DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 22=7=14

NO BLOG DO EGÍDIO SERPA
Informa um industrial, que acaba de voltar dos EUA:
O preço do metro quadrado de um imóvel residencial em Miami é igual ao de Fortaleza.
Mas em Orlando é 40% mais barato do que o daqui.
NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
O extenso noticiário sobre o Boeing da Malaysia Airlines derrubado quando sobrevoava os céus de Donetsk, região da Ucrânia controlada por separatistas financiados pelo governo russo, tratou com inexplicável avareza a mais inventiva das teorias vinculadas ao episódio. Foi ignorado pelos jornais (ou confinado em míseros centímetros) o monumento à criatividade erguido por Dilma Rousseff com 82 palavras distribuídas por quatro frases. Concebido para explicar aos jornalistas por que o governo ainda não dera um pio sobre o mais recente capítulo da história universal da infâmia, deu no seguinte:
“Olha, eu acho que é prudente … vô… a gente tomar cuidado, porque, ao mesmo tempo, né?, tem um segmento da imprensa dizendo que o avião que era… esse avião que foi derrubado tava na rota da volta do avião do presidente Púti. Coincidia com o horário… e com o percurso. Então, que o míssil seria dirigido ao avião do presidente Púti. Eu acho que é importante tá… ter… ter claro que não era um míssil de fácil manejo. Não é um míssil de fácil manejo. Então, nós temos que olhar com cuidado pra vê de fato o que aconteceu. Então, o governo brasileiro não se posicionará quanto a isso até que fique mais claro, por uma questão não só de seriedade, né?, mas também de prudência. Nós não temos todas as informações”.
Em língua de gente, o falatório em dilmês primitivo produziu uma teoria e tanto. Amparada no que andou lendo num misterioso “segmento da imprensa”, a presidente do Brasil afirmou ─ nada mais, nada menos ─ que só os imprudentes e os pouco sérios se atrevem a atribuir o disparo do míssil aos rebeldes supridos pelo padrinho Vladimir Putin com armamentos de última geração. Segundo Dilma, a explosão do Boeing foi coisa do governo constitucional da Ucrânia, que errou o alvo ao tentar espatifar o avião que levava o presidente da Rússia de volta a Moscou. Nem o mais imaginoso veterano da KGB havia pensado nisso.
Como a autora não a desmentiu, a tese continua valendo manchete de primeira página ─ e à espera de detetives preparados para averiguar se tem fundamento ou não. Se tiver, o caso sofrerá reviravoltas que poderão levar a descobertas ainda mais espetaculares. (Uma dupla de enviados especiais a Donetsk talvez descubra, por exemplo, que o míssil decolou de um aeroporto clandestino construído nas terras de um tio ucraniano de Aécio Neves, expropriadas pelo governo mineiro). Se tudo não passou de outra maluquice do neurônio solitário, os eleitores terão um motivo a mais para negar à presidente um segundo mandato.
Pelo que anda acontecendo por lá, falta pouco. Mas o Palácio do Planalto ainda não virou hospício.

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
A Associação Médica Brasileira (AMB) concluiu estudo revelando que o citrato de sildenafila, que seria comprado pelo Ministério da Saúde por R$ 134,4 milhões em parceria com Labogen, não é considerado de primeira escolha para o tratamento da hipertensão arterial pulmonar. O contrato foi cancelado após a Operação LavaJato, da PF, denunciar o laboratório como carro-chefe do doleiro Alberto Youssef para lavagem de dinheiro.
Contrariando orientação de técnicos, o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha foi testemunha da compra do sildenafil, princípio ativo do Viagra.
O presidente da AMB, Florentino Cardoso, diz que “o estudo foi realizado por um grupo de pesquisadores, mediante evidências científicas”.
O deputado André Vargas (ex-PT-PR) é acusado de operar, junto a Youssef, em favor de contratos milionários da Labogen com a Saúde.
Novo coordenador de futebol da CBF, o gaúcho de Erexim, Gilmar Rinaldi deve oficializar hoje um conterrâneo gaúcho para assumir novamente o comando da Seleção Brasileira: Dunga. Até hoje, a equipe já foi dirigida pelos gaúchos Luiz Felipe Scolari (Passo Fundo), Carlos Froner (São Borja), Oswaldo Brandão (Taquara), Mano Menezes (Passo do Sobrado), João Saldanha (Alegrete), Sylvio Pirillo (Porto Alegre) e Claúdio Coutinho (Dom Pedrito).
Lideranças do PT estão em pânico com a falta de perspectiva de ajuda financeira em vários estados. Nos bastidores, corre que a presidenta Dilma controla o caixa com mão de ferro e só libera dinheiro a “aliados”.

NO BLOG DO NOBLAT
Ariano Suassuna sofre AVC hemorrágico no Recife
O Globo
O escritor, dramaturgo e poeta paraibano Ariano Suassuna, de 87 anos, foi internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Real Hospital Português, em Recife, ontem à noite, após ter sofrido um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico. De acordo com a equipe médica, o estado de saúde do dramaturgo é grave, mas estável.
Suassuna foi internado às 20 horas com sangramento intracraniano. O escritor foi levado para a sala de cirurgia em um procedimento de emergência. A operação foi considerada bem sucedida e terminou por volta das 23 horas.

Suassuna foi homenageado pelo Bloco Galo da Madrugada no carnaval deste ano. Foto: Hans von Manteuffel / O Globo
Simone Cunha, G1
A lista de medicamentos com desconto por conta da isenção de imposto PIS/Cofins passa a ter 1.645 produtos a partir de segunda-feira (21), com a atualização da lista de preços da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A agência reduziu o preço máximo de mais 174 medicamentos, que passam a ter desconto médio de 12% nas farmácias por conta da retirada dos impostos. Foram incluídos, por exemplo, remédios para disfunção erétil, prevenção de AVC e infarto, tratamento de depressão, indução de ovulação, anti-inflamatórios e vacina contra gripe.

NO BLOG DO CORONEL
Saulo Queiroz, ex-PFL e atual PSD, é o artífice do apoio de primeira hora do partido do Kassab a Dilma Rousseff. Ele prenuncia em artigo para o Estadão a derrota inexorável da "presidenta" nas eleições de outubro. Vale a pena ler.
De mal a pior
A última pesquisa Datafolha mostrou a extensão de uma doença que avança pelo País: a rejeição ao PT e a Dilma. Como são duas entidades diferentes, não é fácil saber qual é depositária do percentual mais forte, mas há indícios de que a rejeição ao PT é de controle mais difícil.
Outro aspecto que fica claro é sua susceptibilidade ao contágio, que aumenta com maior velocidade nos grandes conglomerados urbanos, mas avança também, mais lentamente, nas pequenas cidades e até em espaços que pareciam imunes, como o Nordeste, onde a rejeição a Dilma alcançou incríveis 23%.
Para se ter uma ideia do que isso significa vale lembrar que na eleição presidencial passada, em pesquisa Datafolha de 23.07.2010, a rejeição a Dilma em todo o País era de 19%. Nesta última pesquisa já alcança 35%, quase o dobro de igual período em 2010.
Para uma identificação mais precisa do depositário da maior taxa de rejeição, se o PT ou Dilma, é preciso uma rápida caminhada pelo País, começando pelo Sul. O PT tem candidato nos três Estados, mas apenas no Rio Grande do Sul seu candidato está em segundo lugar nas pesquisas.
No Paraná e Santa Catarina estão em terceiro. No Sudeste, o desempenho é pífio em São Paulo com Alexandre Padilha, sofrível no Rio de Janeiro, com Lindhberg Farias ,em quarto lugar, e sem expressão no Espírito Santo.
Apenas em Minas Gerais, com Fernando Pimentel, apresenta um desempenho satisfatório, mas a lógica é que ele não resistirá a máquina de moer carne que o espera, com Aécio Neves crescendo nas pesquisas para Presidente, um candidato ao governo, Pimenta da Veiga, de boa história, e um ao Senado, com a qualidade e aprovação de Antonio Anastasia, o governo do Estado e a maioria de deputados.
No Nordeste seu candidato na Bahia, maior colégio eleitoral da região está muito atrás do candidato do DEM. É segundo no Ceará e apenas no Piauí mantém folgada liderança. Nos demais Estados apoia candidatos de outras legendas, o que significa dizer que nestes quatro anos não consolidou personagens estaduais para concorrer ao cargo de governador, o que demonstra fragilidade partidária.
A pergunta que fica é: que culpa cabe à presidente Dilma por esta fragilidade do PT em seu principal reduto eleitoral que é o Nordeste? Penso que muito pouca. No Norte, afora o Acre onde pode reeleger o governador, não tem presença de destaque nos principais colégios eleitorais, visto que apoia o PMDB no Pará e Amazonas, além de fazer o mesmo em Tocantins.
No Centro Oeste tem candidato a reeleição no Distrito Federal com baixa perspectiva, em Goiás sem nenhuma e no Mato Grosso não tem candidato. Apenas em Mato Grosso do Sul tem perspectivas concretas de vitória porque seu candidato, o senador Delcídio Amaral, está bem a frente nas pesquisas e tem baixa rejeição. A questão é saber até onde ele resistirá ao processo de contaminação, visto que o Estado é vizinho de São Paulo e Paraná, onde é virulenta a rejeição ao PT – a maior em todo o País. Há que se vacinar para controlar o contágio.
Finalmente, é quase chocante que um partido que comanda o País há 12 anos, tenha favoritismo para eleger apenas três governadores, em Estados de pequena densidade eleitoral e dois senadores. Cinco em 54 disputas majoritárias. Quase nada. A pergunta, repetitiva, é se foi Dilma a responsável por uma rejeição que se estendeu por todo o Pais ou se foi o PT o principal responsável pela rejeição de Dilma. Não vale dizer que as duas se encontram.
A verdade é que estes últimos quatro anos de governo da presidente Dilma foram marcados por dificuldades na economia, não só aqui no Brasil, mas em quase todo mundo. Evidente que o governante paga uma conta que nem sempre é sua, como aconteceu nas eleições realizadas na Europa, mas é do jogo da política.
Lula presidente, a economia bombou, ele soube tirar proveito político disso e se tornou quase um ídolo no País. E ainda arrastou seu PT para o bom caminho da vitória nas eleições de 2010. Mas será que as dificuldades de Dilma, a baixa avaliação de seu governo, seria a causa principal para o desgaste do Partido em quase todos os Estados ou será que a causa é mais além?
Com certeza, mais além. No período do governo Dilma o País viveu o episódio que representou o maior massacre pelo qual já passou um partido na história política desse País: o julgamento do mensalão. Meses e meses de intensa cobertura de televisão, rádios e jornais de um julgamento onde o principal réu acabou se tornando o PT.
Engana-se quem acha que isto não teve grande importância. Teve sim e pensar o contrário é um menosprezo à opinião pública. Evidente que foi determinante para criar esse vírus da rejeição ao PT, que se espalha pelo País. A bem da verdade, nem Dilma nem seu governo têm qualquer coisa a ver com o mensalão. Ela, como muitos outros candidatos petistas, é apenas uma vítima.
Quanto à eleição presidencial deste ano o quadro caminha para um desfecho trágico para o PT e sua candidata. Quem estiver olhando para os números atuais das pesquisas e avalia que há um quadro de indefinição comete um erro básico de julgamento.
Há um status totalmente diferente entre os competidores, porque enquanto Dilma é conhecida por 99% dos eleitores, 19 e 36% desconhecem Aécio e Eduardo Campos, respectivamente. Todos os dados das pesquisas atuais mostram apenas a notória rejeição da candidata à reeleição.
Aécio e Campos são fatos para após o início do horário eleitoral. Vale que olhemos um pouco para 2010. Em 23.07, havia um empate entre Dilma e Serra, ambos com 36% de preferência. Em 15.09, com 25 dias de horário eleitoral, Dilma tinha 50% e Serra 27%.
Evidente que, agora, em meados de setembro, quando todos conhecerem melhor Aécio e Campos, os números serão diferentes e, tudo indica, um deles estará a frente de Dilma e, muito à frente, ambos, em uma simulação de segundo turno.
Não é provável, mas não impossível, que nesta data a campanha da presidente esteja com a preocupação voltada para assegurar sua presença no segundo turno. Apenas isso, porque não haverá mais nenhuma perspectiva de vitória.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
Chico Anysio na pele do professor Raimundo: Dilma chegou ao Palácio sem passar pela Escolinha…
Leio uma reportagem muito impressionante na Folha, de autoria de Valdo Cruz. Ela informa que “Dilma promete a aliados que corrigirá erros se for reeleita”. Ah, bom! Entendi! Então o país deveria franquear um segundo mandato a Dilma para lhe dar a chance de consertar as besteiras feitas no primeiro por… Dilma! É um modo de ver as coisas.
O texto informa ainda que os assessores listam aqui e ali os, digamos, errinhos que foram cometidos. Um deles, coisa pouca, é o de setor elétrico, com a redução das tarifas — e suponho que entre no rol de bobagens a antecipação das concessões. Não é nada, não é nada, a nossa governanta praticamente quebrou um setor. E teve de injetar alguns bilhões de recursos púbicos para tentar minimizar o estrago. Mas ora vejam: ela parecia tão segura, não é mesmo? Procurem neste blog os posts que trazem a expressão populismo elétrico. E eu, obviamente, não sou da área! Nove entre dez especialistas alertavam para a bobagem. Mas sabem como é… A ignorância é sempre mais convicta do que a sabedoria porque não tem medo de errar. E Dilma já demonstrou que não tem nenhum.
Ah, claro! O PT agora diz que foi, sim, um erro represar as tarifas. Se Dilma for reeleita, não acontece mais. Ok. Não estivessem, no entanto, represadas, e tudo o mais constante, em que patamar estaria a inflação? Afinal, o governo não avançou contra o caixa da Petrobras, por exemplo, porque repudie aumentos de combustíveis, mas porque estava dando um jeito de conter o índice inflacionário.
E a coisa vai por aí. Há também quem reclame das desonerações, que teriam agredido a saúde fiscal do governo, sem que os incentivos tenham resultado em crescimento da economia. Em suma, Dilma promete não repetir mais as barbeiragens que fizeram o Brasil conjugar uma inflação que flerta com os 7%, um crescimento abaixo de 1% e juros nos cornos da Lua: 11%.
Acho que estou começando a entender. A Presidência da República, para Dilma, nos primeiros quatro anos, foi uma espécie de “Escolinha do Professor Raimundo”. Ela estava lá para aprender a governar. Um errinho bilionário aqui, outro ali… Mas, doravante, ela jura fazer tudo certo. Sempre há o risco de que alguém acredite nisso, não é mesmo?
Os petistas e a própria presidente já deixaram claro que têm também outra agenda caso conquistem mais quatro anos: a reforma política, que o partido quer que seja feita por meio de uma Constituinte exclusiva, combinada com decisões plebiscitárias. Uma das teses mais caras ao partido é o financiamento público de campanha — o que está para ser concedido, na prática, pelo Supremo, por via cartorial.
Se e quando isso acontecer, grandes partidos, como o PT, terão a grana de que precisam para se financiar fornecida pelo próprio Estado. A legenda nem mesmo precisará fazer suas juras de amor à economia de mercado para conseguir alguns milhõezinhos para a campanha eleitoral. Estará mais livre. E, nesse caso, negociar o quê, com quem e pra quê? O financiamento público permitirá aos partidos atuar como instâncias autocráticas.
Um dos setores que estão na mira da presidente e dos petistas é o empresariado. Ela pretende reconquistá-lo. Bem, quem quiser que caia na conversa, não é mesmo? Estou enganado ou a ação estrepitosa mais recente da nossa soberana foi enviar um decreto que entrega parte da administração pública federal a “conselhos populares”?
Sim, sim… Alguns dirão que o que vai a seguir é um reducionismo, mas tomem como medida as ações dos movimentos de sem-teto ou de sem-terra, por exemplo. Ou bem se governa com a lei, ou bem se governa com os tais “movimentos sociais”. Avaliem vocês com que lado está a chance de um futuro virtuoso para o Brasil, muito especialmente para os pobres. Num caso, tem-se uma sociedade paralisada por minorias radicalizadas e corporações de ofício; do outro, a previsibilidade das regras, democraticamente pactuadas.
Atenção! As disposições subjetivas de Dilma, à boca da urna, não têm a menor importância. A questão é o que ela representa e o que quer o seu partido.

De camisa listrada, Eloísa Samy tenta se livrar na cadeia, escondendo-se no Consulado do Uruguai
Foi demais até para um reduto do exotismo em que está se transformando o Uruguai: o governo do país negou asilo político à advogada Eloísa Samy e a um casal de black blocs: David Paixão, de 18 anos, e sua namorada, que é menor de idade. Eles haviam se escondido no Consulado do Uruguai, no Rio, e se dizem perseguidos políticos. É mesmo? Reitero o que escrevi aqui: os únicos perseguidos políticos numa democracia são terroristas ou golpistas. Não há outros. E, felizmente, os democratas os perseguem. Ou os canalhas acabariam solapando os fundamentos do regime. O Brasil é uma democracia plena. Pergunto: em qual dos dois casos Eloísa se enquadraria? Golpismo ou terror? O pedido ultrapassava a linha do ridículo até para uma nação governada por José Mujica.
Os ultraesquerdistas da Zona Sul do Rio entraram em delírio — e não sozinhos, já explico. Os advogados Rodrigo Mondego e Rogério Borba, que encaminharam o pedido ao governo uruguaio, admitiam que o benefício dificilmente seria concedido. Mondego chegou a dizer: “É difícil sair o asilo porque o Uruguai teria de reconhecer que foi quebrada a ordem democrática no Brasil. Entendo a dificuldade. Mas o Rio de Janeiro está sofrendo uma crise institucional no que tange às liberdades democráticas”.
Trata-se de uma tolice gigantesca. A Justiça que decretou a prisão dos acusados é estadual, mas a decisão foi tomada com base em leis que têm alcance em todo país. Não existem Códigos Penais estaduais. Os defensores dos acusados deveriam é erguer as mãos para o céu. Eu aqui me pergunto — e faço a mesma pergunta ao MP: por que essas pessoas não estão sendo acusadas com base na Lei de Segurança Nacional, a 7.170? Ela está em plena vigência, foi recepcionada pela Constituição, e os crimes que são atribuídos a essas pessoas estão lá plenamente caracterizados nos Artigos 15 a 19. Indago ainda: que tipo de advogado presta auxílio a uma menina menor de idade, que pede asilo político?
A Seção da OAB do Rio é, em parte, responsável por esse espetáculo grotesco e juridicamente vigarista. Durante meses a fio, comportou-se como babá de black blocs, deixando de censurar de maneira clara e explícita a violência. Ao contrário: mais do que ninguém, a Ordem confundiu, no Rio, o direito à liberdade de manifestação com a violência pura e simples. Ou permitiu que se confundisse. Pra uma entidade com essa importância, dá na mesma.
Piada da noite
A advogada e os dois black blocs deixaram o consulado no carro da deputada estadual Janira Rocha, do PSOL, o partido que, na prática, se apresenta como um fachada legal do movimento. Vocês conhecem esta senhora de dois episódios aos menos. Em 2012, durante greve de Polícias Militares e bombeiros no Rio, ela foi flagrada tentando articular uma greve nacional de PMs. No ano passado, vieram a público gravações em que esta senhora confessa, com todas as letras, que desviou dinheiro de um sindicato para a sua própria campanha eleitoral e para a de seu partido.

Janira, a deputada do PSOL, tentou articular greve nacional de PMs e confessa em gravação desvio de dinheiro de sindicato
Eis aí. Esse é o reino dos puros de que estamos falando. E que se lembre mais uma vez: Eloísa Samy, com prisão preventiva decretada e, enquanto escrevo, uma foragida, não está nessa situação porque advogou para black blocs. Nada disso: o MP apresentou evidências de que ela apoiou os atos violentos e atuou na logística das ações criminosas. O exercício da advocacia é plenamente livre no Brasil. O do crime, felizmente, não!




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