DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 03-4-14
NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
NO BLOG UCHO.INFO

(AFP – Getty Images)
Preterido no PSDB para se candidatar novamente à Presidência da República este ano, o ex-governador José Serra (SP) aposta na volta do ex-presidente Lula para tomar o lugar do desafeto Aécio Neves (MG) na disputa. De acordo com amigos do ex-governador, um eventual retorno de Lula colocaria em risco o domínio de Aécio sobre o governo de Minas, o que o faria recuar da briga nacional contra o PT.
Continua forte o lobby das empresas áreas no governo federal: a mais recente jogada para beneficiá-las condena à morte as agências de viagens. O governo passou a comprar passagens diretamente às empresas, ignorando as agências de viagem, contratadas por licitação. A despesa é igual, R$ 1,5 bilhão anuais, mas as companhias já não pagam a comissão de 10% das agências, no valor de R$ 150 milhões.
Por contrato, agências ganhavam desconto (repassado ao governo) por volume de passagens emitidas. Agora, o governo paga tarifa cheia.
O deputado André Vargas (PT-PR) jamais passaria por um detector de mentiras. A última dele é dizer que não sabia que a Polícia Federal investigava Alberto Youssef, doleiro condenado no caso do mensalão e acusado de lavar dinheiro sujo de traficantes. E de políticos corruptos.
Na “concessão” do aeroporto do Galeão à Odebrecht, no Rio, Dilma disse que o avião é “o meio de transporte do povo brasileiro”. Jatinhos de doleiros e de empreiteiras continuam restritos às autoridades.
“Prezada senhora, pode usar O Samba do Avião (“minha alma canta”) como canção de exilados, mas fiz a música nos EUA em 1962, com saudades do Brasil. Ah, e continuo não gostando de politicagem.”
Membros do “blocão”, os líderes Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Bernardo Santana (PR-MG), Jovair Arantes (PTB-GO) e André Moura (PSC-SE) não colocaram os pés na reunião da base aliada ontem, na Câmara.
Servidores da Universidade de Brasília, que adoram emendar férias com greve (já ficaram 6 meses em casa), ameaçam parar outra vez. Querem reduzir a jornada para 30 horas e o fim do ponto eletrônico, imune a fraudes. Faltou exigir óleo de peroba de graça para todos.
A silenciada UNE diz só haver recebido R$ 44,6 milhões do governo Lula (refeitas as contas, foram R$ 57 milhões), e garante que sua sede ficará pronta em 2015. Por algum milagre da engenharia, certamente.
NO BLOG DO CORONEL
Dilma e 12 minutos de mentiras.
Estima-se que Dilma terá em torno de 12 minutos para fazer a propaganda eleitoral em busca da reeleição. Mais da metade do tempo destinado aos candidatos de oposição. Tempo demais para obras de menos. Dilma não tem o que mostrar que não seja apenas discurso e marquetagem. Só que desta vez quanto mais mentir, mais vai incutir na alma do eleitor comum que o seu governo é uma farsa. As pesquisas são implacáveis na avaliação do governo. E, em seguida, esta avaliação será transferida para a intenção de voto. Dilma não cumpriu mais de 90% das suas promessas. E o pouco que fez está desmanchando debaixo da chuva ou da seca como os quase casebres do MCMV e a transposição do São Francisco. Creches não saíram do papel. O trem-bala é o que mais sintetiza a grande mentira representada por Dilma. A Petrobras saqueada, roubada, quase destruída. A crise energética que vai consumir R$ 30 bilhões em 2014 por conta do uso de termoelétricas. Dilma privatizou a logística. E mesmo assim não construiu um metro de ferrovia. Dilma é um fracasso.Sem falar na explosão dos juros e na volta da inflação. Por isso, os 12 minutos que Dilma serão um tiro no pé. O povo não quer médico cubano. O povo quer as UPAS que ela não fez. O povo não quer Pronatec de 160 horas. O povo quer as 30.000 escolas rurais que o PT fechou. O povo não quer só Bolsa Família, quer as creches que não vieram e que impedem as mães de trabalhar. O povo vai olhar a TV e a vida em volta. A vida em volta vai falar mais alto. E os 12 minutos de Dilma serão a comprovação da farsa que impuseram ao Brasil.
Alexandre Padilha, com a então ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e com o então petista que não andava em jatinho de doleiro preso, André Vargas, em campanha de arrecadação de fundos para a Santa Casa de Londrina: "anjinhos"!
Foi o doleiro Alberto Youssef quem conseguiu financiamento de R$ 31 milhões do Ministério da Saúde para o laboratório Labogen por meio de "contatos políticos", segundo depoimento à Polícia Federal de um dos sócios da empresa, Leonardo Meirelles.
Um dos contatos políticos de Youssef é o deputado André Vargas (PT-PR), vice-presidente da Câmara, segundo interceptações de mensagens feitas pelas PF. Em uma das mensagens, reveladas anteontem pela Folha, Youssef e Vargas falam sobre a Labogen, segundo relatórios da Operação Lava Jato. Vargas diz ao doleiro que a reunião com o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do ministério, Carlos Gadelha, "foi boa demais". "Ele garantiu que vai nos ajudar", afirma.
A Labogen assinou em dezembro do ano passado um acordo com o Ministério da Saúde para produzir o citrato de sildenafila, o Viagra, usado para tratamento de hipertensão pulmonar. À época, o ministro era Alexandre Padilha (PT), pré-candidato ao governo de São Paulo. O acordo previa pagamento de R$ 31 milhões em cinco anos e fazia parte de um programa cujo objetivo era a "redução de preços de produtos estratégicos para a saúde".
Meirelles foi preso pela Operação Lava Jato, que investiga lavagem de dinheiro, e decidiu colaborar com a PF. O empresário contou que nunca teve contatos com o ministério. Outro sócio da Labogen, Pedro Argese, também colabora com a PF.
A Labogen foi usada por Youssef para fazer remessas ilegais ou internalizar US$ 37 milhões (R$ 84 milhões) com a simulação de importações e exportações, segundo a PF. O financiamento de R$ 31 milhões para a Labogen só foi cancelado pelo Ministério da Saúde na quinta-feira, após a Folha questionar a instituição sobre suspeitas da PF.
E-mails apreendidos apontam que o diretor de produção industrial e inovação da pasta, Eduardo Jorge Oliveira, teria orientado a Labogen a se associar com a EMS. Na parceria, a EMS cuidaria sozinha da produção de 35 milhões de comprimidos ao ano. A suspeita da PF é que a Labogen foi usada apenas para pagar propina a servidores públicos por causa da diferença de porte entre as empresas. A Labogen tem folha de pagamento de R$ 28 mil. Já a EMS é o laboratório com o maior faturamento no país (R$ 5,8 bilhões em 2012).
O OUTRO LADO
André Vargas disse ontem, em pronunciamento na Câmara, que orientou Youssef "a respeito de encaminhamentos burocráticos no Ministério da Saúde", como faz "normalmente" com quem o procura com projetos "viáveis e de interesse público". Disse ainda que não participou, não agendou, não soube previamente nem acompanhou nenhuma reunião no ministério sobre qualquer assunto relacionado à Labogen.
O Ministério da Saúde diz que nunca teve contato com a Labogen. Não houve pagamento, segundo a pasta, porque isso só ocorreria após a entrega do medicamento. O advogado de Youssef disse que fazer contatos políticos não é crime e que não há provas contra seu cliente. Padilha disse apoiar a apuração aberta pelo ministério e a suspensão da parceria. O advogado de Leonardo Meirelles não quis se pronunciar. O defensor da Labogen diz que as suspeitas de que a Labogen é uma empresa de fachada são infundadas. A EMS diz que a parceria obedeceu "critérios técnicos".
A Polícia Federal decidiu abrir o terceiro inquérito sobre a Petrobras, dessa vez para investigar a venda de uma refinaria na Argentina, colocando sob suspeita mais um negócio da estatal. A polícia vai apurar se houve o crime de evasão de divisas na venda da refinaria de San Lorenzo para o grupo argentino Oil Combustibles S.A., do megaempresário Cristóbal Lopez, amigo da presidente Cristina Kirchner.
Neste ano, a PF já abriu inquéritos para investigar outros dois negócios da estatal fora do país. Um deles é a compra de uma refinaria em Pasadena (EUA), que pode ter provocado prejuízo milionário à Petrobras. O outro apura suspeita de pagamento de propina por uma fornecedora holandesa da estatal.
A Petrobras está no centro de uma crise política desde o mês passado, quando a presidente Dilma Rousseff admitiu ter autorizado a compra de Pasadena, em 2006, com base num documento "tecnicamente falho", o que levou o Congresso a discutir a abertura de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar o caso.
PREJUÍZO
Além da PF, o TCU (Tribunal de Contas da União) e o Ministério Público investigam a compra dessa refinaria. No caso da refinaria de San Lorenzo, além de apurar a suspeita de evasão de divisas, a PF pretende se debruçar sobre os termos da negociação, que também pode ter provocado prejuízo à estatal. O negócio todo, que incluiu a refinaria, os estoques, postos de gasolina e outros produtos, foi aprovado por um total de US$ 110 milhões, de acordo com nota da Petrobras de maio de 2010.
Segundo a Folha apurou, o grupo argentino estava disposto a pagar, em outubro de 2009, até US$ 50 milhões apenas pelos ativos da refinaria (sem levar em conta estoques e outros produtos), localizada na província de Santa Fé. Sete meses depois, a Petrobras anunciou ter vendido os ativos da San Lorenzo por US$ 36 milhões, valor 28% menor que o teto estabelecido internamente pelos argentinos. Procurada, a estatal não quis comentar o caso.
Os investigadores também pretendem refazer o caminho do dinheiro pago à Petrobras, identificando quem são os representantes da estatal e do grupo argentino, bem como os intermediários que participaram da negociação. O ponto de partida da PF deve ser o contrato firmado entre um intermediário do grupo argentino e um escritório de advocacia brasileiro, representado pelo baiano Sérgio Tourinho Dantas. A participação do escritório brasileiro na primeira fase do negócio com a Petrobras foi revelada pela revista "Época" no ano passado.
REPASSES
A missão do advogado era convencer a estatal a fechar o negócio pelo menor preço. Pelo contrato, se a Petrobras topasse vender os ativos por até US$ 45 milhões, o escritório receberia US$ 10 milhões como "taxa de sucesso". Se chegasse a US$ 50 milhões, o prêmio seria de US$ 8 milhões.
A assessoria do escritório brasileiro informou à reportagem que o contrato com os argentinos foi rescindido meses antes da venda da refinaria, quando o cliente informou que parte do dinheiro pago pelo serviço prestado teria que ser repassado também a "terceiros". Não informou, contudo, quem receberia esses valores. A Folha não conseguiu falar com Sérgio Tourinho sobre o contrato. (Folha de São Paulo)
NO BLOG DO NOBLAT
FRASE DO DIA
"Esta CPI não vai dar em nada. Esta CPI é uma farsa. É melhor ficar em cima do TCU, do Ministério Público e da Polícia Federal." (Jarbas Vasconcelos, Senador do PMDB-PE, protestando contra a criação de uma CPI com vários fatos determinados, segundo Ilimar Franco em O Globo)
Rafael Moraes Moura e Tânia Monteiro, Estadão
O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Thomas Traumann, disse na noite desta quarta-feira, 2, que a presidente Dilma Rousseff não recebeu previamente o contrato referente à compra da refinaria de Pasadena, na época em que presidia o conselho de administração da Petrobrás.
A fala de Traumann é uma resposta ao advogado do ex-diretor da Área Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró, Edson Ribeiro. O defensor de Cerveró afirmou nesta quarta que os membros do Conselho Administrativo da estatal receberam, com 15 dias de antecedência, a cópia da proposta de contrato para a compra de metade da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), da trading belga Astra Oil.
Mariângela Galucci, Estadão
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, deu um prazo de 48 horas para que o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), preste informações sobre suspeitas de regalias que teriam sido concedidas no sistema penitenciário de Brasília a condenados por envolvimento no esquema do mensalão.
Num ofício assinado nesta quarta-feira, 2, Barbosa pede que Agnelo Queiroz diga se já foi aberta alguma investigação interna para apurar a responsabilidade funcional pelas supostas irregularidades.
Jamil Chade, Estadão
Faltando poucas semanas para a Copa, a Fifa admite: o Brasil "não está totalmente pronto". Em declarações na África do Sul, na quarta-feira, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, admitiu que dois estádios não estão prontos: Porto Alegre e São Paulo.
"Em Porto Alegre, um acordo foi feito entre as diferentes partes para garantir que as instalações temporárias sejam financiadas, então agora é mais a implementação dessas decisões", afirmou o secretário-geral da Fifa.
O Globo
Por causa das crescentes previsões de inflação (que deve atingir o ápice em pleno período eleitoral), o Banco Central aumentou os juros básicos em 0,25 ponto percentual. Com a decisão unânime do Comitê de Política Monetária (Copom), tomada nesta quarta-feira, a taxa básica (Selic) chegou a 11% ao ano e superou a marca de 10,75% do início do mandato da presidente Dilma Rousseff.
Foi a nona alta seguida feita pelo BC na intenção de inibir o consumo e tentar conter os preços. Os diretores da autoridade monetária ainda deixaram o caminho aberto para mais aperto no futuro, mas deram sinais que só farão isso se achar necessário.
Leia mais em Copom eleva a taxa básica de juros para 11% ao ano e deixa caminho aberto para novas altas
NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
— Cerveró, o diretor acusado e demitido por Dilma, se oferece para falar sobre Pasadena ao Congresso;
— Pressionado pelas despesas com energia, governo aumenta imposto sobre cervejas e bebidas frias;
NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
A deputada venezuelana Maria Corina Machado é saudada pelo líder oposicionista brasileiro e candidato à Presidência da República, Senador Aécio Neves, em foto do site da Folha de S. Paulo. Abaixo, o momento em que Maria Corina fala em audiência pública no Senado brasileiro, em foto do site de Veja. Informam ao blog de Brasília, que a líder oposicionista venezuelana fez, como sempre, uma brilhante e contundente palestra.
A deputada María Corina Machado, uma das líderes da oposição na Venezuela, visitou Brasília nesta quarta-feira e reclamou da indiferença do governo brasileiro diante da repressão aos manifestantes que desde fevereiro vão às ruas contra o presidente Nicolás Maduro. Em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado, relatou as agressões que sofreu, ouviu manifestantes gritarem contra sua presença no Parlamento e pediu um voto de confiança ao povo venezuelano. Para ela, o país "despertou" e sua transformação é algo "irreversível".
“Tenham confiança no povo da Venezuela. Essa é a lição dos últimos dois meses. Muitos diziam que a Venezuela estava resignada, paralisada. Mas um chamado à consciência e aos corações por parte dos estudantes despertou o país e esse é um processo irreversível que vai transformá-lo”, disse a opositora.
María Corina denunciou a repressão de um “regime sem escrúpulos” em seu país, dizendo que “quando a uma sociedade se fecham as vias institucionais, as pessoas têm duas opções: ou hesitam ou vão às ruas pacificamente lutar pela liberdade”. Ela exibiu aos senadores um vídeo com cenas da repressão aos protestos e contou que sua família está aterrorizada diante das agressões que ela própria sofreu. “Sofri agressões físicas dentro do Parlamento e nas ruas. É uma estratégia do poder público para me aniquilar. Tentaram pela força, com a agressão psicológica e agora pela via criminal. Creio que é uma confissão que põe em evidência ao mundo inteiro o caráter ditatorial da Venezuela”.
A venezuelana disse ainda que audiências como essa de que estava participando é algo “impensável” em seu país. “Não há liberdade de expressão. Como pode se chamar de Constituição algo que persegue, censura e tortura a população?”, disse. Para María Corina, na Venezuela não há um conflito ideológico entre esquerda e direita, mas um conflito entre “a ditadura e a democracia, entre a Justiça e os atropelos, entre um regime opressor e um povo que clama por liberdade”.
Silêncio conivente
Logo ao desembarcar na capital, a opositora falou sobre o silêncio do governo brasileiro diante da repressão aos protestos no país vizinho, e disse que "o tempo para a indiferença já passou". "O regime do senhor Maduro nessas últimas semanas ultrapassou uma linha vermelha”, disse. “Na Venezuela, não há democracia. Há um regime que atua como uma ditadura e por isso não há espaço para a indiferença. Porque a indiferença seria a cumplicidade".
Já no Senado, ela classificou de “incompreensível” a postura de muitos países, “que foram tão ativos nos casos de Honduras e Paraguai e dão as costas à Venezuela”. Nos dois casos citados pela opositora, o Brasil teve uma postura ativa: condenou a deposição do presidente hondurenho Manuel Zelaya – que rasgou a Constituição de seu país para dar um golpe – e suspendeu o Paraguai do Mercosul depois do impeachment de Fernando Lugo (que respeitou a Constituição), em uma manobra para incluir a Venezuela no bloco, já que o Paraguai era o único país ainda contrário à entrada do novo membro. Diante das barbaridades cometidas contra opositores na Venezuela, o Brasil opta por apoiar o Estado repressor.
Mandato cassado
O governo Maduro endureceu a repressão contra os estudantes e também contra opositores como María Corina, que teve seu mandato cassado na última semana sob a alegação de que teria ferido a Constituição ao aceitar usar o espaço do Panamá na Organização dos Estados Americanos para falar sobre a crise em seu país. O depoimento foi silenciado pela maioria dos países membros da entidade, incluindo o Brasil. O Supremo Tribunal de Justiça, sob influência do chavismo, manteve a cassação.
A deputada, uma das mais votadas da Venezuela, rejeita a decisão. Ela destacou que chegou ao Brasil “mais deputada do que nunca”, pois esse cargo lhe foi dado pelo povo, “e só o povo” pode tirá-lo.
O convite para falar no Senado foi feito na semana passada pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES). Os dois se encontraram em Lima, no Peru, e o peemedebista disse ter ficado “muito chocado" com o que ouviu da opositora venezuelana. A convidada foi recebida na comissão sob gritos de “golpista” por um pequeno grupo que usou o mesmo termo que Maduro emprega contra os protestos da oposição. Na verdade, o que motiva as manifestações diárias em várias cidades venezuelanas são as políticas de Maduro, que contribuíram para afundar ainda mais a economia venezuelana, aumentar a insegurança e apertar o cerco contra a liberdade de expressão e de imprensa. Do site da revista Veja - a única publicação verdadeiramente independente do Brasil!
NO BLOG UCHO.INFO
Deputada venezuelana cassada descreve abusos em programa idêntico ao “Mais Médicos”
(AFP – Getty Images)
Ditadura esquerdista – A deputada federal venezuelana Maria Corina Machado, cujo mandato foi cassado pela tropa bolivariana após fazer oposição ao governo de Nicolás Maduro, conversou com os parlamentares brasileiros na Comissão de Relações Exteriores do Senado durante a tarde desta quarta-feira (2).
Indagada sobre o programa de saúde Misión Barrio Adentro, que também utiliza mão de obra cubana, a venezuelana revelou detalhes que comprovam a semelhança entre a política pública bolivariana e o programa “Mais Médicos”. Além do senador Agripino Maia (RN), o Democratas foi representado pelos deputados federais Mendonça Filho (PE), Onyx Lorenzoni (RS) e Ronaldo Caiado (GO).
“Ela fez um relato idêntico ao que acontece no Brasil. São profissionais cubanos que recebem uma miséria, não foram avaliados pelo conselho federal de lá para saber se tinham as qualificações pra o exercício da medicina, e a quase totalidade do dinheiro vai para Cuba. Ou seja, exatamente como estão praticando no Brasil. É um modelo que o PT sequer foi original em criar. Nós estamos copiando um modelo venezuelano, um governo que não serve de parâmetro para lugar nenhum no mundo”, protestou Caiado.
Durante toda uma tarde, Corina respondeu a questionamentos de parlamentares governistas e de oposição e apresentou um relato de violência e autoritarismo por parte do governo de Nicolás Maduro. Ela ressaltou a censura imposta e a dificuldade em divulgar as atrocidades cometidas por agentes ou apoiadores do Estado.
“É preocupante ouvir os relatos do que está acontecendo na Venezuela e a semelhança com as tentativas feitas aqui no Brasil pelo PT. O controle da mídia lá é total, dando espaço apenas para aquelas campanhas que o governo decide. São em torno de três a quatro horas por dia só de propaganda do governo. Infelizmente, aqui, o governo brasileiro está seguindo a passos largos aquilo que o bolivarianismo implantou naquele país”, avaliou o democrata.
De acordo com os deputados, o Parlamento brasileiro tem o dever de dar apoio à deputada cassada e reconhecê-la enquanto estiver no País como uma integrante empossada da Assembleia Nacional Venezuelana.
NO BLOG ALERTA TOTAL
Dilma, Mantega e conselheiros da Petrobras podem sofrer no bolso por denúncia de investidores ao MPF
A Presidenta Dilma Rousseff e Guido Mantega (Ministro da Fazenda) agora são alvos de uma ação coletiva de responsabilidade civil que pede reparação de danos aos acionistas da Petrobras. A ação deve atingir outros conselheiros e membros da diretoria da empresa, especificamente na compra temerária da refinaria Pasadena, nos EUA: José Sergio Gabrielli, presidente da estatal na época, Antonio Palocci Filho, Fábio Barbosa, Gleuber Vieira, Jaques Wagner, Arthur Sendas (já falecido), Cláudio Luiz da Silva Haddad e Jorge Gerdau.
À beira de uma CPI que vai desgastar seu desgoverno ao limite, a Presidenta Dilma Rousseff começou a ser alvo ontem da primeira de uma avalanche de ações judiciais prometidas por investidores da Petrobras. O acionista minoritário Romano Allegro protocolou ontem reclamação no Ministério Público Federal pedindo a responsabilização da ex e do atual presidente do Conselho de Administração da Petrobras. A notícia estourou bombasticamente na Assembleia Geral da companhia, ontem à tarde, no Rio de Janeiro. A ação tem o apoio do presidente da Associação de Engenheiros da Petrobras, Fernando Siqueira.
A situação de Dilma fica complicadíssima. Na avaliação de especialistas em Direito Administrativo e Empresarial, será praticamente impossível salvar ela e os demais conselheiros da acusação de descumprir o "dever de diligência" de administradores, previsto no estatuto da Petrobras. Tudo fica ainda mais complicado porque a Presidência da República soltou uma nota oficial, no final do mês passado, confirmando que Dilma, quando presidia o conselhão da empresa, aprovou a compra da refinaria, com a questionável ressalva de ter sido mal assessorada sobre o assunto.
A pretensa tese das “informações incompletas” é derrubada pelo diretor afastado da Petrobras, Nestor Cerveró, responsável pelo relatório que recomendava a compra da refinaria Pasadena. Ontem, o advogado dele, Edson Ribeiro, sustentou a versão de que os membros do Conselho de Administração da Petrobras receberam, com antecedência de 15 dias, a documentação completa referente à compra da refinaria.
Edson Ribeiro derrubou a tradicional tese do “não sabia”, sempre repetida por membros do governo Lula-Dilma, sempre que algum grande escândalo vem à tona. O advogado garante que Cerveró vai provar que agiu corretamente: “No dia da apresentação de Cerveró foi feito o resumo de uma página e meia. Não havia as cláusulas de Put Option e de Marlim (que beneficiavam o grupo Astra, sócio belga na refinaria). Partiu-se do princípio que os conselheiros já tinham lido toda a documentação ou, então, tinham o aval de suas assessorias jurídicas. Nenhum conselheiro pode dizer que desconhecia”.
O destino que o MPF dará a ação judicial proposta pelos investidores pode escancarar o caminho para um futuro pedido de abertura de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, para que seja apurada a participação dela, como presidente do Conselho de Administração da Petrobras, na compra superfaturada de uma refinaria defasada tecnologicamente e cheia de passivos ambientais bilionários, nos Estados Unidos.
Leia, abaixo, o discurso do Engenheiro Silvio Sinedino na Assembléia Geral da Petrobras: O constrangimento financeiro que o governo impõe a Petrobras
Confundindo o avião?
Versão reafirmada
O ministro Guido Mantega, alvo da ação dos investidores, repetiu ontem que a operação Pasadena foi corretamente aprovada pelo Conselhão da empresa:
“Eu tenho a certeza de que o Conselho agiu corretamente nessa ocasião. Ele é formado por pessoas da mais alta competência e analisou a compra com toda a profundidade necessária”.
Na quarta-feira, o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Thomas Traumann, reafirmou a posição do governo:
“Como presidente do Conselho de Administração da Petrobras, a presidente Dilma Rousseff não recebeu, repito, não recebeu previamente o contrato referente à aquisição da refinaria Pasadena”.
Dias de agonia
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), avisou ontem que a instalação da CPI mista protocolada ontem pela oposição apenas será lida na sessão do Congresso marcada para 15 de abril.
Renan não atenderá ao desejo da oposição de convocar uma reunião extraordinária do Congresso, antes dessa data, para antecipar a leitura do requerimento.
Para dar uma providencial atrasada na inevitável instalação da CPI, Renan solicitou que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado apreciasse a rejeição dele a um pedido feito pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) para impedir a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito.
Dividindo o ônus
Claramente, Renan não quer ser o avalista único da decisão de instalar a CPI que será fatal para o desgoverno, comprometendo a reeleição de Dilma.
Renan também não quer ser pintado pela opinião pública como o político que tenta sufocar a inevitável CPI:
“Depois da sessão de ontem, após várias questões de ordem, ficou evidenciado, a menos que haja insinceridade nas palavras proferidas, que segmentos políticos antagônicos no Senado desejam profundas investigações sobre os temas levantados. Ambos os lados apontaram fatos determinados que estão a merecer essa investigação política, ainda que sejam apuradas pelas outras instâncias competentes. A prudência e a razão recomendam que investiguemos todos os fatos narrados”.
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