DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 02-01-2014

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO


Já em campanha para governador, o ex-industrial Paulo Skaf (PMDB) antecipou sua campanha por meio de comerciais pagos pela Fiesp, a Federação das Indústrias de São Paulo, que ele preside. A Fiesp, que integra o “Sistema S”, é destinatária de recursos públicos e por isso está sujeita a fiscalização do Tribunal de Contas da União. A campanha antecipada de Skaf na TV pode configurar abuso de poder econômico.

Skaf usa recursos do Sesi e do Senai para manter o marqueteiro Duda Mendonça à frente do seu projeto político, tocando sua campanha.

Militares tentam convencer o general da reserva Augusto Heleno a disputar a presidência da República, em 2014. De integridade jamais questionada, ele tem um currículo para poucos. É “tríplice coroado”: foi primeiro lugar nas exigentes Academia das Agulhas Negras, Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais e Escola de Comando e Estado-Maior no Exército. E comandou a Minustah, missão militar da ONU no Haiti.

Comandante Militar da Amazônia, Heleno chamou a política indigenista da era Lula de “caótica”. Por isso foi perseguido até ir para a reserva.

A crítica de Heleno era segura: “Não sou da esquerda escocesa, que, atrás de um copo de uísque 12 anos, resolve os problemas do Brasil”.

Antes de chamar a política indigenista de “caótica”, Heleno estudou o assunto e visitou mais de quinze comunidades indígenas.

Nos nove meses em que ocupou a cadeira de deputado federal em 2013, o mensaleiro José Genoino não apresentou um projeto sequer, mas não poupou o dinheiro do contribuinte e torrou R$ 1,04 milhão.

Mensaleiros João Paulo Cunha e Valdemar Costa Neto tem projetos muito valiosos. Os nove de Cunha e os quatro de Costa Neto custaram R$ 9,3 milhões aos cofres públicos. R$ 714 mil por projeto desde 2011.

Motivo de piadas, o deputado Tiririca começou bem e apresentou mais projetos que a maioria dos colegas. Porém, a cota parlamentar que era de R$ 118 mil no primeiro ano de mandato passou para R$ 228 mil/ano.

O governo rompeu uma má tradição e previu a correção, pelo IPCA, das dívidas de precatórios para 2014. Para o presidente da Comissão de Precatórios da OAB Federal, Marco Antonio Innocenti, a medida é “história” e beneficia milhares de aposentados, idosos e indenizados.

A sonegação fiscal superou os R$ 415 bilhões em 2013, segundo o sonegômetro. É o dobro do orçamento previsto para a Saúde e a Educação.


NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES

Publicado no Estadão
Uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) mostrou que os desvios e o mau uso de recursos públicos destinados ao pagamento do Bolsa Família e a outros programas federais no interior do país são uma prática generalizada e persistente. Graças às informações contundentes recolhidas pelos auditores, desfaz-se o mito segundo o qual essas irregularidades seriam apenas pontuais.» Clique para continuar lendo

NO BLOG DO CORONEL


Graça Foster e Dilma Rousseff: duas empulhações como gestoras.

O primeiro prejuízo registrado em treze anos pela Petrobras, no segundo trimestre de 2012, foi bem aceito pelo mercado, que viu os números como um reflexo mais próximo da realidade da estatal. Mas, um ano depois, o olhar dos investidores passou a ser novamente de desconfiança. No segundo trimestre de 2013, o resultado foi salvo por uma estratégia de "hedge cambial" (proteção contra a variação cambial) e venda de ativos na África.
No terceiro trimestre, sem conseguir fechar a venda de mais ativos para reduzir o mau desempenho (queda de 39% do lucro), uma nova fórmula automática para equiparar o preços dos combustíveis com o mercado internacional foi prometida, o que evitou a queda das ações. Adiada por várias vezes e depois anunciada como não sendo mais automática, a fórmula não teve seus parâmetros divulgados e caiu em descrédito. Em apenas uma dia, o valor de mercado da estatal caiu R$ 24 bilhões.
Desde que Graça Foster assumiu a companhia, em fevereiro de 2012, o valor das ações da Petrobras caiu 27%. Segundo analistas, o quarto trimestre deve ter sido ser "salvo" pela venda de US$ 2,6 bilhões em ativos no Peru.
Por outro lado, será nesse trimestre que a empresa vai contabilizar o cheque de R$ 6,5 bilhões pela compra de 40% do campo de Libra, no primeiro leilão do pré-sal, além das compras que fez na 12ª rodada de licitações de blocos da ANP (Agência Nacional do Petróleo) e o expressivo aumento de importações de diesel e gasolina. (Folha de São Paulo)


Hoje (1º-01) a Folha de São Paulo abriu a primeira manchete do ano mostrando o tremendo déficit da conta turismo no Brasil. Leia o post que fizemos hoje no final da manhã, logo abaixo. Agora ao final da tarde a Agência Brasil correu em socorro de Flávio Dino, o presidente comunista da Embratur, cujo maior interesse é usar o cargo para ser governador do Maranhão. Os números que ele libera são ainda mais terríveis.
Dino informa que o ano deve fechar entre U$ 6,1 bilhões e U$ 7,7 bilhões de faturamento com turismo estrangeiro. Vejam que o presidente da Embratur coloca uma margem de quase 26% para projetar o faturamento de um mês, já que o número de U$ 6,1 bilhões foi atingido em novembro. Como é que um incompetente destes continua no cargo?
Na verdade, não sejamos tão maus. Dino está falseando os dados, pois está numa saia justa. Se dezembro crescer na média, gerará mais U$ 550 milhões, fechando o ano em U$ 6,65 bilhões. O que pode significar crescimento zero no ano, já que em 2012 a conta turismo gerou U$ 6,64 bilhões. Deu para entender? Com Copa das Confederações e Jornada Mundial da Juventude, o turismo estrangeiro deverá fechar 2013 com crescimento próximo de zero!
Vamos ao segundo número. Dino garante que, com a Copa do Mundo, o faturamento com turismo estrangeiro deverá crescer, atingindo U$ 9,2 bilhões. Dá para acreditar? Isso seria um crescimento de 37% em função de um único evento! Sabendo que a grande maioria dos turistas que visitam o Brasil são latino-americanos, com predominância de argentinos e uruguaios, dá para pensar em uma injeção a maior de U$ 2,65 bilhões em 30 dias de Copa? Aliás, o plano de negócios da Copa previa um incremento de U$ 3 bilhões, que já está sendo reduzido pela Embratur.
Em meio a tantas mentiras, uma verdade: na Copa das Confederações, cada turista gastou o equivalente a U$ 1,7 mil. Se vierem os 600 mil turistas projetados, eles terão que gastar três vezes mais para chegar aos U$ 3 bilhões projetados. Não é impossível. Mas é improvável.

Antes tudo eram flores entre o PT da Dilma e o PSB de Campos e Bezerra.
Ignorando uma possível aliança no segundo turno contra Aécio Neves (PSDB), o PT e o PSB se engalfinham para acusar um ao outro pela incompetência, desleixo e irresponsabilidade de ambos. Mas nada impedirá que se abracem de novo, pois são farinha do mesmo saco. Abaixo, duas notas do Painel da Folha.
Verbo... Vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR) ataca Eduardo Campos por ter dito que o governo espera o pior acontecer para agir no combate às enchentes: "Dilma errou ao não demitir Fernando Bezerra quando se viu que ele só destinava dinheiro para Pernambuco".
... solto "Por isso, o resto do Brasil ficou sem verbas do ministério que Campos comandou até outro dia", completa Vargas. Bezerra, aliado de Campos, foi ministro da Integração Nacional até outubro do ano passado.

NO BLOG DO NOBLAT

Fernanda Bassette, Estadão
A partir desta quinta-feira, usuários de planos de saúde terão direito a receber 37 drogas orais indicadas para o tratamento de 56 tipos de câncer. Também poderão fazer uma série de exames genéticos para detectar risco de doenças hereditárias ou de câncer. As novidades constam do novo rol de procedimentos e exames obrigatórios aos planos de saúde, atualizado a cada dois anos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
O novo rol é a base mínima de procedimentos que as operadoras de planos de saúde são obrigadas a fornecer aos seus beneficiários. As novas regras também incluem a obrigatoriedade da cobertura da radioterapia IMRT, em que o feixe de luz é modulado e atinge apenas as células doentes, preservando as sadias. Também está incluída a ampliação da indicação do PET-Scan de três para oito tipos de câncer. Esse exame de imagem é um dos mais modernos para monitoramento da doença.

Renata Veríssimo, Estadão
A partir desta quarta-feira, 1, todos os automóveis fabricados no Brasil terão que sair das fábricas com airbag e sistema de freios ABS. Estes itens passaram a ser obrigatórios e não podem mais serem vendidos como opcionais. A medida cumpre uma determinação aprovada em 2009 pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). O porcentual de carros novos com esses itens aumentou gradualmente desde 2010 até chegar aos 100% neste ano.
Junto com a elevação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), também a partir desse mês, a inclusão desses mecanismos de segurança deve aumentar o preço dos automóveis. O ministro da Fazenda Guido Mantega, já previu que o preço dos carros populares deverá subir de 4% a 8%, como repasse dos custos. A Associação Nacional dos Fabricantes de veículos Automotores (Anfavea) estimou que o valor da instalação dos equipamentos seria de R$ 1 mil a R$ 1,5 mil nos carros que ainda não possuíam os itens.

O Globo
O americano Sean Azzariti (foto abaixo) é veterano de guerra. Fez parte das tropas enviadas pelos Estados Unidos ao Iraque desde 2003 pelo então presidente George W. Bush. Mas, ontem, ganhou as manchetes por uma experiência que nada tem a ver com o combate no Oriente Médio. Ele foi o primeiro cliente a comprar maconha numa loja do Colorado beneficiando-se da entrada em vigor da lei que permite a venda de até 28 gramas da erva, por pessoa, para maiores de 21 anos no estado.
Azzariti, que já participara de campanhas pela legalização, desembolsou US$ 59,74 pela compra. Disse que ela ajudará a aliviar o estresse pós-traumático do qual sofre desde que voltou para Denver, onde nasceu. Atrás de Azzariti, na porta da loja Cannabis 3D, a fila de clientes era tão longa quanto diversa, numa quebra de estereótipos que marca um novo capítulo no país em sua relação com as drogas.
Foto: AP


NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM

Por Nilson Borges Filho (*)
A segunda-dama da República, madame Rosemary Noronha, tomou um chá de sumiço. Depois do escândalo que derrubou a toda poderosa chefe de gabinete da presidência, com sede em São Paulo, pouco ou quase nada se sabe sobre o seu paradeiro. Diz-se que ainda reside na capital paulista, na mesma rua e no mesmo apartamento que ocupava antes do imbróglio.
Certeza mesmo é de que Rosemary conta com um batalhão de advogados, formado por pesos pesados das lides jurídicas nacionais. Os ilustres causídicos estão distribuídos por áreas de interesses, conforme os possíveis ilícitos cometidos pela madame. Fala-se em 40 advogados à disposição de Rosemary. Não é pouca coisa, mesmo para alguém que costumava dividir a cabine do avião presidencial com Lula e hospedar-se no mesmo andar onde ficava o apartamento destinado ao presidente.
Nunca foi surpresa para os jornalistas que cobriam à presidência da República a intimidade de Rosemary com o principal mandatário da Nação. Por ser um caso privado, os jornalistas entendiam que era o tipo de coisa que só interessaria ao casal de pombinhos e a mais ninguém. Porém, resta um pequeno detalhe: a partir do momento em que a aeronave presidencial e as hospedagens eram pagas com o dinheiro do contribuinte, o assunto saltava da esfera privada para o interesse público.
O ex-presidente Lula tinha todo o direito de dividir os lençóis com quem desejasse, desde que limitasse os custos de seus desejos carnais ao próprio soldo e não aos cofres públicos. O dito popular aqui se comprova: o povo brasileiro tem memória curta. Não se fala mais no assunto e o principal interessado em provar que toda essa história não passa de intriga da oposição e da mídia conservadora, se fecha em um silêncio de convento de freiras carmelitas.
O falastrão, o palanqueiro que a tudo se achava com autoridade para dar seus palpites, agora não dá um pio sobre o que fazia a madame Rosemary Noronha nas aeronaves oficiais e em viagens pelo mundo afora acompanhando a comitiva presidencial, às custas do dinheiro público.
Para o Brasil que presta, o caso Rosemary encontra-se na rubrica da ética e da moralidade pública como restos a pagar. Fôssemos um país com mínimo de dignidade e com resquícios de amor próprio, Lula já teria vindo a público para se explicar – e muito bem explicado - sobre o papel que representava Rosemary Noronha nas coisas da República.
O pior ainda esteve para acontecer, quando um candidato ao STF frequentou o escritório da madame pedindo apoio para que fosse nomeado para uma das vagas de ministro da Suprema Corte. Ainda bem que Lula desconsiderou, nessa nomeação, a análise abalizada da companheira sobre o currículo do candidato que pleiteava o cargo. Mas, afinal, aproveitando a virada do ano, por onde anda Rosemary Noronha?
(*) Nilson Borge Filho é doutor em Direito e articulista colaborador deste blog.


A crise financeira e a criatividade contábil do governo Dilma Rousseff derrubaram no ano passado o saldo do comércio exterior brasileiro, depois de mais de uma década de superávits acima dos US$ 10 bilhões. O resultado oficial, que será anunciado nesta quinta-feira, tende a ficar no menor patamar dos últimos 13 anos, ou mesmo fechar no negativo pela primeira vez desde 2001.
Importações realizadas em 2012 mas somente registradas em 2013 e exportações de plataformas de petróleo que sequer saíram do Brasil embaralharam a missão de entender o comércio exterior brasileiro, criando uma contabilidade criativa na chamada "conta petróleo", apontam especialistas consultados pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Até a segunda semana de dezembro, o Brasil tinha exportado US$ 1 bilhão a mais do que importado no ano de 2013, resultado que não deve ser alterado pelos dados das duas últimas semanas do mês passado, segundo projeções do setor privado e do próprio governo.
A reversão de 2012 a 2013 foi violenta: o saldo comercial despencou mais de 90%. A queda não teria sido tão grande caso um volume estimado em cerca de US$ 5 bilhões em importações de petróleo e derivados não tivessem sido registradas pelo governo em 2013. As compras do combustível no exterior ocorreram em 2012, mas a área técnica do governo prorrogou a inscrição deste dado para a balança comercial de 2013. Por isso, o ano começou com grandes rombos externos.
No entanto, esse sinal vermelho das contas foi "consertado" por outra operação envolvendo o setor de petróleo. Até a terceira semana de dezembro, as exportações de plataformas de petróleo somaram US$ 7,73 bilhões, resultado 351% superior a igual período de 2012. Mas com um detalhe importante: essas plataformas nunca deixaram o País. Contabilizadas como exportações, auxiliaram a conta do comércio exterior nacional. Leia MAIS




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