DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 18-11-2013

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

O ministro Joaquim Barbosa não pretende permanecer “um só dia” no Supremo Tribunal Federal, após a posse, em sua presidência, do ministro Ricardo Lewandowski, por quem ele sentiria “verdadeiro horror”, segundo amigos próximos. Barbosa ainda não se entusiasma com a ideia de disputar a presidência da República, por isso não é um eventual projeto eleitoral que o desestimula a continuar no STF.

O carioca Ricardo Lewandowski, amigo pessoal de Lula, presidente que o nomeou, assume a presidência do STF em março de 2014.

Exemplo de pontualidade no passado, os Correios nos dias de hoje não conseguem nem entregar a correspondência regular em dia. Estudo da ONG ProTeste mostra que a Empresa de Correios e Telégrafos atrasa 75% de todas as cartas não comerciais enviadas. Apesar de garantirem a entrega em dois dias úteis, inclusive em “simulação” oferecida na internet, o tempo de espera é em média de seis dias úteis.

O tempo de espera em uma agência dos Correios em São Paulo é, em média, de 8h30. São mais de quatro vezes a espera em Brasília (2h).

Segundo o levantamento da ProTeste, a média de dias úteis que cartas demoram para transitar entre Brasília e o Rio é de 8 dias úteis.

Em 36% das agências dos Correios avaliadas pela ONG não havia guichê preferencial em funcionamento, como obriga a lei.

Diretor-geral do Senac, Sidney Cunha driblou veto da Controladoria-Geral da União, que proibiu o órgão de bancar o aluguel de onde mora, no Rio. O ônus passou à Confederação Nacional do Comércio, sob ordens do “dono”, Antonio Santos, há 33 anos agarrado ao cargo.

Senadores do PT querem destituir deputado Cândido Vaccarezza (SP) da comissão mista de regulamentação da Constituição. Alegam que ele até parece filiado ao PMDB, de tanto fazer o jogo do partido.

Nascida da fusão entre Sadia e Perdigão, a BRF espera faturar cerca de U$ 500 milhões por ano, a partir de 2018, em sua primeira fábrica fora do Brasil, localizada em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes.

O Lula vai ligar a cobrar para o Dirceu na cadeia?


NO BLOG DO CORONEL

Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal, sairá da presidência da Corte em março próximo. Assumirá a presidência o ministro Ricardo Lewandowski. Sim, o indicado de Lula, que funcionou muito mais como advogado dos mensaleiros do que como ministro no julgamento do Mensalão. Não deu um único voto decisivo contra os criminosos petistas.
Dizem que Lewandowski entra por uma porta e Joaquim Barbosa sai por outra. O atual presidente tem diferenças inconciliáveis com o ministro mais próximo de Lula e do PT. O acusou, entre outras coisas, de promover chicanas durante o julgamento do Mensalão. Assim, Barbosa pediria aposentadoria e abriria uma vaga para indicação de Dilma. De Dilma não. De Lula.
Os petistas arrependem-se amargamente das indicações feitas para o STF. Inclusive a do primeiro negro, feita por Lula, para ganhar popularidade e para ter em troca a fidelidade de um escravo. Não levou. O negro Joaquim Barbosa não aceitou o pelourinho de Lula e do PT. E nem poderia, pois só uma mente doente como a de Lula poderia engendrar tal objetivo. Hoje o ministro é vítima de sórdidos ataques racistas feitos pela militância de esquerda nas redes sociais. Até mesmo por artistas e jornalistas a soldo.
Sai Joaquim e entra quem? O PT, na sua falta de ética e de vergonha na cara, não vai errar de novo. Vai indicar um militante ainda mais comprometido do que José Antônio Dias Toffoli, ex-assessor de José Dirceu, um sem currículo, a não ser, claro, o de militante. Há vários possíveis candidatos. Um deles, por exemplo, é o atual ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Já pensaram?
A verdade é que a maioria contra os desmandos petistas, que por vezes ainda pulsa no STF, acabará de vez. Teremos um STF bolivariano. Com a futura aposentadoria de Celso de Mello, em novembro de 2015, o governo petista, se reeleito em 2014, dominará completamente a Suprema Corte. E o Brasil mergulhará no caos jurídico, com ameaças diárias ao Estado de Direito.
Se Joaquim Barbosa sai em março para ser candidato presidencial, isso não tem a menor importância. Não terá traquejo, nem apoio para um voo solo. Não há partido disponível que combine com a sua independência e a sua consciência.
A não ser que, entendendo o risco institucional que o Brasil corre, Joaquim Barbosa decida ser o vice de Aécio Neves, pavimentando a sua própria candidatura para 2018. Se a eleição for vencida pelo PSDB, pelo menos teremos equilíbrio. Um Executivo republicano defendendo o país de um STF bolivariano. Porque os dois Poderes nas mãos do PT não há Constituição Federal que resista.

Lula e as bandeiras sumiram diante da prisão dos corruptos do PT, para não comprometer ainda mais a sigla com a corrupção.

Os jornais informam que...
dois militantes da Juventude do PT decidiram fazer uma vigília em apoio aos integrantes do partido que estão presos no complexo penitenciário da Papuda. João Paulo Oliveira, de 36 anos, e Pedro Henrichs, de 28 anos, chegaram à Papuda no fim da tarde do domingo e colocaram duas cadeiras da entrada do local, onde passariam toda da madrugada.
Os jovens do PT têm 28 e 36 anos, respectivamente. Os jovens do PT eram apenas dois. E estavam fazendo protesto na frente de uma penitenciária. Na internet, o artista militante José de Abreu e seus áulicos afirmavam que estava havendo uma corrida de filiações, em protesto contra as prisões dos mensaleiros. Uma velharia fez claque para a mentira delirante. Abreu tem 69 anos. Paulo Henrique Amorim, o blogueiro mais ativo da sigla, tem 70 anos. E por aí vai. O PT ficou velho e corrupto. Ou alguém, diante de cenas como estas, pode dizer o contrário?

De acordo com reportagem do “Fantástico”, da TV Globo, ao serem transferidos para Brasília os nove condenados no mensalão viajaram algemados no avião da Polícia Federal. Eles foram proibidos por agentes que os escoltavam de conversar uns com os outros. O uso das algemas chegou a ser contestado pelos advogados dos presos. Mas a Polícia Federal (PF) alegou que se trata de uma regra de segurança.
No mandado de prisão, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, determinou que os presos fossem tratados “com absoluta urbanidade” e tivessem garantidos seus direitos constitucionais.
A aeronave da PF partiu de Brasília no início da tarde de sábado para buscar os condenados que tiveram a ordem de prisão decretada na véspera pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-ministro José Dirceu e o deputado licenciado José Genoino (PT-SP) embarcaram no jato em São Paulo. Os outros sete réus, entre eles o operador do mensalão, Marcos Valério, foram apanhados na capital mineira.
Na trecho final da viagem, entre Belo Horizonte e Brasília, os nove presos sentaram-se nas poltronas das janelas. Ao lado de cada um deles estava um agente da Polícia Federal. Antes da decolagem, todos foram algemados.
José Roberto Salgado, ex-dirigente do Banco Rural, ficou na primeira fileira. Atrás dele, pela ordem, estavam Cristiano Paz, ex-sócio de Marcos Valério; Katia Rabelo, ex-presidente do Banco Rural; José Genoino; José Dirceu; Romeu Queiroz, ex-deputado pelo PTB; Simone Vasconcelos, ex-funcionária de Marcos Valério; Ramon Rollerbach, ex-sócio de Marcos Valério; o operador do mensalão, Marcos Valério.
A aeronave da PF que trouxe os detentos pousou em Brasília por volta das 17h45. Os presos deixaram o avião e ingressaram em um microônibus branco com vidros escuros. ( O Globo)

Algumas dezenas de petistas protestaram contra as prisões, mas sem bandeiras.
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, deve expedir hoje novos mandados de prisão contra os condenados do processo do mensalão. A levar em conta seu voto na sessão da corte na quarta passada, a expectativa é que até sete novos mandados sejam expedidos.
Entre os sete estão os deputados Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT), e o delator do esquema, Roberto Jefferson (PTB). Todos escaparam da primeira leva de prisões, que incluiu o ex-ministro José Dirceu, o deputado José Genoino e o operador do mensalão, Marcos Valério Fernandes de Souza.
Também pode ser determinado o início do cumprimento das penas alternativas do ex-sócio da corretora Bonus Banval Enivaldo Quadrado, do ex-tesoureiro do PTB Emerson Palmieri e do ex-deputado José Borba. Eles terão de prestar serviços comunitários e pagar multas. Dentre os 25 condenados, só três têm a certeza de que não cumprirão suas penas agora: o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), o ex-assessor do PP João Cláudio Genu e outro ex-sócio da Bonus Banval, Breno Fischberg.
Eles têm direito à apreciação de um recurso pelo STF. Por isso, seus casos só devem ser concluídos em 2014. Além disso, 12 réus terão analisados no ano que vem outros recursos, os chamados embargos infringentes, que podem reduzir suas penas.
Para poder decretar as prisões, Barbosa terá que certificar o chamado trânsito em julgado, o fim oficial do processo, para parte dos réus. Na sexta, feriado da Proclamação da República, o ministro expediu os mandados poucas horas após certificar o fim do processo contra Dirceu, Genoino e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.
CRÍTICAS
Os mandados expedidos por Barbosa estão sendo criticados por advogados. Segundo eles, como não há menção ao regime de prisão, condenados como Dirceu, que têm direito à prisão no semiaberto, podem começar a cumprir pena no fechado --na realidade, eles estão sob custódia provisória da Polícia Federal numa unidade especial dentro do complexo da Papuda, em Brasília.
A defesa do ex-ministro chegou a enviar petição ao STF para evitar que ele cumpra pena num regime mais grave que o imposto pela corte. O documento ainda não foi respondido por Barbosa. Outra crítica é sobre o envio dos presos a Brasília. O advogado de Delúbio, Arnaldo Malheiros Filho, disse que apresentará um pedido à Justiça para que seu cliente cumpra pena num presídio próximo de sua família, possivelmente em Goiás.
O advogado da ex-diretora da agência SMPB Simone Vasconcelos, Leonardo Yarochewsky, afirmou que o envio dos condenados para Brasília foi "desperdício de dinheiro público" e que irá pedir a transferência dela. Apesar da expectativa do cumprimento de novos mandados, Barbosa deve passar o dia longe do Supremo. Ele abrirá o Encontro Nacional do Judiciário, em Belém. O presidente do STF não deu declarações desde que emitiu os primeiros mandados de prisão. (Folha de São Paulo)

NO BLOG DO NOBLAT

Lembra do PT que no passado denunciava a interferência deslavada do poder econômico no resultado das eleições brasileiras? E que, por isso, quando convocado a decidir seu destino com frequência se exauria em discussões intermináveis?
Lembra do PT sustentado por dinheiro descontado nos salários dos seus militantes? E do que adotou a eleição direta para a escolha dos seus dirigentes?
Então esqueça!
O mensalão foi o desfecho natural da escolha feita pelo PT no início dos anos 90 quando decidiu deixar de ser um partido ideológico acima de tudo para se transformar em um partido de massas.
Depois de ter perdido as eleições presidenciais de 1989 e de 1994, Lula chamou José Dirceu para uma conversa e disse o que ele esperava ouvir: vamos usar os meios que os demais partidos usam para chegar ao poder. Pois usaram e abusaram.
Faltou-lhes, porém, competência para se manter no poder sem se desfigurar. Quem viu Lula subindo a rampa do Palácio do Planalto em janeiro de 2002 jamais imaginou ver José Dirceu subir na última sexta-feira os degraus do prédio da Polícia Federal, em São Paulo, para receber ordem de prisão.
Pouco antes o mesmo percurso havia sido feito por José Genoíno, ex-presidente do PT. No dia seguinte foi a vez de Delúbio Soares, ex-tesoureiro, se entregar em Brasília.
Dilma Rousseff. Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / ABr
Resta ao PT insistir com o discurso nada convincente de um partido político perseguido pelas elites e vítima de uma conspiração midiática.
As elites nunca enriqueceram tanto como no governo Lula. Detestam o de Dilma que não as trata com tanto mimo.
Um Supremo Tribunal Federal com folgada maioria de ministros nomeada por Lula e Dilma mandou para o xilindró alguns ícones de PT. Lula escapou porque não sabia o que se passava ao seu lado.
Ficará para a História que o caso do mensalão, obra de um bando de amadores, começou no primeiro governo Lula para terminar no primeiro governo Dilma. Se haverá um segundo governo Dilma ainda é cedo para dizer.
Nada teve de inocente a mensagem postada por Dilma no twitter a poucas horas do ministro Joaquim Barbosa assinar ordens de prisão contra petistas coroados. Ela não falou em mensalão. E precisava?
Dilma escreveu: “Hoje comemoramos o 124º aniversário da Proclamação da República. A origem da palavra República nos ensina muito. A palavra República vem do latim e significa “coisa pública”. Ser a presidente da República significa exatamente zelar e proteger a “coisa pública”, cuidar do bem comum, prevenir e combater a corrupção. Significa governar para todos, num governo do povo, pelo povo e para o povo”.
Dirceu deve ter ficado furioso quando leu a mensagem de Dilma. Ele não a perdoa por tê-lo tratado sempre com frieza, evitado ser fotografada ao seu lado, e se recusado a pressionar ministros do STF para que votassem pela absolvição dos petistas mensaleiros.
Foi a maneira que Dilma encontrou de passar a ideia de que nada teve a ver com o escândalo. E que o resultado do julgamento não lhe dizia respeito.
A condenação dos mensaleiros há mais de um ano não afetou sua popularidade. A prisão, se afetar, será a favor. Capitalizar a prisão dos culpados ela não poderá fazer sob pena de empurrar o PT de vez para o colo da candidatura de Lula a presidente.
Mas beneficiar-se não depende de nenhuma iniciativa sua. Basta manter o comportamento discreto que sustentou até aqui. E lembrar, vez por outra, que é sua tarefa o combate à corrupção.
Dilma está bem na foto.

Cecília Ritto, Veja
No vazio de ideias e ações para a segurança pública no Brasil, a criação de unidades da Polícia MIlitar em favelas, iniciada em 2008 no Rio de Janeiro, teve o efeito de uma generosa chuva em terra seca.
Inaugurada numa encosta do bairro de Botafogo, no pequeno Morro Santa Marta, a primeira UPP – Unidade de Polícia Pacificadora – representou uma guinada na percepção que se tinha da PM, das medidas possíveis contra o tráfico e, claro, dos pais da ideia, cujo DNA é disputado pelo governador Sérgio Cabral e por seu secretário de Segurança, José Mariano Beltrame.
A força daquela iniciativa foi tamanha que, em 2010, as imagens de policiais, das viaturas e dos contêineres brancos e azuis dominaram a propaganda do governador na TV, conduzindo o PMDB a uma acachapante reeleição em primeiro turno, com 66% dos votos.

 

Bruno Villas Boas, O Globo
Os brasileiros que começaram a pesquisar pacotes e passagens aéreas para as festas de fim de ano ou férias de janeiro já perceberam: os preços estão mais salgados em comparação com o ano passado. E o grande vilão foi o câmbio. Segundo levantamento do GLOBO, pacotes para destinos como EUA, Europa e Buenos Aires, com embarque em janeiro, estão custando, em média, 10% a mais na comparação com novembro de 2012.
O custo para uma famílias de três pessoas chega a subir R$ 1.200 para um pacote de oito dias em Lisboa ou Paris, incluindo passagem aérea e hotel. Isso sem mencionar os gastos com transporte, ingressos, alimentação e mais eventuais compras em moeda estrangeira.

O Globo
O favoritismo de Michelle Bachelet (foto abaixo) não foi suficiente para garantir um triunfo da ex-presidente socialista em uma nova eleição chilena. Com 92,17% dos votos apurados, Bachelet conta com 46,75% da preferência - a candidata precisaria de 50% para vencer na primeira rodada do pleito.
Assim, a corrida eleitoral deve ser estendida até o dia 15 de dezembro, quando ela disputará a liderança do país com a ex-ministra Evelyn Matthei, que obtinha 25,04% dos votos. Na sacada de um hotel em Santiago, de onde acompanhou a apuração dos votos, Bachelet enfatizou sua ampla vantagem sobre os oponentes.
- Não há duas leituras, ganhamos esta eleição com uma ampla maioria. Sabíamos que era difícil ganhar no primeiro turno, mas estivemos muito perto de conseguir - afirmou. - Ganhamos esta noite e vamos trabalhar para ganhar de novo em dezembro e não tenho dúvidas de que vamos conseguir.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

— Reações ridículas 6 – Vejam o que diz o perfil de Delúbio no Twitter;

NO BLOG DO JOSIAS
O Ministério da Justiça e a Procuradoria Geral da República analisam as providências que irão adotar para tentar trazer o petista Henrique Pizzolato de volta ao Brasil. Condenado no julgamento do mensalão a 12 anos e 7 meses de cadeia, ele fugiu para o estrangeiro –supõe-se que esteja na Itália.
A providência mais óbvia nesse tipo de situação é o envio de um pedido de extradição ao governo da Itália. No caso de Pizzolato, essa é também a medida com menores chances de prosperar. Ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, ele tem cidadania italiana. E a Itália, a exemplo do Brasil, não costuma extraditar nacionais.
Na pasta da Justiça, informa a repórter Mariângela Gallucci, vão se debruçar sobre a encrenca técnicos do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional, o DRCI. Pretende-se varejar o tratato de extradição firmado em 1989 entre Brasil e Itália à procura de alguma brecha.
Na Procuradoria, cuida do tema o próprio procurador-geral da República Rodrigo Janot, que atua como acusador no processo do mensalão. Ele se ocupou da matéria durante o final de semana. Deve enviar ao STF um pedido de providências, cujo teor não foi, por ora, revelado.
O passado recente desaconselha o otimismo. O caso de Pizzolato assemelha-se ao do banqueiro Salvatore Cacciola. Também detentor de dupla nacionalidade (brasileira e italiana), Cacciola voou clandestinamente para Roma, em 2000, para fugir de uma pena de prisão decretada num processo por crimes contra o sistema financeiro nacional.
Cacciola chegou a ser preso. Mas foi solto graças a uma liminar expedida pelo ministro Marco Aurélio Mello, do STF. A liminar foi revogada posteriormente. Mas era tarde. O banqueiro tomara chá de sumiço. Acionado por meio de um pedido de extradição, o governo italiano negou-se a devolver o fugitivo ao Brasil. Cacciola só seria preso sete anos mais tarde.
Sentindo-se inalcançável, Cacciola cometeu o erro de fazer uma viagem recreativa ao principado de Mônoco. Alertada, a Interpol capturou-o no instante em que ele se registrava num hotel. Em novo pedido de extradição, o Brasil logrou trazê-lo de volta, aprisionando-o no complexo penitenciário de Bangu, no Rio. Escaldado, Pizzolato não deve cometer o equívoco de cruzar as fronteiras da Itália.
A hipótese de recusa dos pedidos de extradição está expressamente prevista no artigo VI do tratado Brasil-Itália. No mesmo trecho, prevê-se a hipótese de abertura de ação penal para que o fugitivo seja julgado na Itália. É uma das alternativas em estudo na pasta da Justiça e na Procuradoria. Sob o título de “Recusa Facultativa da Extradição”, o artigo VI do tratado anota o seguinte:
“Quando a pessoa reclamada, no momento do recebimento do pedido, for nacional do Estado requerido, este não será obrigado a entregá-lo. Neste caso, não sendo concedida a extradição, a parte requerida [Itália], a pedido da parte requerente [Brasil], submeterá o caso às suas autoridades competentes para eventual instauração de procedimento penal. Para tal finalidade a parte requerente deverá fornecer os elementos úteis. A parte requerida comunicará sem demora o andamento dado à causa e, posteriormente, a decisão final.”
Quer dizer: o Brasil teria de enviar à Itália as provas reunidas contra Pizzolato no processo do STF. Julgando-as suficientes, as autoridades italianas instaurariam uma ação contra Pizzolato. O diabo é que, também nesse caso, é improvável que o pedido brasileiro receba o tatamento desejado. Por quê? O Brasil despertou a ira da Itália ao se negar, em 2009, a expatriar o ex-guerrilheiro Cezare Battisti.
Condenado na Itália à prisão perpétua sob a acusação de participar do assassinato de quatro pessoas na década de 70, Barttisti foi preso no Brasil e arrostou um pedido de extradição. O STF deferiu o pedido. Mas Lula, valendo-se de prerrogativa constitucional reservada ao presidente, concedeu ao condenado o status de refugiado político, liberando-o da cadeia e mantendo-o no Brasil. Não são negligenciáveis as chances de a Itália enxergar em Pizzolato uma boa oportunidade para dar o troco.
Como que antevendo o insucesso da investida jurídico-diplomática, o DRCI e a Procuradoria analisam a alternativa de submeter Pizzolato a um torniquete financeiro. Cogita-se requerer o bloqueio dos bens do condenado fujão, incluindo eventuais rendimentos de aplicações financeiras. Imagina-se que, sem meios de se manter na Itália, Pizzolato seria compelido a retornar ao Brasil, para se entregar. A estratégia parte da ingênua premissa de que o condenado não incluiu no seu plano de fuga o envio prévio de dinheiro para contas no exterior.

NA COLUNA DO RODRIGO CONSTANTINO

Doutrinação marxista na UEA
O blog continua desmascarando as escancaradas tentativas de doutrinação marxista nas universidades federais Brasil afora. A coisa é tão avançada que já no processo de seleção o aluno deve mostrar suas “aptidões” marxistas, ou então não entra. É o caso na Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

É isso mesmo. Segundo o gabarito, a resposta correta é a letra A. Para os brilhantes formuladores da prova, a “lógica do capitalismo” é manter trabalhadores rurais em situação precária e com má remuneração. Vai ver é por isso que países mais capitalistas que o nosso, como os Estados Unidos, a Austrália e a Nova Zelândia, pagam tão mais aos seus trabalhadores rurais, não é mesmo?
Não é a estupidez que espanta. Essa nós já esperamos. É a tremenda cara de pau de fazer tamanha lavagem cerebral nos alunos assim, à luz do dia, como se ninguém fosse notar ou reclamar. Acabou! Nós não vamos mais aceitar essa doutrinação marxista patética sem reagir, sem gritar, sem apontar o dedo em vossas caras de pau. Não mais.
Durante décadas os marxistas tiveram o caminho livre para tomar conta das universidades todas. Agora, cada vez mais gente se dá conta disso, e resolve dar um basta. Não passarão!

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