DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 02-6-2013

NO BLOG DO EGÍDIO SERPA

Copa: só falta o serviço público

Toda a hospitalidade e toda a alegria de que é possuidor o cearense de Fortaleza deverão ser usadas ao máximo durante o período da aguardada Copa das Confederações.
A cidade tem um belo e confortável estádio – o Castelão, muito sol, belas praias e ótima culinária.
O que não está – nem estará – à altura da grandiosidade do evento é o serviço público – a segurança, o transporte, o fácil acesso rodoviário ao local dos jogos, banheiros nas praias e nas praças, essas coisas que, na Europa e nos EUA, são comuns.

Direto a Europa, só pela TAP

Fique sabendo que aqueles voos diretos de Fortaleza para Roma, pelo Boeing 777 da Alitália, foram suspensos.
A empresa italiana tirou daqui o seu avião e o colocou na rota de Roma para os EUA.
Para a Europa, em voo direto, só pela TAP, como era no princípio e continua sendo.

Ambiente hostil para os negócios

Está no Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022, plano elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI):
“A falta de clareza sobre direitos e deveres e as crescentes alterações nas legislações e nos marcos regulatórios prejudicam a competitividade. A falta de confiança de que as instituições garantirão o direito vigente geram dúvidas sobre a estabilidade das relações jurídicas e incertezas sobre as consequências dos atos baseadas nas normas jurídicas. Esse ambiente é pouco favorável ao desenvolvimento da atividade econômica. A isso se soma o peso da burocracia estatal e sua relação com os entes privados”.
Eis o ambiente hostil para os negócios.

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

MS: Planalto sabia
do risco de
tragédia e nada fez

Informado de que a reintegração de posse na fazenda Buriti, no Mato Grosso do Sul, poderia acabar em tragédia, o Planalto preferiu a omissão a adotar medidas para evitar o confronto que levou à morte um índio de 36 anos e feriu quatro policiais. O fazendeiro Ricardo Bacha participou de reunião com os ministros Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e José Eduardo Cardozo (Justiça), na terça (28), e fez um apelo dramático pela intervenção do governo. Fizeram-lhe ouvidos moucos

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Tirou corpo fora

A bancada federal do Mato Grosso do Sul está revoltada com o ministro da Justiça, que agora põe a culpa da tragédia nos policiais.

A quem interessa

O deputado Fábio Trad (PMDB-MS) alerta que as ONGs estrangeiras usam índios para expulsar os produtores das terras mais promissoras.

STF: Barroso
é critico da
linguagem rebuscada

A chegada de Luis Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal pode ajudar a acabar um dos males do Judiciário: a linguagem rebuscada. É um crítico desse tipo de linguagem. Segundo ele, ninguém é mais inteligente se chamar autorização do cônjuge de “outorga uxória” ou se chamar o STF de “Excelso Pretório”. “A linguagem jurídica já enfrenta problemas estéticos dramáticos, portanto, não é preciso piorá-la”, diz.

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Ninguém merece

A linguagem jurídica incorpora, como se fossem normais, expressões do tipo “mútuo feneratício”, "eleição de cabecel", "anticrese", "compáscuo".

Primo rico

Gracinha, o vice-presidente Joe Biden (EUA), prometendo “agilizar os vistos de brasileiros”. Ele decide tanto no assunto quanto os brasileiros.

Cortes do crioulo doido

Como diria o sábio Stanislaw Ponte Preta, é o samba do crioulo viajante: enquanto o governo decide “blindar” os gastos de viagem da presidenta Dilma e do seu vice Michel Temer, o Itamaraty sofrerá um corte de despesas de pelo menos R$ 2 bilhões até o final do ano.

That’s life

O vice dos EUA, Joe Biden, disse que adorou a “gigantesca” piscina do hotel no Rio. Em Paris, gastou quase US$ 560 mil, reservando cem quartos para a comitiva, há dois meses. Desta vez, foi mais modesto.

Ajuda do Planalto

Dirigentes petistas dizem que o senador Jorge Viana (PT-AC) conta com a interferência de Lula junto à presidenta Dilma para que a Polícia Federal suspenda as investigações no governo do irmão Tião Viana.

Pensando bem...

...o ministro Guido Mantega (Fazenda) já pode desafiar Angela Merkel a mostrar o “pibinho” dela.


NO BLOG DO NOBLAT

FRASE DO DIA
"A decepção com o crescimento da economia brasileira no início deste ano evidenciou o impasse da política econômica do governo Dilma Rousseff. Ao final de três anos de mandato, o PIB não terá crescido mais que 2% ao ano, metade do que o Planalto por tanto tempo apontou ser o mínimo aceitável". (Editorial da Folha de S. Paulo)


TCU dá auxílio-alimentação a 4,9 mil juízes federais e do Trabalho

Decisão aprovada há duas semanas ocorre após o tribunal favorecer seus próprios ministros
Vinicius Sassine, O Globo
Decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) aprovada há duas semanas abriu as portas para que 4,9 mil magistrados da Justiça Federal e da Justiça do Trabalho recebam pagamentos retroativos de auxílio-alimentação.
No acórdão, a Corte de Contas suspendeu a proibição até então vigente para o pagamento do benefício, em parcelas correntes e atrasadas, em todos os órgãos da Justiça Federal. A derrubada dessa última restrição sobre o tema vai gerar uma conta de R$ 312 milhões.
Numa decisão sigilosa em agosto de 2012, os ministros do TCU já tinham dado sinal verde para pagamentos retroativos do auxílio nos tribunais superiores, o que de fato ocorreu: ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Tribunal Superior do Trabalho (TST) já embolsaram as quantias equivalentes a gastos pretéritos com alimentação. O mesmo pode ter ocorrido no Superior Tribunal Militar (STM), que preferiu não informar se efetuou ou não o pagamento.
Com base nesse procedimento secreto, os ministros do TCU também se permitiram receber a regalia, calculada inicialmente a partir de 2011 e, em nova decisão, a partir de 2004. Os ministros do TCU receberam R$ 35 mil cada um, em média, a título de auxílio-alimentação referente aos últimos oito anos.



Cristais de MDMA que embalam as noites do Rio

Droga é chamada pelos usuários de ‘Michael Douglas’
Catharina Wrede, O Globo
É sábado à noite e a estudante A., de 23 anos, se arruma para sair. Junto com a carteira, o celular e as chaves de casa, coloca na bolsa um frasco pequenino. Dentro dele, cristais de MDMA (abreviação de metilenodioximetanfetamina) dissolvidos em quatro dedos d’água. Já na festa, com a ajuda de um conta-gotas, pinga generosas doses do líquido no drinque que comprou e bebe.
Após a ingestão, A. descreve um cardápio de sensações que costuma sentir: as cores saltam aos olhos, a música ganha uma melodia diferente e um simples toque de braços traz um prazer à flor da pele junto com a promessa de uma noite sem fim.
À primeira vista (gole?) inebriante, o MD — ou “Michael Douglas”, como também é chamado pelos jovens — pode provocar consequências nada glamourosas. Depressão, diminuição da produtividade e dependência química e psicológica são alguns dos efeitos colaterais.
Cada vez mais popular no Brasil, os cristais amarronzados estão tão presentes na noite carioca hoje quanto a cocaína nos anos 1980 e 1990, desbancando outras substâncias químicas ilícitas populares entre os jovens até então, como o ecstasy e o ácido.
— O MD é o princípio ativo do ecstasy. Podemos dizer que é uma cocaína mais fraca e também tem efeito mais brando que o LSD. Claro, tudo dependendo da quantidade ingerida — explica a chefe do Setor de Dependência Química e Outros Transtornos do Impulso, da Santa Casa da Misericórdia do Rio, Analice Gigliotti. — É um estimulante e mexe com o sistema nervoso central, causando alterações na percepção das cores, da luminosidade e dos sons.
Os números traduzem o aumento do consumo da droga. Segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP), os últimos dados computados e divulgados pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli apontam um aumento de 347,3% na apreensão de MD de 2010 para 2011.
Ou seja: se em 2010 a quantidade de MD apreendida foi de 123,9 gramas, em 2011 o número subiu para 554,2 gramas. Segundo o ISP, os dados de 2012 ainda não estão disponíveis. Apesar da maconha ainda continuar sendo a droga mais consumida, o MD é a mais usada entre as substâncias sintéticas, deixando o LSD em segundo lugar.
— Há algum tempo falava-se que o ecstasy não causava dependência. Hoje sabemos que isso não é verdade. Tenho pacientes dependentes de MDMA e outros que ingerem dez, 15 comprimidos de ecstasy por noite. O tratamento nesses casos é feito com medicamentos e psicoterapias cognitivas e comportamentais — afirma Analice Gigliotti.



NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

Pesquisadora da UFMG violenta a matemática e descobre que a homossexualidade, mais do que a heterossexualidade, é fator de “igualdade social”. Não contem pro Félix. Ele vai ficar inconsolável!!! Ou: Será todo hétero um fascista em potencial?

São Paulo realiza hoje mais uma edição da Parada Gay. A imprensa militante — isto é, a antigamente chamada “grande imprensa” — fala em até 3,5 milhões de pessoas, o que é uma sandice. No ano passado, o Datafolha mediu o público com critérios técnicos: os anunciados 2 milhões se reduziram a 270 mil, considerando os curiosos que ocupam as calçadas. “Paradeiros” mesmo, que fizeram todo o percurso, estimou-se, ficaram em torno de 65 mil. Ainda assim, é bom notar, é bastante gente! Mas não são 2 milhões, certo? Isso é número que serve à propaganda, justificando, ainda que com dados falsos, o peso editorial desproporcional que jornais, TVs e meios eletrônicos conferem ao evento.
Ao longo da semana, publicaram-se várias reportagens de apoio: o mercado consumidor gay e a renda dessa faixa da população; a indústria do entretenimento gay em São Paulo; os preparativos e coisa e tal. Bem, todo é mais ou menos a mesma coisa. As pautas ficam arquivadas, e aí é só atualizar o texto com entrevistados novos. Eis que, no Estadão (e ninguém deveria se surpreender mais com isso) deste domingo, uma reportagem foge da mesmice e informa: “Diversidade é maior entre casais gays”. É claro que há certa graça involuntária num título — ou terá sido picardia? — que informa ser maior a diversidade de um casal em que o Zezinho se casa com o Zezinho, não com a diversa Joaninha…
É que se falava de uma outra diversidade, a social!!! Ah, bom! Os subprodutos, agora supostamente acadêmicos, da cultura gay já ultrapassaram o limite da busca por aceitação e igualdade. Chegou a hora de provar a superioridade moral, intelectual e política da homossexualidade, no confronto com o que se passou a chamar de “heteronormatividade”. Qual e o busílis da reportagem, assinada por Luciano Bottini Filho e William Castanho? Prestem atenção!
Uniões de homossexuais registrariam maior variação de idade entre os parceiros (58,59% contra 45,96% dos héteros), de escolaridade (43,33% contra 37%) e de cor (36,74% contra 29,76%). Os dados foram coligidos pela economista Fernanda Fortes de Lena, da Universidade Federal de Minas Gerais. Nisso é gasto o nosso dinheiro… Bem, bem, bem… Como explicar, não é?
Qualquer pessoa dotada de um mínimo de raciocínio matemático — seja hétero, gay, bi ou assexuado — entende de imediato a razão de as coisas serem assim: como o universo em que os gays podem escolher seus parceiros é absurdamente mais reduzido do que aquele em que os héteros fazem as suas opções, então a condição obrigatória (ser gay) acaba tornando menos importante as condições ligadas ao mero gosto (idade parecida, mesma escolaridade ou mesma cor da pele). Ora, a condição exclusiva do universo em que os héteros selecionam potenciais parceiros é mais ampla do que a condição excludente — logo, eles podem partir para as exigências seguintes com muito mais chances de sucesso. Com os gays, dá-se o contrário: a condição excludente é muito maior do que a exclusiva, e o universo das escolhas se reduz dramaticamente.
O mesmo se daria — prestem atenção! — se viciados em Chicabon decidissem se casar só com outros viciados em Chicabon. Seria preciso deixar de lado outros critérios para, como dizia meu avô, “arrumar tampa pra binga” — a expressão quer dizer “achar o devido complemento”. Não estou comparando sexualidade com gosto por sorvete. Estou apenas deixando claro que, quanto menor o universo em que incide a condição necessária, mais se tende a relaxar nas condições meramente satisfatórias.
“Ciência” militante
Não, não, não! Se a coisa é óbvia, a chance de que seja aceita em certas áreas da universidade brasileira é muito reduzida. A tal economista Fernanda Fortes de Lena Prefere extrair do evidência dos fatos uma lição de educação, moral e civismo: “Os casais gays, em razão de suas características de associação de cor e escolaridade, contribuem menos para a transmissão de desigualdades na estrutura social”. AHHH, BOM!!!
Sabem aquela ideia antiga de que, afinal de contas, a heterossexualidade responde, vá lá, pela continuidade da espécie? Esqueçam. Os héteros contribuem mesmo é para “transmitir a desigualdade na estrutura social”. A afirmação desta gigante do pensamento traz alguns desdobramentos lógicos, a saber:
a: quanto mais casais gays, então, menos desigualdade na estrutura social;
b: o incentivo à formação de casais gays seria um estímulo à igualdade;
c : mas esperem… Imaginemos, sei lá, uma cidade formada por milhões de gays de todos os tipos: jovens, velhos, ricos, pobres, negros, brancos, mestiços, universitários, secundaristas… Falo de um lugar em que houvesse um exponencial aumento da oferta de parceiros. Será que essa dita “diversidade” maior de manteria? Ora…
A psicóloga Adriana Numan até ensaia a resposta correta — a população reduzida de homossexuais limita as escolhas —, mas, depois, fica com medo do óbvio e solta uma pérola do politicamente correta: “Os gays não precisam copiar os modelos dos heterossexuais; eles criam suas próprias regras.” É? Quais regras? União civil, casamento e adoção de crianças, tudo indica, significa justamente “copiar as regras”, não é? Até mesmo nos casos de inseminação artificial. Mas atenção para o que vem agora.
“Há preponderância da valorização da diferença no universo homossexual, e não falta de escolha. Entre os heterossexuais, existe um ideal romântico, no qual o homem deve ser um pouco mais velho, e as uniões devem obedecer a certos padrões. Existem orientações culturais, como se fossem fantasias coletivas”.
Quem afirma essas barbaridades é uma senhora chamada Regina Facchini, antropóloga do Núcleo de Estudos de Gênero Pagu a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Huuummm… Entendi! Os heterossexuais participam de uma fantasia coletiva, orientadas pela cultura. Por alguma razão que a antropóloga deve saber, mas não conta para ninguém, os homossexuais estariam imunes a esse determinismo cultural. Não sei se a dona colabora com a causa. Passa a impressão de que o indivíduo decidiu escolher alguém do mesmo sexo só para demonstrar que não é desses que se deixa levar pela maioria… Se ela estiver certa, a gente deve acreditar que uma mulher escolhe um homem um pouco mais velho porque é uma tonta romântica; já o gay que casa com um parceiro mais maduro o faz para deixar claro que valoriza a diversidade. Escrevo de novo: quando a Joaninha se casa com o Zezinho, está apenas reproduzindo a mesmice sem imaginação; se, no entanto, o Zezinho pega o Zezinho, e a Joaninha, a Joaninha, aí, sim, existe diversidade!!!
Evangélicos
No dia 25 do mês passado, aconteceu no Rio a “Marcha para Jesus”, promovida por denominações evangélicas. Reuniu, segundo estimativas da própria Polícia, 500 mil pessoas. Digamos que tenha sido a metade. É muita gente mesmo assim. O evento foi solenemente ignorado pela antiga grande imprensa. Era como se aquilo não tivesse acontecido. As marchas da maconha em São Paulo ou no Rio, que juntam entre 1 mil e 1,5 manifestantes, sempre mereceram cobertura mais ampla e mais entusiasmada — e invariavelmente a favor. No dia 5, na quarta-feira, denominação cristãs — e os católicos também estão sendo convidados — realizarão em Brasília, a partir das 15h, outra manifestação, desta feita em defesa da liberdade de expressão, da liberdade religiosa, da família tradicional e da vida — leia-se: contra o aborto. Também será ignorada? Vamos ver.
Antes que alguns bobalhões comecem a “bobalhar”, deixo claro: não estou contra passeata de ninguém — embora seja um absurdo realizar o ato gay na Paulista por razões óbvias. Chegar a pelo menos 10 hospitais da região se torna tarefa impossível. Cada um faça o que achar melhor, nos limites da lei. A minha questão diz mais respeito à imprensa do que aos manifestantes; diz respeito aos fatos. Ah, sim: o Félix da novela ficou inconsolável com essa parte da “igualdade social”….
Por Reinaldo Azevedo


NO BLOG DO CORONEL

África: Lula ganha U$ 200 mil por palestra e Itamaraty transforma embaixadores em boys de luxo do lobista.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou de sua influência no Itamaraty para agendar reuniões privadas com presidentes africanos durante um giro por quatro países em março deste ano. Alguns encontros reuniram políticos locais e representantes de empresas patrocinadoras das viagens de Lula: as construtoras Camargo Corrêa, OAS e Odebrecht.
As informações sobre a viagem estão em telegramas do Itamaraty. Grandes empreiteiras custearam viagens do petista a 13 países desde 2011. O pedido para que o Itamaraty agendasse os encontros foi feito por Clara Ant, assessora do Instituto Lula e ex-funcionária da Presidência. Ao receber os pedidos, algumas embaixadas pediram orientação do Itamaraty, em Brasília. A ordem foi de que o pedido de agendamento fosse feito por nota verbal (um tipo de documento diplomático) aos governos locais. Servidores do Itamaraty afirmam que o apoio é uma cortesia e que pode ser estendido a outras personalidades.
A primeira parada de Lula foi Malabo, capital da Guiné Equatorial. Segundo o Itamaraty, a agenda foi acertada entre o Instituto Lula, o Cerimonial da Presidência da República local, a Odebrecht, quefinanciou a viagem de Lula, e a embaixada brasileira. Lula teve audiência de duas horas com o ditador Teodoro Obiang, no poder desde 1979. A embaixada informou ao Itamaraty que a visita iria "projetar ainda mais o potencial de nossas empresas no mercado guinéu-equatoriano".
A próxima parada foi Gana. Duas semanas antes, Clara Ant informou à embaixada, por telefone, que Lula gostaria de encontrar-se com o presidente John Dramani Mahama no dia 15 de março, já que no dia 16 tinha reunião com representantes da Embrapa e do braço da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO). A diplomata local pediu orientações a Brasília, que recomendou o envio de "nota verbal à chancelaria local".
Clara Ant também contatou a embaixada no Benin. Segundo o telegrama, expressou "o desejo do senhor ex-presidente de manter encontro amigável com o presidente Boni Yayi". A embaixada foi incumbida ainda de organizar encontros de Lula com empresários brasileiros e do Benin. O embaixador Arnaldo Caiche informou Brasília: "O ex-presidente esteve acompanhado de empresários de grandes construtoras brasileiras: Queiroz Galvão, OAS e Odebrecht. Na ocasião, ficou evidente o despertar de interesse por projetos no Benin". 
Na ocasião, o empresário Marcos Queiroz Galvão propôs a abertura de um comitê de empresas do Brasil no país, "cuja função principal será a de prospectar oportunidades de investimentos". Na Nigéria, parada final da viagem, a assessoria do ex-presidente procurou a embaixada para marcar encontros com o presidente Goodluck Jonathan e com o ex-presidente Olusegun Obasanjo. Os diplomatas viajaram para organizar os encontros, desembolsando US$ 582 de verbas do Itamaraty.(Folha de São Paulo)


Inflação cresce e Dilma cai 10 pontos nas pesquisas.

Pesquisas reservadas entregues ao Palácio do Planalto mostraram que a maior ameaça aos planos de reeleição da presidente Dilma Rousseff vem do risco de descontrole da inflação, informação que reforçou a decisão da petista de priorizar o combate à alta de preços neste ano. Segundo a Folha apurou, sondagens feitas em abril registraram uma queda de até dez pontos na popularidade de Dilma num momento em que o avanço dos preços caiu na boca da população, com a inflação elevada sendo simbolizada pelo tomate mais caro nos supermercados.
A presidente, que já se mostrava preocupada com o tema depois das críticas da oposição ao risco de descontrole inflacionário no país, decidiu mudar o tom de seus discursos contra o perigo da alta de preços. Em março, ela havia afirmado que não concordava com medidas econômicas anti-inflacionárias que "matavam o doente". Segundo assessores, a mudança de tom já surtiu efeito. Uma nova rodada de pesquisas, levada ao Planalto nas últimas semanas, teria mostrado uma recuperação da popularidade da petista nesse tema, em alguns casos de até oito pontos percentuais. A equipe de Dilma diz que não foi só o discurso que fez diferença, mas também o início do recuo da inflação e da alta de juros feita pelo Banco Central em abril --de 0,25 ponto-- e na semana passada --de 0,50 ponto, fazendo a taxa atingir 8% ao ano.
A decisão do BC de elevar a dose de aumento de juros, por sinal, contou com o "apoio integral" da presidente Dilma, dentro da avaliação de que é preciso garantir a queda da inflação neste e, principalmente, no próximo ano, da eleição presidencial. Assessores mais próximos de Dilma, porém, avaliavam que o PIB fraco do primeiro trimestre (0,6%) recomendava a manutenção da alta de juros feita em abril, de 0,25 ponto percentual.
Um deles disse à Folha que o BC foi "muito severo" e que não há o "menor risco" de a inflação sair do controle. Outro, questionado sobre o que achava da decisão do banco, afirmou que o "Financial Times" --jornal britânico que tem criticado a política econômica do governo Dilma-- deve ter gostado muito. Um terceiro disse avaliar que o BC nem precisava subir os juros, mas que esse não é pensamento da chefe e que ela decidiu fechar com o presidente da instituição, Alexandre Tombini, a quem hipotecou "apoio integral".(Folha de São Paulo)


NO BLOG DO JOSIAS


Dops gaúcho ‘fichou’ o primeiro marido de Dilma, cujo nome não foi citado na biografia oficial dela


Em 14 de março de 1969, a máquina de espionagem da ditadura abriu uma ficha para “Dilma Lana Roussef Linhares” no Departamento de Ordem Política e Social do Rio Grande do Sul. Além de um par de erros –é Vana, não “Lana”; é Rousseff, não “Roussef”— a identificação trazia um sobrenome que o tempo apagou da biografia oficial da atual presidente da República: “Linhares”.
A ficha de Dilma é uma das 4,6 mil que o Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul catalogou. Digitalizado, o material foi oferecido à consulta pública na internet, neste final de semana, pelo diário gaúcho ‘Zero Hora’. Tomada pelo poder que detém no presente, essa Dilma de 44 anos atrás –“estudante” e “comunista”– mereceu dos espiões do Dops gaúcho um resumo mixuruca. Apesar disso, a anotação explica o sobrenome desconhecido:
“A nominada é esposa de Cláudio Galeno de Magalhães Linhares (vulgo Lobato), estudante da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG. Está desaparecida e é solicitado pelo SCI a sua prisão, é ligada à organização trotskista recentemente levantada em Belo Horizonte.”
Primeiro marido de Dilma, Cláudio Galeno, mineiro de Ferros, à época estudante de sociologia, participou de uma ação ousada: o sequestro de um avião brasileiro levado do Uruguai para Cuba. Na biografia oficial da ex-mulher, exposta na página eletrônica do Planalto, Galeno é tratado como um clandestino. Foram casados por dois anos. União formal, com registro em cartório. Porém…
O texto da Presidência ignora Galeno. Menciona apenas o ex-companheiro com quem Dilma teve sua única filha, Paula. “Em 1969, conhece o advogado gaúcho Carlos Franklin Paixão de Araújo”, anota a biografia. “Juntos, sofrem com a perseguição da Justiça Militar. Condenada por ‘subversão’, Dilma passa quase três anos, de 1970 a 1972, no presídio Tiradentes, na capital paulista.”
Quer dizer: em 1969, quando a turma do Dops imaginava que Dilma ainda era mulher de Cláudio Galeno, ela já estava noutra sintonia. A ditadura desbaratara em Belo Horizonte a organização Colina (Comando de Libertação Nacional). Dilma e Galeno tiveram de fugir. Ele foi escalado para atuar em Porto Alegre. Ela passou a esgueirar-se, clandestina, entre o Rio e São Paulo.
No Dops gaúcho, Dilma era a ficha número 25. Galeno, a 24. Ela não militava em Porto Alegre. Quanto a ele, na ocasião em que sua presença foi farejada na capital gaúcha, o codinome já não era “Lobato”, como mencionado na anotação da ficha. No final da década de 60, Galeno escondia-se atrás de várias outras identidades. Entre elas Ivan e André.
Procurada, Dilma não quis comentar o assunto. Galeno, hoje com 71 anos, vive na Nicarágua com a segunda mulher e duas filhas. Alcançado pelo telefone, rememorou nacos do passado. A Colina fundiu-se à VPR, dando origem à Vanguarda Armada Revolucionária, a Var-Palmares. Ele era um dos coordenadores da nova organização no Rio Grande do Sul. Mudava de endereço amiúde.
Passou uma temporada na casa de Luiz Heron Araújo, irmão de Carlos Araújo, o companheiro que Dilma conheceria no Rio. Noutra fase, mudou-se para uma pensão no centro da capital gaúcha. Moravam no mesmo local outros militantes. Entre eles um amigo mineiro de Galeno e Dilma: Fernando Pimentel, atual ministro do Desenvolvimento.
Súbito, sumiram no Rio de Janeiro dois militantes da Var-Palmares. Fausto Machado Freire e Marco Antonio Meyer. Para forçar os militares a dar conta do paradeiro da dupla, a organização decidiu sequestrar um avião. “Exército, Marinha, Dops, polícia, ninguém dava notícias deles”, recorda Galeno. “Estavam ameaçados de morte. O sequestro foi uma maneira de denunciar a prisão deles e exigir que os familiares pudessem vê-los.”
Junto com outros três companheiros, Galeno viajou para Montevidéu. Ali, juntaram-se a um estudante goiano que se exilara na capital uruguaia havia quatro anos. Em 31 de dezembro de 1969, o grupo embarcou num avião Caravelle, da brasileira Cruzeiro do Sul. Fazia a rota Montevidéu-Porto Alegre-São Paulo-Rio. Contando com eles, eram 21 passageiros. Armados, anunciaram o sequestro logo depois da decolagem.
O avião foi desviado para Cuba. Como a autonomia de voo do Caravelle era pequena, fizeram quatro escalas antes de aterrissar em Havana: Argentina, Chile, Peru e Panamá. Em Lima, a aeronave teve de passar por uma manutenção. Sob cerco da polícia peruana, um dos sequestradores concedeu uma entrevista improvisada. A ação obteve repercussão internacional. Segundo Galeno, a ditadura viu-se compelida a admitir que capturara Fausto Freire e Marco Meyer. Estavam vivos.
Duas semanas depois, no alvorecer de 1970, Dilma foi presa em São Paulo. Nada a ver com a ação armada de Montevidéu, diz Galeno. “Na época, não tínhamos contato. Ela não teve qualquer participação no sequestro.”
Nas pegadas da Lei da Anistia, Galeno voltou para o Brasil, em 1979. Dilma já vivia em Porto Alegre. Reaproximou-se dela, dessa vez como amigo. Em 2005, tornou-se assessor de Fernando Pimentel, então prefeito de Belo Horizonte. Visitou Dilma em Brasília depois que ela substituiu José Dirceu na Casa Civil, sob Lula.
Aposentado, Galeno fixou residência em Manágua. Em 2011, voou até Brasília para prestigiar a posse de Dilma na Presidência. De longe, acompanha o desempenho da ex-mulher. “Sou suspeito para dizer isso, mas acho que ela faz um excelente governo.”


NO BLOG ALERTA TOTAL

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Leia também o site Fique Alerta – www.fiquealerta.net
Por Jorge Serrão – 
serrao@alertatotal.net

O piadismo militante – como diria o imortal Odorico Paraguaçu – costuma disputar grandes espaços na internet, junto com a pornografia (campeã absoluta de acessos). Uma das eficazes gracinhas virtuais recentes é a “Aula de Gramática”. Sua sistemática apela para um chulo método de revisão da língua portuguesa através da relação direta entra a politicagem e a filhadaputice - no Brasil, coisas quase sinônimas.
Fechem os narizes, os ouvidos e os olhos para os ensinamentos de baixaria:
- “Filho da puta” é adjunto adnominal, quando a frase for: "Conheci um político filho da puta".
- Mas se a frase for: "O político é um filho da puta", daí, é predicativo.
- Na sentença: "Esse filho da puta é um político", temos o sujeito.
- Porém, se o cara aponta uma arma para a testa do político e diz: "Agora nega o roubo, filho da puta!" – vemos o vocativo.
- Finalmente, se a frase for: "O ex-ministro, aquele filho da puta, desviou o dinheiro das estradas" – estamos diante do aposto.
- Agora se estiver escrito: "Saiu da presidência e ainda se acha presidente” - o filho da puta vira sujeito oculto.
O Brasil é uma piada seríssima! Neste domingo, a partir do meio-dia, São Paulo vai realizar aquela que é a maior manifestação popular do Brasil. Os antigos locutores esportivos definiam que tal evento era uma comemoração de torcida de futebol. Mas a celebração que levará milhões de pessoas à Avenida Paulista é a 17ª Edição da Parada Gay, com o tema “Para o armário, nunca mais”.
Aproveitando o mote da parada de maior sucesso do País, vale a pena perguntar: quando é que a grande massa de indignados cidadãos brasileiros vai sair do armário da apatia, para protestar contra tudo que está errado: corrupção e violência – que matam mais gente que nas guerras convencionais?
A indignação pode explodir a qualquer momento? Quando e onde, precisamente? A qualquer hora e em qualquer lugar. O motivo: só se for o mais banal possível. Temas sérios, densos, políticos, não mobilizam tanta gente. Excetuando-se a Marcha para Jesus – que ainda leva muita gente para as ruas -, nem comemoração de campeonato de futebol faz tanta gente “sair do armário”.
No próximo dia 10 de junho, às 18 horas, no MASP, em São Paulo, está marcada uma “Marcha da Família com Deus em Defesa da Vida, da Liberdade e da Democracia, contra o Comunismo”. É muito boa a ideia de inundar de verde e amarelo o vermelho do MASP. Tomara que a mobilização via Facebook dê certo e subverta a triste realidade do imobilismo cidadão, levando milhares de pessoas ao protesto, em plena hora do rush paulistano.
No dia 11 de junho, a partir das 9h da manhã, na Praça dos Três Poderes, em Brasília, também está agendado o “Dia do Levante”. A intenção é promover uma “Vigília por um Brasil Justo, Ético e Seguro, Pela Valorização dos Profissionais Militares e Respeito ao Povo Brasileiro”. O Palhaço do Planalto não está achando graça do evento – que deve levar muitos militares da reserva e seus familiares para a arena do protesto. Pode haver repressão, no melhor estilo stalinista do governo.
Um fato é bem objetivo. As pessoas estão ficando de saco cheio. Mas o que falta para o negócio transbordar em protestos? Nas redes sociais, as reclamações abundam. Difícil e mais raro é tirar a bunda da cadeira diante do computador e sair efetivamente para protestar ou tomar alguma atitude administrativa-judicial (por mais ineficazes que elas pareçam). O governo petralha respira, aliviado, porque poucos ousam sair do armário da apatia cidadã.
Sábado, em O Globo, o senador Cristovam Buarque escreveu um artigo muito pertinente sobre o tema “Sede de Indignação”. O parlamentar avalia que “o povo está com sede de indignação”. Cristovam defende que agora precisamos de raiva e vergonha – e não apenas de consciência – para enfrentar os problemas e cobrar soluções para a lamentável realidade brasileira.
A massa ignara e manipulada sai às ruas e convulsiona a sociedade, se sentir necessidade. Vide o teste de fidelidade feito pelo comando petralha com seus zumbis eleitoreiros que recebem o “Bolsa-Voto” do governo. Bastou um boatinho para botar todo mundo protestando. O teste de manipulação rendeu nota 10. Se depender dos beneficiários, o PT sai do poder no dia de São Nunca.
Como bem definiu o cantor Lobão, a Terra do Nunca é aqui mesmo. Infelizmente, achar cidadãos com disposição e efetivamente organizados politicamente, em grande número, para enfrentar o Governo do Crime Organizado é igual a encontrar uma fruta começando pela letra E para vencer o joguinho do Stop.
Pode parar que você dificilmente vai encontrar...  Mas, não custa tentar e insistir. Quem sabe muitos não topam sair do armário – não apenas para se divertir na parada gay?
Afinal, nos tempos atuais, parece que a Esperança é última...

Que solta a franga...



Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.













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