DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 14-10-2013

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

O PT foi o recordista no recebimento de recursos (públicos) do fundo partidário, embolsando R$ 53 milhões durante o ano de 2012. O PMDB, segundo maior bancada na Câmara dos Deputados, saboreou a tunga de R$ 44,4 milhões dos cofres públicos. Como é democrático o acesso ao fundo partidário, a oposição também garante seu botim: o PSDB levou R$ 37 milhões no ano passado e o DEM, R$ 22,3 milhões.

Somente no mês de setembro foram distribuídos R$ 24,5 milhões do inesgotável fundo partidário entre 29 dos 32 partidos.

Mal foi criado, o Pros já garantiu R$ 2,9 milhões do fundo partidário, em 2013. Já o Solidariedade (SDD), cerca de R$ 5,6 milhões.

Partido apoiado por falecidos e servidores desavisados, o Solidariedade (SDD), de Paulinho da Força, contou com a colaboração da falta de transparência na publicação das listas de apoiadores. Contrariando a Resolução 23.282, do TSE, a 14ª Zona Eleitoral da Asa Norte, em Brasília, por exemplo, não divulgou os nomes dos 648 filiados. Sem a lista afixada por 5 dias no cartório, uma ação de impugnação é cabível.

Dono do SDD, Paulinho da Força não quis comentar. Apenas gritou, antes de desligar o telefone: “Vocês ainda estão com esta putaria?!”

A Bolívia vai de vento em popa vendendo gás, quinoa e folha de coca: o presidente maluquete Evo Morales quer comprar um novo jato Falcon por US$ 7 milhões, e construir uma nova sede do governo em La Paz.

Não há dieta que resista: a Presidência da República pretende gastar até dezembro R$ 50,4 mil em pães, biscoitos e outras guloseimas, na maioria brioches: serão 5 mil unidades.

…Rosemary Noronha é o Amarildo de Lula. Só se fala nela, mas ninguém encontra.


NO BLOG DO CORONEL

Cliquem aqui e vejam a mentira do Ministro da Saúde e do próprio Ministério. Quantos brasileiros vão morrer pelo total falta de preparo dos médicos importados e jogados pelo interior do Brasil? A cópia da denúncia foi postada no twitter pelo Yasha Gallazzi, do blog Construindo Pensamentos. E leiam o post do blogueiro Yasha, clicando aqui

Se fosse uma empresa, teria registrado o segundo maior lucro do país no ano passado, R$ 14,3 bilhões, menor apenas do que os R$ 21,8 bilhões da Petrobras. Mas como é uma poupança do trabalhador, paga pelos patrões e administrada pelo governo, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) exibe um resultado bastante incomum em seu balanço: em meio a uma série de números positivos, o único a perder dinheiro é o trabalhador, que é o dono do patrimônio.
Entre 2002 e 2012, o lucro do FGTS deu um salto de dez vezes (938%) e o patrimônio líquido — dinheiro que o governo usa para investir em infraestrutura — cresceu 433%. O valor recebido pela Caixa para administrar as contas subiu 274% e chegou a R$ 3,3 bilhões no ano passado, e o total depositado aumentou 142%. Já o valor total dos juros e da correção monetária creditados nas contas dos trabalhadores ficou em R$ 8,2 bilhões em 2012, uma alta de apenas 19% na comparação com 2002. E o rendimento das contas nesses 11 anos foi de só 69,15%, bem abaixo da inflação acumulada no período medida pelo INPC (103%), revela estudo inédito elaborado pelo Instituto FGTS Fácil.
— Enquanto o Fundo vai muito bem obrigado, o trabalhador está muito mal, porque, ao não receber nem a atualização monetária, o dinheiro diminui. Não questiono as funções sociais do FGTS, mas se mesmo com isso, com as doações para o Minha Casa, Minha Vida, o Fundo dá lucro, por que o trabalhador precisa ter prejuízo? O governo está ganhando dinheiro com o Fundo, a Caixa ganha, com saldo menor os empresários pagam menos multa. Só o trabalhador perde — diz Mario Avelino, presidente do FGTS Fácil.
A causa do descompasso é a regra de correção das contas: Taxa Referencial (TR) mais 3% ao ano. Num cenário de juros mais altos, a TR compensava ou até superava a inflação e os 3% eram ganho do trabalhador. Com a queda dos juros, o Banco Central foi reduzindo a TR para evitar o rendimento excessivo da caderneta de poupança e a fuga de recursos dos títulos da dívida pública; e também o encarecimento dos financiamentos habitacionais. Assim, a taxa chegou a ficar negativa e ultimamente está próxima de zero, o que faz com que as contas do FGTS sejam corrigidas só pelos 3% ao ano, com a inflação em torno 6%.
— Com juros altos, nenhuma aplicação em TR rivalizaria com os títulos da dívida pública, então não havia problema. Mas como está tudo amarrado, a TR corrige poupança, financiamentos. Isso interfere na gestão da dívida; se importou essa perda real para a conta do FGTS. É um problema, porque é uma poupança que a pessoa não tem opção de não fazer. E uma grande contradição, pois o mercado de trabalho melhora, o patrimônio do Fundo cresce porque mais gente se formaliza, há mais depósitos, mas há essa rentabilidade negativa nas contas individuais — analisa Leandro Hoire, técnico do Dieese, que participou da elaboração de estudo sobre o Fundo de Garantia e a TR.
Num período de 12 anos analisados pelo Dieese (de 2000 a 2011), o retorno obtido pelo Fundo ao investir seus recursos foi praticamente o dobro do creditado nas contas do trabalhador. Em 2011, por exemplo, a rentabilidade média chegou a 9% e o crédito para cotistas, a 4,2%. São esses ganhos, somados aos depósitos feitos pelos patrões e descontadas todas as despesas, que compõem o lucro líquido do Fundo. Os R$ 14,3 bilhões de lucro no ano passado representaram um salto em relação aos R$ 5,3 bilhões de 2011 e já incluíam os mais de R$ 6 bilhões destinados ao Programa Minha Casa, Minha Vida. Sem isso, o lucro chegaria a R$ 20 bilhões. Mas foi um ano atípico, explica o superintendente nacional de FGTS da Caixa, Sérgio Antônio Gomes.
— O lucro efetivo do ano passado foi de R$ 14,3 bilhões, mas parte desse valor foi resultado de reversão de provisão. Ou seja, havia reserva de R$ 11,7 bilhões para pagar os trabalhadores que ainda buscam receber perdas dos Planos Verão e Collor na Justiça. No ano passado foi feito novo estudo, essa provisão caiu a R$ 4,2 bilhões, e os R$ 7,5 bilhões voltaram para conta do Fundo — diz. Esse dinheiro, como todo o restante do lucro, não vai para as contas dos trabalhadores, mas para o chamado patrimônio líquido, que já soma R$ 55 bilhões e alimenta o FI FGTS, fundo do qual o governo pode usar até 80% para financiar obras de infraestrutura e saneamento.
Dono de um saldo de R$ 30 mil no FGTS, o analista de sistema Jessé de Almeida, de 51 anos, diz que já está com tudo pronto para ir à Justiça. — O governo devia usar os impostos que pago e não o meu dinheiro para fazer seus investimentos. Estou perdendo uns R$ 20 mil e vou brigar, porque quando deixo de pagar imposto o governo me cobra e com multa e correção.
Para administrar os cerca de 250 milhões de contas do FGTS, a Caixa recebeu, no ano passado, R$ 3,3 bilhões, valor que representa mais de metade do lucro líquido do banco em 2012 (R$ 6,1 bilhões), e supera os R$ 3,1 bilhões gerados pela multa adicional de 10%, cuja manutenção foi alvo de queda de braço entre governo e empresários. Procurado, o Ministério do Trabalho não atendeu ao pedido de entrevista. ( O Globo)

Depois de prestigiar o poder do clã Sarney na política nacional e manter uma relação próxima nestes últimos 11 anos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff acertaram uma "traição cirúrgica" ao senador José Sarney e a sua família, que comandam o Maranhão há 50 anos. Em reunião no Alvorada na quinta-feira passada, os coordenadores da campanha pela reeleição de Dilma concluíram que chegou a hora de o governo apoiar a eleição de Flávio Dino (PC do B) no Estado e garantir um palanque forte para a presidente no Maranhão. O presidente do PT, Rui Falcão, foi contra, mas foi voto vencido.
A própria dinâmica da política local guiou a decisão do grupo formado pelos ministros Aloizio Mercadante, o marqueteiro João Santana, o ex-ministro Franklin Martins, o presidente do PT, Rui Falcão, além de Lula e Dilma. A atual governadora, Roseana Sarney (PMDB), que está em seu segundo mandato consecutivo, não poderá concorrer. O escolhido da família é o secretário de Infraestrutura do Estado, Luís Fernando Silva, que não está bem posicionado nas pesquisas eleitorais. Um palanque patrocinado pelos Sarney, na avaliação do grupo, seria contraproducente. O apoio a Dino poderá interditar, ainda, qualquer costura local do PC do B com o PSB para franquear palanque à dupla Eduardo Campos-Marina Silva.
O cenário é ruim para Roseana e para a reprodução do apoio do Planalto à governadora. Ela enfrenta problemas na disputa pela única vaga ao Senado em 2014. Seu principal adversário ao cargo, o vice-prefeito de São Luís, que é do PSB, está à frente nas pesquisas. Além disso, se Roseana deixar o governo para concorrer ao Senado em 2014, o vice-governador Washington Luiz Oliveira, do PT, assume o Estado. O clã Sarney considera que Washington não é completamente alinhado com a família e teme que ele não trabalhe com afinco para ajudar a eleger o escolhido para suceder à governadora.
O PT do Maranhão, por sua vez, está em crise desde 2010, porque foi obrigado a apoiar a reeleição de Roseana, quando queria se aliar a Flávio Dino. Houve intervenção de Lula no PT local e isso acabou enfraquecendo o partido, que perdeu muitos de seus integrantes.
Além disso, neste momento, o próprio PC do B está cobrando o Planalto que abra espaço para o nome de Dino porque o partido é um aliado tradicional do governo e tem no Maranhão o único Estado capaz de eleger um governador. Dino, que hoje preside a Empresa Brasileira de Turismo (Embratur), pode articular um palanque para o PSB ou PSDB no Estado se for rifado pelos petistas.
Colateral 
O descolamento de Dilma e Lula de Sarney será, no entanto, cuidadosamente planejado para não produzir efeitos colaterais indesejados na aliança PT-PMDB em outros Estados. A ideia é circunscrever o rompimento ao Maranhão. Lula está disposto, por exemplo, a dar apoio a Sarney se quiser tentar a reeleição pelo Amapá.(Estadão)

NO BLOG DO NOBLAT

Quer um exemplo de factoide - ou de um fato falso, se preferir?
Em seu twitter, ontem à tarde, a presidente Dilma Rousseff disse que determinou ao Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados) a implantação de um "sistema seguro de e-mails em todo governo federal".
"Esta é primeira medida para ampliar privacidade e inviolabilidade de mensagens oficiais", segundo ela. Denúncias de que o governo brasileiro foi espionado por agências dos Estados Unidos e do Canadá arranharam as relações entre os três países.
Por causa delas, Dilma cancelou uma visita de Estado que faria aos Estados Unidos. As escutas ilegais foram o principal tema do discurso que pronunciou na abertura de mais uma Assembleia Geral da ONU.
Por que o anúncio desta tarde foi um factoide?
Em primeiro lugar porque a implantação de um "sistema seguro de e-mails em todo o governo federal" é tudo o que não existe. Não existe sistema inviolável de e-mails. Até o governo americano está sujeito a bisbilhoteiros.
Em segundo lugar, tal providência, se fosse possível, já deveria ter sido tomada há muito tempo.
É admirável o empenho de Dilma, certamente aconselhada por seus marqueteiros, em tentar bancar a durona capaz até de enfrentar o império do norte em defesa da soberania nacional. O empenho é só para eleitor ver.
As mais poderosas potências jamais deixarão de se espionar mutuamente - e de espionar aqui e ali algum parceiro. Sempre foi e sempre será assim. Cada um que se vire. Essa é a política real. Dilma engana os trouxas com a política do faz de conta.

G1
O que existe por trás do rosto coberto e da roupa preta? E o que será que pensa quem pratica atos de vandalismo, como os de segunda-feira passada (07) no Rio de Janeiro e em São Paulo. Nas manifestações de segunda-feira, que começaram em nome de melhorias na educação, houve muito quebra-quebra. Cenas que mostram um modo parecido de agir nas duas maiores cidades do Brasil. É a tática black bloc. Traduzindo, bloco negro.
“Nos Estados Unidos, eles ficaram muito marcados atacando símbolos do capitalismo e indo contra o capitalismo e a globalização”, explica Rafael Alcadipani, professor da Fundação Getúlio Vargas. Alcadipani está fazendo um estudo sobre as manifestações no Brasil. Conversa, com frequência, com seguidores do bloco negro. “Estamos falando da grande maioria de jovens, de classe média baixa, que estuda em faculdades privadas. Alguns estudam em escolas públicas e elite, que trabalham durante o dia. Eles tentam falar assim: "Na verdade, não tem espaço pra mim, eu não sou ouvido". E a violência é uma forma de ser ouvido, no ponto de vista deles”, explica o professor.

Carlos Alberto Teixeira, O Globo
O fechamento em 02 de outubro do site Silk Road (foto abaixo), onde se comercializava on-line serviços e produtos ilegais — como drogas, armas e documentos falsificados — trouxe novamente à berlinda a existência de uma internet quase oculta, conhecida como web profunda (deep web, em inglês). Estima-se que essa região da rede teria até 400 vezes o tamanho da web visível. Um lugar onde a privacidade é a coisa mais importante. A ideia inicial da turma que criou essa rede oculta era oferecer uma opção para quem precisa navegar ou publicar na rede sem ser rastreado por questões de segurança.
É o caso dos autores de um blog do Zimbabwe que usam a rede Tor para poder denunciar, sem serem identificados e presos, as barbaridades que o governo do ditador Robert Mugabe comete no país. Mas a garantia de anonimato também acabou atraindo a atenção de quem quer burlar a lei e comercializar metanfetamina on-line, por exemplo. Ou seja, a web profunda não é intrinsecamente boa ou má, mocinho ou bandido.

Bolívar Torres, O Globo
Para eles, é emigrar ou morrer. Pouco importa se o novo destino é um continente desestabilizado pela crise econômica. Mesmo sabendo que não encontrarão emprego ou uma acolhida digna, a porta de entrada europeia ainda é a única salvação para a população da Eritreia e da Somália, países dominados pela fome, a violência e a falta de saneamento.
Para fugir da situação degradante em que vivem, submetem-se a viagens de extremo risco. Estima-se que a maioria dos 34 mortos do naufrágio ocorrido na sexta-feira em Malta — assim como os 339 corpos recuperados do afundamento de um navio no dia 3 de outubro a poucos quilômetros da ilha siciliana de Lampedusa — eram eritreus e somalis. Mas também há muitos sírios, fugindo, claro, da guerra.


NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

Dilma Rousseff decidiu dialogar outro dia com “Dilma Bolada”, a personagem criada por um fã muito entusiasmado. A Bolada não tem certos freios da Rousseff e vai falando tudo o que lhe dá na telha.
No sábado, em Porto Alegre, ao participar de uma solenidade, a presidente decidiu improvisar, refletir, ser profunda, mas doce. Entendo. Marina Silva resolveu lançar a moda do tal “militante autoral”. A Bolada pensou: “Vou nessa!”.
Ocorre, meus caros, que, para não dizer coisa com coisa e parecer profundo, é preciso ter experiência. Não é da noite para o dia. Em Porto Alegre, a Dilma de 2013 lembrou aquela de 2009 e 2010 que tentava simular uma espontaneidade que não tinha. No programa de Datena, vocês devem se lembrar, indagada sobre a sua santa de devoção, a então candidata mandou brasa: “Nossa Senhora”. O apresentador quis saber qual: “Nossa Senhora de forma geral”. Achando pouco, chamou a santa de “deusa” — sim, Dilma inventou o catolicismo politeísta.
Neste sábado, ela decidiu refletir sobre o Dia das Crianças. E saiu isto aqui. Volto em seguida.
Voltei
Cheguei a achar que era uma montagem. Não era, não! A fala está lá, no site do Planalto. Transcrevo o trecho inteiro:
“Eu, primeiro, queria dirigir um cumprimento aqui aos nossos prefeitos e às nossas prefeitas, e dizer que muito me honra a presença deles aqui hoje. E, em especial, uma vez que eu estou aqui nesta cidade tão querida que é Porto Alegre, cumprimentar o nosso prefeito Fortunati e a querida, a primeira-dama Regina Becker. Principalmente porque, se hoje é o Dia das Crianças, ontem eu disse que criança… o dia da criança é dia da mãe, do pai e das professoras, mas também é o dia dos animais. Sempre que você olha uma criança, há sempre uma figura oculta, que é um cachorro atrás, o que é algo muito importante.”
Não sei se me encanto mais com o dom do pensamento ou com o da sintaxe. Marina tem de lembrar a Dilma que arte de falar coisas sem nexo e parecer profunda requer anos de treinamento. Não se aprende assim, do dia para a noite.

Por Rodrigo Rangel e Hugo Marques, na VEJA:
Em setembro do ano passado, o empresário Marcos Valério, o operador do mensalão, apresentou-se voluntariamente à Procuradoria-Geral da República em Brasília e prestou um longo depoimento em que formalizava algumas revelações acachapantes sobre o maior escândalo de corrupção da história do país. O julgamento do processo contra os mensaleiros, entre eles o próprio Valério, estava em pleno curso no Supremo Tribunal Federal (STF). O empresário queria proteção e um acordo de delação premiada. Entre as novidades, Valério contou que o ex-presidente Lula não só tinha conhecimento do mensalão como avalizou as operações financeiras clandestinas. Disse ainda que o dinheiro usado para subornar parlamentares também pagou despesas pessoais de Lula, inclusive quando ele já ocupava a cadeira de presidente da República. O depoimento deu origem a várias investigações. Uma delas, envolvendo uma suposta doação ilegal de dinheiro ao PT, agora vai ganhar reforço internacional.
A Polícia Federal pediu ajuda para rastrear a movimentação de contas bancárias no exterior que, segundo o publicitário Marcos Valério, foram utilizadas pelo PT para receber doações ilegais que bancaram despesas da campanha presidencial de 2002. Em seu depoimento, o operador do mensalão forneceu aos procuradores os números de três contas usadas para receber 7 milhões de dólares da Portugal Telecom, gigante do setor de telefonia que tinha negócios no Brasil e interesse em se aproximar do governo recém-empossado. Valério disse que a doação foi acertada por Lula, José Dirceu e o ex-ministro Antonio Palocci, e que ele cuidou pessoalmente da operação em Lisboa. Para despistar eventuais curiosos, os depósitos teriam sido feitos por fornecedores da Portugal Telecom em Macau, um pedaço minúsculo de terra no sul da China colonizado pelos portugueses onde a influência de Lisboa se faz presente até hoje.
Para ler a continuação dessa reportagem compre a edição desta semana de VEJA no IBA, no tablet ou nas bancas.

NO BLOG ALERTA TOTAL

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Atuais e ex-dirigentes da Petrobras, Eletrobras, OGX e afins, junto com membros da cúpula petralha que eram seus parceiros de negócios, já morrem de medo de ações judiciais capazes de evitar prejuízos ou obter ressarcimento de danos causados aos titulares de valores mobiliários e aos investidores do mercado por atitudes de “desgovernança” corporativa (como se diria em Saramandaia). Tais ações pode mexer com escândalos providencialmente abafados, como o Rosegate, e nos ainda não investigados desdobramentos do “mensalão” (outro primor de impunidade no Brasil).
Investidores dessas empresas já acionam o Ministério Público Federal para que faça cumprir a Lei 7.913, de 7 de dezembro do distante ano de 1989, promulgada quando o imortal José Sarney era Presidente da República e Maílson da Nóbrega seu ministro da Fazenda. O movimento pode ser lucrativo, já que “as importâncias decorrentes da condenação, na ação de que trata esta Lei, reverterão aos investidores lesados, na proporção de seu prejuízo” (conforme está escrito no artigo 2º da Lei).
A ação se aplica em três situações de má gestão. I — operação fraudulenta, prática não eqüitativa, manipulação de preços ou criação de condições artificiais de procura, oferta ou preço de valores mobiliários; II — compra ou venda de valores mobiliários, por parte dos administradores e acionistas controladores de companhia aberta, utilizando-se de informação relevante, ainda não divulgada para conhecimento do mercado ou a mesma operação realizada por quem a detenha em razão de sua profissão ou função, ou por quem quer que a tenha obtido por intermédio dessas pessoas; III — omissão de informação relevante por parte de quem estava obrigado a divulgá-la, bem como sua prestação de forma incompleta, falsa ou tendenciosa.
A previsão é que o mercado seja inundado por uma profusão de ações cíveis públicas de responsabilidade por danos causados aos investidores no mercado de valores mobiliários. Vai ser uma pancada forte na Comissão de Valores Mobiliários – CVM. O órgão regulador do mercado de capitais no Brasil tem arquivado muitos pedidos de investigação sobre grandes danos causados aos investidores de mercado.
O mais irônico da História é que usar uma canetada do Sarney contra a petralhada "não tem preço"...
Releia o artigo de domingo: A Casa do Boi vai cair?
Mandou bem, Baixinho
Declaração do craque Romário, deputado federal e provável candidato a Prefeito do Rio de Janeiro nas próximas eleições, na véspera do Dia do Professor:
"O Brasil só vai deixar de ser um país tão atrasado quando a educação for valorizada. O PROFESSOR é uma das classes que menos ganha e é a mais importante. O Brasil cria gerações de pessoas ignorantes porque não valoriza a Educação. E seus PROFESSORES. Não há interesse de que a população brasileira deixe de ser ignorante. Há quem se beneficie disso. As pessoas que comandam o País precisam passar a enxergar isso. A Saúde é importante? Lógico que é. Mas a Educação de um povo é muito mais".
Carne confiável tem outro nome...

Outubro Rose

Isolar é Preciso...

 Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.


NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES

Se não estivesse ainda ressabiado com as manifestações de rua que escancararam a indignação do Brasil que começou a despertar, os donos do poder teriam incluído no balaio de espertezas disfarçado de “reforma política” o aperfeiçoamento do sistema de escolha do presidente da República: as urnas eletrônicas seriam substituídas pelos institutos de pesquisa e o voto pela intenção de voto. Tal mudança garantiria a vitória do candidato do PT, sempre no primeiro turno, em todas as disputas presidenciais.
Caso fosse adotada desde o começo deste século, a nova fórmula teria poupado Lula das canseiras do segundo turno em 2002, em 2006 e em 2010, quando conseguiu um terceiro mandato com o nome de Dilma Rousseff. E a afilhada do chefe supremo seria dispensada neste sábado de concorrer ao troféu Miss Simpatia do Planalto com a “fase dos grandes beijos”. Está liberada para retomar a rotina dos pitos e chiliques, avisam os resultados da pesquisa Datafolha que, neste outubro de 2013, autorizou a seita lulopetista a comemorar o triunfo de Dilma em outubro de 2014. No primeiro turno, como sempre.
Só crédulos profissionais podem enxergar revelações que antecipam o futuro no cortejo de porcentagens promovido com um ano de antecedência por gente que erra feio até em véspera da eleição. Em 3 de outubro de 2006, por exemplo, quando a votação de verdade começou, Geraldo Alckmin já fora goleado por Lula por 49% a 30% no Ibope e por 49% a 35% no Datafolha. Encerrada a apuração oficial, pitonisas sem rumo saíram à caça de álibis para explicar os 41% alcançados pelo candidato do PSDB — muitos pontos percentuais e alguns milhões de votos acima do que haviam previsto.
Não encontraram álibi nenhum. Nem pediram desculpas. Tampouco providenciaram justificativas palatáveis quatro anos depois, quando o Vox Populi e o Sensus se juntaram ao Datafolha e ao Ibope para a consumação do duplo assassinato estatístico. O tucano José Serra chegou ao dia da eleição resfolegando na ladeira que ia dos 25,6% no Sensus aos 28% no Datafolha. Marina Silva, do Partido Verde, patinava entre os 12% do Vox Populi e os 14% do Datafolha. Flutuando nas cercanias dos 50%, Dilma acordou em 3 de outubro de 2010 sonhando com o terninho da posse. Soube à noite que os 46,9% do total de votos válidos eram insuficientes para superar a soma dos 32,6% de Serra (sete pontos acima da última profecia do Vox Populi) e dos 19,3% de Marina.
Contra Aécio e Campos, Dilma venceria no primeiro turno, reincidiu neste sábado a manchete da edição da Folha que publicou a mais recente pesquisa sobre a sucessão de 2014. O espaço principal poderia ter registrado o declínio da colecionadora de recordes de popularidade que, ainda há pouco, surfava em altitudes superiores a 70%. Também poderia ter destacado o crescimento dos concorrentes. Preferiu anunciar a reeleição no primeiro turno.
Feitas em sequência, pesquisas honestas ajudam a esboçar retratos de determinados momentos e desenham curvas que permitem identificar tendências. Só isso. O último levantamento do Datafolha, além de sujeito aos desvios e distorções de praxe, é o primeiro produzido depois da recentíssima aliança entre Eduardo Campos e Marina Silva. A campanha ainda está nos trabalhos de parto. Oficialmente, não existem sequer candidatos. A presidente está pendurada em palanques desde 2007, mas os candidatos da oposição nem completaram a fase de aquecimento.
Lula e Dilma nunca enfrentaram adversários que falassem e agissem como oposicionistas de verdade. Jamais duelaram com gente decidida a exonerar-se da cautela que é o outro nome do medo, pronta para combater com bravura e trocar os cuidados defensivos pelo ataque audacioso. Desta vez terá de ser diferente. Milhões de brasileiros estão fartos de escolher por exclusão e votar no menos pior. Querem eleger alguém que exponha sem rodeios nem firulas os estragos causados por 11 anos de hegemonia lulopetista.
Na campanha de 2010, o padrinho e a afilhada mentiram impunemente. Festejaram sem revides o Brasil Maravilha que as manifestações de junho sepultaram em cova rasa. Gabaram-se de feitos alheios, celebraram colossos administrativos que nunca desceram dos palanques, promoveram-se a domadores da inflação que vai ganhando musculatura, viajaram no trem-bala, banharam-se nos barris do pré-sal, rebaixaram a invencionice da elite golpista o mensalão que vai dar cadeia. Fizeram o diabo, como Dilma confessou.
Passados três anos, está claro que o país que votou na ministra que tudo sabia e de tudo entendia elegeu uma mulher que não consegue dizer coisa com coisa (e, se conseguisse, nada diria de aproveitável). Quem votou na durona que não tolerava corruptos contratou a única faxineira do mundo que adora lixo. Quem acreditou na superexecutiva de impressionar executivo alemão acabou entregando o país a uma assombrosa mediocridade. Sabem disso as multidões que saíram as ruas no fim do primeiro semestre.
Por enquanto, nenhum dos oposicionistas apontou publicamente a nudez do reizinho gabola e da rainha tatibitate. Só quem for suficientemente corajoso para desmascarar os embusteiros conseguirá derrotar todos os concorrentes (e todos os institutos de pesquisa). Só alguém assim merecerá a Presidência da República.

NA COLUNA DO RODRIGO CONSTANTINO









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