DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 02-11-2013

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO


Os governadores Agnelo Queiroz (DF), Jacques Wagner (BA), Sérgio Cabral (PMDB) e Cid Gomes (CE), todos da base de apoio ao governo Dilma, são objetivos prioritários da tentativa de CPI no Senado para investigar obras da Copa, com discreto estímulo do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). O senador Mário Couto (PSDB-PA) que a propõe, cumpre tarefa de outro tucano, Alvaro Dias (PR).

O PSDB acha que os estádios de Brasília, Rio de Janeiro, Bahia e Ceará são os que mais têm “potencial de escândalo”.

Dez dos onze senadores do PSDB assinaram a CPI. Entre eles, Aécio Neves, numa assinatura estranha, mas dele.

Aécio Neves quer atacar Dilma não a CBF. Ele posou sorridente com José Maria Marin, quando este era hostilizado pela presidenta.

As transferências de recursos federais para o fomento da agricultura familiar (Pronaf) somam R$ 1,5 bilhão desde 2004, segundo informa o Portal da Transparência, mas o Ministério do Desenvolvimento Agrário prefere outros números. Justifica as liberações consideradas pífias incluindo os contratos de financiamentos de agricultores junto a bancos oficiais. Só não explicou que é dinheiro para ser devolvido com juros.

Segundo o Portal da Transparência, Lula destinou R$ 1,52 bilhão ao Pronaf, e Dilma abandonou o programa: transferiu só R$ 17,3 milhões.

Portal da Transparência não mostra um só centavo transferido para o Pronaf até agosto. Já para o Bolsa Família, foram R$ 16,34 bilhões.

Segundo o MDA, o Pronaf já levou mais de R$ 115 bilhões. Só não explica que essa grana é para financiamento, não transferências.

Com os soldos lá embaixo, militares estão de queixo caído: o Clube Militar oferece pacote de Natal e réveillon na sede da Lagoa, no Rio, e Carnaval em hotel de Cabo Frio, a R$10 mil, com diárias de R$ 500.

Críticas à Controladoria Geral da União, do petista Jorge Hage, deixam aspones à beira de um ataque. É pressão da chefia, coitados. Sapecam “nota de esclarecimento” que nada esclarece e adotam a política de ofender críticos da CGU no caso Rose, aquela amiga íntima de Lula.

A bancada do PMDB decidiu votar contra a proposta do governo de mandar instalar no país os principais data-centers de provedores de conteúdo à internet, sob avaliação de que não impedirá a espionagem.

Método rápido de contribuição petista nos Correios: requisita servidores de nível médio em outros órgãos para nível e salários superiores. O superintendente-executivo, Idel Profeta, chegou requisitado do INSS.

Hoje é dia de lamentar o enterro dos nossos impostos escandinavos em negócios africanos, Eike Batista, Petrobras, Cuba e mordomias oficiais.


NO BLOG DO CORONEL


A citação do líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), como suposto beneficiário de propina da Máfia do Asfalto, causou incômodo no Palácio do Planalto. A expectativa é de que o líder dê explicações convincentes sobre suas relações com os personagens citados e desfaça qualquer suspeita. Apesar do clima de cobrança, Chinaglia só corre o risco de ser demitido do cargo se no decorrer das investigações sua atuação ficar comprovada. O parlamentar nega ter recebido qualquer quantia.

Ex-presidente da Câmara e ex-líder também do governo Lula, Chinaglia tem no seu passado um motivo para a permanência dentro do governo. Suas respostas, porém, foram vistas como tímidas até agora e incapazes de desvinculá-lo do caso. O governo espera que ele apresente elementos para descaracterizar a denúncia. "Ele tem a confiança do governo, mas é claro que ninguém gosta de ver um líder do governo numa situação dessas. Esperamos uma reação dele", diz um assessor palaciano.
Uma planilha do empreiteiro Olívio Scamatti, controlador do grupo Demop, sugere pagamentos a uma série de parlamentares. O nome de Chinaglia é citado como beneficiário de R$ 40 mil pagos em dezembro de 2011. A reportagem tentou contato nesta sexta-feira, 01, mas não houve retorno. Antes, o deputado tinha classificado a acusação como "vigorosa mentira" e cobrado do Ministério Público uma apuração rigorosa.
Assim como Chinaglia, o ex-líder do governo Cândido Vaccarezza (PT-SP) aparece na lista. Ele é tido como o maior beneficiário, tendo supostamente recebido R$ 355 mil entre janeiro de 2011 e junho de 2012 em 16 repasses. Ele nega ter recebido qualquer quantia. "Nunca recebi um tostão do Olívio", afirmou Vaccarezza. "Eu nunca na minha vida negociei nenhuma emenda, nem com Olívio, nem com ninguém", continuou. "Não sou amigo dele. Encontrei com o Olívio em toda a minha vida umas cinco vezes no máximo", complementou.
Vaccarezza afirma que dois assessores que aparecem na investigação como próximos do empreiteiro foram demitidos em 2010 e 2011, mas por razões administrativas. Diz não saber se o grupo Demop fez a execução de alguma de suas emendas porque faz a destinação de recursos para prefeituras, que são as responsáveis por fazer a licitação e tocar as obras.
A chamada Máfia do Asfalto foi desmontada pela Operação Fratelli, deflagrada em abril. Scamatti, preso desde então, é apontado como líder do grupo que agia na intenção de direcionar licitações de prefeituras para realizar obras de pavimentação e recapeamento asfáltico. Parte dos recursos aplicados decorriam de emendas parlamentares.

Era uma casa muito sonhada, mas não tinha laje, não tinha muro, não tinha piso, não tinha quintal, não tinha privacidade, não tinha graça, não tinha nada. E o que é pior: pegava fogo. Podia ser apenas uma paródia da música do poeta e compositor Vinicius de Moraes, mas é a realidade vivida hoje pelas famílias do conjunto habitacional Shopping Park, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, empreendimento de R$ 144 milhões, financiado pela Caixa Econômica Federal (CEF) com recursos do programa federal Minha casa, minha vida e erguido sob a responsabilidade da prefeitura. A reportagem do Estado de Minas percorreu a pé durante um dia inteiro o conjunto – inaugurado durante a gestão do ex-prefeito Odelmo Leão (PP) em 2011–, que abriga 3.632 famílias de baixa renda, todas numerosas, com muitas crianças e portadores de deficiência. Leia mais aqui.

NO BLOG DO NOBLAT

Lauriberto Braga, Estadão
O prefeito de Pedra Preta (RN), Luiz Bandeira, decretou nesta sexta-feira, 1, estado de calamidade pública na cidade, que em uma semana registrou mais de 240 abalos sísmicos. O maior tremor aconteceu na noite de quinta-feira, 31, com 3,5 graus de magnitude. A população de pouco mais de 2 mil habitantes está fora de suas casas e a orientação é as famílias se transferirem para residências de parentes em cidades vizinhas. Casas tiveram as paredes rachadas e a população teme por danos humanos. A situação na pequena cidade a 115 quilômetros de Natal é de temor.
Pedra Preta tem atividade sísmica há três anos. Os abalos com mais intensidade acontecem há uma semana. Pedra Preta está montada numa falha geológica e a terra neste momento faz uma adaptação do subsolo. A maioria dos últimos tremores é abaixo de 2 graus, mas os de 3 graus causam grande preocupação nas autoridades e moradores. Pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) alertam para que, em face da atual situação, "é aconselhável as pessoas de Pedra Preta ficarem fora de suas residências, pois a ocorrência de um tremor de maior magnitude não está descartada".

O Globo
Depois de cancelar licitação de R$ 98 mil para abastecer a residência oficial do presidente do Senado com itens como 25 quilos de camarão vermelho grande, a Casa divulgou, nesta sexta-feira, novo edital, no valor de R$ 43 mil, para o fornecimento de alimentos, materiais de copa, cozinha, limpeza e higienização no prazo de seis meses. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL, foto abaixo), chegou a ficar com problemas de abastecimento em sua casa com a suspensão da licitação.
Fazem parte do novo contrato itens como filé mignon, no valor de R$ 2.430; filé de badejo, a R$ 1.274; produtos de mercearia, como azeite de oliva extra-virgem; frios; enlatados; materiais de limpeza; frutas e verduras.

A licitação suspensa no mês passado previa o fornecimento de 20 quilos de frutos do mar, 1,7 tonelada de 33 tipos diferentes de carnes, sendo 100 quilos de filé mignon, além do trivial arroz e feijão.


Isabel Braga e Cristiane Jungblut, O Globo
Cinco meses depois das manifestações de rua em todo o país e a menos de dois meses do final do ano legislativo, o Congresso Nacional não conseguiu aprovar ainda duas das principais promessas feitas como resposta à inquietação dos protestos: o passe livre e o fim do voto secreto nas decisões do Legislativo. O projeto que institui o Passe Livre Estudantil, que tem como autor o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), empacou por questões financeiras. O fim do voto secreto, por corporativismo.
No rastro das manifestações, no entanto, foram aprovados projetos para reduzir impostos para transporte coletivo e enterradas propostas polêmicas, como a PEC 37, que tirava poder de investigação do Ministério Público, e a que ficou conhecida como “o projeto da cura gay”.

Luciano Bottini Filho, Estadão
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou nesta sexta-feira, 1º, que não faz diferença para o Programa Mais Médicos se o estrangeiro foi reprovado no Revalida, exame para graduados em medicina no exterior atuarem no País. O chefe da pasta foi questionado pelo fato de 48 dos 681 participantes da primeira leva de médicos que chegaram ao Brasil não passaram no teste e disse que até se consultaria com um deles, "sem medo".
"Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. São programas absolutamente diferentes", disse o ministro. "O Revalida é uma prova feita em um dia para saber se ele pode operar ou trabalhar na UTI. Mais Médicos recebe médicos que ficam três semanas - não é um dia de prova - em avaliação. É uma forma de atrair médicos para os postos de saúde onde não há médicos neste País".

Demétrio Weber, O Globo
O que faz uma escola ser boa? Não existe resposta única, mas ninguém duvida de que uma gestão competente abra caminho - e seja decisiva - para o ensino de qualidade. De olho nas melhores experiências da rede pública, o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) entregou ontem o Prêmio Gestão Escolar a 27 colégios de ensino fundamental e médio.
A vencedora foi a Escola Estadual Luiza Nunes Bezerra, no município de Juara (MT), a 640 quilômetros de Cuiabá, que ficou em 1º lugar, com o título de Referência Brasil e R$ 30 mil em dinheiro. Ela foi selecionada dentre 9 mil colégios inscritos. Na última etapa, superou outras quatro escolas estaduais: de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte e Roraima. As finalistas receberam R$ 10 mil.

Mauro Zanatta e Débora Bergamasco, Estadão
Na disputa interna aberta no governo em torno da dimensão e da forma do reajuste do preço da gasolina, a presidente da Petrobrás, Graça Foster, ganhou o embate com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. A presidente Dilma Rousseff avalizou a concessão de um "gatilho" para reajustar os preços dos derivados de petróleo, "duas ou três vezes por ano", e garantir "previsibilidade" aos planos de negócios da Petrobrás, informou ao Estado um auxiliar presidencial.
Graça defendia exatamente um mecanismo que desse previsibilidade às correções da gasolina e do diesel, mas Mantega resistia. Tanto é que, na quarta-feira, ocorreu um curto-circuito: a presidente da Petrobrás divulgou um fato relevante explicando em linhas gerais o novo mecanismo de preços, e o ministro disse que a medida ainda estava em estudo e não poderia ser feita "de afogadilho".

Eliane Oliveira, O Globo
De janeiro a outubro, o comércio exterior brasileiro apresentou déficit acumulado de US$ 1,832 bilhão, o pior desde 1998, quando a balança teve saldo negativo de US$ 5 bilhões. Nos dez primeiros meses deste ano, as exportações ficaram em US$ 200,472 bilhões e as importações atingiram US$ 202,304 bilhões. No mesmo período do ano passado, a balança registrou superávit de US$ 17,350 bilhões.
Afetada mais uma vez pelo setor de petróleo, a balança comercial apresentou déficit em outubro, após dois meses seguidos de superávits mensais. O saldo negativo chegou a US$ 224 milhões no período, o pior resultado para o mês desde 2000, quando as compras externas superaram as vendas em US$ 546,9 milhões. As exportações somaram US$ 22,822 bilhões e as importações, US$ 23,046 bilhões.

Tânia Monteiro, Estadão
O soldado do Exército Geraldo Barbosa Luiz, que estava servindo no Batalhão de Infantaria de Força de Paz do Haiti, morreu na madrugada desta sexta-feira, 1. Segundo o Exército, "o soldado realizou um disparo com um fuzil FAL 7,62 mm contra a própria cabeça, no interior do aquartelamento, em Porto Príncipe".
O soldado, que tinha 21 anos, chegou a ser socorrido e levado para o hospital da cidade, mas morreu menos de uma hora depois. Um inquérito policial militar (IPM) foi para apurar o fato e deverá ser concluído em até 40 dias. Segundo o Exército, a família do militar foi informada da sua morte e está recebendo apoio do comando do 11º Regimento de Cavalaria Mecanizado, em Ponta Porã (MS), onde ele trabalhava.

Lula, 1º e Único Coração do Brasil, ganhou meu aplauso quando declarou que no Congresso Nacional, do qual ele fazia parte, havia 300 picaretas. Isso foi há muitos anos. Desde então, de conversa em conversa, ele veio se chegando até se tornar a Suprema Distinção entre os picaretas. Que já dobraram de número, tal qual coelho...
Na ocasião, gostei da sinceridade e, sobretudo, da coragem em botar os pingos nos is. E pensei: com esse vamos.
Votei nele. Mas não fomos. Ficamos.
Ficamos no programa que era filho dileto da grande brasileira Ruth Cardoso.
Lula, o Santo, o que fez? Ampliou o programa, deu um jeitinho de não se exigir tanto do aquinhoado, de tudo reverter em votos. Conseguiu convencer a plebe que aos ricos incomoda a ascensão dos pobres. Menos a ele, herdeiro direto de Francisco de Assis: não guarda nada para si, distribui tudo entre os necessitados.
De conversa em conversa, ele diz verdades que chocam: entrar no avião e dar de cara com sua cozinheira na poltrona ao lado não é o sonho das férias de muita gente. Lula, o Santo, descascou o pepino deixando de lado as companhias aéreas: só anda de jatinho. Dos amigos.
Ilustração: Norman Rockwell
De conversa em conversa, ele passou a saudar a Constituição Cidadã que antes abominava e a admirar, de modo inequívoco, o Sarney que antes considerava “o maior ladrão”. Hoje, pede que se equipare Sarney a ninguém menos que Ulysses Guimarães!
Uma boa lição para os brasileiros em geral. Nós temos a mania de assinar ‘em baixo’ documentos que nunca lemos, que nunca vimos, que nunca passaram por nossas mãos. Tem gente por aí que continua jurando que Alexandre Garcia foi expulso da TV Globo e eu, diariamente, o vejo na TV!
Escreveu, não leu, uma representante do anonimato na Internet acusa o Blog do Noblat de ter uma censora oficial, eu. O que me aborrecia até descobrir que a peça é chaleira de dois bicos: tanto malha aqui quanto em outro blog. De conversa em conversa, lá fala daqui, aqui fala de lá.
Assim como corre à boca pequena que ZéAzul bebe todas; que ZéRosa tem mais amantes que horas na semana para amá-las; que ZéVerde está gravemente enfermo, apesar de ter sido visto traçando uma feijoada; que a VEJA está falida; que O Globo amanhã não sai e que a Folha quebrou.
Tudo isso dito como Ato de Fé.
Em suma, de conversa em conversa o brasileiro tem mania de falar o que não sabe, a quem não sabe, quando não sabe.
O último boquirroto foi o senhor Gilberto Carvalho, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República. Era de se esperar juízo, bom-senso e, sobretudo, lealdade, dessa figura no momento em que o governo resolve tomar uma providência sobre o vandalismo nas ruas. Mas eis o que ele disse: “não basta criminalizar o vandalismo, é preciso entender a motivação”; “nos treinamentos de policiais, o branco sempre é tratado como vítima e o negro como traficante”. (O Globo, 29/10/2013)
Acendeu o fósforo e foi olhar se tinha gasolina.

Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa escreve semanalmente para o Blog do Noblat desde agosto de 2005. Ela também tem uma fanpage e um blog – Maria Helena RR de Sousa.


NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO



NO BLOG DO JOSIAS

Levantamento feito pela Confederação Nacional de Municípios (CMN) constatou que 97% das 75 prefeituras de Sergipe fecharam as portas nesta sexta-feira (1º). O atendimento ao público foi suspenso. Mantiveram-se apenas as atividades essenciais —postos de saúde, escolas municipais e limpeza, por exemplo. A situação será normalizada na segunda-feira (4).
Aprovada por seis dezenas de prefeitos num encontro ocorrido no início da semana, a paralisação é um protesto contra a penúria dos municípios. Os prefeitos responsabilizam o governo federal pela escassez de verbas. Pela manhã, 95% das cidades sergipanas aderiram ao movimento. À tarde, o percentual foi a 97%.
Uniram-se no protesto três entidades: a Federação dos Municípios de Sergipe (Fames), a Associações dos Municípios da Região do Centro Sul (Amurces), e a Associação da Barra do Cotinguiba e Vale do Japaratuba (Ambarco).
Presidente da Ambarco, Fábio Henrique resume o drama das prefeituras: “A União repassa R$ 10 para uma consulta com um médico especialista. O restante são as prefeituras que bancam. O mesmo acontece com a merenda escolar: recebemos R$0,33 por refeição que, na verdade, custa entre R$1,50 e R$2,00. E a única coisa que vai resolver esse problema é uma reforma no Pacto Federativo.”
Presidente da Fames, Antonio Fernandes Rodrigues ecoa: “70 dos 75 municípios sergipanos vivem com a conta no vermelho, sem poder pagar o salário dos servidores, fornecedores e com dificuldade de iniciar as obras com seus recursos próprios. A maioria não cumpre a Lei de Responsabilidade Fiscal, porque a receita é menor que a despesa. Somente Aracaju, Canindé do São Francisco, Carmópolis, Estância e Rosário do Catete conseguem cumprir com suas obrigações porque recebem Imposto Sobre Serviço e royalties.”
Na conta dos prefeitos, a União retém 64% dos tributos federias que arrecada. Repassa 21% aos Estados e envia 14% aos municípios. “Já as responsabilidades ficam quase que 100% com as prefeituras”, exagera Antonio Rodrigues.
A Confederação Nacional de Municípios convocou para 12 de novembro um ato de prefeitos de todo o país em Brasília. Eles vão pressionar o Executivo e o Legislativo. Desejam, entre outras coisas: elevar em 2% o repasse da União para o Fundo de Participação dos Municípios e aprovar a proposta que obriga o governo a executar as emendas de parlamentares ao Orçamento.

Dilma Rousseff voltou a condenar nesta sexta-feira a violência e a depredação em manifestações de rua. Fez isso numa entrevista a emissoras de rádio da Bahia. Ela realçou a ação coordenada do seu governo com os Estados. E enfatizou que a anomalia precisa ser “coibida por todos os Poderes”. Citou o Judiciário.
Nas palavras da presidente, o Judiciário “não pode tratar essas questões como sendo manifestações de pessoas democráticas, elas não são democráticas. São pessoas que estão ferindo, inclusive, outros seres humanos… Portanto, elas não podem ser consideradas [como] pessoas que estão fazendo uso da sua liberdade de manifestação.”
Dilma condenou também o anonimato dos transgressores, que encobrem os rostos e “destroem patrimônio público e privado, provocam ferimentos, machucam e mostram, não a civilização e a liberdade da democracia, mas a barbárie.”
Segundo ela, o encontro do ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) com os secretários de segurança do Rio e de São Paulo, ocorrido nesta quinta-feira, foi o primeiro de uma série. “Pretendemos fazer isso com todos os Estados.”
A certa altura da entrevista, Dilma deu uma ideia do modo como gostaria de ver tratados os vândalos: “Tem vários lugares do mundo em que o método é simplesmente você isolar os manifestantes que fazem esse vandalismo e segregá-los, deixar claro quem são, prendê-los, obviamente, e processá-los. [...] É impossível que essas pessoas não respondam pelos seus atos.”
Há muito de pragmatismo eleitoral nas manifestações de Dilma sobre os protestos violentos. Conforme já noticiado aqui, a presidente e os operadores de sua pré-campanha tentam colocar a candidata em sintonia com a aversão da sociedade à violência que se infiltra nas manifestações de rua.
Dilma foi à Bahia para inaugurar uma via expressa que ligará uma rodovia federal, a BR-324, ao porto de Salvador. A via mede 4,3 Km. Foi aberta com verbas do PAC. A presidente falou às emissoras de rádio na Base Aérea da capital baiana, logo depois de aterrissar.
- Serviço: a entrevista de Dilma pode ser ouvida aqui.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM

A reportagem-bomba da revista Veja que chega às bancas neste sábado abre a principal caixa-preta da política externa brasileira do governo do PT, que atende às diretrizes do Foro de São Paulo, a organização que traça as diretrizes de ação para os governos esquerdistas da América do Sul e que foi fundada por Lula e Fidel Castro em 1990.
Segundo a reportagem o dinheiro dos brasileiros ajuda a sustentar o regime cubano dos irmãos Fidel e Raúl Castro, uma das mais antigas ditaduras do planeta que já tem mais de meio século. No regime comunista cubano, como aponta Veja, só existem dois tipos de pessoas: os dirigentes e os indigentes.
Na verdade não se sabe o montante exato do volume de recursos dos cofres públicos que o governo de Lula, Dilma e seus sequazes repassa para Cuba e outros países comunistas, como Angola. O que se sabe, apenas, é que é coisa grande, são bilhões de dólares drenados para sustentar o esquema montado pelo Foro de São Paulo.
Tanto é que há pouco se soube que o governo do PT já repassou para Cuba e Angola US$ 6 bilhões de dólares. E sabem o que a Dilma fez? Carimbou de "secreto" o repasse de todo esse dinheiro às duas ditaduras comunistas de foma que só em 2027, os brasileiros poderão saber como o seu dinheiro foi usado nesses "negócios" bilionários e sigilosos. O operador da transferência da "ajuda" para Cuba foi o Ministro Fernando Pimentel, companheiro de "guerrilha" da Dilma em tempos passados e que agora quer ser governador de Minas Gerais. 
O que se pode notar é que o Brasil, sob o governo do PT, já vive sob uma ditadura comunista do século XXI, e o dinheiro público é manipulado da mesma forma como ocorre em Cuba, na Venezuela e em Angola. Não passa pelo crivo do Congresso.
Mas como o poder legislativo já foi completamente emasculado ao longo da última década de poder imperial de Lula, Dilma e seus acólitos, tanto faz como fez. Quem dita as normas é o PT, e a fabulosa base aliada capitaneada pelo PMDB garante a aprovação ou o silêncio de acordo com as conveniências.
Aos que ousam reclamar, a Dilma e o Gilberto Carvalho acionam os black blocs.
Em vista disso, muita gente pergunta: por que a Oposição (leia-se Aécio Neves e Eduardo Campos) não fala sobre isso?

NO BLOG UCHO.INFO

Lula foi radicalmente contra programas de transferência de renda, afirma Ronaldo Caiado
Chumbo trocado – Líder do Democratas na Câmara dos Deputados, Ronaldo Caiado (GO) rebateu as acusações do ex-presidente Luiz Inácio da Silva de que adversários políticos criticaram de alguma forma o programa Bolsa Família. “A tensão pré-eleitoral toma conta do governo do PT. Hoje, nos 10 anos do Bolsa Família, uma mentira atrás da outra”, disse.
Caiado afirmou que foi Lula quem criticou os programas transferência de renda antes de chegar ao poder, em 2003. “Lula na época falava que transferir renda era assistencialismo, compra de votos. Lula diz uma coisa diferente hoje, mas o que ele realmente pensa sobre transferência de renda é fácil de comprovar”, disse, ao citar programas eleitorais de Lula que estão no YouTube. Em um desses programas, o ex-presidente dizia que “assistencialismo conduz a pensar com o estômago”.
Ronaldo Caiado disse ainda que Fernando Henrique Cardoso criou o piloto do programa Bolsa Escola, mas o falecido senador Antônio Carlos Magalhães, então no PFL, elaborou o fundo contra a pobreza, que permitiu a expansão dos programas sociais, que mais tarde foram unificados com o nome de Bolsa Família. Caiado citaartigo de Gilberto Dimenstein, publicado pela Folha de S. Paulo, em 4 de outubro de 2006.
De acordo com o líder do Democratas, o governo do Partido dos Trabalhadores perdeu todo o seu discurso. “O PT dizia combater a corrupção, mas o Mensalão provou o contrário. O governo do PT se disse contra as privatizações. É só ver algumas estradas e aeroportos para comprovar mais uma falácia. O governo do PT fazia terrorismo contra a privatização da Petrobras. Semana passada, o Campo de Libra quebrou mais um discurso O governo do PT dizia o mesmo sobre o Banco do Brasil, que hoje tem 30% de capital estrangeiro. Na época de FHC, não passava de 12,5%”, disse.
De acordo com Ronaldo Caiado, a perda de discurso “tira o sono dos petistas”. “O ano 2014 está aí e Dilma e Lula estão sem ter o que apresentar e propor. O Brasil acordou”, disse.

Justiça nega habeas corpus a irmãos de Gaievski, ex-assessor pedófilo da ainda ministra Gleisi Hoffmann
Tiro errado – O inferno astral da família Gaievski parece não ter fim. Ex-assessor especial de Gleisi Hoffmann na Casa Civil, o pedófilo Eduardo Gaievski, preso sob acusação de estupro de menores, recebeu com desapontamento a informação de que o Tribunal de Justiça do Paraná negou o pedido de habeas corpus de seus dois irmãos.
Considerados foragidos pela Justiça, Francisco e Edmundo Gaievski tiveram a prisão decretada por suspeita de pagamento de testemunhas que deveriam mudar depoimentos em cartório para favorecer o pedófilo que a ainda ministra Gleisi levou ao Palácio do Planalto para trabalhar a poucos metros da presidente da República.
Também na última semana foram presos em flagrante o filho de Eduardo Gaievski, André, e o advogado do ex-assessor, Fernandes da Silva Borges. Com a dupla a polícia encontrou as mães de duas vítimas do pedófilo, que estavam a caminho do cartório para mudar depoimentos mediante pagamento em dinheiro.
A fracassada investida para produzir depoimentos favoráveis a Gaievski decorre da proximidade da primeira audiência na Justiça em que o pedófilo será ouvido. O Ministério Público do Paraná, que ofereceu denúncia contra o ex-prefeito de Realeza, vem reforçando o estoque de provas nas últimas semanas, o que deve complicar ainda mais a situação do monstro da Casa Civil.
O pedófilo foi transferido da Casa de Custódia de Curitiba para o presídio de Francisco Beltrão, a poucos quilômetros do Paraguai, para onde estava fugindo quando foi preso em Foz do Iguaçu.

NO BLOG ALERTA TOTAL

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Não é apenas para aliviar o caixa da Petrobrás – sempre com alegados problemas de rolagem diária de dívidas – que a Presidenta Dilma Rousseff liberou, meio a contragosto, o esquema de aumentos em gatilho dos combustíveis. Na verdade, o reajuste da gasolina e do diesel, agendado para 22 de novembro, é para gerar mais arrecadação, via impostos, socorrendo o governo que precisa de quase R$ 50 bilhões para cumprir suas metas fiscais firmadas com a Oligarquia Financeira Transnacional – que explora o País e lucra sempre com nossa desgraça econômica.
O uso do tal gatilho (fazendo a gasolina e o diesel custarem mais caro ou mais barato conforme sua cotação dolarizada no mercado dos EUA, sendo convertido em reais) tem um objetivo claro: fazer uma maquiagem, usando o câmbio, para que o aumento não tenha o mínimo de reflexo no índice preços – o IPCA – que “mede” a tal da “inflação”. Enquanto isso, a Petrobras fatura mais, lucrando mais e aliviando a pressão oposicionista feita pelos acionistas preferencialistas. Ao mesmo tempo, o governo arrecada mais com os impostos sobre a gasolina e o diesel. Só quem se ferra, como sempre, é o consumidor – em um País que, burramente, tem sua matriz de transporte concentrada no rodoviarismo.
A Presidenta Dilma Rousseff Saramandaia fará seus discursos empolados e cheios de malabarismo verborrágico para justificar os aumentos. A candidata à reeleição segue pregando o melhor dos mundos econômicos, sempre indicando que seu governo segue a linha capimunista (cheia de intervenções estatizantes nos grandes negócios. Engraçado é que Dilma (e seu Presidentro Luiz Inácio) fazem nenhuma alusão aos problemas do empresário Eike Batista - grande parceiro e financiador de campanha deles, hoje tido como um símbolo negativo da insegurança econômica no Brasil.
Dilma age como uma cega cínica em meio a tiroteio entre diferentes grupos. A Presidenta leva saraivadas de tiros dos empresários. Tenta intermediar a guerra de vaidades entre seu indesejado ministro Guido Mantega (na Fazenda e no comando do Conselho de Administração da Petrobrás) e sua amiga e confidente Maria das Graças Foster (que tenta presidir a estatal de economia mista). Graça é uma domadora de Mantega e do diretor financeiro da empresa, Almir Barbassa, que agem de forma independente, pois tem interlocução direta com os banqueiros que cuidam do caixa e rolam diariamente a dívida da Petrobrás.
Enquanto os indicadores econômicos conspiram contra o governo – mais até que a ineficaz e incompetente “oposição” política -, a petralhada define uma tática bem clara para a reeleição. Dilma continuará fingindo que é Presidenta. E o Presidentro Lula vai cair mais dentro ainda da campanha. Lula terá uma agenda própria de eventos para cabalar votos para reeleger o PT (não Dilma, necessariamente). Aproveitará para ampliar ainda mais suas parcerias com empresários. No teatrinho armado, Lula ouvirá dos parceiros as críticas contra Dilma, e prometerá interceder para resolver os problemas. Em troca disso, mais financiamentos para campanha. Lula vai cobrar fidelidade dos parceiros, impedindo que, eventualmente, debandem para o lado de Aécio Neves, Eduardo Campos e Marina Silva.
O jogo está mais que manjado. A Oligarquia Financeira Transnacional, que ameaçou investir em Marina Silva, não dá sinais de rompimento com os esquemas de governo do PT. Assim, Dilma continua sendo uma marionete conveniente para continuar cumprindo o papel de entregar o que resta da economia e das riquezas do Brasil, enquanto pratica um discurso cínico, socialista Fabiano, de vazias promessas sociais e suposto intervencionismo econômico apenas e literalmente “para inglês ver”.
O aumento dos combustíveis, para ganhar por todos os lados, enquanto o cidadão-eleitor-contribuinte paga a conta, é apenas parte do grande teatro rumo à reeleição. O Brasil está um caos em logística, infraestrutura, forças armadas... Mas a opinião pública – e a manipulada opinião publicada – não dão bola para isto. E vêm aí as festas de final de ano, o carnaval de sempre, a Copa do Mundo e a programada festança eleitoral – que renderá ainda mais lucros, em votos e muita grana, para os esquemas da petralhada entreguista.
Assim funciona a governança do crime organizado em Bruzundanga – símbolo do capimunismo, da vagabundagem, da falta de soberania, da impunidade, da imoralidade e infindáveis problemas para os quais não há interesse nem vontade nacional de solucionar. O ilusionismo nas expressões de poder político, econômico e psicossocial só tende a se agravar.
Só um milagre pode salvar o Brasil. Será melhor acreditar nisto e reagir como der e puder? Ou sofrer e morrer afogado no tsunami realista?

Todo dia é dia das Bruxas no Brasil...
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.


NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES


Neste fim de semana, a coluna convida o leitor a percorrer caminhos que dispensam identificação: balizados por vertigens e espantos, todos conduzem ao mundo do sonho. Embarque nas imagens enviadas pelo jornalista Moacir Japiassu, solte a imaginação, escolha o destino que pareça mais sedutor ─ e boa viagem.

1 minuto com Augusto Nunes: Dilma Rousseff queria que todos os empresários brasileiros seguissem o exemplo de Eike. Ainda bem que o conselho foi ignorado


NA COLUNA DO RODRIGO CONSTANTINO

Estamos praticamente em pleno-emprego. É o que mostram as taxas oficiais de desemprego, em patamares mínimos históricos. Por outro lado, o gasto público com seguro-desemprego sobe sem parar, deixando o governo preocupado e levando o ministro Guido Mantega a pensar em mudanças para dificultar o acesso ao benefício.
O ministro afirmou que os gastos com seguro e abono variam entre R$ 45 bilhões e R$ 47 bilhões, algo em torno de 1% do Produto Interno Bruto (PIB). E comentou ainda o fraco desempenho das contas do governo em setembro. O setor público registrou déficit primário de R$ 9,048 bilhões no mês, o que é o pior resultado da série histórica do governo. O déficit de R$ 11,8 bilhões da Previdência – que inclui o pagamento de abono salarial e do seguro desemprego – foi o grande responsável pelo rombo nas contas do governo central.
Como pode isso? Estamos diante de uma legítima jabuticaba, aquelas coisas que só no Brasil mesmo podem acontecer. Estaria a taxa oficial de desemprego errada, subdimensionando a quantidade de gente efetivamente sem emprego? Seriam as fraudes tão comuns que anulam os dados oficiais de emprego com carteira assinada? Seja lá qual for a explicação, isso não cheira nada bem.
Somando o crescente seguro-desemprego com o crescente gasto do Bolsa Família, podemos concluir que há muitos brasileiros, cada vez mais, dependendo de esmolas estatais para se manter. Pode isso ser sinal de uma economia saudável? Pode um governo diante desses dados celebrar o quadro econômico e de emprego? Só no Brasil, só o PT.
O ministro Mantega quer exigir curso como contrapartida já no primeiro pedido de seguro-desemprego. É bom. Todas as barreiras que puderem ser erguidas para dificultar o acesso a esse benefício devem ser feitas. Apenas aqueles que realmente necessitam deveriam solicitar o seguro-desemprego, tendo em mente que é uma ajuda temporária, não um ganho extra para o salário informal.
Pensei no filme “A luta pela esperança”, com Russell Crowe no papel do boxeador Jim Braddock, que virou símbolo da esperança ao dar a volta por cima em plena Grande Depressão. Há uma cena que mostra ele devolvendo o seguro-desemprego assim que consegue um emprego. Questão de caráter e de cultura. Outros precisavam mais do que ele, que tinha obtido algo estável além dos bicos.
Alguém consegue imaginar um brasileiro fazendo isso? Mais: alguém consegue imaginar um brasileiro fazendo isso e não sendo chamado de otário pela maioria das pessoas? Pois é. Isso diz muito sobre nossa cultura. Quando o próprio mecanismo de incentivos não ajuda, temos uma combinação explosiva. Podemos resumir isso em uma fórmula matemática: Paternalismo estatal + cultura da malandragem = jabuticabas podres!


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