DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 10-11-2013

Contrário ao discurso de cortes de gastos, gabinetes do Judiciário, do Legislativo e do Executivo exibem mobiliário moderno, com conforto e até luxo para autoridades. A fim de manter o alto padrão da decoração, os três poderes devem gastar ainda este ano R$ 1.412.469,44 com vasos ornamentais, sofás e cortinas, televisores de 60 polegadas e até um glamoroso tapete vermelho alugado por conta do contribuinte.

Entre gastos curiosos estão R$ 209 mil reservados ao deslocamento de ministros do Supremo Tribunal Federal no Rio, em carros blindados.

Em único edital, o Tribunal de Contas da União prevê gastar R$ 6,1 milhões só na compra de mesas de escritórios, gaveteiros, armários…

Reformado em 2010, o Palácio do Planalto torrou R$ 3 milhões em 150 cadeiras, 102 poltronas, 16 sofás e 54 mesas de designers famosos.

Com 6 mil e 232 servidores, o Senado bate em números de funcionários a Petrobras no Rio, com 6.135, e gigantes como o Facebook, com 900 funcionários, e o Twitter, com apenas 500.

A PF prendeu em setembro Valmor Luiz Bordin, gerente de operações da Conab no Paraná. Foi soltou em seguida, mas depois o tribunal cassou-lhe a liberdade provisória e ele voltou para a cadeia.

Parceiro dos “Black Bloc”, o “ativista” Leonardo Morelli mandou ofício ao ministro simpatizante Gilberto Carvalho anunciando o “Dia de Fúria”, dia 15. Teve 119 bananas de dinamite apreendidas, em São Paulo. Sua convocação “anticapitalismo” no Facebook é show de mau português.

A fim de impedir a votação de projetos que impliquem em gastos ao governo, a ministra Ideli Salvatti prometeu liberar emendas a torto e a direito para a base aliada, e até para parlamentares da oposição.

Localizada pela Interpol no Brasil, uma testemunha poderá abrir o bico sobre o narcotraficante espanhol José Antonio Pouso, que “lavou” €15 milhões na Espanha com ex-mulheres brasileiras, diz o jornal El País.

Procurado ao telefone e e-mail por dois dias, o Ministério da Justiça não atualiza números do Pronasci, o programa de Segurança e Cidadania do governo Lula, que prometia bolsa de R$ 400 e 19 mil casas a policiais, 33 mil vagas em prisões e a Escola Superior da PF.

Mais duas contribuições ao vasto almanaque de “assombrações”: corrupto devolver dinheiro e político pedir desculpa pelos erros.


NO BLOG DO CORONEL

Emissários (ou comissários) de Lula andaram pelo Centro-Oeste pedindo para lideranças locais juntarem produtores rurais para formar claque em visita política, onde detonará Marina Silva para atacar Eduardo Campos. Levou uma ducha de água fria. Não venha, avisaram os líderes do agronegócio. A vaia será maior do que a dada a Dilma quando em visita ao Mato Grosso do Sul. As invasões indígenas, que tem o dedo de Gilberto Carvalho, somadas ao apoio que Lula sempre deu ao MST, afastam o Campo do PT de forma inconciliável.


A loja Pão & Circo, de Dilma Rousseff, durou apenas 18 meses, em Porto Alegre, em 1995. Vendia cacarecos e Cavaleiros do Zodíaco a R$ 1,99. Quebrou por péssima gestão. Depois de 3 anos, o governo de Dilma virou pão e circo também. Abaixo, notícia do Correio Braziliense.

A administração Dilma Rousseff deixará uma marca nada agradável para um governante: entre 2011 e 2014, o rombo nas contas do setor público deverá totalizar R$ 534,6 bilhões, segundo as estimativas mais conservadoras do mercado e da equipe econômica. O buraco será maior do que os R$ 500 bilhões em investimentos prometidos pela presidente da República por meio das concessões de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, um claro sinal de descontrole das finanças federais. Para os especialistas, o próximo ano será tão complicado, com o deficit podendo chegar a 4% do Produto Interno Bruto (PIB), que o futuro comandante do Palácio do Planalto será obrigado a aumentar impostos para manter o país governável.
Em relação ao primeiro mandato de Lula, quando houve deficit nominal (que inclui os juros da dívida pública) de R$ 308,1 bilhões, o rombo do governo Dilma será 73,5% maior. Na comparação com os últimos quatro anos do petista, nos quais faltaram R$ 336,3 bilhões para o fechamento das contas, o salto foi 59%. Não à toa, o Brasil está sob total descrença entre os investidores e pode ser rebaixado pelas agências de classificação de risco, fato que, se confirmado, elevará o custo dos empréstimos que as empresas fazem no exterior para incrementar negócios no país.
No primeiro ano de mandato, as contas de Dilma ficaram R$ 108 bilhões no vermelho. Em 2012, houve estabilidade, com deficit de R$ 109 bilhões. Neste ano, as projeções apontam para um buraco mínimo de R$ 150 bilhões, correspondente a 3% do PIB. Para 2014, ano de eleições, as estimativas apontam para rombo de R$ 167,7 bilhões, o equivalente a 3,2% do PIB. Os mais pessimistas, como o ex-ministro da Fazenda Delfim Netto, falam em deficit nominal de até 4% do Produto ou R$ 210 bilhões.

(09/11/2013 13:27) Nota de esclarecimento
Em face dos comentários tecidos pela Exma. Presidenta da República Dilma Rousseff, e divulgados pela grande imprensa em 7/11, o Tribunal de Contas da União esclarece que cumpre seu papel fiscalizador da aplicação dos recursos públicos federais, definido na Constituição Federal e determinado pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Desse modo, consciente do impacto que as obras têm no crescimento do país, o TCU oferece parecer técnico com a situação das obras públicas executadas com recursos federais e as irregularidades identificadas, cabendo ao Congresso Nacional decidir sobre a paralisação efetiva.
Por exemplo, com relação às recomendações do TCU sobre a obra da BR-448/RS, foram encontrados indícios de superfaturamento, na ordem de R$ 90 milhões. Cabe à Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional deliberar sobre a paralisação ou não da referida obra.
O Tribunal de Contas da União destaca que atua de forma preventiva, abrindo em todos os casos canais de diálogo com os gestores responsáveis. Sua atuação em 2013 pode gerar economia de R$ 1,2 bilhão, casos todas as correções sejam realizadas.
Com relação a sua atuação preventiva, é de se destacar que o TCU convidou gestores do Executivo das três esferas, União, Estados e municípios, para um projeto conjunto de governança, com a duração de três anos, com o objetivo de melhorar a gestão da administração pública. Trata-se de um projeto em parceria com a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e outros 12 países, na busca por melhores práticas para a administração.
Auditoria realizada em 360 instituições públicas, a ser levada a Plenário ainda em novembro/2013, evidenciou a falta de governança de pessoal, com graves deficiências na área de planejamento e treinamento. Por essas razões, o TCU entende que melhorar a governança representará um grande avanço para o desenvolvimento do Brasil.

Secretaria de Comunicação
Tribunal de Contas da União

NO BLOG DO NOBLAT

Evandro Éboli, O Globo 
A pensão alimentícia virou motivo de queda de braço na discussão do novo Código de Processo Civil que tramita na Câmara dos Deputados. Mais parece uma disputa entre os parlamentares homens — a favor da prisão em regime semiaberto para os inadimplentes — e as parlamentares — que defendem a manutenção do regime fechado.
Foto: André Coelho/ O Globo
O relator do texto, Paulo Teixeira (PT-SP), optou por mudar a legislação, a favor do semiaberto, com o argumento de que o cidadão precisa trabalhar de dia para pagar sua dívida com a esposa ou filho. Mas a bancada feminina não quer saber de flexibilizar a lei.
— Há um lobby masculino nessa história. Mas vamos brigar. Mudar do fechado para o semiaberto é estimular o crime e a impunidade. É um retrocesso — disse a deputada Jô Moraes (PCdoB-MG), coordenadora da bancada feminina.

Sabrina Valle, O Estado de S. Paulo
O contrato firmado em 2010 entre a Petrobrás e o grupo Odebrecht, para prestação de serviços em dez países, incluiu itens com preços inflados que, em alguns casos, ultrapassavam a marca de 1.000%.
Auditoria interna da petroleira comparou os preços acordados no contrato com médias de preços em cada país. O resultado mostrou que na Bolívia, por exemplo, os itens estavam entre 9% e 1.654% mais caros; no Chile, entre 14% e 598%; na Argentina o sobrepreço médio foi de 95%.
Documentos da petroleira, obtidos com exclusividade pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, mostram também que no contrato (PAC SMS) houve inclusão indevida de impostos na formação de preços nos Estados Unidos, Chile e Argentina, elevando o valor dos serviços em US$ 15 milhões.

Danielle Nogueira, O Globo
A derrocada do Império X não deixou apenas tristeza entre os investidores que amargaram prejuízos na Bolsa. Também houve gente que surfou na onda de aparente prosperidade das empresas e que embolsou alguns milhões de reais. Nos últimos três anos, executivos e conselheiros da OGX e da OSX — empresas de petróleo e do ramo naval de Eike Batista que estão no centro da crise — receberam R$ 307,2 milhões. A OGX pediu recuperação judicial no último dia 30 e a OSX decidiu na sexta-feira que fará o mesmo.
Os dados de ganhos constam dos formulários de referência arquivados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), xerife do mercado de capitais brasileiro, e incluem desde salários e pagamentos por participação em comitês à remuneração atrelada a ações. Se consideradas as cinco principais empresas do grupo — OGX, OSX, MMX (mineração), MPX (atual Eneva, energia) e LLX (logística) —, o valor sobe para R$ 533,3 milhões.
Como parte dessa remuneração está relacionada a opções de compra de ações, nem todo o montante foi de fato embolsado. Considerando a remuneração em dinheiro (salários, pagamento por participação em reuniões ou comitês e participação nos resultados), executivos e conselheiros da OGX e da OSX receberam R$ 35,8 milhões entre 2010 e 2012.
Os dados de ganhos constam dos formulários de referência arquivados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), xerife do mercado de capitais brasileiro, e incluem desde salários e pagamentos por participação em comitês à remuneração atrelada a ações. Se consideradas as cinco principais empresas do grupo — OGX, OSX, MMX (mineração), MPX (atual Eneva, energia) e LLX (logística) —, o valor sobe para R$ 533,3 milhões.
Como parte dessa remuneração está relacionada a opções de compra de ações, nem todo o montante foi de fato embolsado. Considerando a remuneração em dinheiro (salários, pagamento por participação em reuniões ou comitês e participação nos resultados), executivos e conselheiros da OGX e da OSX receberam R$ 35,8 milhões entre 2010 e 2012.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

Divertido, quase pitoresco. Só não é premonitório porque a lógica dispensa o concurso de forças metafísicas. O sociólogo Francisco de Oliveira concedeu uma entrevista à Folha de sábado, um dia depois da minha coluna semanal no jornal. Militante do PSOL, ele é hoje um esquerdista mais radical do que os fãs de Oswaldo Montenegro. Se a gente fizesse a lista dos 10 mais do “jet set” do Marxismo Acadêmico Mundial, “Chico”, como o chamam os amigos, estaria entre eles, embora, como ficará claro, seja um heterodoxo. E notem: não é que o Brasil tenha marxistas de primeira linha — eles estão em extinção, superados pelos fatos. Logo, não podem ser de primeira linha, a não ser na espécie…
Na entrevista, ele afirma ao menos duas coisas muito graves. Mas isso ficará para o fim. Se eu tivesse lido o que ele diz antes de escrever a coluna de sexta, eu não teria conseguido ser mais preciso. Abaixo, em azul, trechos do meu texto; em vermelho, a fala de Oliveira no sábado. Depois desse pingue-pongue de pontos de vista, volto para fazer outras considerações.
AS FORÇAS SUBTERRÂNEAS DA HISTÓRIA
REINALDO NA SEXTA
É que alguns pensadores estão convencidos de que os mascarados representam a reação humanista à atual fase de dominação do capital. Marginalizados pelo processo, eles desafiariam com a sua destruição criativa o economicismo sem rosto da nova globalização. Depois que o socialismo acabou, restou às esquerdas a luta sem classes. Para elas, as vanguardas de opinião, não mais a extinta classe operária, é que portam o futuro, organizadas segundo “ismos” de suposto valor universal. Marxistas de fato morrem de tédio.
CHICO DE OLIVEIRA NO SÁBADO
[seria preciso] Reconhecer que o país está atravessando uma zona de extrema turbulência devido ao crescimento econômico. É o crescimento que cria a turbulência, não o contrário. Todos pensam que crescimento apazigua. Não é verdade. Ele exalta forças que não existiam. O capitalismo é um sistema violentíssimo. Os EUA, o paradigma, são uma sociedade extremamente violenta. O Brasil vive adormecido. De repente, o tipo de crescimento violento e tenso em pouco tempo quebra as amarras, e a violência vai para rua.
BLACK BLOCS
REINALDO NA SEXTA
[para os intelectuais de esquerda] A truculência desorganizada das ruas seria uma resposta à violência institucional do Estado. (…) Pululam na imprensa candidatos a Jean-Paul Sartre desse humanismo estrábico. Falam de certo “malaise” social, de um mal-estar subterrâneo, de que os baderneiros seriam a manifestação visível.
CHICO DE OLIVEIRA NO SÁBADO
Se eles [os black blocs] se constituem como novos sujeitos da ação social, é para saudar. Vamos ver se, com eles, a gente chacoalha essa sociedade conformista. Parece que tudo no Brasil vai bem. Não é verdade. Vai tudo mal. O Estado não age no sentido de antecipar-se à sociedade que está mudando rapidamente. E aí vem o Lula fazendo um trabalho sujo, aquietar aquilo que é revolta.
A ESQUERDA E O CRIME
REINALDO NA SEXTA
[intelectuais de esquerda] São obcecados pela tese de que o crime é um sintoma indesejável, mas fatal, da luta por justiça e de que o bandoleiro é só a expressão primitiva do libertador. Marcola seria, então, um Lênin que cometeu os crimes errados.
CHICO DE OLIVEIRA NO SÁBADO
A sociedade mostrou que é capaz ainda de se revoltar, ir para a rua. Não precisa resultado palpável. Assustaram os donos do poder, e isso foi ótimo. (…) A violência é só pessoal, privada, o que é um horror. Quando vai para a violência pública, as coisas melhoram. Isso que interessa: um estado de ânimo da população que assuste os donos do poder.
PT PRECISA IR MAIS PARA A ESQUERDA
REINALDO NA SEXTA
(… ) [intelectuais de esquerda] Voltam-se até contra o PT, mas não por abrigar falanges da intolerância, financiadas com dinheiro público. Ao contrário! O partido, advertem, não teria avançado o bastante na agenda dos ditos vanguardistas. Cobram ainda mais intolerância.
CHICO DE OLIVEIRA NO SÁBADO
Lula é um conservador, nunca quis ser personagem do movimento [operário]. Na Presidência, atuou como conservador. Pôs Dilma como uma expressão conservadora. (…) O Brasil precisa de políticos com capacidade de expressar essa transformação e dar um passo a frente. (…) E Lula é (…) um antirrevolucionário. Ele não quer soluções de transformação, quer apaziguamento. Talvez, se as opções estivessem em suas mãos, Dilma faria uma política mais de esquerda. Mas ela não foi eleita para isso. Nem tem força social capaz de impor essa mudança.
Retomo
Chamo a atenção para dois aspectos graves da fala do “intelectual”, e seus 80 anos recém-completados não o desculpam — salvo em casos clínicos, a idade deveria ser uma motivo a mais para a gente cobrar seriedade. Chico de Oliveira faz a defesa da violência pela violência, como um bem em si, já que, segundo diz, deixa acuados os donos do poder. Isso, acreditem, nem mesmo marxismo é. Trata-se apenas na admissão do terror como forma de expressão política.
Mas há um aspecto ainda mais grave. Diz Chico: “Talvez, se as opções estivessem em suas mãos, Dilma faria uma política mais de esquerda. Mas ela não foi eleita para isso. Nem tem força social capaz de impor essa mudança.” Sim, leitor, o certo seria “fizesse”, mas isso importa pouco agora. Ora, se o sociólogo reconhece não existir “força social” para que a presidente faça as mudanças que defende, ele a critica por quê? Por não se comportar como uma tirana?
Bom socialista que é, Chico lamenta, na verdade, o fato de o Brasil não ser uma ditadura.


NO BLOG DO JOSIAS

Imagem: Pawel Kuczynski
- Globo: Olhos eletrônicos – Cariocas são vigiados por 700 mil câmeras
- Folha: Situação na prefeitura era de descalabro
- Estadão: Receita corta gastos e pode comprometer arrecadação
- Zero Hora: Exumação de Jango – A operação que busca tirar a limpo um capítulo da História
- Veja: Maconha USA
- Época: Os Black Blocs sem máscara
- IstoÉ Dinheiro: Como lucrar com a Copa
- CartaCapital: A guerra das tevês
- Exame: Um mundo mais velho. E melhor
Leia os destaques de capa de alguns jornais e revistas do país.

Foto: Sérgio Lima/Folha
Tenente-coronel do Exército, André Costa Soares trabalhava como analista de informações do Departamento de Contra-Inteligência da Abin havia dois anos. No final do expediente do dia 18 de junho de 2004, foi chamado à sala do seu chefe, o coronel João Noronha Neto, coordenador de contrainteligência da agência. Recebeu uma tarefa externa relacionada a uma missão cujo objetivo lhe chamou a atenção: ”Operação Mídia”.
Embora realizasse tarefas internas, o tenente-coronel foi destacado para uma missão externa. Deveria procurar um informante. Recebeu o nome do contato, sua profissão e o local do encontro. Achou estranhou. E pediu que a ordem fosse formalizada por escrito. Algo que seu chefe, o coronel João Noronha, negou-se peremptoriamente a fazer.
A “Operação Mídia” era clandestina, o tenente-coronel Soares descobriria depois. Visava espionar jornalistas e donos de meios de comunicação. Incomodado, o oficial do Exército resolveu comunicar os fatos à direção geral da Abin. Fez isso por escrito. Redigiu, em 25 de junho de 2004, um documento de seis folhas. A peça foi obtida pelo repórter Robson Bonin, que expôs seu conteúdo na última edição deVeja. Ficou-se sabendo que, sob Lula, a Abin teve a imprensa como alvo.
“…Tomei conhecimento que o referido informante é da denominada Operação Mídia”, anotou o tenente-coronel Soares no documento. “Esta operação, conforme documento do CCE [Coordenação de Contra-Espionagem] (anexo), está em curso, em Brasília, com despesa para o DCI [Departamento de Contra-Inteligência], não incluída no Plano Nacional de Contra-Espionagem (PNCE)…”
Dois dias depois de protocolar o documento no Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, órgão de cujo organograma pende a Abin, o tenente-coronel Soares foi demitido da agência. Localizado pelo repórter em Belo Horizonte, ele confirmou o teor do documento. “A operação tinha como alvo a imprensa. Não tenho condições de afirmar em que proporções, mas a imprensa era o alvo.”
O oficial não quis revelar detalhes do que testemunhou na Abin. “Tenho documentos que provam que essa operação estava em curso em Brasília”, limitou-se a dizer. “Em vários documentos internos que devem estar arquivados na Abin eu detalho todos esses fatos”.
Além de protocolar seu texto de seis páginas, o tenente-coronel Soares fez a denúncia pessoalmente, numa conversa com o general Wellington Fonseca, adjunto do também general Jorge Félix, então ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Segundo conta Soares, o general Fonseca “lamentou o episódio, mas, até onde eu sei, não tomou nenhuma providência.”
Procurado, o GSI, órgão que abriga a Abin não quis comentar o caso. Em nota, escreveu que “não se manifesta, publicamente, sobre o conteúdo de documentos da Agência Brasileira de Inteligência.”

Ilustração: Alan E.Cober
Em condições normais, a descoberta de um novo caso de corrupção deveria ser celebrada como uma vitória dos mecanismos de controle sobre a bandidagem. Muita gente gosta de cultivar a ideia de que a explosão de um escândalo é a sociedade informando aos seus malfeitores que a moleza acabou. No Brasil, porém, a rapinagem tornou-se tão rotineira que o desesperto acaba prevalecendo sobre a esperança. Calejado, o brasileiro prefere ser cínico a passar por bobo.
São Paulo devolveu a corrupção às rodas de conversa. Impossível ficar alheio. Quem liga a tevê, navega na web ou abre o jornal fica devendo a si mesmo um gesto de reprovação. Nem que seja uma boca de nojo. A aversão seria maior se as pessoas percebessem que há um quê de anormal dentro da anormalidade. Falta alguma coisa no noticiário e nas declarações das autoridades: o corruptor.
Dos nove fiscais suspeitos de corrupção o país já sabe quase tudo. Os hábitos espalhafatosos, o linguajar vadio, o apreço por todo o fausto que o dinheiro alheio pode comprar, a ex-namorada de língua solta, isso e aquilo. Já desceram à fogueira também uma tróica de políticos.
Há o ex-prefeito Kassab, citado de ponta-cabeça num grampo. Há o secretário Tatto, cuja mulher é sócia de um fiscal enrolado. Há o secretário Donato, apresentado noutra escuta como beneficiário de R$ 200 mil provenientes do bando. E quanto aos corruptores? Ganha uma fita com os melhores momentos dos grampos quem souber recitar um par de logomarcas.
Por ora, os investigadores estimam que a máfia cravou os dentes em 650 empreendimentos imobiliários. Surgiram na apuração os nomes de pelo menos 15 incorporadoras. Frequentam o lado blindado do escândalo. Apenas uma, a canadense Brookfield, admitiu ter repassado R$ 4 milhões à quadrilha. Apresentou-se como “vítima”. Beleza. Só falta explicar por que declarou, há cinco meses, quando veio à luz um embrião do escândalo, que não se envolvia em “atos ilícitos”.
Nenhuma revelação parece abalar no Brasil o prestígio das eminências empresariais. Só de raro em raro, por obra do acaso, uma razão social desce à sarjeta. Ainda assim, cuida-se para que o melado não escorra além do conveniente.
Vindos da Suíça, pedidos de diligências contra a Alstom e sua clientela bicuda são esquecidos nas gavetas da Procuradoria da República. Em petição anedótica, a alemã Siemens é acionada por formar cartel consigo mesma.
Na época do Collorgate, a Polícia Federal esquadrinhou as relações financeiras da EPC, firma de “consultoria” aberta por PC Farias. A lista de clientes do operador das arcas de Fernando Collor era eloquente: Odebrecht, Cetenco, Votorantim, Cimento Portland Itaú, Tratex, etc.. Chegaram a figurar no polo passivo de meia dúzia de processos. Não há notícia de condenação.
A plutocracia costuma se queixar do ‘Custo Brasil’. Tem toda razão. O diabo é que não aparece uma entidade empresarial capaz de reclamar do ‘Custo Pilhagem’.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM

HERRAMIENTA DE TRADUCCIÓN EN LA COLUMNA A LA DERECHA MAS ABAJO
Leitora da Venezuela acaba de postar nos comentários aqui no blog o link para este vídeo em alta definição que mostra a loja da rede Daka da cidade de Valência, Estado de Carabobo, sendo saqueada depois que o tiranete Nicolás Maduro, decretou a intervenção estatal nessa empresa.
Recomendo muito que vejam este vídeo. É a prova viva da advertência que fazemos diariamente aqui no blog sobre ação corrosiva do comunismo do século XXI que se abate sobre o continente latino-americano sob a coordenação do Foro de São Paulo, a organização esquerdista que reúne todos os partidos comunistas da América Latina e que tem Lula e Fidel Castro como fundadores. Essa entidade se reuniu há pouco tempo em São Paulo, mas como foi transformada em tabu pelos jornalistas que dominam as redações dos jornais, TVs e rádios, pouco se falou sobre o Foro de São Paulo. Só para terem uma idéia do quanto o comunismo do século XXI, essa nova faceta do terror, já avançou não só na Venezuela, mas também aqui no Brasil e nos demais países das Américas, incluindo - pasmem - os Estados Unidos por obra e graça do governo de Hussein Obama, se vê pouca reação das pessoas. Isso já é o resultado da permanente doutrinação, verdadeira lavagem cerebral que alcança todos os patamares sociais.
A cenas que se vêem neste vídeo mostram do que o comunismo é capaz. Insuflados pela luta de classes disseminada pelos arautos do Foro de São Paulo, que já dominam as escolas e universidades e todos as demais organizações da sociedade civil, como sindicatos e até mesmo entidades empresariais e, de forma especial, todos os meios de comunicação, os cidadãos perdem a noção sobre os valores morais e éticos. Encaram de forma natural o roubo, a invasão da propriedades privada, a pilhagem.
Por mais injustiça que possa haver não se justifica de maneira nenhuma a criminalidade. Entretanto, essa é a técnica de domínio comunista: eliminar o conjunto de regras e valores que sustentam a civilização ocidental e que permitiram o grande avanço científico e tecnológico, a qualidade de vida das pessoas, o acesso aos bens materiais antes restritos a reis, rainhas e déspotas de todos os gêneros.
Essa extraordinária abertura de possibilidades às pessoas foi resultado da racionalidade do Direito que deu vida ao Estado de Direito Democrático e a segurança jurídica. Foi tudo isso que permitiu o avanço capitalístico com a otimização da produção elevando a escala e determinando o barateamento dos produtos de forma a permitir que cada vez mais aumente o contingente de pessoas que possam ter acesso a esses bens que promovem o conforto, a segurança e o lazer.
Entretanto, não há milagre. A igualdade entre os homens é uma quimera; é o maior embuste e o maior delírio que só encantar os incautos ou oportunistas.
Nunca haverá progresso sem trabalho, sem estudo, sem a obediência às regras, sem ordem e sem respeito à lei. Não há almoço grátis, como também não há eletrodomésticos grátis. Onde acreditaram nesse sonho falso e abjeto a liberdade e a democracia evaporaram. Exemplo disso é Cuba, um país zumbi que nada produz. A ausência de democracia e capitalismo é que faz de Cuba uma Nação zumbi esfarrapada. O que é sonegado do povo cubano nutre Fidel Castro e seus acólitos que vivem nas mansões do Laguito e não têm de se submeter ao racionamento de alimentos e demais produtos de primeira necessidade.
O que está acontecendo na Venezuela se não for combatido imediatamente fará daquela que poderia ser uma pujante Nação um viveiro de zumbis governados por uma tirania no mais perfeito estilo de Fidel Castro.
É claro que os investidores, os homens de negócio não irão querer arriscar seu capital - o capitalismo verdadeiro tem risco sim! - num país cujo governo estimula o saque e deplora a propriedade privada.
O que ocorre agora na Venezuela é o resultado do aumento do tamanho e influência do Estado. O estatismo não mata apenas o livre mercado, os empreendimentos produtivos, mata as pessoas de fome! Sequestra o futuro da população!
Está provado de forma inapelável que só os países essencialmente capitalistas e pautados pela democracia e as liberdades econômica e política é que têm prosperado. E são eles que abastecem de alimentos e demais produtos os 7 bilhões de seres humanos espalhados pelo planeta. Essa é a estimativa da população mundial atualmente.
Neste sábado houve na Venezuela um protesto auto-convocado pelas redes sociais. Milhares foram às ruas protestar contra o governo do filhote de Chávez, contra inflação galopante; contra a escassez de alimentos, de papel higiênico e de medicamentos. Todavia, o evento que ocorreu em dezenas de cidades do país, além da capital Caracas, acabou sendo minimizado pela eclosão de violência originada de forma proposital pelo governo de Maduro. Primeiro prenderam um jornalista americano do Miami Herald; posteriormente o tiranete promoveu a intervenção estatal no grande grupo empresarial Daka. Tudo milimetricamente elaborado para turbar a gigantesca manifestação de descontentamento da população.
Ainda neste domingo postarei algumas fotos do protesto. Se vê gente calma e educada com cartazes, protestando firmemente com atos e palavras, porém sem atacar fisicamente ninguém, sem invadir propriedade pública e privada, sem promover saques. Isto é democracia. O resto é anarquia, porém uma anarquia planejada para ocorrer. Trata-se de uma primeira etapa: a convulsão social para, posteriormente, o golpe que anulará os últimos vestígios de democracia. Consumando-se o diabólico plano, a Venezuela passará, por incrível que pareça, a ser apenas um apêndice de Cuba. Aliás, como noticiei à época aqui no blog, Chávez aventou a possibilidade de um Estado Transnacional Cuba-Venezuela.
Portanto, não está descartado o Estado Transnacional Brasil-Cuba. Essa história começou na Venezuela com a importação de médicos cubanos. Está avançando com lojas sendo saqueadas. E não precisa acrescentar mais nada. O vídeo acima é dramático. Não deixem de ver e espalhar pelas redes sociais.

NO BLOG ALERTA TOTAL

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Como previsto, vai render muita polêmica a campanha pelo “Não Voto” em 2014. Os principais argumentos contrários sustentam que isso vai ajudar o PT a conquistar o poder absoluto, igual como ocorreu com a abstenção de eleitores na Venezuela do falecido Hugo Chávez. Tal visão é ingênua, maniqueísta, parecida com a de torcedor de futebol. Os esquemas que sustentam o PT dificilmente perdem a próxima eleição.
Duas coisas decidem eleição no Brasil. Exceto a vontade real do eleitor consciente. Uma é o sistema eletrônico de votação em cujos resultados devemos confiar dogmaticamente, sem uma auditoria do voto impresso. Outra é a vontade de quem, de fato, financia e sustenta política e economicamente os eleitos previamente. O monstro é gigante. Mas a maioria só consegue ver o rabinho dele.
A Oligarquia Financeira Transnacional, que controla o Globalitarismo e promove o Capimunismo no Brasil, decide quem vence e controla seus marionetes, depois de eleitos, para que, no poder, deixem o Brasil do jeito como sempre esteve: uma colônia de exploração mantida artificialmente na miséria. Portanto, o ato obrigatório de votar apenas serve para legitimar tal esquema. O ato cívico de Não Votar apenas servirá de recado aos controladores de que existem pessoas de saco cheio e prontas para reagir contra eles, no momento histórico que for possível.
Por isso, vale reproduzir uma análise muito lúcida do leitor Robertho Camillo: “Lamento os comentários contrários a este movimento, isto prova que parte do povo acredita cegamente no que é divulgado pela imprensa corrupta e vendida. Não queiram comparar o Brasil com a Venezuela. Duvido que a maioria da população Brasileira seja petista ou que receba qualquer esmola do governo, creio sim que uma grande maioria vive assombrado pelo descalabro destes que governam o País. Também não acredito que todos que recebem esmolas, queiram continuar nesta situação, se eu pensar assim sentirei vergonha do meu Povo. Creio também nas forças armadas e no seu poder de mudar as coisas quando o Povo precisar do seu apoio. E para encerrar, acredito no poder da persuasão, na mudança de opinião, no diálogo e no poder da massa. Somos em números muito maior que os correligionários deste covil de canalhas chamado PT e até eles podem mudar de lado quando perceberem que estão perdendo”.
Independentemente de tomar a decisão de não votar, contrariando a antidemocrática obrigação que nos é imposta, devemos questionar o sistema das eleições. Não dá para engolir os argumentos dogmáticos da Justiça Eleitoral contra uma possibilidade de auditoria do voto eletrônico por um sistema que imprima o voto para posterior conferência, por amostragem ou por recontagem normal (modelo aqui proclamado como atrasado, mas que todos as Nações realmente civilizadas, do primeiro mundo, utilizam).
O Fórum do Estadão publicou, em 9 de novembro de 2013, um comentário fundamental do cidadão Fábio Figueiredo sobre este tema: “Tem havido um amplo debate sobre a confiabilidade das urnas de votação eletrônicas usadas no Brasil. Ocorreram muitas acusações de violação de urnas, contestando o número de votos sendo que um candidato que não teve nenhum voto reclama que votou em si mesmo, o que tem certeza. Segundo estudioso, muito debate ocorreu sobre o assunto, incluindo o Grupo de Debates de Perícia Forense e não está assegurada que a urna seja segura, assim como, o equipamento de contagem de votos. Foram realizados testes mas, informa-se que nenhum obedeceu a critérios técnicos adequados, como o da ABNT (ABNT NBR ISSO/IEC 17025:2005) nem a outros critérios conhecidos, o que desacredita os testes. Há muita especulação sobre o assunto e também, comentários temerosos de que atualmente não se confia na justiça comum e na eleitoral, tendo em vista os últimos acontecimentos como o processo dos “mensaleiros” e a não admissão do registro do partido Rede enquanto outro partido, denunciado com assinaturas falsas, foi aceito pela justiça eleitoral. Com relação às urnas, a piada, segundo o especialista, é que o Brasil é o único país do mundo que dispõe de um sistema digital que não permite a comprovação física posterior do voto. Daí o sistema brasileiro não ser confiável”.
Reproduzido o comentário, quem quiser continuar jogando no cassino eleitoral do Al Capone que faça suas apostas em 2014. Na previsão mais pessimista, o subnitratro de pó de merda do cocô do cavalo do bandido já ganhou a eleição, antecipadamente...

Veja o artigo de Pedro Porfírio: Adeus às Urnas
Reveja, também: A Farsa Eleitoral: Diga NÃO à Eleição!, escrito pelo advogado Antônio Ribas Paiva.
Ingenuidade Mensaleira

País Rico é País Avacalhado
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.












Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 2ª EDIÇÃO DE 25/02/2024 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 25/02/2024 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 26/02/2024 - SEGUNDA-FEIRA