DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 10-3-14

NA COLUNA DIÁRIO DO PODER
É quase consenso no governo de que será inevitável racionamento de energia igual ao governo FHC, em 2001, e mesmo assim se São Pedro colaborar. A grande dúvida é se começará antes ou depois da Copa.
Já que o Distrito Federal garante não dar regalias aos mensaleiros, é esperado que a Justiça finalmente ouça o ex-ministro José Dirceu, na terça-feira (11). Da última vez, a audiência foi adiada sem justificativa.
No jogo de bazófia do (ainda) presidente venezuelano Nicolás Maduro, só ele tem a perder desafiando os EUA, que logo poderão dispensar o petróleo bolivariano com a alta tecnologia de extração do gás de xisto.

NO BLOG DO CORONEL
Nos últimos 12 meses, a Petrobras perdeu 34% do seu valor em Bolsa, queda que só não é maior que a da banco espanhol Bankia (51%), um símbolo da crise espanhola, salvo da falência pelo governo local em 2012. A companhia brasileira, que cinco anos atrás figurava entre as dez maiores do mundo, hoje está na 121ª posição, avaliada em US$ 74 bilhões, um terço da rival PetroChina.
O crescente endividamento, a imposição do governo de segurar os preços dos combustíveis no mercado interno e o risco de seus títulos perderem a nota de "grau de investimento" são motivos que levam os investidores a acreditar que a estatal valha quase US$ 100 bilhões menos que a americana Amazon, que lucrou US$ 274 milhões no ano passado --enquanto a Petrobras lucrou US$ 11 bilhões.(Informações da Folha de São Paulo)
Remédios comprados pelo Ministério da Saúde para a saúde indígena custaram até 8.691% mais que outras compras feitas pela pasta. A constatação foi feita pela CGU (Controladoria-Geral da União) sobre a prestação de contas anual da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) de 2012, em relatório revelado anteontem pela Folha que aponta problemas no controle interno do órgão. A Sesai é o órgão do Ministério da Saúde criado no fim de 2010 para cuidar especificamente da saúde indígena.
Os problemas na saúde indígena estão sob investigação do Ministério Público Federal, que recebe frequentes denúncias dos índios sobre a baixa qualidade do serviço. Em uma análise por amostragem em Pernambuco, Rondônia e Tocantins, a CGU constatou que os DSEIs (Distritos Sanitários Especiais Indígenas) compraram medicamentos usando cartões corporativos do governo federal.
A auditoria comparou os preços de aquisição dos medicamentos no DSEI de Pernambuco, e constatou que estavam até 8.691% maiores do que dos mesmos remédios comprados por licitação feita pelo Ministério da Saúde. O caso mais grave foi a compra de 60 comprimidos de besilato de anlodipino, droga para hipertensão, ao custo de R$ 98 via cartão corporativo ante R$ 1,10 via licitação.
Esses casos teriam provocado um pagamento de R$ 1.765,39 a mais só em Pernambuco, aponta o relatório. Os cartões corporativos teriam sido usados acima do limite de R$ 800 por compra, para itens como peças de veículos e remédios. Em geral, a CGU aponta falhas na gestão e fragilidades no controle interno da Sesai. (Folha de São Paulo)
Em entrevista ao jornal italiano "La Repubblica" publicada ontem, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 68, defendeu o legado econômico dos 11 anos de governo petista ao comentar a grave crise na zona do euro. Indagado sobre a fragilidade da economia brasileira, ele respondeu com outra pergunta: "Do ponto de vista macroeconômico, qual outro país, além da China, criou as condições de crescimento do Brasil? Nossos críticos dizem que o melhor é reduzir a oferta de emprego para reduzir a inflação, mas para nós a defesa do emprego é mais importante que a inflação".
Mentira. Não existe um só crítico no Brasil que tenha algum dia dito que o emprego deveria ser reduzido para baixar a inflação. A não ser que ele esteja se referindo aos 100.000 companheiros petistas que incham a máquina pública. Estes sim, se postos no olho da rua, estariam contribuindo para a redução dos gastos do governo e para a queda da inflação.
Farra Aérea Brasileira é a forma pela qual alguns militares descontentes com o uso inédito dos aviões têm traduzido a sigla FAB. A referência ganhou força na semana passada, depois que a Força Aérea Brasileira foi escalada para fazer o transporte de cargas de Rondônia para o Acre, que está isolado por causa das enchentes do Rio Madeira. Acostumados a atuar em missões humanitárias, os militares viram-se envolvidos no trabalho de frete de cargas particulares para abastecer o comércio acriano.
Entre 24 de fevereiro em 4 de março, a FAB transportou 152 toneladas de alimentos em dezessete voos. Não eram donativos ou medicamentos, mas sim frutas, verduras e batatas para serem vendidos no comércio local. A inovação partiu do governador Tião Viana e recebeu o aval da Casa Civil da Presidência. A FAB não sabe informar quanto custará ao erário a sociedade com os empresários do Acre. (Radar Online-Veja)

NO BLOG DO NOBLAT
Brasil Post
A crise na gestão hídrica do Sistema Cantareira (foto abaixo) já é apontada pelo Ministério Público Estadual como o maior conflito pela água no Brasil. De acordo com o promotor Ivan Carneiro Castanheiro, do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema) de Piracicaba, os interesses envolvem diretamente mais de 14 milhões de pessoas e superam proporcionalmente os conflitos gerados pela transposição do Rio São Francisco, na região nordeste.
Segundo ele, a estiagem deste ano evidenciou as falhas na gestão do sistema e o risco a que estão sujeitos tanto os municípios localizados na bacia doadora, formada pelos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, como a população abastecida pela receptora, a Bacia do Alto Tietê e Região Metropolitana de São Paulo.
Foto: O Globo

G1
Um retrato do abandono do ensino público no Brasil. São escolas sem água potável, sem banheiro e até sem sala de aula.
Durante dois meses, os repórteres Eduardo Faustini e Luiz Cláudio Azevedo percorreram escolas públicas dos estados que tiveram as médias mais baixas no Programa de Avaliação Internacional de Estudantes (Pisa).
“O percurso deles é em torno de 20, 30 quilômetros. Muitos acordam duas, três horas da manhã, para pegar um caminhão, para que esse caminhão leve até a rodovia, para da rodovia vir de um transporte fornecido pela prefeitura do município: o ônibus escolar”, conta um morador de Joaquim Gomes, em Alagoas.

Ana Clara Costa, Veja
No início de janeiro, semanas antes do apagão que penalizou 13 estados brasileiros, a estatal Eletronorte fez um pedido corriqueiro ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS): precisava interromper a operação de três turbinas na Usina de Tucuruí, no Pará, para manutenção. A princípio, o órgão autorizou a interrupção.
Mas, rapidamente, mudou de ideia. O órgão ainda exigiu, ainda, que a empresa aumentasse sua disponibilidade energética de 89% para 98%, ou seja, que operasse em sua capacidade máxima — nível que a estatal não conseguiu cumprir, ficando em apenas 93% em fevereiro.
Temendo por suas turbinas, a Eletronorte enviou um ofício reiterando o pedido. O ONS respondeu com uma negativa, sem dar qualquer explicação — assim como se recusou a conversar com o site de VEJA. Essa se tornou a regra tácita para todo o sistema de geração de energia: haja o que houver, nenhuma térmica ou hidrelétrica pode entrar em manutenção enquanto os reservatórios do Sudeste, que exibem seus piores níveis históricos, não voltarem à normalidade.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

NA COLUNA DO RODRIGO CONSTANTINO
Em artigo publicado hoje no Estadão, o escritor peruano Mario Vargas Llosa coloca os pingos nos is e detona o fascismo de Maduro e dos bolivarianos latino-americanos.
A Venezuela desperdiçou US$ 800 bilhões em petrodólares nos 15 anos de poder chavista, esbanjando essa montanha de recursos, em boa parte preveniente dos “exploradores” ianques, com a exportação do bolivarianismo no continente. O resultado está aí: falência econômica, caos social e autoritarismo.
Mas os bolivianos ainda têm a cara de pau de acusar os outros de fascistas! Vargas Llosa toca na ferida:
A prostituição das palavras, como assinalou George Orwell, é a primeira façanha de todo governo de vocação totalitária. Nicolás Maduro não é um homem de ideias, como percebe de imediato quem o ouve falar. Os lugares comuns tornam seus discursos confusos e ele os pronuncia sempre rugindo, como se o barulho pudesse suprir a falta de argumentos. Sua palavra favorita é “fascista”, com a qual ele se dirige sem o menor motivo a todos os que o criticam e se opõem ao regime que levou um dos países potencialmente mais ricos do mundo à pavorosa situação em que se encontra.
Sabe, senhor Maduro, o que significa fascismo? Não o ensinaram nas escolas cubanas? Fascismo significa um regime vertical e caudilhista, que elimina toda forma de oposição e, mediante a violência, anula ou extermina as vozes dissidentes. Um regime que invade todos os aspectos da vida dos cidadãos, do econômico ao cultural e, principalmente, é claro, o político. Um regime em que pistoleiros e capangas asseguram, mediante o terror, a unanimidade do medo, do silêncio e uma frenética demagogia por meio de todos os veículos de comunicação na tentativa de convencer o povo, dia e noite, de que vive no melhor dos mundos.
Ou seja, o que está vivendo cada dia mais o infeliz povo venezuelano é o fascismo, que representa o chavismo em sua essência, esse fundo ideológico no qual, como explicou tão bem Jean-François Revel, todos os totalitarismos – fascismo, leninismo, stalinismo, castrismo, maoismo e chavismo – se fundem e se confundem.
O mais vergonhoso de tudo é que nosso governo, liderado pelo PT, endossa esse absurdo. Afinal, os chavistas são camaradas, companheiros de ideologia dos petistas. O editorial do Estadão hoje esfrega essa postura nojenta na cara de pau dos defensores do PT:
Em vez de assumir suas responsabilidades e pressionar o governo da Venezuela a dialogar com a oposição para superar a violenta crise no país, o governo brasileiro prefere fazer de conta que nada está acontecendo. O assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, esteve recentemente na Venezuela e disse que há uma “valorização midiática” dos confrontos. “O país não parou, as coisas estão funcionando”, afirmou Garcia. Não se trata de autismo, mas de uma estudada farsa, cujo objetivo é fazer crer que Nicolás Maduro tem a situação sob controle e que as manifestações só são consideradas importantes pelos “veículos de comunicação internacionais”.

Desse modo, o governo petista continua a seguir a estratégia de desmerecer os protestos contra o chavismo, como se estes fossem mero alarido de quem foi derrotado nas urnas, e não uma legítima expressão de descontentamento com os rumos que o país tomou nos últimos anos. Essa política explica por que o Brasil aceitou subscrever a indecente nota do Mercosul que criminalizou os oposicionistas venezuelanos.
O que podemos resumir de tudo isso? Simples: os petistas, que adoram acusar todos os opositores de “fascistas”, agem como sócios do regime mais fascista da América Latina, a Venezuela chavista.

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