UMAS E OUTRAS DO HELIO FERNANDES - 04-02-14

HELIO FERNANDES –
Dos 39 Ministros, Dona Dilma substituiu três, menos de 10 por cento. E todos tinham obrigatoriamente que deixarem os cargos, são candidatos a governadores em outubro.
Gleisi Hoffmann – Chefe da Casa Civil, passou inexpressivamente pelo cargo. Mas já assumiu como candidata ao governo do Paraná.
Foi substituída por Aloizio Mercadante, que não precisa se desincompatibilizar. Suas duas posições anteriores: candidato a governador de São Paulo, repetidamente derrotado.
Alexandre Padilha – Sai do Ministério da Saúde, como candidato a governador de São Paulo. É o primeiro poste que Lula coloca já embalançando. E que não deve ficar enterrado por quatro anos.
Fernando Pimentel – Também tem todas as características de poste, só que da cota pessoal de Dona Dilma. Foi mantido por ela no ministério, mesmo contra a vontade, não ostensiva da Comissão de Ética do Planalto.
Alguns outros Ministros devem sair, por exigências de acordos presidenciais. Mas há tempo para essas substituições.
Fidel Castro e a Globo
Surpreendente essa promovidíssima entrevista na Globonews. Depois de 50 anos, aparece falando e ele mesmo anunciando fartamente sua presença. Deve haver alguma coisa por trás, ou não seria a Globo. Quem sabe até alguma coisa positiva, no caminho do reatamento com os EUA. Mas não garanto.
Fidel não foi entrevistado, quando era todo poderoso
Estive várias vezes em Cuba, sendo que duas com Fidel mandando de verdade. A primeira em março de 1960, com Jânio candidato a presidente. Fretou um avião, levou 26 jornalistas, ficamos lá 9 dias.
A segunda em 1987. Fidel organizou importante seminário sobre dívida externa. Fui convidado, respondi: “Já conheço muito Cuba, só irei se for para falar”. Veio a resposta positiva. Falamos eu, Prestes e dois personagens do PT. Lula, presente, não falou. Na época não devia nem saber o que era dívida externa.
Dois embaixadores do Brasil que só falavam com Fidel
Tive dois amigos embaixadores do Brasil em Cuba. Um por dois anos, outro por três anos e meio. Nesse período, representando um país importante como o Brasil, não conseguiram encontro ou almoço com o agora poderoso Raul Castro. Ele marcava, desmarcava em seguida, com uma desculpa qualquer. Não era raro estarem com Fidel, mas não com o irmão.
Meirelles, o “ministro” falastrão
Desde que foi convidado pela Dona Dilma, três fatos que considera importantes.
1 - “Política fiscal que mantenha a dívida pública em patamar financiável”. 200 bilhões é um patamar financiável? Em 2013, com dinheiro “normal”, não chegou a 80 bilhões.
2 – “Política monetária que mantenha a inflação no centro da meta”. Há! Há! Há! Não há o que comentar. Examinem a culpa dele, no Banco Central.
3 – “Taxa de câmbio flutuante que permita absorção de choques externos e equilíbrios nas contas correntes”. Cuidado, Meirelles, 1 ano passa rápido e pode modificar tudo.
Pelé, incompatível
O grande jogador dá a impressão ou a quase certeza de que esgotou toda a competência, capacidade e credibilidade, dentro de campo. Então, fora dele, acumula tolices, bobagens, contradições.
Textual e com estardalhaço, o que ele quer é aparecer: “Os brasileiros não devem protestar durante a Copa do Mundo”. Por que não? O protesto faz parte do dever e da obrigação do cidadão. Que credenciais públicas tem Pelé para incriminar o cidadão, que está exercendo sua cidadania?
Na verdade, Pelé está procurando se exibir e ao mesmo tempo fazendo restrições aos que se arriscam. Pelé pede que os protestos “sejam feitos depois da Copa”. Ora, se a base de tudo é o exagero dos gastos nos estádios da Copa, por que deixar para depois?
O Supremo volta às manchetes
As férias terminaram ontem, é possível, apenas possível, que os ministros se reúnam amanhã. Três fatores que precisam de soluções urgentes. 1 – O fim do mensalão, faltam os “embargos infringentes”.
2 – A aprovação da indenização de BILHÕES, subtraídos dos Planos Verão e Bresser e dos Planos Collor I e II.
3 – A decisão do roubo lancinante do dinheiro de dezenas de milhares de funcionários das companhias de aviação. Cármem Lúcia votou a favor desses funcionários, Joaquim “pediu vista” e foi passear. Por conta do próprio Supremo. E agora, José, perdão, Joaquim?
O filho do ex-vice, José de Alencar
Inesperadamente, foi descoberto pelos políticos, por partidos, e até por Dona Dilma. Foi lembrado para vice, mas Temer, que não tem votos, acumula habilidade. Descoberto, Josué Gomes da Silva, adorou. Mas está errando nas suposições.
Dona Dilma convidou-o pessoalmente para o Ministério do Desenvolvimento. Pediu tempo, recusou. Lembraram então que poderia ser um bom candidato ao governo de Minas.
Também não aceitou, surpreendentemente respondeu: “Quero ser candidato ao senado”. Inacreditável. Seu adversário, só há uma vaga, seria o ainda governador Anastasia, invencível. Confundiram a cabeça do filho do vice.
Renan e Dona Dilma
O presidente do Senado, que já renunciou ao cargo para não ser cassado, está em nova encruzilhada. Quer ser candidato a governador de Alagoas, no fim do ano. Mas se Dona Dilma garanti-lo na presidência do senado por mais dois anos, faz o sacrifício.
Fica em Brasília, despacha o filho como governador das Alagoas. Dando a impressão de ser “jogadora de basquete”, Dona Dilma pediu tempo. Renan não gostou, vai derrotar vetos da própria presidente.
PS – Dois policiais de São Paulo corriam atrás de um cidadão, que supostamente carregava um estilete. Os policiais estavam a mais de 100 metros de distância, confissão deles mesmos. Como é que nessa distância, tendo que superar obstáculos da rua, puderam ver a arma?
PS2 – Dessa forma, convencidos da periculosidade da situação, resolveram atirar com armas mortais. Por que não usaram balas de borracha para assustar e fazer parar o perigoso adversário?
PS3 – Já tenho dito e repetido: os policiais militares estão sempre a um passo da criminalidade. Pelo excesso ou pela omissão. Duas hipóteses fora do manual.
PS4 – Adultério ignorado, pode ser o título do livro que a ex-primeira dama da França diz que está escrevendo. Além dessa revelação, duas afirmações.
PS5 – A primeira: “Quando soube, tive a impressão de cair de um arranha-céu”.
PS6 – A segunda: “20 meses no palácio arruinaram uma relação de sete anos”. O que ela não explicou: está no palácio há 20 meses, o romance revelado pela revista, tem 24 meses, não desconfiou de nada?

Da Tribuna da Imprensa On Line.

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