DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 19-7-2013

NA COLUNA VERTICAL (Eliomar de Lima)

Novo trem dos sonhos
“Esta é a maior licitação do momento no Brasil”, afirmava, ontem, em clima de inauguração de duas estações do Metrofor, o secretário de Infraestrutura do Estado, Adahil Fontenele, referindo-se ao processo licitatório da Linha Leste desse projeto, com previsão de abertura das propostas para a próxima semana. O valor total é de R$ 2,49 bilhões e reúne na disputa cinco consórcios nacionais e internacionais. Nessa nova fase do Metrofor, Adahil informou que o trecho sairá do Centro com destino ao Fórum Clóvis Beviláqua, mas será dada ênfase à etapa que chegará até próximo do Hospital Geral de Fortaleza, menos complexa. “Se não houver recursos, o governador dará a ordem de serviço em setembro”, disse Adahil. Essa etapa do Metrofor tem previsão de seis anos. É torcer para que tenha melhor sorte do que a atual, que demorou só 14 aninhos para ficar pronta.

CENTRO DO MUNDO
“Nós teremos a melhor malha de metrô do Brasil. Nem São Paulo nem o Rio terão”, dizia ontem, em discurso, o governador Cid Gomes entregando duas estações do Metrofor. O ex-governador Virgílio Távora tinha razão: “O Ceará adora ser o centro do mundo”.

ATO FALHO
Dilma se esqueceu do nome do prefeito Roberto Cláudio, ontem, quando discursava na inauguração das estações do Metrofor. Pediu ajuda ao próprio, que estava sentado ao seu lado. Quer ver? Acesse http://migre.me/fwSpa.

AUSÊNCIAS NOTADAS
Além de Luizianne Lins, quem também faltou aos atos em torno de Dilma, em Fortaleza, foi o ex-ministro Ciro Gomes. Este último, aliás, andou criticando fortemente a administração da presidente.

SEM ANESTESIA
“Cid, não precisamos de aquário. Já temos o piscinão”, dizia cartaz empunhado por médicos que realizaram protesto ontem. O “piscinão” é como chamam a emergência do HGF.

Só lembrando: “E aí, Cid, dá pra continuar cabo eleitoral de Dilma dentro do PSB?”


NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

Preocupada com os protestos de profissionais da saúde no país, justo no pior momento de seu governo, a presidenta Dilma Rousseff fez um apelo ontem (18) a lideranças de partidos aliados para comprarem a briga a favor dos vetos a artigos do Ato Médico. Durante almoço em Fortaleza, a presidente defendeu que é um “absurdo” impedir que outras categorias da saúde “sequer possam aplicar uma injeção”.

Em guerra com o governo, a bancada do PMDB não deu as caras nos atos de Dilma em Fortaleza. Nem o senador Eunício Oliveira apareceu.

O deputado Genecias Noronha (CE) não esconde o motivo da ausência do PMDB no evento de Dilma: “Cansamos de ir atrás de quem não nos quer. O governo só faltou chutar a gente quando batíamos na porta”.

O petista Artur Bruno, que votou contra Dilma no projeto que destina royalties à educação, também faltou ao evento: “Estou doente”, garante.

Durante o discurso, Dilma esqueceu o nome do prefeito Roberto Claudio (PSB), a quem já maltratou em reunião em Brasília.

O governador Cid Gomes não poupou elogios à Dilma, a quem diz ter “eterna gratidão”: “Nunca um presidente fez tanto pelo Ceará”, declarou.

O governo Dilma disfarça, mas não está preocupado só com a segurança do papa Francisco no Rio: a coluna apurou que é grande o temor com a “agenda independente” do chefe da Igreja e do Vaticano, um estado soberano, que não admite mudar as regras para evitar protestos populares na primeira visita do Papa ao exterior. O governo teme o ‘efeito Woytila’, quando João Paulo II visitou a Polônia e apoiou o sindicato Solidariedade, desencadeando o fim do comunismo.

A decisão do Vaticano de manter no palácio da Guanabara encontro de Dilma com o Papa e o governador Sérgio Cabral emparedou o governo.

Os pronunciamentos de Francisco, conhecido pela simplicidade e pelos improvisos no estilo “bateu, levou”, também preocupam governo Dilma.

O Vaticano quer evitar que a visita papal sinalize apoio à insatisfação popular com o governo Dilma, mas admite ser isso “assunto do Brasil”.

A Câmara desembolsou R$28,4 mil para bancar jantar a 80 deputados do PMDB na terça (16), R$355 por cabeça, diz o Contas Abertas. Até Michel Temer foi à casa de Henrique Alves para saborear camarões e queijo brie ao molho de caramelo, servidos com champanhe.

Empenhado em “distensionar” o clima no PMDB, o presidente Henrique Alves fez novo jantar ontem com deputados, o vice Michel Temer e os ministros Antônio Andrade (Agricultura) e Moreira Franco (Aviação). O grupo planeja elaborar um pacote de propostas ao governo Dilma.

A Procuradoria-Geral do Rio Grande do Sul, que tenta há seis anos intimar por suposta fraude o secretário de representação do governo gaúcho em Brasília, Hideraldo Caron, o acharia no Ministério dos Transportes, segunda (15), às 14h, quando encontrou o ministro.

Apesar de enfrentar 60 processos no TCU, o ex-diretor do DNIT Luis Antônio Pagot (PTB) quer disputar as eleições em 2014 para Câmara dos Deputados ou ao governo de MT, com apoio de Blairo Maggi (PR).

O governo cocaleiro de Evo Morales achou um culpado pela inspeção indevida a aviões da FAB nas três visitas do ministro Amorim (Defesa): policiais antidrogas “desconheciam” a origem das aeronaves, disse o chanceler boliviano David Choquehuanca à imprensa local: “Foi torpe.”

Já o vice-ministro dos Movimentos Sociais (sic), Alfredo Rada, correu aos jornais culpando os EUA pelo vexame de Amorim. Sobrou até para o embaixador do Brasil, Marcel Biato, por “atrapalhar relação bilateral”.

Partidos da base aliada ironizam que o petista Aloizio Mercadante entrará para o livro de recordes Guinness como o primeiro ministro da Educação que trabalhou para diminuir os recursos da própria pasta.

… feliz é o Papa, que só tem um ministério: o de Deus.



NO BLOG DO CORONEL

Governo tem 10 dias para explicar ao STF programa "Mais Médicos", que condena jovens a trabalho análogo à escravidão.


O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, deu um prazo de dez dias para que a presidente Dilma Rousseff preste informações sobre o programa Mais Médicos, criado por meio de medida provisória com o objetivo de resolver o problema de carência de profissionais da saúde no interior do País. O assunto ainda deverá ser discutido no Congresso.
As informações da presidente deverão servir de base para o julgamento de uma ação protocolada na terça feira no STF pelo deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ). Nela o parlamentar questiona partes da MP e levanta uma série de supostas irregularidades.
Bolsonaro critica, por exemplo, a possibilidade de não exigência da revalidação do diploma para que um estrangeiro exerça a Medicina no Brasil. Ele contestou o fato de o projeto ter tratado apenas do trabalho dos médicos, desconsiderando que o atendimento a pacientes envolve profissionais de outras áreas. Além disso, o parlamentar afirmou que um programa complexo como esse deveria ter sido amplamente debatido com os profissionais da área antes de ser apresentado.
Curso de Medicina. O parlamentar contestou ainda outro ponto polêmico do plano lançado há dez dias pela presidente: a alteração para 8 anos do curso de Medicina, incluindo 2 anos de serviço obrigatório no Sistema Único de Saúde (SUS). As novas regras para a formação de médicos começarão a vigorar em 2015. De acordo com ele, havia tempo para que o Congresso discutisse um projeto de lei sobre o assunto e, portanto, não era necessária a edição de uma medida provisória pela presidente.
Na ação, Bolsonaro pede também que seja concedida uma li minar para suspender os efeitos da medida provisória de Dilma. O pedido deverá ser analisado pelo ministro Marco Aurélio Mello, que foi sorteado como relator. Como o Supremo está em recesso, um despacho sobre o assunto só deve sair em agosto. (Estadão)

PT expurga mensaleiros do Diretório Nacional.

Condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e os deputados José Genoino e João Paulo Cunha não integrarão mais o Diretório Nacional do PT, a partir de 2014. O nome dos três foi excluído pela corrente Construindo um Novo Brasil (CNB) da chapa que apoia a reeleição do presidente do PT, Rui Falcão.
“Eu não tenho preocupação em sair da chapa, mesmo porque não queria estar na direção desde que deixei a presidência do PT. Nunca reivindiquei nada e acho isso absolutamente normal”, afirmou Genoino. Dirceu e João Paulo não se manifestaram. A decisão de tirar Dirceu, Cunha e Genoino da cúpula do PT foi tomada depois que o Supremo decidiu pela punição.
Embora o PT tenha considerado o julgamento “político” e manifestado apoio público a seus réus, mantendo-os no comando partidário - na contramão do estatuto -, a avaliação foi de que agora eles não tinham mais condições de entrar na chapa. No segundo semestre o Supremo julgará os recursos apresentados pela defesa dos réus e, se as condenações forem mantidas, todos podem ser presos.
A disputa pelo comando do PT em um ano pré-eleitoral, as dificuldades do governo após os protestos nas ruas, os percalços na economia e a crise com o PMDB são os principais assuntos da reunião do Diretório petista, que ocorrerá no sábado, com a participação da presidente Dilma Rousseff. Dirceu e Genoino confirmaram presença no evento. A reunião foi programada para mostrar que Dilma não está isolada e conta com o apoio de seu partido para 2014. A eleição que vai escolher a nova cúpula do PT ocorrerá em 10 de novembro. Falcão é o favorito para continuar no comando.(Estadão)

No cobertor curto da crise econômica, começa a aparecer a bunda do PT.

Diante da dificuldade em encontrar espaço para um corte no Orçamento que garanta o cumprimento de um superávit primário (economia para o pagamento de juros da dívida pública) de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos) em 2013, o governo começou a avaliar mais fortemente a possibilidade de abandonar esse número. Segundo técnicos da área econômica, embora o ministro da Fazenda, Guido Mantega, tenha se comprometido oficialmente com esse resultado, ele pode acabar não sendo alcançado.
Pelos cálculos do governo, para se chegar aos 2,3% do PIB hoje, o corte teria que ficar entre R$ 10 bilhões e R$ 14 bilhões. O problema é que a presidente Dilma Rousseff quer preservar investimentos e gastos sociais e há pouco a se ajustar na área de custeio.Também daria para cortar emendas parlamentares, que somam R$ 7 bilhões, mas isso pode causar insatisfação no Congresso. Somado a tudo isso está o fato de que os cortes ainda teriam um efeito ruim sobre o crescimento da economia, que deve fechar o ano em 2,5% na melhor das hipóteses.
Assim, o compromisso fiscal de Mantega só poderia ser alcançado com manobras que Dilma quer evitar a qualquer custo para não comprometer ainda mais a credibilidade da política econômica. Para conseguir fechar as contas de 2012, por exemplo, o governo fez uma série de operações pouco usuais, como sacar R$ 12,5 bilhões do Fundo Soberano e mesmo assim não cumpriu a meta cheia, de 3,1% do PIB. O superávit primário ficou em 2,38%.
Por isso, os ministérios do Planejamento e da Casa Civil começaram a defender que seria melhor para o governo cortar pouco (até R$ 5 bilhões) ou mesmo nada agora para tentar salvar o crescimento e reconhecer que fará um superávit primário ainda menor que os 2,3% prometidos, abatendo mais investimentos e desonerações da meta oficial de 3,1% do PIB. Os 2,3% significam um abatimento de R$ 45,2 bilhões da meta, mas a margem total prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é de R$ 65,2 bilhões. Se ela for integralmente utilizada, o superávit do ano cairia para 1,8%.
Segundo os defensores do superávit primário menor, o próprio mercado já trabalha com um superávit inferior a 2% e, por isso, admitir que o número será menor este ano não seria um grande problema. Do outro lado da briga, no entanto, está Mantega, que se comprometeu pessoalmente com os 2,3%, chegando a dizer que esse resultado seria obtido “a qualquer custo”. Para ele, mudar novamente a sinalização poderia ser mais um ruído na comunicação com o mercado.
Os ajustes no Orçamento precisam ser anunciados até segunda-feira, data limite para que seja publicado o decreto bimestral com a reestimativa de receitas e despesas da União. Nele, o governo vai rever para baixo a taxa de crescimento do PIB. Ela está hoje em 3,5%, mas passará para 3%. ( O Globo)

PT racha e quer depor petista da comissão da reforma política.

Um grupo de 27 deputados do PT divulgou uma nota de repúdio sobre a indicação de Cândido Vaccarezza (PT-SP) para coordenar o grupo de trabalho sobre a reforma política na Câmara. Eles apoiaram a realização da reforma, mas preferiam que fosse indicado o deputado Henrique Fontana (PT-RS), mas o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), indicou Vaccarezza. “Indicamos por unanimidade o deputado Henrique Fontana, relator há dois anos e meio da comissão anteriormente incumbida para propor a Reforma Política.
Para a surpresa da bancada, a Presidência da Câmara designou o Deputado Cândido Vaccarezza como coordenador da nova comissão. Mais do que uma escolha pessoal, este gesto é um claro movimento para impor à bancada do PT preferências políticas que não são as suas. Tal atitude antecipa um antagonismo às posições que o PT defende na reforma política”, afirmam os deputados, em nota.
Os deputados afirmam que a decisão foi uma afronta aos princípios democráticos do partido.“O PT foi construído como partido democrático a partir de relações de confiança e de respeito às decisões tomadas em seus fóruns legítimos. O episódio aqui referido é um grave precedente que viola a nossa cultura política e afronta nossos princípios. Somos inteiramente solidários ao companheiro Henrique Fontana e estaremos ao seu lado na luta por uma reforma política para valer”, afirmam.
Assinam a nota os deputados Afonso Florence; Alessandro Molon; Arthur Bruno; Bohn Gass; Cláudio Puty; Dr. Rosinha; Francisco Praciano; Janete Pietá; Jesus Rodrigues; João Paulo Lima; Luiz Couto; Margarida Salomão; Nazareno Fonteles; Padre Ton; Paulo Pimenta; Paulo Teixeira; Ronaldo Zulke; Jorge Bittar; Leonardo Monteiro; Iriny Lopes; Erika Kokay; Marcon; Eudes Xavier; Pedro Uczai; Domingos Dutra; Waldenor Pereira e Reginaldo Lopes. (O Globo)

Lula nega que esteja com metástase.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou o final de seu discurso na Universidade Federal do ABC, em São Bernardo do Campo (SP), para negar publicamente boatos disseminados em redes sociais de que estaria novamente com um câncer. Ele chamou de "canalha" e "imbecil" quem divulga "essas mentiras"."Tem muito boato de que eu estou com metástase. Disseram que eu vou no hospital Sírio Libanês de madrugada fazer tratamento, que estou indo escondido. Deixa eu falar uma coisa: se eu tivesse, eu jamais esconderia", afirmou Lula.
O ex-presidente disse que "graças a Deus" não tem mais câncer. Em 2011 ele tratou um tumor na região da laringe."Tenho que fazer exames rotineiros a cada quatro meses. Não é correto que algum canalha, algum imbecil fique pela internet contando essas mentiras", criticou o petista."Entre o boato na internet e o que eu estou falando para vocês, creiam que eu jamais mentiria."Lula afirmou que fará exames em agosto. "Se eu tiver, vou ser o primeiro a dizer que eu tenho. Eu jamais esconderia isso." (Folha de São Paulo)


NO BLOG DO NOBLAT

Dilma perde 28 pontos e é superada por Lula em pesquisa Ibope
O Globo

Pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira pelo jornal "O Estado de S. Paulo" confirmou a queda de popularidade da presidente Dilma Rousseff após a onda de protestos no país. A sondagem também mostrou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com aprovação maior que a sucessora e apontou uma escalada da taxa dos votos em branco. Dilma perdeu 28 pontos em comparação ao último levantamento, em março, e aparece agora com 30% das intenções de voto. No mesmo cenário de disputa, Lula alcançaria 41%.
Entre os adversários pesquisados, Dilma foi a única a perder intenção de voto. A ex-presidenciável Marina Silva teve o maior crescimento dentre todos, passando de 12% para 22%. Na sequência aparecem o senador Aécio Neves (13%) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (5%). Eles tiveram 9% e 3%, respectivamente, na pesquisa anterior.



Um ruidoso silêncio

Por Sandro Vaia
A voz das ruas às vezes é tão rouca que fica difícil entendê-la.
Com exceção dos últimos atos de vandalismo no Leblon, perto da casa do governador do Rio, Sérgio Cabral, o resto do Brasil parece ter entrado numa espécie de compasso de espera, entre o rumor da conquista da Copa das Confederações e a expectativa da visita do papa.
O resultado prático das manifestações foi manter o preço das passagens do transporte coletivo paradas por mais algum tempo (o que segundo alguns prefeitos ameaça cidades de falência, mas ninguém se comove com isso) e mostrar que o País das Maravilhas de Alice só existia na cabeça de João Santana e sua trupe de animadores de auditório.
A verdade é que o país permanece essencialmente o mesmo, ainda que vitimado por algumas gritantes barbeiragens gerenciais, mas a percepção sobre ele mudou do dia para a noite, sem que ninguém consiga avançar sobre a essência do problema.
Ontem estávamos às portas do Paraíso, hoje vislumbramos o inferno cada vez mais próximo.
As condições econômicas objetivas do mundo mudaram bastante, em nosso prejuízo, e não existe ninguém disposto a bancar a ideia de que tudo não passa de uma “marolinha”, pois quem fez isso no passado sabe muito bem que hoje estamos sofrendo as consequências da irresponsabilidade e da leviandade de ontem.
Num texto escrito para o jornal “Valor Econômico” e debatido na Feira Literária de Paraty, o economista André Lara Rezende, um dos pais do Plano Real, resumiu com uma frase aquilo que estamos sentindo, mas não sabemos explicitar com clareza: o “mal estar contemporâneo”.
Ele deixa claro que esse mal estar não é o mesmo das praças árabes, nem do Occupy Wall Street, nem dos desempregados da crise europeia.
É alguma coisa especificamente brasileira e que a classe política que nos dirige, com sua rudimentar insensibilidade e seu primarismo pragmático, não soube nem de longe decifrar ou traduzir e menos ainda administrar.
As tentativas de solução que apareceram, como um arremedo ridículo de reforma política, a proposta de reforma constitucional exclusiva ou de plebiscito limitado, não tangenciam nem de longe os problemas do mal estar.
O governo, em sua turrona insistência em dizer que tudo vai bem quando tudo ameaça desandar, mostra sua falta de grandeza e a sua miopia estratégica, guiada exclusivamente pelo faro das urnas, deixando claro que seu projeto de transformação da sociedade não passa de um projeto de manter-se no poder a qualquer custo.
A oposição não é muito melhor do que isso. A diferença é que seu projeto envolve outros nomes.
No intervalo entre o clamor da vitória no futebol e a visita do papa, há um estranho silêncio pairando no ar, quebrado apenas pelo fragor dos vândalos do Leblon.
As ruas parecem ter mais algo a dizer. O que será?

***
Sandro Vaia é jornalista. Foi repórter, redator e editor do Jornal da Tarde, diretor de Redação da revista Afinal, diretor de Informação da Agência Estado e diretor de Redação de “O Estado de S.Paulo”. É autor do livro “A Ilha Roubada”, (editora Barcarolla) sobre a blogueira cubana Yoani Sanchez. E.mail: svaia@uol.com.br


Detroit se torna a maior metrópole americana a pedir concordata
Flávio Barbosa, O Globo

Símbolo da industrialização, da classe média e do sonho americanos, Detroit não resistiu a 50 anos de esvaziamento, falta de planejamento e desleixo fiscal, entrando ontem com pedido de concordata na Justiça federal de Michigan, na maior declaração de insolvência municipal da história dos EUA.
A icônica capital automotiva do país não conseguiu acordo com credores e sindicatos de servidores públicos para reescalonar a dívida estimada em US$ 18,5 bilhões e solicitou supervisão judicial para implementar um plano de reequilíbrio de suas finanças.



Mensalão espanhol de volta (Editorial)
O Globo

Levantamento do Centro de Pesquisas Sociológicas da Espanha descobriu que, depois do desemprego, o que mais preocupa os espanhóis hoje é a corrupção. O primeiro é um velho e temível conhecido, decorrente do estouro da bolha imobiliária que vinha dos anos 90 e da crise financeira internacional iniciada em 2008. Ele atinge 27% da população ativa, ou 4,7 milhões de pessoas.
A segunda vem se impregnando nas instituições mais representativas da vida espanhola: a monarquia e o governo central. Ambos são responsáveis pelos elevados níveis de desilusão e frustração no país, onde surgiu um dos principais grupos modernos de protesto — Os indignados.
O governo de centro-direita do Partido Popular, à frente o presidente Mariano Rajoy, esforça-se para não ir a pique diante das novas revelações sobre o caixa dois das campanhas do PP.
Mariano Rajoy, presidente da Espanha

Com características de um mensalão espanhol, elas destacam o tesoureiro Luis Bárcenas e atingem diretamente Rajoy, que recebeu ilegalmente € 25,200 anuais de 1997 a 2008, € 25 mil em 2009 e € 20 mil em 2010.
Bárcenas, que tem € 48 milhões na Suíça, foi preso em junho, sem direito a fiança. Mas Rajoy, que já se viu às voltas com essas denúncias antes, se nega a renunciar.
O PSOE, na oposição, esperneia e quer propor uma moção de desconfiança ao governo, mas não tem votos suficientes para aprová-la. Ele foi governo até 2011, quando os espanhóis, já cansados da crise e das correspondentes medidas de austeridade, enxotaram o presidente José Luis Zapatero e elegeram o PP de Rajoy.
O PSOE tem telhado de vidro: quando eleva a voz, seus rivais trazem à tona o caso ERE, uma fraude bilionária no fundo dos desempregados da Andaluzia, que atinge o presidente regional do partido.
A monarquia ganhou crédito com o papel do rei Juan Carlos na transição da ditadura franquista para a democracia. Mas até ela desandou. Quando os espanhóis se deram conta, o rei estava ferido, sem maiores consequências, numa caçada a elefantes em Botswana, África, ele que é presidente honorário da ONG de defesa animal WWF Espanha.
A viagem não fora divulgada, assim como também a companhia real: a princesa alemã Corinna zu Sayn-Wittgenstein, que viria a ser uma de suas amantes. A infanta Cristina, segunda filha do rei, acabou, por sua vez, envolvida nas falcatruas do marido, o basco Iñaki Urdangarin, acusado do desvio de € 6 milhões de fundos públicos a um instituto sem fins lucrativos que foi presidido por ele.
É um grande teste para as instituições espanholas, que funcionam a contento até aqui. Elas deverão encaminhar soluções para a atual crise política. A Justiça precisará punir exemplarmente os casos de corrupção. A monarquia precisa reconquistar o apoio dos súditos. Os espanhóis necessitam de boas notícias para espantar o desânimo. Elas poderão vir da economia, que começa a dar sinais de que poderia respirar sem a ajuda de aparelhos. A ver.


NO BLOG DO JOSIAS

PT cobra de Dilma mudanças em três setores: economia, comunicação e articulação política


O prestígio de Dilma Rousseff não ruiu apenas nas ruas. Desmoronou também no interior do PT. A presidente tornou-se uma personagem muito impopular dentro do seu próprio partido. Longe dos refletores, os correligionários a criticam com aspereza incomum. A nata da legenda cobra uma mudança de rumos no governo. Avalia-se que as debilidades são mais graves em três áreas: economia, articulação política e comunicação social.
Ao farejar o cheiro de queimado, Lula interveio para evitar que a maledicência descambasse para uma lavagem de roupa suja em público. Nos últimos dias, ele se dedicou a amansar o petismo. Fez isso em conversas telefônicas e reuniões no instituto que leva seu nome, em São Paulo. Chamou para um desses encontros os mais expressivos deputado federais do PT, além do seu presidente, Rui Falcão.
Lula deu oportunidade para que todos falassem. Dilma foi crivada de ataques. Não houve quem se dispusesse a defendê-la –nem mesmo o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia. Formou-se um sólido consenso quanto à necessidade de promover mudanças nas três áreas já mencionadas: economia, articulação e comunicação.
Embora a maioria dos presentes considerasse a reforma ministerial inevitável, não se falou na substituição de ministros, mas na alteração das práticas. Um dos presentes explicou: no fundo, todos sabem que o problema é a Dilma, não os ministros, disse. Para exemplificar, declarou que é a presidente quem manda na área econômica, não o ministro Guido Mantega.
Lula ouviu apelos dos interlocutores para que fosse o porta-voz dos desejos do partido junto à presidente. E fez uma pregação sobre a importância de o PT dar suporte a Dilma, defendendo-a. Amaciado, o PT realiza neste sábado, em Brasília, uma reunião do seu diretório nacional. Convidou Dilma, que prometeu aparecer. No têat-à-tête, ela deve ser poupada das críticas.
Há um quê de oportunismo nos ataques de alguns dos petistas à presidente da República. Há três meses, quando Dilma era uma presidente popularíssima e uma candidata favoritíssima, os petistas se esforçavam para tirar casquinha no prestígio dela.
No vídeo abaixo, veiculado na web em março, três petistas explicam por que Dilma é sensacional. Dois deles –Marco Maia (RS) e Ricardo Berzoini (SP)— estavam na sessão de pancadaria realizada no Instituto Lula dias atrás. Migraram da bajulação para a repreensão sem passar pela autocrítica.


NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM

'PARTICIPATÓRIO', A REDE SOCIAL CHAPA BRANCA DO PT JÁ É MOTIVO DE GOZAÇÃO NAS REDES SOCIAIS VERDADEIRAS COMO NOME DE 'FOICEBOOK'

A grande gozação nas redes sociais é o tal Participatório, que acaba de ser criado pelo governo do PT. Não há nada parecido no mundo. O governo petista tenta estatizar os jovens brasileiros através de um site de compartilhamentos imitando o Facebook com essa estranha denominação: Participatório. De cara, nas redes sociais verdadeiras, a galera não perdoou e já apelidou mais esse delírio ideológico de "Foicebook", em alusão à foice e o martelo, que é o emblema de todas as bandeiras dos comunistas. 
É o país da piada pronta. Tanto é que já corre pelas redes sociais um layout do Foicebook.
Enquanto a economia desce a ladeira e a inflação aumenta, o sistema de saúde é uma vergonha, a educação e a segurança pública idem, o governo do Lula e da Dilma, mobilizam mais recursos do erário para financiar um projeto idiota cujo objetivo, como se vê, é a doutrinação comunista da juventude brasileira.
O assunto foi motivo de comentário no programa Jornal da Massa, do SBT, conforme vocês podem conferir no vídeo acima. Aqui embaixo, o layout do Foicebook. Notem que o mapa virado ao contrário é o emblema do Foro de São Paulo, a organização esquerdista fundada por Lula e Fidel Castro, que tem reunião em São Paulo a partir do próximo dia 31... hehe...

MILITANTES DO PT E DO PSOL PROTAGONIZAM CENAS DE NUDISMO E SEXO GRUPAL DURANTE INVASÃO DA CÂMARA DE VEREADORES DE PORTO ALEGRE




A foto que o mascarado pelado segura na imagem acima é da comunista Manuela D'Ávila. Ele a empunha com orgulho e devotamento.

Transcrevo, após este prólogo, na íntegra, post do blog do jornalista Políbio Braga, a respeito da ocupação da Câmara de Vereadores por militantes do PT e do PSOL que protagonizaram cenas de nudismo que estão circulando pelas redes sociais, incluindo sexo grupal conforme se pode conferir no texto que segue. As fotos que ilustram este post são mostradas na página do jornalista Rogério Mendelski em links do blog de Políbio Braga.
Peço aos estimados leitores que ao comentarem este post por favor observem as boas normas de civilidade evitando palavras chulas. Os comentários podem conter críticas duras de censura a essa deletéria postura do bando comunista, mas vamos manter a civilidade que eles não têm. Leiam:
É de se perguntar neste momento o que diz da foto ao lado a juíza Cristina Luisa Marquesan da Silva, da 1ª Vara da Fazenda Pública, que garantiu a permanência do bando de desordeiros e sexistas dos grupos patrocinados pelas bancadas de vereador do PT e do PSOL, buscando uma reunião de conciliação entre os representantes do povo e esse tipo de gente desclassificada, que censurou a imprensa, despojou os vereadores dos mandatos, vandalizou as instalações legislativas e espancou o próprio presidente, o vereador Thiago Duarte, do PDT. A juiza Marquesan obrigou a direção do Legislativo a se desmoralizar e se humilhar no diálogo com as “pessoas ordeiras" que invadiram e ocuparam a Câmara, segundo suas palavras, baseada em relatório dos seus atentos oficiais de Justiça, revogando por isto liminar de desocupação, em vez de simplesmente cumprir a letra fria da lei.
. Todos os que patrocinam esse grupo de celerados devem ser responsabilizados civil e criminalmente tanto quanto ele, inclusive seus interlocutores e apoiadores mais recentes, no caso os vereadores do PT e do PSOL, seus líderes, e o próprio governador Tarso Genro, que os recebeu em Palácio. São gravíssimas infrações da Constituição, dos Códigos Penal e Civil, sem contar as violações éticas por parte dos vereadores coniventes. PT e PSOL perderam a eleição de modo acachapante, tentaram um terceiro turno e se desmoralizaram juntamente com os arruaceiros que apoiaram na invasão.
. Fotos ainda mais escabrosas, inclusive de sexo grupal, circulam livremente pela Internet. Estão todas postadas no Google, mas também em blogs de personalidades como o ex-desembargador Ruy Gessinger e o jornalista Rogério Mendelsky, além do empresário Hélio Wolfrid. Gessinger avisou que a Câmara foi transformada num lupanar durante a semana de ocupação.
. Não existe nada parecido na história política do Brasil, do RS e de Porto Alegre.
. O que ocorreu na Câmara de Porto Alegre, vai muito além da violação do estado democrático de direito, porque se tratou de ataque frontal às regras mais elementares da civilização sob a qual construímos nossas vidas, sobretudo das nossas famílias e da sociedade brasileira.
. Os crimes cometidos na Câmara de Vereadores, estarão inscritos com estas cenas de horror e opróbrio, para sempre na história da nossa cidade, do RS e do Brasil.
- O jornal Zero Hora de hoje, verbalizando o que muita gente pensa, avisa que a Câmara deve pensar bem no que faz (o dono da casa não pode deixar a porta aberta e é culpado pelas tropelias dos ladrões), quando na verdade é a sociedade quem deve pensar bem nas ações predatórias dos grupos agressivos da esquerda mais fundamentalista alojada em Partidos como PT, PSOL, PCO, PCdoB e PCO, dispostos a usar a violência e o escândalo para impor a ditadura. A sociedade não pode permitir que a liberdade continue sendo usada para acabar com a liberdade, tampouco deve continuar transigindo diante da violação da lei. Do blog do jornalista Políbio Braga






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