DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 23-3-14

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
1 ─ Paulo Roberto Costa, que era diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras, um dos autores do contrato de compra da refinaria de Pasadena, preso pela Polícia Federal na Operação Lava-Jato, despertou suspeitas ao ganhar de presente de um conhecido doleiro uma Range Rover Evoque, no valor de R$ 200 mil. Range Rover ─ lembra do Mensalão, que também tinha o caso que ficou famoso de uma Land Rover dada de presente a um figurão da turma do poder?
2 ─ Paulo Roberto Costa era o homem forte do antigo presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, que em sua gestão comprou a Refinaria de Pasadena. Costa e Gabrielli sempre foram muito ligados. Talvez hoje, quem sabe, Gabrielli, lá na Bahia, se sinta mais distante do velho companheiro caído em desgraça.

José Sérgio Gabrielli, Graça Foster, Dilma Rousseff e Paulo Roberto Costa em visita à Plataforma P-56, em Angra dos Reis, em junho de 2011

No comício promovido por Lula para oficializar a saída de José Eduardo Dutra e a chegada de José Sérgio Gabrielli, o Brasil ficou sabendo que a Petrobras seria presidida por um gênio da raça disfarçado de economista baiano. “O companheiro José Sérgio Gabrielli se transformou num dos mais importantes diretores financeiros que a empresa já teve em toda a sua história”, informou o palanque ambulante em 22 de julho de 2005. Nem todos enxergam tão longe, elogiou-se na continuação do palavrório.
“Não faltaram pessoas que me diziam assim: o mercado não vai gostar, o mercado vai reagir, é melhor deixar quem está lá”, foi em frente o recordista brasileiro de bravata & bazófia. ”Como eu não tenho nenhuma relação de amizade com o mercado, resolvi indicar quem eu queria”. O que queria (e, pelo jeito, encontrara) era alguém capaz de acumular a presidência da OPEP com a coordenação do carnaval de Salvador. Como até gente assim pode precisar de conselhos, ele lembrou a Gabrielli que, caso quisesse ajuda, bastaria recorrer à onisciente e onipresente Dilma Rousseff, chefe da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da Petrobras.
Ainda em 2005, a sumidade descoberta por Lula encampou a grande ideia de Nestor Cerveró, diretor da Área Internacional: comprar por US$ 360 milhões metade de uma refinaria no Texas que a empresa belga Astra Oil havia adquirido meses antes por US$ 42,5 milhões. Com a ajuda de outro diretor, Paulo Roberto Costa, Cerveró produziu o “resumo executivo” apreciado em 3 de fevereiro de 2006 pelo Conselho de Administração. Foi uma decisão desastrosa, comprovou o desfecho do negócio: em 2012, para encerrar a disputa judicial iniciada cinco anos antes, a Petrobras pagou mais US$ 820 milhões à Astra Oil e transformou-se na única proprietária de uma refinaria inútil.
Feitas as contas, a aquisição da velharia no Texas, sugerida por Gabrielli e aprovada por Dilma, custou US$ 1,18 bilhão ─ ou 2,8 bilhões de reais, que poderiam ter atendido a angustiantes urgências do viveiro de miseráveis fantasiado de potência emergente. Só nesta semana a supergerente mandona que tudo quer saber, e confere até o custo do cafezinho, resolveu enxergar o monumento à inépcia, à vigarice e à gatunagem. Com a candura de uma Filha de Maria, alegou desconhecer a existência de cláusulas leoninas infiltradas no contrato. Bastaria ter lido os documentos colocados à disposição da presidente do Conselho.
Em outubro de 2010, todos no Planalto sabiam da história inverossímil. Menos Lula, reiterou a visita do maior governante desde Tomé de Souza ao campo de Tupi. “Quando a gente quiser ter orgulho de alguma coisa neste país a gente lembra da Petrobrás, de seus engenheiros, de seu geólogos, do pessoal que é a razão maior do orgulho, mais do que o Carnaval, do que o futebol”, recomeçaram as invencionices ufanistas. “A Petrobrás é a certeza e a convicção de que este país será uma grande nação. É a prova mais contundente de que o brasileiro é capaz, é inteligente, não é de segunda classe”.
Depois que o Estadão incorporou a presidente da República ao espetáculo da indecência, a movimentação dos atores ampliou a afronta ao país que presta. Em campanha no Ceará, Dilma recusou-se a comentar a transação vergonhosa: estava lá para não dizer coisa com coisa sobre “mobilidade urbana”. Gabrielli, agora secretário de Planejamento da Bahia, culpou a “crise internacional” pelo negócio suspeitíssimo. Nestor Cerveró, hoje diretor financeiro da BR Distribuidora, tirou férias e foi para a Europa. Cerveró achou prudente cair fora do país tão logo soube que o álibi montado por Dilma transfere integralmente a culpa para os autores do resumo executivo.
A demissão o alcançou a milhares de quilômetros de distância. Nesta sexta-feira, por ordem do Planalto, o diretor financeiro da BR Distribuidora perdeu o emprego fpelo que fez há mais de oito anos o diretor da Área Internacional da Petrobras. É bom que se cuide: para salvar do naufrágio a candidata à reeleição, o comitê central da campanha pode conferir-lhe o papel que sobrou para Marcos Valério no escândalo do mensalão. Seu parceiro Paulo Roberto Costa está preso, mas por outros motivos: a polícia descobriu que trocou a direção da Petrobras pelo alto comando de uma quadrilha especializada em lavagem de dinheiro.
Afônico de novo, Lula sussurrou a alguns amigos que Dilma não deveria ter confessado o que fez. Daqui a alguns dias vai recuperar a voz para jurar que não sabe de nada. Como os afilhados Dilma e Gabrielli, como os demais sacerdotes da seita que o venera, o padrinho e Grande Pastor sempre soube de tudo. Recitando que o petróleo é nosso, os donos do poder privatizaram a empresa agora reduzida a caso de polícia. A Petrobras é do PT. Só é nossa a conta bilionária.

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Já não se fazem chefes militares resolutos, como antigamente. O comandante do Exército, general Enzo Peri, ainda se finge de morto para não cumprir o que determina o decreto 4.207/02: cassar a Medalha do Pacificador, conferida aos mensaleiros José Genoino, João Paulo Cunha (PT) e Valdemar Costa Neto (PR), todos cumprindo pena de prisão por corrupção, em sentença transitada em julgado.
O general Enzo teme a mais apavorante batalha: encarar Dilma, caso cumpra o decreto, cassando a condecoração dos meliantes petistas.
O operador da compra superfaturada da refinaria de Pasadena, Nestor Ceveró, indicado pelo senador amigo Delcídio Amaral (PT-MS) para a Petrobras, assessorou o “desenvolvimento de novos negócios” quando a estatal era chefiada por José Eduardo Dutra, ex-presidente do PT. Ele se envolveu em temas internacionais e na negociação de acordos e contratos, quando nasceu o “negócio da China”: a compra da refinaria.
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) não perde tempo. A Câmara mal abriu mão de indicar cargos, ele se antecipou e puxou da cartola Luciano Barbosa, ex-prefeito de Arapiraca, como no governo FHC.

NO BLOG DO CORONEL
Dilma no comando: muita política e prejuízos bilionários para a maior empresa do Brasil.

Oito anos depois de o ex-presidente Lula anunciar com estardalhaço e as mãos sujas de óleo a autossuficiência do Brasil em petróleo, a Petrobras hoje enfrenta uma de suas piores crises, com o nome envolvido em escândalos e seu valor despencando rumo ao fundo do poço.
O valor de mercado da estatal está hoje em R$ 179 bilhões, menos da metade dos R$ 380 bilhões de 2010, quando o preço do petróleo explodiu e a empresa ainda festejava a descoberta do pré-sal. Para profissionais que acompanham a companhia de perto, a Petrobras vem perdendo valor por causa do mal-estar com o uso político da empresa, que se tornou ostensivo nos últimos anos e afastou os investidores.
O governo obriga a estatal a vender combustíveis a preços defasados para segurar a inflação e a comprar equipamentos de fornecedores locais mais caros que no exterior. A Petrobras é usada também na barganha política, por meio do loteamento de cargos entre os partidos da base aliada do governo. "Ogoverno loteia os cargos, os gestores ficam subordinados a interesses dos políticos e tomam decisões que não deveriam e não tomam as que deveriam. É trágico", diz Ildo Sauer, diretor do Instituto de Energia e Ambiente da USP, ex-diretor da Petrobras no governo Lula.
A autossuficiência do país em petróleo durou pouco porque a Petrobras não acompanhou o aumento da demanda por combustíveis. Na melhor das hipóteses, sua produção neste ano vai atingir o mesmo patamar do início do governo Dilma. Para compensar, a Petrobras é forçada a importar gasolina e diesel num volume que aumentou 470% nos últimos três anos. "Como vende aqui mais barato do que compra lá fora, a Petrobras é uma das poucas petroleiras do mundo que perde dinheiro quando o preço do petróleo sobe", diz Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura.
Com caixa apertado e uma dívida que cresceu quase três vezes desde 2010, a estatal agora corre o risco de perder o grau de investimento, um selo dado pelas agências de risco aos bons pagadores Uma das saídas para esse quadro é produzir e refinar mais petróleo. Mas seus projetos, muitas vezes decididos por critérios políticos, com frequência atrasam e custam bem mais que o previsto.
As refinarias do Maranhão, do Ceará e do Rio de Janeiro estão atrasadas em até cinco anos. Já a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, é um monumento ao uso político da Petrobras. Para agradar o então presidente da Venezuela Hugo Chávez, o ex-presidente Lula colocou a estatal de petróleo PDVSA como sócia do projeto.
A refinaria tinha que começar a operar em 2010, mas até hoje não ficou pronta. Mesmo assim, o custo saltou de US$ 2,3 bilhão para US$ 20 bilhões. A PDVSA nunca colocou um bolívar venezuelano na obra e no ano passado pulou fora do projeto. Até agora, a refinaria só serviu de palanque para Lula e Dilma, que estiveram lá várias vezes para inaugurar pedaços do empreendimento. (Folha de São Paulo)

O presidenciável Eduardo Campos (PSB-PE), com o punho socialista cerrado, ao lado de Hugo Chávez, em foto que emoldura a história do Brasil e a biografia do candidato. O governador pernambucano foi um dos mais favorecidos pela construção da refinaria Abreu e Lima em seu estado, que deveria custar U$ 2,3 bilhões e já está em U$ 20 bilhões. Um monumento ao desperdício e às piores práticas no uso do dinheiro público. Na foto estão Lula e Dilma, antigos aliados. Naquele momento, naquela refinaria, o pernambucano ainda sonhava em ser o vice de Dilma, em 2014. Ontem, Campos disse que o PT está desvalorizando a Petrobras para privatizá-la. Como bom socialista do punho cerrado, ela não gosta de privatização. Ele gosta mesmo é de enterrar dinheiro público em obras superfaturadas. E agora, velhaca e espertamente, quer tirar o corpo fora.

Mesmo sem cumprir todos os requisitos do Ministério da Saúde, 41 médicos comunitários brasileiros recém-formados na Venezuela foram selecionados para trabalhar no programa Mais Médicos. Eles se graduaram em novembro pela Elam (Escola Latino-Americana de Medicina) Dr. Salvador Allende, criada em 2007 pelo então presidente Hugo Chávez. A maioria é ligada a organizações de esquerda como o PT e o MST.
O grupo voltou ao Brasil sem atender todas as exigências da profissão previstas no artigo 8º da Lei de Exercício da Medicina na Venezuela. "Depois que recebem o título, os formados têm de fazer um ano como médico rural ou dois anos de internato. Do contrário, o ministro não assina o diploma, e eles não podem fazer pós-graduação, medicina privada nem nada. São médicos incompletos", disse à Folha Fernando Bianco, presidente do Colégio de Médicos de Caracas e simpatizante do chavismo.
O descumprimento dessa exigência contraria o edital de contratação do Mais Médicos publicado em 16 de janeiro, segundo o qual médicos brasileiros formados fora do país precisam comprovar "habilitação para exercício da medicina no exterior". Nesta semana, o grupo começou o treinamento de cerca de 25 dias, que inclui uma avaliação de conhecimentos em saúde na atenção básica. Mas todos já têm cidades designadas em 14 Estados, incluindo sete em São Paulo.
Na Venezuela, o programa de médicos integrais comunitários tem sido criticado por causa de irregularidades normativas, improvisos e falta de docentes qualificados. A Elam não está inscrita no Ministério de Educação Universitária. Com isso, o diploma dos brasileiros é da Universidade Nacional Experimental Rómulo Gallegos (Unerg), em San Juan de los Morros, a 180 km de Caracas, onde fica a Elam.
Os brasileiros e outros estrangeiros receberam o diploma em cerimônia com a participação do presidente Nicolás Maduro. As festividades incluíram uma visita ao Quartel da Montanha, onde está o túmulo de Chávez -- o nome da turma é "Comandante Eterno Hugo Chávez". "Aqui, conheci o maior líder de todos os tempos, que semeou em mim uma bandeira de luta que levarei para sempre onde quer que eu vá", escreveu, no Facebook, a brasileira Vaubéria Macedo. "Conheci uma medicina diferente, humanista, onde o ser humano é o mais importante, e a saúde não é a ausência de doenças. E por isso sou muito grata aos companheiros cubanos."
O ex-diretor da Petrobras Ildo Sauer revelou que a estatal poderia ter economizado US$ 171 milhões (R$ 400 milhões) na compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), caso o negócio não tivesse sido levado à Justiça americana. Entre 2006 e 2012, a Petrobras desembolsou R$ 1,18 bilhão pela refinaria, que em 2005 fora comprada pela empresa belga Astra Oil por US$ 42,5 milhões.
Ao Jornal Nacional, ele disse que o prejuízo teria sido menor se o desentendimento com a Astra Oil, antiga sócia da Petrobras, tivesse sido resolvido na Câmara Internacional de Arbitragem, instância extrajudicial para conflitos comerciais.
"O Conselho de Administração decidiu por indicação da presidente do conselho, senhora [Dilma] Rousseff, não aceitar a decisão arbitral. Mandou para a Justiça. A Petrobras foi derrotada na Justiça e com isso o ônus aumentou em mais US$ 171 milhões", disse Sauer, que era diretor de Gás e Energia na época da compra, em 2006.
Na época, a presidente Dilma Rousseff era ministra da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da estatal. Procurado neste sábado (22), o Palácio do Planalto não quis comentar o caso. (G1)

NO BLOG DO NOBLAT
Elio Gaspari, O Globo
A prática é velha: reforça-se o orçamento dos hierarcas nomeando-os para conselhos de empresas. Ela vale tanto na administração federal como nas dos estados. Tome-se o exemplo de Dilma Rousseff.
Em 2006, como chefe da Casa Civil, tinha um salário mensal de R$ 8.362. Em 2007, ganhava R$ 8.700 mensais como conselheira da Petrobras e de sua distribuidora. À Casa Civil, ela ia todo dia; aos conselhos, uma vez a cada dois meses (e às vezes chegava atrasada).
O conselho de Itaipu, joia da coroa do comissariado, paga R$ 19 mil. Em 2012 havia 13 ministros nas bolsas Conselho, e os doutores Guido Mantega e Miriam Belchior fechavam os meses com um total de R$ 41,5 mil. A comissária Belchior estava no conselho da BR Distribuidora, para quê, não se sabe.
Quando o PT estava na oposição, reclamava disso. No governo, acostumou-se. Agora chegou a conta. Como integrante (e presidente) do Conselho da Petrobras, Dilma é responsável pela aprovação da ruinosa compra de uma refinaria em Pasadena, nos Estados Unidos.
Dilma Rousseff. Foto: Ana Araújo / Arquivo

A repórter Andreza Matais obteve do Planalto uma nota, escrita pela doutora, informando que a decisão foi tomada com base num relatório “técnica e juridicamente falho”. A ver. A ruína estava em duas cláusulas do contrato, e elas viriam a custar US$ 820 milhões à empresa.
A explicação segundo a qual esses dispositivos só chegaram ao conhecimento dos conselheiros depois da aprovação do negócio é plausível. Mesmo que a doutora só tenha percebido a ruína depois, era a poderosa chefe da Casa Civil. Quem pode tirar quaisquer dúvidas sobre o caso é o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que está preso na Polícia Federal.
Numa estrutura séria, seria demitido o presidente da empresa, ou iriam embora os conselheiros que se julgaram desinformados.
Os conselhos de estatais não são sérios, são bicos. O caso da refinaria acertou a testa da doutora Rousseff, a gerentona que pode ser acusada de viver num mundo de verdades próprias, mas nunca se meteu em transações tenebrosas.
A vida é arte, errar faz parte. Enquanto houver hierarcas em boquinhas, o erro será a arte.

Adriana Ferraz, Daniel Trielli e Edison Veiga, O Estado de S. Paulo
Vereadores de São Paulo usam verba de gabinete para pagar aluguel de carro pelo dobro do preço oficial, comprar papel higiênico para escritório político, contratar advogado em vez de recorrer aos 32 procuradores da Câmara Municipal e encomendar brindes e homenagens para agradar seu eleitorado. 
Estado analisou cada uma das 7.960 notas fiscais apresentadas no primeiro ano da atual legislatura e averiguou como cada parlamentar gasta os recursos públicos.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
Vejam este documento (se preciso, clique na imagem para ampliá-la).
Já volto a ele. Antes, algumas considerações.
Eu não sou o único a tentar entender a tumultuada cabeça de Dilma Rousseff — nos limites, deixo claro, de sua atuação pública (sou um homem de ambições modestas…). Outros tentam fazê-lo sem chegar a um desfecho satisfatório. Alguém consegue explicar por que ela mandou demitir, em 2014, um diretor que lhe teria dado um truque em 2006, induzindo-a e aos demais conselheiros ao erro? Por que agora e não antes?
A hoje presidente da República demorou oito anos para concluir que Nestor Cerveró não teria agido, então, com a devida transparência? A gente sabe que membros de conselhos administrativos não leem milhares de páginas eventualmente disponíveis sobre determinados investimentos. Contentam-se, nem poderia ser diferente, com memoriais executivos, pareceres de analistas, dos bancos etc. É assim em qualquer lugar do mundo. O ponto não está aí. A questão é saber por que Dilma demorou tanto para agir. E, ao fazê-lo, CONFESSA A SUA OMISSÃO DE OITO ANOS. Reitero: COMO ADMINISTRADORA E SENHORA ABSOLUTA DO SETOR ENERGÉTICO, DILMA DESMORALIZA DILMA AO DEMITIR CERVERÓ SÓ AGORA.
Parafraseando Ricky em Casablanca, ao se despedir de Ilse, “US$ 1,18 bilhão (na verdade, um pouco mais) é um punhado de feijão quando a empresa perdeu mais de R$ 200 bilhões em valor de mercado de 2010 a esta data, despencando de R$ 380 bilhões para R$ 179 bilhões. Era a 12ª maior empresa do mundo em 2010 e agora é a 120ª. Performance tão desastrada e desastrosa não é corriqueira. Ainda que fossem verdadeiras todas as bobagens que o petismo disse sobre a privatização de estatais no governo FHC, só o tombo dado na Petrobras já faria do PT um vitorioso no campeonato da dilapidação da patrimônio público. E, não custa notar, eram acuações falsas, num misto, em doses idênticas, de ignorância e pilantragem ideológica. Mas a dilapidação da Petrobras é verdadeira.
Reportagem da VEJA desta semana intitulada “Um poço de suspeitas” agrega um documento novo ao imbróglio de Pasadena — aquele que está lá no alto da página. No dia 2 de julho de 2008, o então procurador-geral da Fazenda Nacional, Luis Inácio Adams, que é hoje advogado-geral da União, enviou à então secretária-geral da Casa Civil, Erenice Guerra, um e-mail em que solicitava que se incluíssem na ata de uma reunião do conselho de administração da Petrobras duas ressalvas sobre a compra da refinaria de Pasadena. A primeira advertia que a tal Cláusula Marlim (aquela segundo a qual a Petrobras garantia à sua sócia, Astra, uma rentabilidade anual de 6,9% independentemente dos resultados da refinaria) não havia sido objeto de aprovação. A segunda informava que a diretoria executiva da empresa havia aberto um procedimento para investigar a falha.
O e-mail reforça a informação de que o conselho acabou aprovando, originalmente, uma operação sem ter conhecimento de todos os dados. Mas, então, que fique claro: a partir de 2 de julho de 2008, Dilma não poderia alegar ignorância de mais nada. E ATENÇÃO! NÃO SE TRATA DE EVOCAR, NESTE MOMENTO, A ENTÃO PRESIDENTE DO CONSELHO, MAS A CHEFE DA CASA CIVIL, A GERONTONA DO PAC, A SABICHONA, A QUE DECIDIA TUDO, A DAMA DE FERRO, A SENHORA DO ÓLEO, DOS VENTOS, DAS ÁGUAS, DOS RAIOS…
Compra tudo!
Mas Dilma nem precisaria ter esperado o e-mail de Adams para saber de tudo. Reportagem da Folha publicada neste domingo informa que a direção da Petrobras defendeu diante do conselho, no dia 3 de março de 2008, a compra da outra metade da refinaria — e de seu estoque de óleo — por US$ 788 milhões. Sabem quem foi, de novo, o orador da turma? Nestor Cerveró — sim, o tal senhor que Dilma mandou agora demitir. Era ele quem falava, mas o fazia em nome de toda a direção executiva da Petrobras, a saber: José Sérgio Gabrielli, então presidente, e os diretores Graça Foster, Almir Barbassa, Renato Duque, Cerveró (afastado da diretoria da BR Distribuidora) e Paulo Roberto da Costa (preso em operação que apura lavagem de dinheiro).
Note-se: isso aconteceu no dia 3 de março de 2008. O que se debateu, então, nessa reunião era a tal cláusula “PuT Option”. Até porque, ATENÇÃO PARA OUTRO DADO, a Astra já havia recorrido à Justiça americana no ano anterior: 2007! Se Dilma não sabia de nada em 2006 porque o resumo executivo de Cerveró era incompleto, ela certamente tomou ciência — NEM QUE FOSSE COMO MINISTRA DA CASA CIVIL, NÃO COMO PRESIDENTE DO CONSELHO — da ação judicial. Não fosse isso, teria sido informada de sua existência no dia 3 de março de 2008; se escapou de ficar sabendo ali, o e-mail de Adams, do dia 2 julho, era mais uma advertência.
Dilma não apenas se omitiu como ouviu a nova exposição de Cerveró. O conselho se recusou a pagar o que pediam os belgas, e a Petrobras teve de ir à Justiça se defender. Contratou um escritório de advocacia por US$ 7,9 milhões ligado a ex-integrantes da cúpula da empresa.
Não dá soberana!
- Em 2006, a senhora não sabia de nada? Ok.
- Mas e em 2007, quando a Astra recorreu à Justiça? Atenção! Em 2008 começa o litígio porque a Petrobras decide não ficar com a outra metade.
- E em março de 2008, quando o conselho discutiu a compra da outra metade, recusando-a?
- E em julho de 2008, quando recebeu o e-mail de Adams?
- Por que Cerveró continuou, então, à frente da diretoria da Área Internacional?
- Por que voltou para o grupo, como diretor financeiro da bilionária BR Distribuidora?
- Por que foi demitido só em março de 2014?
- Por que Cerveró é mais culpado do que Graça Foster?
- A que título a Petrobras remeteu para a refinaria, em 2008, US$ 200 milhões, depois que a Astra já tinha entrado na Justiça contra a Petrobras?
Parece evidente que se está tocando, por enquanto, apenas na superfície desse imbróglio.
- Como foi que a Astra, e por intermédio de quem, entrou na vida da Petrobras?
- De quanto foi exatamente o investimento feito pelos belgas na refinaria antes de vender 50% para a Petrobras?
- Na composição do preço da primeira metade (US$ 360 milhões), US$ 170 milhões seriam correspondentes ao estoque de petróleo. Assim, por metade da refinaria propriamente, a Petrobras pagou US$ 190 milhões — o empreendimento inteiro tinha sido comprado pelos belgas menos de um ano antes por US$ 42,5 milhões! Ora, se a apenas metade correspondiam US$ 190 milhões, ela toda, sem contar o estoque de óleo, já estaria avaliada, então, em US$ 380 milhões! Haja valorização!
Os petistas zangados se acalmem! Não são os “oposicionistas de sempre” que acham a história mal contada. Dilma também! Por isso mandou botar Cerveró na rua. Ela não explica por que só agora decidiu arrumar um bode expiatório, mantido, até anteontem, num dos cargos mais cobiçados do país.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Os cidadãos venezuelanos deram neste sábado mais uma demonstração ao mundo de que não sairão das ruas até que o regime comunista seja derrubado. 
Uma marcha gigantesca pacífica, porém aguerrida, cobriu as avenidas de Chacao, tradicional e progressista reduto da oposição ao chavismo que integra a grande área metropolitana de Caracas.
O vídeo acima produzido pelo tradicional diário El Nacional oferece uma visão da magnitude dessa fantástica manifestação anti-comunista que coloriu este sábado ensolarado da capital venezuelana.
Pelo Twitter e demais redes sociais os venezuelanos trocam informações online 24 horas noticiando os protestos que ocorrem em todos os cantos do país e denunciando a truculência como que a polícia do regime, com assessoria dos bate-paus cubanos assassinos enviados por Fidel e Raúl Castro para tentar impedir a derrocada de Nicolás Maduro e seus sequazes. Além disso noticiam diariamente o inferno em que se transformaram as noites dos venezuelanos, já que suas casas e apartamentos são atacados com bombas e tiros de fuzil pelos “coletivos”, os bandos paramilitares que atuam em todo o país para amedrontar o povo por meio do terror.
Há pelos menos até agora mais de 30 mortos e cerca de 400 feridos, além de centenas de estudantes nas masmorras do regime onde são barbaramente torturados pelos algozes comunistas. Além disso, estão presos incomunicáveis o dirigente oposicionista do partido Vontade Popular, Leopoldo López e os prefeitos Daniel Ceballos e Scarano, além de outros presos políticos que correm sério risco de vida.
Apesar de sofrer essa tremenda repressão, os cidadãos venezuelanos já avisaram que não sairão das ruas até que o regime comunista seja alijado completamente do poder.
QUEDA DO CHAVISMO REPRESENTA
TAMBÉM O FIM DA DITADURA CUBANA
Detentora das maiores reservas de petróleo do planeta, a Venezuela é que mantém de pé da ditadura cubana. A Venezuela se transformou na cabeça da serpente comunista. A vitória da democracia contra o comunismo chavista significará também o fim da ditadura cubana que já dura mais de meio século, já que Cuba sobrevive por meio do petróleo que recebe semanalmente da Venezuela de graça desde os tempos do defundo caudilho Hugo Chávez. 
Por isso mesmo, a derrubada do comunismo na Venezuela, abrirá também as portas da liberdade para o povo cubano; significará um revés fulminante para o movimento comunista internacional coordenado na América Latina pelo Foro de São Paulo, a organização transnacional esquerdista fundada por Lula e Fidel Castro em 1990.
O Foro de São Paulo tem por objetivo transformar todos os países latino-americanos em ditaduras comunistas. Quem dirige o Foro de São Paulo é Lula, por meio de seus sequazes do PT. Portanto, a crise da Venezuela é uma espécie de epicentro de um movimento anti-comunista de amplitude continental.
A crise venezuelana não está desligada da crise política brasileira. É por isso que essa análise que formulo aqui e agora não aparece na maioria dos grandes veículos de comunicação do Brasil, principalmente as grandes redes de televisão. 
A grande mídia, como venho denunciando de forma recorrente aqui neste blog, está completamente dominada por jornalistas comunistas que cumprem missão do Foro de São Paulo e PT, dentro das redações. Desta forma, retiram o conteúdo ideológico das matérias políticas em nível nacional e internacional. Assim, a palavra ‘comunismo’ é retirada das notícias, como se o comunismo não existisse mais, embora Cuba, Coréia do Norte, Angola, Bolívia, El Salvador e Venezuela, por exemplo, sejam ditaduras comunistas. E a prova disso é que o levante popular na Venezuela fez o regime chavista mostrar a que veio! Matam civis desarmados com a maior naturalidade e total impunidade como ocorre em todos os regimes comunistas. 
VITÓRIA DA DEMOCRACIA NA VENZUELA
FULMINARÁ O FORO DE SÃO PAULO E PT
Os venezuelanos, mais do que ninguém, sabem que muitos cidadãos inocentes ainda tombarão nas ruas, alvos dos tiros disparados por atiradores profissionais a soldo do regime. Sabem que muitos ainda tombarão durante as torturas a que são submetidos nos calabouços do regime comunista do ditador sanguinário Nicolás Maduro.
Entretanto, os venezuelanos também sabem que esta é uma luta que vale a pena, porque a liberdade é um bem inegociável! 
Portanto, a derrubada da tirania comunista na Venezuela será o começo o fim do movimento comunista internacional e, por conseguinte, o desmantelamento do Foro de São Paulo. Este é um detalhe importante. Interessa de perto aos brasileiros o que ocorre na Venezuela.
A repercussão disso se espraiará por toda a América Latina, incluindo, evidentemente, o Brasil!, e até mesmo o gigante norte-americano hoje também sob o assédio dos comunistas desde que Obama e seus sequazes chegaram ao poder.
Cada estudante, cada cidadão e cidadã venezuelanos que tombam pelos tiros disparados pelos comunistas de Lula, Maduro, Fidel, Raúl, Ortega, Kirchner, Mujica, Morales, Funes et caterva, constituem os mártires dessa funesta luta, mas que infelizmente haveria de acontecer mais cedo ou mais tarde, para quem sabe, mais adiante, conduzir o povo latino-americano para a liberdade que só a democracia verdadeira pode garantir.
A democracia e a liberdade nunca serão e nunca foram dádivas! São frutos de uma luta tenaz e permanente!
VEJAM AS FOTOS ÁREAS DA
MEGA MARCHA NA VENEZUELA

Estas fotos são do site venezuelano La Patilla


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 10/12/2023 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 05/8/2023 - SÁBADO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 2ª EDIÇÃO DE 08/4/2024 - SEGUNDA-FEIRA