontada com a revelação de que avalizara a compra de Pasadena, Dilma Rousseff, que na época presidia o Conselho de Administração da Petrobras, levou a faca ao pescoço de Nestor Cerveró. Disse que, não fosse um parecer “técnica e juridicamente falho” de Cerveró, jamais teria aprovado a compra da refinaria.
Por mal dos pecados, Cerveró continuava empregado na Petrobras seis anos depois de ter redigido o documento que induzira a supergerente a erro. Só foi mandato ao olho da rua depois que Dilma, premida pelo noticiário, torceu-lhe o nariz em público. Em privado, Cerveró mandou recados ao Planalto. Insinuou que não iria à fogueira sozinho.
Em entrevista, o ex-presidente Gabrielli deu a entender que também não admitiria a hipótese de arder sozinho: “Não posso fugir da minha responsabilidade, do mesmo jeito que a presidente Dilma não pode fugir da responsabilidade dela, que era presidente do conselho. Nós somos responsáveis pelas nossas decisões”, disse.
Por um instante, a plateia teve a impressão de que o teatro da Petrobras estava prestes a ir pelos ares. Descobre-se agora que não havia propriamente uma divergência. O problema era a falta de ensaio. Bastaram algumas boas “simulações de perguntas e respostas”, conduzidas por “profissionais de várias áreas, inclusive consultorias externas”, para que se chegasse à “melhor compreensão dos fatos e elucidação das dúvidas.”
Assim como nem Ingrid Bergman nem Humphrey Bogart jamais disseram “toque outra vez, Sam”, o que não impediu que a frase se transformasse na mais famosa do filme Casablanca, é provável que as ameaças de Cerveró e Gabrielli jamais tenham existido. Como também não existiu o conluio dos servidores do escritório da Petrobras em Brasília.
Responsável pela obra da refinaria pernambucana Abreu e Lima, outro negócio esquisito da ex-Petrobras, o ex-diretor Paulo Roberto Costa disse ao repórter Mario Cesar Carvalho que não houve superfaturamento no canteiro. Segundo ele, o preço do empreendimento saltou de US$ 2,5 bilhões para US$ 18,5 bilhões porque o primeiro orçamento fora feito em cima da perna, como uma “conta de padeiro”. Bobagem.
Recolhido a uma cadeia do Paraná, o ex-diretor ainda não passou por uma boa “simulação”, dessas que a Petrobras, “assim como toda grande corporação”, provê a ex-diretores. Logo, logo alguém sussurará nos seus ouvidos: “Toque outra vez, Paulo Roberto, só que noutro tom.”

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
A REFINARIA DE MENTIRAS DA FOLHA DE S. PAULO

Que vergonha a Folha de S. Paulo escrevendo um editorial mambembe, tergiversando de forma matreira, tentando deslocar o foco da farsa da CPI da Petrobras, sem contar que põe em causa a reportagem da revista Vejaque revelou à Nação uma barbaridade que chega a ser grotesca.
Espremendo bem esse editorial que transcrevo após este prólogo, sobra para o Poder Legislativo, que é geni. Ora, o Poder Legislativo é uma instituição democrática fundamental. Não se trata, no que tange à manipulação da CPI, de atirar pedras no Poder Legislativo que é uma expressão mais eloquente da democracia num Estado de Direito Democrático.
O editorialista da Folha de S. Paulo é, acima de tudo um cínico, um mentiroso que sonega a verdade do que ocorreu e está ocorrendo no Congresso Nacional, todo ele aparelhado pelo PT. Todos sabem que o Legislativo vem sendo demolido desde o dia em que Lula subiu a rampa do Palácio. E, para jogar a pá de cal, a Dilma recentemente assinou o famigerado decreto bolivariano 8.243 que cria os "sovietes", ditos conselhos populares que definirão as políticas públicas. Ou alguém acredita que o PT é um partido democrático?
A instituição, o Poder Legislativo, é pura, quem a conspurca são os homens! E nunca, na história deste país, o Legislativo foi tão enxovalhado commo na útima década para servir aos apetites de poder sem limites do PT.
Diga isto, editorialista da Folha de S. Paulo! Diga a verdade que todo mundo sabe qual é! 
O que acaba de ocorrer com a farsa da CPI, montada pelo governo do Lula, da Dilma e seus sequazes é um crime! Num país verdadeiramente democrático e sério seria imediatamente aberto um processo deimpeachment contra a Dilma, haja vista que o esquema todo partiu de dentro do Palácio do Planalto, como é acintosamente evidente na reportagem da revista Veja.
Simples assim. Diz o velho adágio que quem não deve não teme. E o governo do PT está fazendo o diabo para esconder a maior falcatrua da história da Petrobras, toda ela aparelhada pelo PT. O caso da negociata bilionária de Pasadena que avariou as finanças da estatal é um uma afronta ao povo brasileiro e por isso mesmo terá, sim, um impacto decisivo na eleição presidencial, impacto esse que a Folha de S. Paulo tenta minimizar a ponto de implicitamente questionar "se" a reportagem de Veja é fiel aos fatos.
A Folha há muito tempo deixou de honrar o seu slogan "Um jornal a serviço do Brasil”. Tornou-se um jornal a serviço do PT e seus acólitos. Esta é a verdade que salta imediatamente aos olhos de que acompanha diariamente esse jornal.
E para não dizerem que estou inventando coisas, transcrevo na íntegra o citado editorial, cujo título é “Refinaria de mentiras”. Leiam:
"O enfrentamento de governo e oposição em palcos como a campanha eleitoral e as comissões parlamentares de inquérito têm, vez ou outra, a utilidade de balançar as cortinas que ocultam os bastidores de grandes negociatas.
A propaganda política ainda conta com efeitos especiais para tapar as frestas abertas, mas esse recurso nem sempre está à disposição nas CPIs ­­e o que se vê é um espetáculo mambembe, em que raramente alguém sai nocauteado.
O caso Pasadena não representa exceção à regra, como indica a fraude noticiada pela revista "Veja". Se confirmada a armação comentada por funcionários da Petrobras no vídeo que serve de base à reportagem, chega­se muito perto da total desmoralização das CPIs.
As imagens mostram o chefe do escritório da Petrobras em Brasília e um advogado da empresa. Eles trocam informações sobre formas seguras de fazer chegar perguntas preparadas pelo governo a depoentes na comissão do Senado.
O "gabarito" teria sido contrabandeado pelo senador José Pimentel (PT­CE) à atual presidente da Petrobras, Graça Foster, ao ex­presidente da estatal José Sérgio Gabrielli e ao ex­diretor da área internacional Nestor Cerveró.
No vídeo, afirma­se que as questões combinadas foram obra de Paulo Argenta, assessor da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República.
A compra da refinaria nos EUA, vale lembrar, subiu à condição de escândalo com ajuda da presidente Dilma Rousseff (PT). Ela, que presidia o conselho da Petrobras à época da malfadada transação bilionária, buscou eximir­se de responsabilidade pelo fiasco atribuindo sua aprovação a um parecer malfeito.
A manobra estimulou a conjectura de que, para além de incompetência da direção da estatal, tenha havido irregularidade e má­fé no prejuízo causado pela aquisição.
Sob pressão, o Congresso criou duas CPIs para o caso, e em ambas o Planalto fez de tudo para manter o controle. Na primeira, no Senado, garantiu sólida maioria ­­e, mesmo assim, terá sentido a necessidade de manipular depoimentos.
Na CPI mista aberta em seguida, o governo petista instalou como presidente o mesmo condutor da comissão do Senado, Vital do Rêgo (PMDB­PB). Para relator elegeu o fiel deputado Marco Maia (PT­RS), garantia de poder sobre pauta e agenda de testemunhos.
Todo esse empenho é decerto proporcional à gravidade ainda mal vislumbrada do escândalo Pasadena e seu potencial de dano nas urnas. O Legislativo, porém, mais uma vez se contenta com encenar uma pantomima subserviente."

NA VEJA ON LINE

PSOL, PSTU e PT comandam sindicatos ligados a black blocs

Levantamento mostra que 61 filiados a PSOL, PSTU e PT ocupam cargos de dirigentes do Sindipetro, do Sepe e do Sindsprev no Rio.
Daniel Haidar, do Rio de Janeiro


Após ser presa no RS, Sininho embarcou para o Rio na tarde de sábado (TV RBS/Reprodução/VEJA)

Um levantamento realizado pelo site de VEJA nos registros partidários do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra que 61 dirigentes filiados a PSOL, PSTU e PT comandam sindicatos responsáveis pelo financiamento de manifestações que tiveram participação de black blocs no Rio de Janeiro. A ajuda financeira dessas organizações sindicais foi relatada por testemunhas e investigados na Operação Firewall da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI).
Os sindicatos foram associados pela polícia a 23 black blocs, que respondem na Justiça por associação criminosa. São eles: o Sindicato dos Petroleiros do estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ), o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe-RJ) e o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência Social (Sindsprev-RJ). Todos negam ter patrocinado atos criminosos e afirmam que a polícia tenta criminalizar o movimento sindical. 
Dirigentes por partido
PSOL 34
PT 14
PSTU 13
PCdoB 7
PDT 3
PRP 1
PSC 1
DEM 1
Dos 40 dirigentes do Sindsprev, pelo menos 18 são filiados ao PSOL, o que inclui os três sindicalistas no comando da secretaria de finanças. E recursos do sindicato já foram utilizados em campanhas do partido, de acordo com gravações de conversas telefônicas flagradas da deputada estadual Janira Rocha (PSOL), ex-diretora do Sindsprev. Janira, aliás, nunca pareceu se preocupar com sua ligação com os vândalos mascarados. Há duas semanas, ela ajudou a advogada Eloisa Samy, uma das ativistas com mandado de prisão preventiva expedido por organizar atos violentos, a fugir de cerco policial no Consulado do Uruguai no Rio de Janeiro. Outros cinco dirigentes do Sindsprev são do PCdoB.
No Sindipetro, cinco diretores são filiados ao PT e outros cinco ao PSTU – entre eles Claiton Coffy, secretário do diretório regional do PSTU no Rio de Janeiro. Já o Sepe, que representa professores, possui 16 diretores filiados ao PSOL, outros 9 ao PT, e sete ao PSTU. 
Desde a morte do cinegrafista Santiago Andrade, a polícia investiga se partidos contribuíram com dinheiro para estimular quebra-quebra em manifestações. A suspeita foi mencionada em depoimento de Caio Silva de Souza, preso por lançar o rojão que matou o cinegrafista. A hipótese voltou à tona com a Operação Firewall, porque os investigadores reuniram evidências de ajuda financeira fornecida por sindicatos a manifestantes violentos. 
O diretor de finanças do Sindipetro-RJ, Francisco Soriano de Souza Nunes (sem partido), diz que o sindicato, que tem cerca de 5.500 filiados e arrecadação superior a 11 milhões de reais em 2013, precisa contribuir para reivindicações populares legítimas por um "compromisso moral". "Se eu fizer campanha entre filiados e pedir mais recursos para apoiar o avanço social do Brasil, conseguirei. É um compromisso moral que nós temos", afirmou Nunes.
Mas Nunes não sabe explicar como evitar que a contribuição do sindicato acabe ajudando manifestantes interessados em promover a destruição do patrimônio público e privado. A Polícia Civil do Rio de Janeiro sustenta que 23 acusados na Operação Firewall participavam de maneira violenta de protestos e planejavam crimes na data da partida final da Copa do Mundo, em 13 de julho – alguns deles foram presos na véspera.
No inquérito da operação policial, a testemunha Rosângela de Brito Ferreira relatou à polícia que obteve dinheiro no Sindipetro "para compra de quentinhas, passagens e material para confecção de cartazes". Ela disse que os recursos eram entregues diretamente para Elisa Quadros, a Sininho, considerada pela polícia uma das líderes dos baderneiros. A polícia suspeita que Elisa e o ex-namorado Luiz Carlos Rendeiro Júnior, o Game Over, eram responsáveis pela contabilidade dos manifestantes. De acordo com Rosângela, durante invasão da Câmara Municipal do Rio de Janeiro no ano passado, foram compradas 300 quentinhas para o almoço e 300 para o jantar. Ela disse ainda que Jair Seixas Rodrigues, o "Baiano", era ligado ao Sindipetro e recrutava pessoas para manifestações em troca de pagamento. 
"Baiano" foi investigado pela polícia e, em depoimento, afirmou que pediu e recebeu quentinhas do Sindipetro-RJ para manifestantes. De acordo com as investigações, ele recebeu dinheiro do sindicato para arregimentar manifestantes e transportar black blocs no violento protesto contra o leilão do campo de Libra, maior reserva de petróleo da camada pré-sal do país. 
Já se sabe também que houve ajuda no fornecimento de refeições pelo Sepe, sindicato com mais de 30.000 filiados, para os manifestantes, de acordo com conversa telefônica de Sininho, gravada com autorização judicial. Em 9 de junho deste ano, ela menciona que fez contato com sindicatos como Sindipetro e Sepe para obter cem "quentinhas" para índios da "Aldeia Maracanã". Outro investigado marcava reuniões no Sindsprev. 
Christiane Gerardo Neves, uma das integrantes da diretoria de finanças do Sindsprev, defende o fornecimento de refeições para manifestações. Ela acusa a polícia de ser responsável por atos violentos em manifestações e chama de "peça tragicômica" o processo originado pela Operação Firewall. "Só vejo baderna com participação dos policiais. Esse processo é uma peça tragicômica de extremo mau gosto", afirmou. O sindicato tem mais de 24.000 filiados e arrecada cerca de 1 milhão de reais por mês, de acordo com Christiane.

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