A GUERRA PSICOLÓGICA DO PT CONTRA AÉCIO

PT espalha boato de que tem dossiê escandaloso capaz de acabar com o rival tucano Aécio Neves
Petralhada raivosa promete entrar em campo...
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net de 26-6-14
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
O PT guarda, para soltar no momento em que avaliar mais oportuno, um dossiê escandaloso contra Aécio Neves – seu principal adversário na disputa reeleitoral de Dilma Rousseff. A ameaça aos tucanos é uma inconfidência que vem sendo repetida por várias fontes nos bastidores cinematográficos da marketagem petista. Só não é dito que “bomba” pode atingir Aécio – que é vítima sistemática de campanhas difamatórias petistas nas redes sociais. 

A “ameaça” pode não passar de uma fanfarronice, como parte da estratégia de guerra psicológica ao adversário, que vem explorando as denúncias contra os petistas na Petrobras, calcanhar de Aquiles da gestão Dilma. Mas as duas diferentes fontes que vazam tal “segredo de campanha” sustentam a tese de que, se divulgado, tal dossiê destrói e inviabiliza o candidato tucano. Pode-se esperar tudo da petralhada no jogo imundo de uma campanha marcada por orgias em acordos políticos.
O PT só tem um problema concreto a enfrentar. O partido tem pelo menos 314 casos sob investigação que afetam seus dirigentes ou membros do governo. A grande dúvida é se, contra Aécio, os ameaçadores petistas conseguem ter algo que não seja pior que muitos dos escândalos abafados e ainda não revelados contra eles. Os desdobramentos da Operação Lava Jato, se forem levados a sério, têm material para dizimar os esquemas corruptos da petralhada
Conforme o Alerta Total revelou na edição de 2 de junho, farta e viralmente repetida pela internet sem o crédito da publicação original, EUA investigam remessa de US$ 3 milhões, intermediada pelo doleiro Youssef, para Raul Castro. Uma remessa de US$ 3 milhões do Brasil para o presidente de Cuba, Raul Castro, chamou a atenção de agentes do Drug Enforcement Administration (a agência anti-drogas dos EUA) que acompanham o desenrolar da Operação Lava Jato no Brasil.
A DEA suspeita que o dinheiro possa ter a ver com alguma operação de tráfico de drogas, supostamente tolerada pelo governo cubano. Agentes admitem que as verdinhas também podem ser um mero investimento de integrantes do governo brasileiro em parceria com a família Castro. O dinheiro foi repassado ao mandatário cubano através do esquema do doleiro Alberto Youssef, investigado pela Polícia Federal e processado pela Justiça Federal, no Paraná.
O caso de remessa de dólares aos cubanos pode ganhar contornos politicamente explosivos. Segundo as investigações, a ordem para o envio dos recursos teria partido de Gilberto Carvalho, Secretário Geral da Presidência da República – e um dos ilustres membros da chamada “República de Londrina” – cidade paranaense onde Youssef tinha uma de suas bases. A grana para Raul teria vindo das Ilhas Seychelles. Durante um jantar sábado à noite, na residência de um executivo de transnacional no Rio de Janeiro, o affair cubano foi revelado por um deputado federal filiado a um dos principais partidos da base aliada do governo.
Descontente com o governo Dilma, e praticamente pronto para saltar fora da coalizão com o PT, o parlamentar cometeu outra “inconfidência empresarial” que pode abalar a cúpula petista. Os EUA monitoram uma atípica troca milionária do volume de ações de uma megaempresa do ramo alimentar. A operação foi feita por um bilionário brasileiro em favor da família de um ilustre político petista.
O escandaloso assunto é acompanhado por uma força-tarefa de 150 funcionários norte-americanos do FBI, SEC (Securities and Exchange Comission) e do Departamento de Justiça. Desde final de abril, eles investigam como membros da cúpula do governo brasileiro interferem na gestão de grandes empresas brasileiras cotadas na Bolsa de Nova York.
O alvo dos americanos é entender a atuação de apadrinhados políticos (principalmente petistas e peemedebistas) nos maiores fundos de pensão de estatais, que gerenciam mais de US$ 600 bilhões em ativos de várias companhias listadas na Nyse. A atuação do BNDES, seu braço de investimentos BNDESpar, Banco do Brasil e Caixa é monitorada pelos “pesquisadores” do Tio Sam. Depois da Copa do Mundo, com a Seleção Brasileira ganhando ou perdendo, bem no meio da campanha reeleitoral, o governo Dilma pode ter uma surpresa muito desagradável com o resultado dessa “pesquisa” feita pelos norte-americanos.
A confusão promete ser impactante política e economicamente, porque um dos alvos analisados é a BM&F Bovespa, onde os negócios se consolidam. Oficialmente, os auditores norte-americanos tentam obter mais informações para embasar pelo menos três processos sancionadores abertos na SEC, um outro aberto na Nyse, além de inquéritos tocados pelo FBI – a Polícia Federal dos EUA.

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