UMAS E OUTRAS DO HELIO FERNANDES - 07-01-14

HELIO FERNANDES –

Dentro do governo Dilma, é a disputa mais acirrada. O Secretário Arno Augustin, quer ser ministro da Fazenda, ainda neste último ano de Dona Dilma, ou então no próximo. Já foi o número 1 em prestígio junto a Dona Dilma. Vem caindo muito, mas tenta se recuperar.
Guido Mantega, Ministro da Fazenda, está se mantendo no cargo, apesar da pressão de uma parte do empresariado. Querem tirá-lo agora, não conseguirão de jeito algum. Mas como já ganharam na mega-sena-administrativa-e-antecipada de 2015, diminuíram as restrições a Mantega, mesmo depois dele ter dito que o “Brasil cresce com duas pernas mancas”.
Muitos empresários poderosos, se “identificaram” com a afirmação do Ministro da Fazenda. Mantega realmente jogava uma das “pernas mancas” em cima de empresários que não “empresariam”. Mas eles “assumiam” as duas na indireta. Só que resolveram não polemizar agora.
Meirelles, a volta certa
Como já receberam a afirmação compromisso de que a partir de janeiro de 2015, o Ministro da Fazenda será Henrique Meirelles, estão festejando a concessão. E Dona Dilma é taxativa no compromisso, não faz nem a restrição: “Se eu for reeleita”.
Já falaram em muitos nomes, alguns acreditam nas próprias possibilidades. O único em silêncio é o próprio Meirelles. Apesar de não gostar de esporte segue a máxima do futebol: “Não se meche em time que está ganhando”. E só uma adversidade neste ano de 2014, impedirá a posse de Meirelles e a “champanhada” dos empresários que pensam (?) exclusivamente no lucro sem investimento.
A farsa do “superávit primário”, aumentou o confronto, Dilma em silêncio comprometido
Tripudiaram sobre a comunidade. A chamada opinião pública não teve nem o prazer de saber a verdade. Arno Augustin, garantiu antes da virada do ano, ainda em 2013: “A dívida interna do Brasil, pela primeira vez ultrapassou os dois trilhões de reais”.
E traduzindo: “Chegou a DOIS TRILHÕES, CENTO E VINTE BILHÕES”. 38 por cento de “tomadores” dessas LTN, (Letras do Tesouro Nacional) são estrangeiros que moram no Brasil. E esperam receber o combinado, juros da Selic, 10 por cento. (Por enquanto).
Mantega em outra direção
“Cumprimos a meta, que era de 73 BILHÕES”. Não falou nos 20 BILHÕES do Refis pressionado, e nos 15 BILHÕES do campo da Libra, só aí, 35 BILHÕES. O que reduz a “meta alcançada”, a míseros 38 BILHÕES. Essa disputa vai longe, qualquer quer seja o ângulo.
Marco Feliciano, mestre no reacionarismo e no retrocesso, candidato ao governo de SP
Como presidente da Comissão de Direitos Humanos, era uma visível extravagância, um atentado explosivo à tranqüilidade, um trajeto de discriminação contra as pessoas, fossem quais fossem. A bomba Feliciano explodiu mesmo, mas deixou cadáveres não apenas em Brasília e na Câmara, mas no Brasil inteiro.
Todos os chamados Direitos Humanos foram pelos ares, só quem se salvou foi o “evangélico” Feliciano. “Ganhou” por todos os lados, se transformou em “nome nacional”, hoje é repudiado e execrado, que palavra, mas recebe as denúncias com orgulho. Arquivando todas como credenciais para se eleger governador de São Paulo. Diz, “Serei eleito e não vou parar por aí”.
Quem criou Feliciano?
Na pré-campanha, Feliciano junta tudo o que foi dito contra ele, identifica como “insulto”, e acumula mais alguns que provavelmente foram esquecidos. Vamos citar o que já foi dito sobre ele. Pelo seu projeto anterior de vida, Feliciano não podia de jeito algum ter sido eleito Presidente de uma Comissão de Direitos Humanos.
É um desumano clássico. Logo que chegou a essa presidência, não deixou nenhuma dúvida. Passou a freqüentar diariamente os holofotes nacionais. Que em vez de iluminar, escureceram ainda mais esse personagem inacreditável.
Feliciano, hoje, um palavrão de sucesso
Eis as palavras que jogaram agressivamente sobre o “evangélico”, e que ele orgulhosamente “arquiva e consulta” com satisfação: reacionário, racista convicto, homofóbico, preconceituoso, defensor do retrocesso, raivoso contra as mulheres, combatendo o aborto em todas as circunstâncias, mentiroso, analfabeto genético e assumido, e mais algumas palavras que representam seu projeto para chegar ao Poder.
Primeiro no plano estadual, que em se tratando de São Paulo é quase nacional. Depois, o Poder definitivamente presidencial. Ele sabe muito bem: cada uma dessas afirmações arregimenta milhões, ao mesmo tempo dispersa outros milhões. É dessa divisão ou nessa divisão que aposta. E já tem como base, gente que insensatamente paga para ser enganada.
Alckmin e Lula
O atual governador de São Paulo, tem um projeto já tornado público e analisado aqui. Pretende ser reeleito agora, em 2014. Tendo começado em 1994, completa 20 anos no Palácio dos Bandeirantes. Como vice-governador de Covas, sempre muito doente. Até que morreu em 2001 em pleno mandato.
A segunda tentativa de ir para Brasília
No meio de 2006, se desincompatibilizou do governo, lançou seu nome para presidente da República. Anestesista péssimo analista, tentou seguir a trajetória de Serra que em 2002 perdeu para Lula. Em 2006, Lula, na reeleição, era invencível. Alckmin não percebeu ou não queria perder a oportunidade.
Voltou ao governo paulista, pretende a reeleição, aí, em 2018 nova tentativa de invasão de Brasília. Tem certeza de que Feliciano se for candidato, não se elege, mas prejudica a reeleição e o projeto 2018.
Lula não diz, mas gosta
Enquanto trabalha seu terceiro poste, o mais difícil de todos, o ex-presidente se satisfaz com a “candidatura” Feliciano. Se pudesse, Lula gritaria: “Não abandone o projeto, Feliciano”.
Não há dúvida. Feliciano pode desmanchar o pacote de votos de Alckmin, não chega nem perto do poste do “mais médicos”. Não é que Lula seja invencível. Já foi derrotado duas vezes apoiando Marta Suplicy na Prefeitura. E outras duas, com Mercadante querendo ser governador, ficando totalmente de fora.
Mas que Feliciano ajuda Padilha, rigorosamente verdadeiro. Seguramente prejudica Alckmin, mesmo usando todas as armas do cargo, como Dona Dilma no plano nacional.
No Rio a briga por palanques e candidaturas
Praticamente todos os partidos estão divididos. Um pouco pela disputa estadual, muito mais, por causa da presidencial. Como tenho defendido, todos os 32 partidos deveriam ser obrigados a lançar candidato ao Planalto. No segundo turno, apoiariam o presidenciável que mais se aproximasse de suas idéias.
Desses 32 partidos, nove não elegem ninguém, portanto para eles não pode existir a palavra representatividade. Para alguns outros é capenga, mas pelo menos elegem alguém. A obrigatoriedade não é punição, é democracia. Os que não lançassem candidatos, só poderiam receber o fundo partidário ou participar do horário “gratuito”, depois.
No Estado Do Rio, Sete candidatos querem ou podem disputar o governo
1 – Pezão. Pela ordem de entrada em cena, deveria ser o favorito. Ele e cabralzinho acreditavam que era. De herdeiro presumido, passou a aborto eleitoral.
2- Garotinho – Não me perguntem a razão, mas é uma força política e eleitoral. Foi governador, não quis a reeleição garantida, elegeu a mulher, disputou a presidência. Teve 15 milhões de votos, pelo mesmo PSB, que hoje é propriedade (será mesmo?) de Campos, agora Garotinho é deputado federal de 700 mil votos.
3- Lindbergh Farias, varias demonstrações de competência eleitoral, mesmo com restrições do próprio PT. 4- Crivella, que já perdeu duas vezes para prefeito, quando estava, (assim mesmo, no passado) no auge entre os evangélicos. Como ainda tem cinco anos como senador, não desistirá. Se perder volta para o senado.
Todos os outros são coadjuvantes, não passam nem passarão disso. Esperam uma compensação para apoiarem alguém no segundo turno, praticamente certo.
Renan satisfeito com o pagamento de 27 mil
Nem adianta mais especular ou analisar se ele sabia ou não sabia que precisava pagar o jatinho da penetração capilar. Um marqueteiro amigo dele, a pedido, respondeu: “Você pagou 27 mil à FAB. Em promoção, publicidade e marqueting, se formos contabilizar, pelo que ganhou em visibilidade, teria que despender mais de um milhão”.
É verdade, Renan foi sempre citado em jornais, rádios, televisões, mas jamais cobrado ou criticado pelo uso sistemático e repetido de aviões da FAB.

Da Tribuna da Imprensa On Line

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