DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 1º-9-2013

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO


A ditadura cubana esfrega as mãos de ansiedade pelos R$ 510,9 milhões que espera faturar no Brasil explorando a mão-de-obra barata dos 4 mil médicos que atuarão em municípios brasileiros. Cuba promete continuar pagando-lhes o de sempre, ou sejam, 573 pesos (25 dólares ou 58 reais) por mês. Não há negócio tão lucrativo nem no capitalismo selvagem: cada um renderá R$ 10 mil aos irmãos Castro.

Além dos salários que jamais chegarão aos médicos cubanos, o Brasil vai gastar R$ 12,2 milhões para custear suas passagens aéreas.

Evo Morales humilhou o Brasil surrupiando refinaria da Petrobras e revistando avião (da FAB) do ministro da Defesa. Não houve resposta.

O Planalto finge não saber que a Convenção Caracas obrigava o cocaleiro Evo Morales a liberar salvo conduto ao senador Molina.

Assim como ninguém quis substituir uma ajudante-de-ordens cansada de humilhações, já não há diplomatas dispostos a trabalhar com Dilma.

O Itamaraty considera falta grave a “quebra de hierarquia”. Mas isso não pode ser aplicado ao caso do diplomata Eduardo Sabóia porque, com o ex-chanceler Antonio Patriota, não havia liderança, vontade política, autoridade. A rigor, nem havia hierarquia. Apenas omissão e pouco caso com questões graves da diplomacia brasileira. Algo teria de acontecer, e aconteceu de forma exitosa graças à competência de Eduardo Sabóia, por isso ele merece reconhecimento e não punição.

Internautas em todas as redes sociais participam de movimento para livrar Eduardo Sabóia de perseguição. Tem até abaixo-assinado.

O custo do escritório político da deputada Manuela D’Ávila (PCdoB) em Porto Alegre passou de R$ 6 mil em maio, para R$ 13 mil em junho.

Guido Mantega (Fazenda) disse que “o fundo do poço” da crise estava “superado”. Ou o poço não tem fundo ou além dele vemos a China.

Os R$ 26 mil recebidos na Câmara dos Deputados impedem o ladrão transitado em julgado Natan Donadon de pedir o auxílio-reclusão. Só quem ganhava até R$ 971,78 antes de ser preso tem direito ao auxílio.

Deputados apostam que o presidiário Natan Donadon (RO) conseguiu reverter votos e se safar da cassação no momento em que acusou o Ministério Público de cometer injustiças, posição unânime na Câmara.

Presidente do DEM, José Agripino (RN), joga no colo da presidente Dilma a culpa pelo apagão no Nordeste, na quarta (28): “Ela baixou a tarifa da energia, mas não compensou as empresas pelas despesas”.

…já está na hora de Lula reaparecer em público. De jaleco.



NO BLOG DO CORONEL

Com a prioridade de reeleger a presidente Dilma Rousseff, a direção nacional do PT tem interferido nos planos eleitorais de seus diretórios estaduais com o objetivo de agradar aliados ou minimizar estragos. A mais de um ano da eleição já há pelo menos dois casos de possível intervenção da direção nacional, ainda que informal. No Pará, setores do partido resistem em apoiar a candidatura de Helder Barbalho, filho do senador Jader Barbalho (PMDB), para o governo do estado. No Maranhão, o comando nacional acompanha com atenção o racha petista quanto à manutenção do apoio ao PMDB da família Sarney.
No Rio de Janeiro, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, já entrou em campo para conter o pré-candidato petista ao governo do estado, senador Lindbergh Farias, que queria que o partido desembarcasse do governo Sérgio Cabral (PMDB) antes de outubro. O diretório regional do PMDB do Rio é o que tem mais votos na convenção nacional do partido, que decidirá o rumo na eleição para presidente da República em 2014.— Convencionamos com Lindbergh que não vamos tomar essa decisão (de sair do governo) antes de outubro. O mais provável é lá para dezembro — disse Falcão.
O presidente nacional do PT também já determinou ao diretório estadual do Pará o apoio à candidatura de Helder Barbalho. Além disso, Falcão se comprometeu pessoalmente com Jader, em jantar há 13 dias em Brasília. Além de reeleger Dilma, a prioridade da direção nacional do PT é aumentar as bancadas na Câmara e no Senado. Assim, o comando nacional está exigindo sacrifícios de sua base nas disputas para governador.
Desafiando a orientação nacional, o deputado federal Claudio Puty, pré-candidato petista a governador do Pará, disse, em artigo veiculado na internet esta semana, concordar que o ponto central para 2014 é reeleger a presidente Dilma, mas que esse objetivo “não pode destruir simbólica e materialmente o PT, ao transformá-lo em sublegenda de projetos contraditórios com o nosso programa histórico”.
Integrante da segunda maior corrente interna do PT, a Mensagem ao Partido, Puty foi o coordenador da campanha derrotada à reeleição da então governadora Ana Júlia Carepa (PT), em 2010. O deputado disse que há uma rejeição “gigantesca” da militância petista em apoiar a candidatura de Helder Barbalho.— Não definimos nada oficialmente. No Pará, o diretório (regional) não decidiu ainda. O Puty quer ser candidato, mas isso não quer dizer que ele vá ser — disse Falcão.
Em 2006, Jader apoiou, no segundo turno, a campanha vitoriosa de Ana Júlia Carepa ao governo do estado. No decorrer do mandato, porém, petistas e peemedebistas se desentenderam e, na eleição seguinte, o PMDB não só lançou candidato contra Ana Júlia como, no segundo turno, apoiou informalmente a candidatura de Simão Jatene (PSDB), que saiu vitorioso. Agora, às vésperas do lançamento da candidatura de Helder, os peemedebistas desembarcaram mais uma vez do governo.
No Maranhão, o PT está rachado entre o apoio ao candidato da família Sarney e a candidatura de Flávio Dino (PCdoB). Embora já tenha enquadrado o PT local em 2010, impondo o apoio à governadora Roseana Sarney (PMDB) contra o próprio Dino, essa é uma saia justa para a direção nacional petista. Isso porque, de um lado, o senador José Sarney (PMDB-AP) foi um apoiador de primeira hora dos governos Lula e Dilma; de outro, o PCdoB é um aliado histórico, que esteve junto com o ex-presidente Lula desde 1989.— Se tivermos que reeditar a aliança com o PMDB será um apoio mais cartorial, porque a militância do PT já está com o Flávio Dino — afirmou Marcio Jardim, integrante da executiva estadual petista no Maranhão.
No fim de abril, a direção nacional do PT determinou a retirada do ar de inserção de televisão no Maranhão, na qual eram feitos ataques ao governo Roseana. — O Maranhão continua ostentando os piores indicadores sociais do país. Somos os piores na saúde e na educação. Vivemos num estado de profunda insegurança, medo e violência. Com o PT, haveremos de inaugurar um tempo de mudança, renovação e esperança no Maranhão — dizia o programa. Presidente do PT no estado, Raimundo Monteiro divulgou, na época, uma nota afirmando que foi surpreendido pelo conteúdo crítico à administração Roseana: “Não fosse pela contradição de o PT criticar o governo do qual faz parte, também não faz sentido investir contra uma liderança que tem apoiado desde o início o nosso projeto nacional”. ( O Globo)

NO BLOG DO NOBLAT

Roberto Hugo da Costa Lins (*)
O Globo
Por que tanta pressa do nosso Governo em trazer os médicos cubanos ao Brasil?
As tentativas frustradas do governo brasileiro de trazer médicos estrangeiros para trabalhar no SUS mostram que as condições de trabalho oferecidas são no mínimo inadequadas. O presidente da Ordem dos Médicos de Portugal, José Manuel Silva, declarou enfaticamente à imprensa brasileira:
“É uma espécie de escravidão. O médico está preso no local para onde foi alocado, não pode sair de lá, e não tem seu título reconhecido. É como alguém que vai para um país e lhe retiram o passaporte e ele não pode sair de lá. Não há interesse dos médicos portugueses em participar do programa brasileiro.” Assim também foi com os espanhóis e outros europeus.
Pode-se afirmar que a forma de contratação dos médicos cubanos é análoga ao trabalho escravo. O governo brasileiro vai pagar ao governo cubano, por intermédio da Organização Panamericana de Saúde (Opas), R$10.000 para cada médico. Por sua vez, o governo cubano vai repassar aos seus médicos uma pequena fração desta quantia. Por incrível que pareça, o governo brasileiro não sabe quanto os médicos cubanos vão receber de salário.
Algumas questões devem ser respondidas pelo governo do Brasil: 1. A quem os médicos cubanos vão prestar contas? Ao governo cubano que lhes paga ou ao governo brasileiro que paga ao governo de Cuba? 2. As famílias destes médicos também virão ao Brasil ou ficarão retidas em Cuba como garantia do retorno destes profissionais? 3. Os médicos solteiros poderão se relacionar com moças brasileiras? Este direito lhes é proibido na Venezuela. 4. Quanto efetivamente vai receber cada médico? Este dinheiro lhe será pago mensalmente ou ficará retido em Cuba para ser pago quando retornarem a seu país? Os médicos importados trabalharão apenas por casa e comida? Temos o direito de saber, pois na realidade somos todos nós que estamos pagando. 5. E quanto aos erros médicos quem vai ser responsabilizado: o governo cubano ou o médico? 6. É justo um fazendeiro brasileiro ser acusado de promover trabalho escravo quando procede desta mesma forma do governo brasileiro? 7. Apesar da urgência em oferecer atendimento médico de boa qualidade aos cidadãos brasileiros, medidas atabalhoadas, sem discussão adequada, com finalidade nitidamente eleitoreira, redundarão num grande fracasso.
Não existe nenhuma nação que permita médicos estrangeiros trabalharem em seu país sem uma avaliação criteriosa da sua capacidade profissional. Este projeto temerário e equivocado poderá ter desastrosas implicações sociais, médicas, diplomáticas e penais.


(*) Roberto Hugo da Costa Lins é médico.


Eduardo Bresciani e João Domingos, Estadão
A votação secreta nas sessões de cassação de colegas malfeitores faz aflorar, entre os parlamentares, o sentimento de compadrio, de corporativismo, de amizade e, também, de dó. Quem o diz é o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN, foto abaixo), ao tentar justificar o resultado da votação que livrou Natan Donadon (sem partido) da perda de mandato na última quarta-feira. Ele cumpre pena de mais de 13 anos de reclusão em um presídio de Brasília por desviar dinheiro da Assembleia Legislativa de Rondônia, seu Estado.
No dia em que foi "absolvido" pelos colegas deputados, ele fez um discurso na tribuna no qual reclamou das condições e da comida da cadeia. Donadon acabou afastado do cargo e deu lugar ao suplente depois de uma manobra regimental comandada por Alves.



Thiago Herdy, O Globo
O cheque de R$ 98,5 mil não foi o único repasse feito com a ajuda de Marcos Valério a Freud Godoy, ex-segurança do ex-presidente Lula, em 2003. Pelo menos outros R$ 39,3 mil, que tiveram como origem o empréstimo do banco BMG ao PT, foram depositados na conta da Copes Serviços de Vigilância, empresa de Freud Godoy, numa agência do banco Santander em São Bernardo do Campo (SP). O repasse consta de laudo da Polícia Federal e foi omitido pelo PT na prestação de contas de 2003 apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Na prestação de contas entregue à Justiça, constam 19 pagamentos que somam R$ 238.709,50 a outras duas empresas de Freud, a Caso Comércio Ltda e a Caso Sistemas de Segurança Ltda. No entanto, os repasses feitos à Copes, terceira empresa do ex-segurança de Lula, não foram declarados pelo partido. Em depoimento à Procuradoria Geral da República, em setembro do ano passado, Marcos Valério, operador do esquema do mensalão, atribuiu a Freud o papel de intermediar o recebimento de valores que tinham como objetivo pagar contas pessoais de Lula. O ex-presidente e o ex-segurança negam esta versão.


Paulo Saldaña, Estadão
A cada dia, oito professores concursados desistem de dar aula nas escolas estaduais paulistas e se demitem. A média de pedido de exoneração foi de 3 mil por ano, entre 2008 e 2012. Salários baixos, pouca perspectiva e más condições de trabalho estão entre os motivos para o abandono de carreira.
Os dados obtidos pelo Estado por meio da Lei de Acesso à Informação são inéditos. A rede tem 232 mil professores - 120,8 mil concursados, 63 mil contratados com estabilidade e 49 mil temporários. A fuga de professores também é registrada na rede municipal de São Paulo, mas em menor escala. As escolas paulistanas têm média de 782 exonerações por ano desde 2008.


Ronaldo D'Ercole, O Globo
A disparada nos preços dos imóveis no Rio de Janeiro e em São Paulo nos últimos anos sugere a existência de uma "bolha" no mercado imobiliário brasileiro. O alerta é do economista americano Robert Shiller, professor de finanças comportamentais da Universidade de Yale.
Segundo Shiller, que em 2005 previu a bolha imobiliária dos "subprimes" nos Estados Unidos — que levou à crise financeira internacional de 2008 — os preços dos imóveis no Rio e em São Paulo dobraram nos últimos cinco anos sem uma razão objetiva, comportamento que replica o verificado no mercado americano.



NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM

Claro que ninguém que possua mais que dois neurônios funcionando razoavelmente precisa das lições do megainvestidor Jim Rogers para saber que o governo do Lula e da Dilma e seus sequazes é um desastre, um absurdo sob todos os pontos de vista.

Entretanto, a escória que comanda a Nação brasileira possui provavelmente apenas um neurônio embrutecido pela cegueira ideológica. São incapazes de escrever estas linhas que escrevo com um mínimo de conteúdo. Quanto mais entender um discurso vazado em termos racionais e objetivos.
Por isso jamais entenderão o recado de Jim Rogers e ainda o acusarão de títere do imperialismo ianque, embora muitos desses somoventes do PT estejam vivos justamente porque a ciência e a tecnologia evoluem com os vultosos investimentos de gente como Rogers.
Lula, Dilma e Zés Dirceus ficam com o índio cocaleiro, com a bruxa argentina e com Fidel Castro e seu irmão Raúl e os médicos cubanos. Fiquemos, pois, com Jim Rogers que está no Brasil e deu o seu recado. Leiam:


Megainvestidor Jim Rogers

O megainvestidor Jim Rogers diz não pretender fazer nenhum investimento no Brasil até que o governo mude as diretrizes. Durante palestra realizada neste sábado (31-8-2013) em Campos do Jordão, no 6º Congresso Internacional de Mercado Financeiro e de Capitais, Rogers afirmou que a economia brasileira poderia estar em uma situação muito melhor não fossem os entraves do governo para a entrada de capital estrangeiro.
“Até que as políticas se alterem no governo, não vou fazer investimentos”, disse o investidor, que afirma não ter dinheiro aplicado na economia brasileira. Segundo ele, o governo está no caminho errado e o país não está se beneficiando tanto quanto deveria do bom momento das commodities. “O Brasil precisa de investimentos, de especialistas e o governo quer não ajuda externa.”
Famoso por ter criado um dos mais rentáveis fundos de investimento do mundo ao lado de George Soros, o Quantum Fund, o megainvestidor acredita que o boom das commodities deve perdurar por alguns anos, mas o Brasil está diminuindo seu ritmo de benefício desse mercado de forma prematura. “Infelizmente, a senhora (como se referiu à presidente Dilma Rousseff) começou a cometer erros antes de o preço das commodities cair de fato”, diz Rogers. Entre as recomendações que ele faz ao governo brasileiro está a retirada de restrições à entrada de capital que, segundo ele, poderiam ajudar o setor agrícola a ter uma expansão maior. Rogers diz ainda que Dilma Rousseff deveria remover subsídios e abrir mais a economia brasileira. “O Brasil pode e deve ser uma grande economia, mas, infelizmente, eu acho que não vai ser.”
Contudo, o investidor diz que o Brasil não é o único a cometer erros, mas faz críticas à condução da política econômica de outros emergentes como Índia, Indonésia e Turquia. Sem detalhar as falhas, ele diz que são “muito mais graves” do que aquelas cometidas pelo Brasil. Rogers diz não estar otimista com o mercado no momento atual e que “não tem investimentos em muitos locais agora”. “Eu quero esperar. Não tem me agradado o que eu tenho visto nos últimos anos”, completa.
Durante a palestra, o investidor disse que a possível invasão dos Estados Unidos na Síria, para tentar conter o governo de Bashar Assad, pode agravar ainda mais os negócios globais. “Os Estados Unidos parecem estar entrando em uma guerra. Se isso realmente acontecer, nós teremos problemas sérios.”
Aos 70 anos, Rogers vive em Cingapura desde 2007, de onde acompanha de perto o mercado asiático. Depois de seu fundo ter tido valorização de 4.000% em seus primeiros dez anos, na década de 1970, Rogers se aposentou aos 37 anos. Do site da revista Veja



NO BLOG ALERTA TOTAL

Em busca da Individualidade Perdida
O ataque ao Individualismo produz monstros iguais ou piores que um parlamentar-presidiário

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Leia também o site Fique Alerta – www.fiquealerta.net
Por Jorge Serrão – serrao@alertatotal.net
Não adianta perder tempo indagando sobre qual seria a mais grave crise por que estamos passando neste mundo Globalitário. Política? Econômica? Moral? Conceitual? Existencial? Familiar? Educacional? Ou qualquer outra? Pouco importa a resposta escolhida.
O fundamental é saber que todas as crises são geradas pela mesma Oligarquia Financeira Transnacional que detém a tecnologia para o exercício do Poder há uns mil anos. Os controladores do mundo descobriram o quão lucrativo é produzir problemas para vender, cada vez mais, as supostas soluções.
O conceito de Verdade torna-se vítima fácil da malandragem – política ou não. Verdade é a realidade universal permanente. “A Verdade é concreta” – no conceito do filósofo alemão Johann Wolfgang Goethe. Mais fácil é definir a Mentira: opinião, ação ou omissão contrárias à verdade.
No mundo, a maioria das mentiras resulta das ideologias (conjunto coletivo de ideias, pensamentos, doutrinas e visões de mundo). Ainda mais quando se manifestam as ideocracias – os modelos ideológicos aplicados na prática política para a conquista e manutenção do poder. É o império das ideias mentirosas ou fora do lugar.
A ideocracia cria uma “falsa consciência” sobre a realidade que visa a reforçar e perpetuar o controle, a dominação e manipulação. As “idéias fora do lugar” servem como mecanismos políticos de controle, dominação e manipulação das massas, através da padronização e simplificação do discurso retórico. Os políticos usam e abusam desta conversa fiada – matéria-prima da Engenharia Social.
Ciência originária de grandes centros de inteligência, como o famoso Instituto Tavistoc de Londres e seus congêneres, a Engenharia Social é o processo artificial e político-ideológico de construção psicossocial de regras padronizadas de conduta humana para a influência, manipulação e controle da sociedade.
A engenhosidade dos poderosos de plantão descobriu, cientificamente, qual o uso ideocrático da mercadoria informação (que tem valores de uso, troca e estima). A informação ideológica, “formadora de opinião”, circula, globalmente, obedecendo a programas neurolinguísticos focados em enganar, manipular e influenciar as pessoas - principalmente com conceitos errados ou mentirosos.
Assim, a Engenharia Social prepara “a maioria”, psicologicamente, para adoção de comportamentos programados e padronizados, induzindo opiniões isentas de informação verdadeira e propensas a pouco ou nenhuma reflexão correta. O cenário fica perfeito para os mitomaníacos de plantão. Desde aqueles que se autoenganam até os que se tornam profissionais, militantes, da arte de mentir.
A Engenharia Social cumpre três objetivos fundamentais. Primeiro, acirra os confrontos e diferenças que não existem para impedir a livre unidade social. Segundo, gera temas polêmicos para desviar a atenção da opinião pública de questões políticas mais fundamentais. Terceiro, força ainda mais a modificação do senso comum, disseminando conceitos errados ou fora da tradição. O coletivismo sobrepondo-se ao individualismo é um deles.
O Indivíduo deveria ser o centro gravitacional da sociedade. No entanto, o discurso ideocrático o anula. Vende-nos a receita utópica do Coletivismo. Assim, desde a mais tenra idade, na escola emburrecedora, somos programados a aceitar a propaganda de que o “pluralismo”, o “consenso” e alguma forma de “coletivismo” são a solução mágica para todos os males e crises da humanidade.
Tudo errado! O indivíduo é a base da Criação. Foi feito à base e semelhança de Deus – para quem acredita Nele. E até para quem não acredita, é a partir da célula individual que tudo se desdobra. Portanto, é tal organismo fundamental, o indivíduo, que precisa ser valorizado e focado na sociedade. O coletivismo (e seu pluralismo artificial) são uma farsa, uma ilusão, para se transferir ao coletivo, ao Estado ou a um suposto poder teológico aquilo que deveria ser a obrigação de cada um.
Se não compreendermos que o Indivíduo precisa ser o foco, tudo continuará dando errado para a humanidade. E os inimigos do individualismo continuarão reinando, absolutos, por milhares e milhares de anos, sem sofrer qualquer neutralização.
A tal da Nova Ordem Mundial nos corrompe e nos desvia da rota humana. Por isso, precisamos, urgentemente, buscar e encontrar a individualidade perdida. Ou continuaremos sendo as vaquinhas que só sabem que têm dono quando chega a hora de irem para o abate...
O resto é conversinha para o boi dormir para sempre...
Leia, também, o artigo de Arlindo Montenegro: Confiar na Globalização?
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.


NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES

Diz o Eclesiastes, um dos livros da Bíblia, que há um tempo para tudo, um tempo para tudo o que ocorre. Há, pois, que ter o tempo como aliado; e saber quando a hora não chegou. E, quando não for o tempo, adiar o que se deseja.
É justo ou não o pedido do ministro Joaquim Barbosa de aumento de salários no STF? Pode ser; mas não é hora de elevar agora o salário do STF para mais de R$ 30 mil, quando o salário mínimo talvez vá para R$ 722, e só no ano que vem. É correto manter o mandato do deputado federal Natan Donadon, do PMDB, preso por corrupção? Este colunista acha que não, a Câmara acha que sim; mas não é hora de criar a figura jurídica do deputado sem direitos políticos, que não pode votar nem ser votado, nem comparecer às sessões, mas continua deputado.


NO JORNAL BESTA FUBANA

BRASIL PELO MÉTODO CONFUSO
Ruy Fabiano
Evo Morales invade militarmente e se apossa da Petrobras, estatal brasileira: “Eles são pobres”, diz Lula
Na política (e na vida), assim como há situações auto-explicáveis, há também o seu inverso: as auto-inexplicáveis. Ambas dispensam explicações: uma por desnecessário, outra por impossível. O Brasil deve ser recordista nas duas.
Os exemplos remontam ao início do país, talvez o único cuja independência foi proclamada pelo próprio dominador, herdeiro da dinastia governante, que, após nove anos no poder, abdicou e voltou ao país de origem para governá-lo. Exemplo de esquizofrenia política, que Freud não teve a oportunidade de conhecer – e tratar.
Na República, os exemplos são ainda mais abundantes. Tivemos, por exemplo, um presidente da República, Delfim Moreira (1918-1919), que enlouqueceu no cargo.
Para evitar mudanças no calendário eleitoral, o país foi governado pela mão invisível de um ministro, Afrânio de Melo Franco, num pacto silencioso em que todos, antecipando Lula, garantiam não saber de nada. Uma loucura.
A grande e decisiva batalha da Revolução de 1930 foi a que não produziu um único disparo: a de Itararé, muito apropriadamente chamada de “a batalha que não houve”.
Na era Vargas, o secretário-geral do Partido Comunista, Luiz Carlos Prestes, foi preso e submetido a tratamento tão abjeto que seu advogado, Sobral Pinto, recorreu à lei de proteção aos animais para defendê-lo. Não obstante, ao sair da cadeia, em 1945, Prestes subiu ao palanque de quem o prendera, não para denunciá-lo, mas para, inversamente, pedir sua permanência no poder.
Mas é na Era PT que os exemplos se multiplicam e se tornam rotineiros, desembocando, esta semana, na criação da inédita figura do deputado-presidiário, Natan Donadon, que aproveitou a circunstância para se queixar da xepa (sic) do presídio.
O Legislativo, porém, está longe de ser o único protagonista dos casos desta Era. Há, quanto a isso, ampla reciprocidade. Donadon é fruto de uma decisão do Supremo Tribunal Federal segundo a qual, mesmo condenado em última instância, o parlamentar só perde o mandato se sua Câmara assim o quiser.
Antes de Donadon, dois outros condenados em instância final pelo STF – os deputados João Paulo Cunha e José Genoíno – não apenas mantiveram seus mandatos, como passaram a integrar a Comissão de Constituição e…Justiça da Câmara.
Lá, recepcionaram uma emenda que pretendia submeter as decisões do STF à deliberação do Congresso. Considerando-se alguns personagens e procedimentos recentes do STF, até que aquela decisão ganha algum sentido.
O ministro Dias Toffoli, por exemplo, é relator de uma ação que tem como réu o Banco Mercantil do Brasil (BMG). Há, porém, um detalhe, considerado irrelevante: é simultaneamente relator e tomador de empréstimo no banco, numa operação em que obteve, segundo O Estado de S. Paulo, nada menos que R$ 1,4 milhão.
Ora, mas o que é isso para alguém que se julga desimpedido de julgar (e julga!) um ex-chefe, José Dirceu, do partido para o qual advogou, o PT? Numa petição ao TSE, em 2006, quando advogava na campanha pela reeleição de Lula, Toffoli afirmou que o Mensalão “nunca ficou comprovado”. Mesmo assim, está julgando-o.
Bem, e a Bolívia? O PT mantém relações de subserviente surrealismo com aquele país, governado por Evo Morales. Em 2007, Morales, apossou-se, manu militari, de uma refinaria da Petrobras. A reação de Lula foi comovente: “Eles são pobres”. E ponto final.
O contribuinte brasileiro, que, como se sabe, é rico, teve direito apenas à perplexidade, da qual ainda não saiu, já que a Bolívia parece ser um filão inesgotável. Lá, estiveram presos por cerca de seis meses, sem processo ou culpa formada, 12 torcedores do Corinthians, em decorrência da morte de um torcedor boliviano.
Tratou-se de um crime, sem dúvida, mas sem autoria identificada e sem meios de obtê-la, o que tornou ilegal a prisão. O governo brasileiro não fez qualquer manifestação a respeito.
Quando o avião de Evo Morales, em julho passado, foi submetido a revista no aeroporto de Viena, sob suspeita de trazer a bordo o ex-agente americano Edward Snowden, a presidente Dilma emitiu furiosa nota de desagravo ao presidente boliviano, que em momento algum se mostrou reconhecido.
Ao contrário, reage agora com indignação à vinda do senador Roger Pinto Molina ao Brasil, que já lhe concedera asilo, embora sem o indispensável salvo conduto para materializá-lo. O asilo é ato humanitário, previsto em tratados dos quais Brasil e Bolívia são signatários. Dá-lo sem salvo conduto é como não dá-lo.
E absurdo é alguém ser mantido por 455 dias numa sala, ainda que de uma confortável embaixada, sem direito a visitas e sem perspectiva de saída. A metáfora do Doi-Codi, que tanto irritou a presidente, é pertinente. Absurda e lamentável é sua performance no episódio, cujo desfecho entrará para o rol dos casos simultaneamente auto-explicáveis e auto-inexplicáveis caso se submeta à exigência de Morales (mais uma) devolvendo o senador.
Infelizmente, não sobra espaço para um paralelo com o caso Cesare Battisti e um exame da estranha mutação humanitária de nossa diplomacia, movida a ideologia.




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