DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 28-4-2013

NO BLOG DO EGÍDIO SERPA


Nordeste é só para aplaudir o Sul


Empresários cearenses da indústria e do comércio chamam a atenção para o fato de que as desonerações concedidas pelo Governo Federal nos últimos dias só têm beneficiado as regiões Sul e Sudeste.
Ou seja, tornam mais dinâmico o que já é dinâmico.
O Nordeste – castigado por mais uma grande seca – parece só destinado a bater palmas.

Nordeste tem porto, mas não tem silos


Para o deputado federal cearense Antônio Balhmann, a região Nordeste carece de logística para receber e armazenar a grande quantidade de milho de que precisam sua pecuária e sua avicultura.
“Temos uma estrutura de portos que opera com as dificuldades conhecidas. Mas falta-nos a estrutura de silos, máxime nos portos de Suape, em Pernambuco, e de Pecém, no Ceará. Sem silos, não é e nem será possível garantir os estoques necessários de milho” – afirma Balhmann.
Além disso, para agravar o problema causado pela seca que castiga o Nordeste – o Ceará no meio, “a política de juros praticada pelo Governo para o produtor rural é inaceitável”, acrescenta ele.
O parlamentar sugere a redução dos impostos que incidem sobre os principais insumos do agronegócio – a energia elétrica em primeiro lugar – e o perdão das dívidas.

Brasil de um jeito, China de outro jeito


Faz 13 anos que se constrói o Metrofor – o metrô de Fortaleza, a um custo que beira os R$ 2 bilhões.
Ele ainda não está pronto.
Há mais de 20 anos, constrói-se em São Paulo o Rodoanel – uma autoestrada que rodeia a capital paulista e cuja conclusão vai demorar pelo menos mais cinco.
Vinte anos atrás, não havia trem bala na China, que hoje, todavia, tem a mais longa e espetacular malha de ferrovias do mundo – um dos seus trens circula a 5.400 metros de altitude nas montanhas do Tibete.
Há corrupção na China e aqui também.
Então, o que faz o Brasil andar tão lentamente em relação aos seus pares dos Brics?
Na área da competitividade, o Brasil é só o 48º colocado – a China é a 29ª.
Terá desaparecido o espírito de indignação do brasileiro?


NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

A força poderia dar mais resultado quando o assunto é crise energética

A presidente Dilma, que tem declarado ser preciso acreditar que o Brasil não vai ter crise energética, detalhou mais, acentuando que vamos descobrir o gás que precisamos descobrir ou vamos comprar o gás que precisamos comprar. É preciso acreditar nisso, diz o jornalista Carlos Chagas. Somente acreditando vamos ver as coisas acontecerem. Trata-se de verdadeira manifestação de fé.  O problema é que a razão aponta no sentido oposto. A Petrobrás já começou a racionar o gás. Cortou 17% da distribuição no eixo Rio-São Paulo. A falta de chuva contribui racionalmente para o temor de vir a faltar energia hidrelétrica. A falta de recursos marca outro ponto para a razão, no que diz respeito à inacabada terceira usina nuclear de Angra IIILeia o artigo completo.

Ação e reação

Assim que o deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) começou a recolher assinaturas para a CPI da Caixa, para investigar lavagem de dinheiro nas loterias, o banco pediu uma reunião “imediata” com ele.

Tudo muito estranho

Garotinho marcou para a próxima semana a reunião que a Caixa pediu, mas ele avisa que não citou “nem 10% das irregularidades”, como os 550 acertos de um apostador e 107 prêmios no mesmo dia para outro.

Itamaraty mantém cônsul-geral que é
acusado de assédio

Em novo abaixo-assinado ao chanceler Antonio Patriota e a Heraldo Povoa, corregedor do Itamaraty, os funcionários do consulado-geral do Brasil em Sidney (Austrália) pedem o afastamento preventivo do embaixador Américo Fontenelle e do adjunto César Cidade, acusados de assédio moral e sexual há mais de três meses. Dizem eles que Fontenelle circula no consulado avisando: “Isso não vai dar em nada”.

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TIM acusada de aplicar golpe em
clientes que viajam para o exterior

Foto

Após ser acusada pela própria Anatel de aplicar golpe na clientela do plano Infinity (que pagam pelo número de telefonemas e não pela duração deles), derrubando de propósito as ligações para provocar outras, a empresa de telefonia celular TIM está sendo acusada de criar mais uma maneira de aplicar golpes nos clientes em viagem ao exterior. Cliente da TIM que viaja principalmente para os Estados Unidos, é obrigado a pagar, sem nenhuma outra opção, R$ 29,90 por um período de 24 horas após realizar uma ligação ou receber um chamado do Brasil. Esse valor dá direito ao usuário a falar por 50 minutos no período estabelecido pela TIM. A partir daí, as ligações – feitas e recebidas – são cobradas individualmente. O problema é que, invariavelmente, o usuário consegue receber ligações (sempre de péssima qualidade) e, no máximo, durante as 24 horas que está pagando pelo serviço, consegue fazer uma, ou, às duras penas, duas ligações para o Brasil e sempre com dificuldade de ser entendido. A situação é tão crítica que neste domingo (28), às 01h27m (horário de Brasília) um cliente da TIM ligou dos Estados Unido os para o telefone que a empresa coloca à disposição para reclamações  (00551128476144) feitas do exterior. Após tentar a ligação por várias horas, o cliente conseguiu ser atendido pela funcionária de nome Eliete. Para o seu desespero, assim que começou a relatar o problema a ligação começou a falhar  e, logo em seguida, caiu. O máximo que o cliente da TIM conseguiu foi receber no seu aparelho iPhone o número do protocolo de reclamação com o “obrigado da empresa pela ligação”. O golpe da TIM é antigo e apesar das várias reclamações de clientes que viajam para o exterior, ela não apresenta uma solução. A TIM cobra mas não apresenta um serviço de qualidade. Não é novidade.

Mansão de
Erenice volta ao
limbo, no Lago Sul

Recuperaram a tranquilidade os moradores de uma pacata rua da QI 11 do elegante bairro Lago Sul, em Brasília, antes incomodados pelo frenético entra-e-sai de carros oficiais de ministros e parlamentares, e carrões de lobistas. Após a revista Veja revelar as suspeitas atividades da ocupante da requisitada mansão, onde funciona o escritório da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, a paz finalmente voltou a reinar.

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Bate em mim

A presidenta Dilma prestigiava um grupo de assessores chamados de “espancadores”, no papel de advogado do diabo de projetos. Mas esse grupo perdeu o élan e não se reúne mais. Agora são os espancados.

Pensando bem...

...veio na hora certa para o cofrinho de Lula a coluna no site do New York Times com o dólar acima de R$ 2,00.


NO BLOG DO NOBLAT

Erenice assessora multinacionais em projetos bilionários

Fernanda Krakovics Danilo Farielo, O Globo
Pouco mais de dois anos e meio após ser demitida da Casa Civil em meio a denúncias de tráfico de influência, a ex-ministra Erenice Guerra (foto abaixo) tem defendido interesses de grandes multinacionais que buscam conquistar negócios junto ao governo federal, inclusive em obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
O escritório Guerra Advogados, do qual é sócia, está representando empresas do setor de energia. Erenice era consultora jurídica do Ministério de Minas e Energia quando a presidente Dilma Rousseff era titular da pasta. Ex-braço-direito de Dilma, de quem foi secretária-executiva na Casa Civil no governo Lula, Erenice assumiu o comando da pasta quando a petista saiu para disputar a Presidência em 2010.


Supremo prepara resposta categórica e coletiva para Câmara

Felipe Recondo e Ricardo Brito, Estadão
Ministros do Supremo Tribunal Federal articulam uma resposta categórica e institucional contra a aprovação pela Câmara da proposta de emenda constitucional que diminui o poder da Corte. O porta-voz da reação do Supremo será o decano do tribunal, ministro Celso de Mello (foto abaixo), que fará um pronunciamento durante a semana questionando os efeitos da chamada PEC 33.
Até o momento, os ministros deram respostas separadas e desarticuladas contra a aprovação da proposta pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara que dá aos parlamentares a prerrogativa de rever decisões do Supremo nos casos de ações de inconstitucionalidade e súmulas vinculantes. Com a reação enfática que pretendem dar, os ministros esperam que a proposta seja definitivamente engavetada e que a ofensiva blinde a Corte de novas investidas.


Leticia Lins, O Globo
Alvo de muita polêmica, idealizada nos tempos do Império (o primeiro projeto data de 1847), a transposição do Rio São Francisco, em implantação desde 2007, lembra hoje uma quilométrica passarela de retalhos na qual faltam costura e pedaços de tecido.
Aguardada por quatro estados do Nordeste que amargam a maior seca dos últimos 40 anos, aquela que seria a redenção de 12 milhões de sertanejos não passa de um conjunto de canais desconectados, dutos enferrujados com ferros retorcidos e estação elevatória que parece um fantasma de concreto. Às margens da BR-316, no município de Floresta, a 439 quilômetros de Recife, duas colunas gigantescas servem de suporte para nada.

Em Floresta (PE), a Transposição está parada Foto: Hans Manetuffel / O Globo


Neonazistas são presos após agredirem homem em Niterói

O Globo
Sete jovens neonazistas foram presos na manhã deste sábado após agredirem um nordestino no Centro de Niterói. De acordo com a delegada adjunta da 77ª DP (Icaraí), Helen Sardenberg, os jovens — seis homens e uma mulher — tinham tatuagens de suásticas e vestiam camisas com referências neonazistas. Alguns deles tinham a cabeça raspada. Com o grupo, a polícia encontrou duas facas, um bastão, panfletos e ferramentas usadas para tortura.
A vítima foi identificada como Cirley Santos, de 33 anos. Ele nasceu em Natal, no Rio Grande do Norte, e já conhecia um dos envolvidos. Ele contou que foi abordado pelos jovens, que o chamaram de “nordestino de merda”. A vítima disse ainda que eles fizeram alusão a Hitler e começaram a agredi-lo.

Foto: Luiz Ackermann / Agência O Globo


Maracanã reabre com festa, luzes, protestos e muitos gols

Allan CaldasCarolina de Oliveira Castro e Gian Amato, O Globo
Muitos dirão que o novo Maracanã é um outro estádio, que o antigo acabou. Outros defenderão que a nova casa do futebol do Rio, além de ainda ser bonita, é mais moderna e confortável. O fato é que na sua primeira noite de futebol após mais de dois anos e meio, o novo e o tradicional conviveram no Maracanã.
Como antigamente, o estádio viu craques no gramado, manifestações populares de todo tipo na plateia e antigos problemas. Compondo o cenário, telões de alta definição, iluminação de última geração, nova cobertura e um gramado irretocável.

Foto: Urbano Erbiste / O Globo


Inflação alta traz de volta fantasma da indexação e preocupa Dilma

O Globo
A presidente Dilma Rousseff tem dito a interlocutores que está preocupada com o risco de uma volta generalizada da indexação na economia. Esse é um problema do qual o Brasil nunca conseguiu se livrar totalmente e que tende a crescer em momentos como o atual, em que a inflação está alta e resistente.
O maior temor da presidente é que, para se proteger da forte alta dos preços, os agentes econômicos comecem a transferir automaticamente para produtos e serviços as perdas provocadas pela inflação passada. Isso reduz fortemente o poder de compra da população e torna mais difícil fazer os índices de preços convergirem para as metas estabelecidas pelo governo.


Endividadas, indústrias de etanol fecham as portas

Ronaldo D'Ercole, O Globo
Festejada como potência mundial, a indústria brasileira do etanol vive tempos difíceis. Nos últimos quatro anos, das 330 usinas do Centro-Sul do país, 40 fecharam as portas e outras dez devem parar de moer cana de açúcar neste ano.
Endividada e sem novos projetos de investimento, a indústria da cana deve encerrar a atual safra operando com 96% da capacidade instalada, nível delicado diante das perspectivas de aumento de 13% na demanda anual de etanol no mundo e de crescimento do mercado doméstico.



NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

Somos reféns da má consciência que santifica bandidos, tomando-os ou como vítimas passivas das condições sociais ou como militantes involuntários da igualdade

Vejam este desenho do cartunista Henfil. Logo entenderão por que ele está aí. Volto em seguida.
Você que trabalha, você que estuda, você que estuda e trabalha, nós todos, enfim, somos reféns da má consciência disfarçada ou de generosidade humanista ou de sociologia da reparação, que permitem que facinorosos fiquem por aí, à solta, matando pessoas de bem. Vamos lá.
No texto que publiquei na tarde de ontem sobre a prisão dos assassinos da dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza, escrevi: “A depender de como caminhem as coisas, bastará, para aliviar parte da punição dos outros, que o menor assuma a responsabilidade. A sua ‘não-pena’ já está definida.” Na mosca! Adivinhem o que aconteceu… Em depoimento à polícia, o tal menor assumiu a responsabilidade. Relatou a delegada do caso: “Ele [o menor] revelou que jogou álcool na dentista, que já estava amarrada, com as mãos para trás, e com o isqueiro ficou fingindo que iria colocar fogo para torturar. Até que, bravo porque o Jonathan [o que tinha pegado o cartão e saído para sacar dinheiro] ligou dizendo que, na conta, só havia R$ 30, disse que ‘isqueirou’ a moça e, de repente, o avental começou a pegar fogo, e ela incendiou. E ele conta isso como se estivesse falando sobre o capítulo de uma novela”.
Era evidente! O menor daria um jeito de livrar um pouco a barra de seus companheiros. Isso já se tornou parte do jogo e do risco. O covarde fará 18 anos em junho. Como praticou crime hediondo, com dois meses a mais de vida, pegaria de 12 a 30 anos de cadeia e só teria direito ao regime de progressão depois de cumpridos dois quintos. Por causa de menos de 60 dias, esse monstro asqueroso será solto daqui a três anos. E estará pronto para “isqueirar” outras pessoas. Mas não há risco de isqueirar Maria do Rosário. Não há risco de isqueirar Gilberto Carvalho. Não há risco de isqueirar José Eduardo Cardozo. Não há risco de isqueirar Dilma Rousseff. Os seguranças não deixam. Nota: três anos é internação máxima. Pode sair antes, sim.
Era evidente que ele assumiria a culpa porque não é menos evidente que tem consciência da impunidade.
Um dia, já notei aqui, um desses esquerdistas de butique e botequim tentou ironizar o fato de eu usar esta expressão: “pessoas de bem”. Seria, segundo entendi, o emblema do meu reacionarismo, do meu direitismo, da minha crueldade com o povo… Fôssemos opor a sua biografia à minha, do povo, aquele vagabundo moral não conhece a cara, a casa, os valores, as dificuldades, os anseios… Eu conheço. Para gente assim, escrevi no dia 24 de novembro de 2011 o texto Meus heróis não morreram de overdose. Alguns dos meus amigos de infância é que morreram no narcotráfico! E foi uma escolha!
Origem social não torna ninguém certo ou errado. Mas uma coisa eu posso assegurar, e o faço com a minha experiência de vida: pobre não é sinônimo de bandido; pobreza não é sinônimo de mau-caratismo; carência não é sinônimo de violência. “Ah, mas tudo isso ajuda…”. Errado também! A bandidagem é que se aproveita da falta de estado nas áreas pobres do país e torna refém a população — majoritariamente composta de pessoas honestas. Existem pobres que não prestam. Existem ricos que não prestam. Existem remediados que não prestam. “Que diferença faz saber isso?” A diferença entre políticas públicas certas e erradas de combate à violência.
As pessoas comuns, todos nós, arcamos com o peso e com o risco de uma leitura sobre a violência que é de caráter, antes de mais nada, ideológico. A luta contra a ditadura no Brasil criou alguns mitos que se colaram à consciência dos ditos bem pensantes e lá ficam, punindo justamente os pobres que supostamente quer proteger. Lembrava-me — e acabei achando no Google, como vocês veem lá no alto — de um desenho do cartunista Henfil (1944-1988), que era, sem dúvida, um grande talento da esquerda. Morreu antes de o PT malufar… Vejam lá o “homem de bem”, com cara de plutocrata, de gravata, pançudo, assaltado por um pivete de pés descalços, com trabuco na mão. O “burguês babaca” apela, claro, a um valor não menos “burguês”: a vergonha. Vergonha? O que está de arma não mão responde: “Não! Mas tenho fome, serve?”.
Os que se querem hoje de esquerda pararam aí. Atribuem a violência à pobreza e acham que suas agruras eliminam ou determinam os valores morais. Henfil estava longe de ser idiota. Sabia muito bem o que fazia. É evidente que seu desenho é uma metáfora — ou, mais apropriadamente — metonímia da luta de classes e, por óbvio, da luta armada. A decadência do marxismo e a inviabilidade do socialismo, de que o PT é a expressão mais eloquente, fizeram com que os neoesquerdistas passassem a confundir a luta por justiça com o crime. Assim, meus caros, não estranhem quando mensaleiros tomam o crime como luta por justiça…
O desenho do talentoso — e ideologicamente equivocado — Henfil é uma bobagem moral, é uma bobagem ética e uma mentira histórica estúpida. Não sei a sua data exata, mas deve ser do começo dos anos 1980. Atenção! Em 1980, a taxa de homicídios no Brasil era de 11,7 por 100 mil habitantes; saltou para 26,2 em 2010. Se ela tivesse se mantido como há 33 anos, quase 28 mil vidas seriam poupadas a cada ano. Nesse período, o Brasil se democratizou, os direitos humanos passaram a ser uma prioridade das políticas públicas, a miséria foi drasticamente reduzida, o ensino fundamental se universalizou, a saúde se expandiu enormemente, a expectativa de vida do brasileiro cresceu e, não custa lembrar, o partido de Henfil foi eleito três vezes para a Presidência da República. A taxa de homicídios por 100 mil habitantes cresceu 123%.
Drogas
A polícia informa que a quadrilha pode ter cometido oito crimes, quase todos em consultórios odontológicos — há um assalto a residência. Já haviam embebido antes vítimas em álcool, ameaçando incendiá-las. Tinham método. Chegavam a visitar previamente os locais como pacientes para facilitar o, digamos, trabalho posterior. Tanto os adultos presos como os dois menores “apreendidos” (é assim que se deve escrever por causa do ECA…) — um deles não participou desse assalto, mas dava abrigo aos comparsas — são usuários de drogas. Os dois ditos adolescentes já foram flagrados pela polícia portando drogas, mas era “só para consumo” e foram liberados.
E chegamos, assim, a mais uma das fantasias daquelas elites cruéis de que falo. Uma ONG faz campanha na TV pela descriminação das drogas. Os juristas que elaboraram uma proposta de um novo Código Penal querem definir uma quantidade que vai distinguir consumo de tráfico: o suficiente para cinco dias — o deputado petista Paulo Teixeira (SP) quer dez. Ignoro se os facínoras que incendiaram a dentista (…) estavam, aquela hora, sob o efeito de alguma substância, mas não seria de estranhar.
A estupidez militante está transformando o consumidor de drogas apenas num “doente”, num “dependente”, numa “vítima”, ignorando uma obviedade estupefaciente: para financiar o consumo, com alguma frequência, também se trafica. O deputado Osmar Terra (PMDB-RS), que fez um projeto endurecendo a pena para traficantes e criando um cadastro — não é de consumidores, é mentira! — de pessoas que se submetem a tratamento para que sua efetividade possa ser testada e acompanhada está sendo demonizado, transformado em vilão. Toma-se a realidade de classes médias abastadas, onde vigora o doce laxismo da impunidade, muito especialmente com as drogas, como medida da realidade brasileira.
“Ora, Reinaldo, esse horror aconteceu com as leis que temos.” É verdade. Como sou uma pessoa lógica, parto do pressuposto de que à eventual descriminação corresponderá um aumento do consumo — como aconteceu em Portugal, realidade que vigaristas tentam esconder. E haverá mais “doidões” soltos por aí. “Talvez a dentista não tivesse morrido se aqueles caras pudessem comprar droga na padaria…” Uma ova! Eles não fazem o que fazem porque não podem comprar maconha ou crack na padaria. Eles não fazem o que fazem porque, a seu modo, lutam contra a lei antidrogas. Eles fazem o que fazem porque seu senso moral a tanto os autoriza. A depender da droga que consumam — com a descriminação, qualquer uma estaria à mão —, diminui substancialmente a distância entre matar e não matar.
Somos, reitero, reféns da má consciência que, no fim das contas, santifica o bandido, fazendo dele ou uma vítima das condições sociais perversas ou uma espécie de militante da igualdade social, ainda que possa não ter muita clareza disso.
Em nenhum país do mundo, pesquisem, a vida humana é tão barata como no Brasil. Em nenhum país do mundo o coro na imprensa em favor de penas menores para bandidos é mais forte e audível do que o de suas vítimas reais ou potenciais. Aprendemos a tratar delinquentes como heróis e já chegamos ao requinte, na campanha do desarmamento, de tratar “pessoas de bem” como bandidas. Três anos! É o tempo que nos separa do risco de topar na rua com o assassino de Victor Hugo Deppman ou de Cinthya Magaly Moutinho de Souza. Eles reconhecerão a nossa cara, a universal cara das vítimas. Mas nós estaremos impedidos de reconhecê-los.
Para encerrar: a falta de vergonha pode levar alguém a apontar uma arma para assaltar o outro. A fome não!

Cotistas têm desempenho inferior entre universitários, mostram pesquisas. Ou: O cretinismo ideológico do petismo uspiano

A cretinice politicamente correta vai estrilar e tentar quebrar o termômetro para ver se acaba com a febre, como sempre. Já ouço a gritaria, a chiadeira, mas o fato é que dois estudos demonstram que o desempenho de cotistas nas universidades públicas é inferior ao de não cotistas. Só no começo? Não! A diferença se estende a todo o curso. Deve-se supor que isso possa ter algum impacto no desempenho do futuro profissional, não é mesmo? Se o sujeito for apenas um mau filósofo, problema dela (desde que não seja professor, é claro!). Já é mais complicado quando abre abdômenes ou projeta pontes, não é?
Mas as cotas vieram para ficar. É o tipo de caixa cuja tampa não pode ser aberta. Abriu, não há jeito. É por isso que a proposta elaborada pelas universidades estaduais em São Paulo é melhor do que a estupidez em vigor nas universidades federais. NOTA: eu sou contra qualquer cotismo no terceiro grau. Se aponto a superioridade do modelo paulista, é porque o considero menos danoso do que o do PT. Adiante.
No modelo proposto pelas universidades paulistas, os alunos que quiserem ingressar nas universidades por meio das cotas (mescla de critérios sociais e de cor de pele — nem negro nem branco são raças…) terão de fazer um curso de dois anos, um “college”. Trata-se, de fato, de uma capacitação. É o desempenho nesse college que vai determinar o ingresso ou não no curso superior.
Adivinhem só! Os petistas da USP saíram soltando os cachorros — e noto que há também pessoas contrárias por bons motivos; não nesse grupo, claro! Querem ver na USP o mesmo sistema bucéfalo implantado nas federais. Caso se analise o abaixo-assinado (eles adoram isso!), lá estão os nomes de sempre da esquerda chique uspiana — o submarxismo de botequim, que se viu obrigado a trocar a luta de classes pelo arranca-rabo de minorias.
Leiam trecho da reportagem de Érica Fraga, na Folha:
Alunos de graduação beneficiários de políticas de ações afirmativas, como cotas e bônus, têm apresentado desempenho acadêmico pior que os demais estudantes nas universidades públicas do país, mostram estudos recentes. As pesquisas também concluem que a diferença de notas perdura até o fim dos cursos e costuma ser maior em carreiras de ciências exatas.
Universitários que ingressaram em instituições públicas federais por meio de ação afirmativa tiraram, em média, nota 9,3% menor que a dos demais na prova de conhecimentos específicos do Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes), que avalia cursos superiores no país. No caso das universidades estaduais, cotistas e beneficiários de bônus tiveram nota, em média, 10% menor.
Os dados fazem parte de estudo recente dos pesquisadores Fábio Waltenberg e Márcia de Carvalho, da UFF (Universidade Federal Fluminense), com base no Enade de 2008, que pela primeira vez identificou alunos que ingressaram por políticas de ação afirmativa. Foram analisados os desempenhos de 167.704 alunos que estavam concluindo a graduação nos 13 cursos avaliados em 2008, como ciências sociais, engenharia, filosofia, história e matemática.

Rezek – PEC do PT é de um “surrealismo espantoso” e “Gilmar Mendes não atravessou o sinal”

Por Roberto Maltchik, no Globo
Quando a Constituição foi promulgada pelo Congresso em 1988, Francisco Rezek ocupava uma das onze cadeiras do Supremo Tribunal Federal (STF). Hoje, aos 69 anos, o jurista acompanha, espantado, a iniciativa de um grupo de parlamentares que trabalham para submeter ao Poder Legislativo decisões da Suprema Corte. Rezek vai além: em entrevista ao GLOBO, disse que os defensores da proposta, admitida na quarta-feira pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, não leram ou não entenderam bem o que está escrito na Carta. E deram impulso a uma ideia de “surrealismo espantoso”, que só não é mais grave porque não tem a mínima chance de prosperar.
Se tivessem lido a Constituição, diz o ex-juiz da Corte Internacional de Haia, os deputados saberiam que o sistema brasileiro, nesse particular, é inegociável.
“O Congresso não tem a menor possibilidade jurídica de mudar a Constituição no sentido de modificar de algum modo a estrutura e a faixa de competência entre os poderes. Não poderia vingar proposta que alterasse o regime de coexistência entre os três poderes. Estão pretendendo se tornar, no lugar do STF, os guardiões, os controladores da vigência da Carta, mas uma Carta que provavelmente não leram. Porque, se tiveram lido, saberiam perfeitamente que o sistema nesse particular não pode ser mudado”, reage Rezek, que classifica como “picaresca” a proposta de submeter controvérsias entre Congresso e Supremo sobre emendas constitucionais à consulta popular.
“Quando o STF entender inconstitucional determinada emenda que o Congresso tenha feito à Constituição, o próprio Congresso receberá de volta a emenda (para decidir se concorda com a decisão). É obvio que não concordará. E o povo será chamado às urnas para uma consulta plebicitária. O povo seria convidado a participar da queda de braço. A ideia é de um surrealismo espantoso. Em 1993, o povo que já foi chamado às urnas para decidir o modelo político, o tipo de convivência entre os poderes e quais são as competências do Poder Judiciário”.(…)“A única coisa certa é um caldo de ressentimento muito intenso. Acho que está canalizando para a Justiça e para o STF um ressentimento acumulado ao longo de décadas da história do Brasil, cujo alvo era tradicionalmente o governo. Não é uma provocação matreira, que poderia ser apropriadamente qualificada como brincadeira. Foi um erro clamoroso, um disparate clamoroso. Os deputados estão se sentindo acuados pelo funcionamento normal das instituições e acharam essa maneira extremamente desastrada de reagir. O Congresso se sente, de algum modo, vexado pela ação dos outros poderes. Mas existem outras maneiras, muito mais convincentes, de agir”, afirma Rezek, acrescentando: “Eles não deveriam criar certos problemas dentro de suas próprias entranhas; proceder de modo mais seletivo no momento de fazer certas escolhas. Os congressistas sabem perfeitamente que caminhos deveriam ser tomados para se valorizar perante aos outros poderes e, sobretudo, resplandecer em relação à opinião pública.”
Se a proposta de limitar a força das decisões do STF provocou polêmica, o ministro Gilmar Mendes acrescentou novo ingrediente ao embate entre poderes ao conceder liminar que paralisou a tramitação de projeto de lei que inibe a criação de novos partidos. Rezek, no entanto, não acredita que Gilmar tenha agido em retaliação à medida aprovada no Congresso horas antes. Mas salientou que seria mais prudente submeter o assunto ao plenário da Suprema Corte:
“Acredito que (Gilmar Mendes) não (avançou o sinal). Talvez, em outro momento, em outra situação, fosse mais prudente levar isso ao conhecimento do plenário. Se houvesse a possibilidade de resolver essas coisas sempre em plenário, seria melhor. Os ministros (do STF) estão conscientes de que, neste momento, é preciso que a Corte não se torne vulnerável. Acho que a decisão deve ter sido muito bem fundamentada.”

Mais sucessos de Erenice, essa batalhadora incansável da eficiência e da ética

Na edição que começou a chegar aos leitores no dia 7 deste mês, VEJA demonstrou que Erenice Guerra voltou com tudo. Esteve em Fortaleza no mesmo dia em que lá despachava a presidente da República, Dilma Rousseff, sua ex-chefe, amiga de fé, irmã, camarada. É tratada por empresários como ministra ainda e tida como poderosa no Planalto.
O Globo também se interessou pelas atividades dessa batalhadora incansável da eficiência e da ética. Leiam trecho da reportagem de Fernanda Krakovics e Danilo Fariello:
Pouco mais de dois anos e meio após ser demitida da Casa Civil em meio a denúncias de tráfico de influência, a ex-ministra Erenice Guerra tem defendido interesses de grandes multinacionais que buscam conquistar negócios junto ao governo federal, inclusive em obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O escritório Guerra Advogados, do qual é sócia, está representando empresas do setor de energia. Erenice era consultora jurídica do Ministério de Minas e Energia quando a presidente Dilma Rousseff era titular da pasta.
Ex-braço-direito de Dilma, de quem foi secretária-executiva na Casa Civil no governo Lula, Erenice assumiu o comando da pasta quando a petista saiu para disputar a Presidência em 2010. A ex-ministra foi prestigiada pela antiga chefe mesmo após ser defenestrada do governo Lula. Erenice estava na ala dos convidados especiais do Palácio do Planalto na cerimônia de transmissão da faixa presidencial de Lula para Dilma. Também foi à festa da posse no Palácio do Itamaraty.
Com experiência na administração pública e uma rede de contatos no governo federal, Erenice foi contratada, por meio de seu escritório, pela multinacional Isolux Corsán, com sede na Espanha. Ela atua, por exemplo, em processo administrativo na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para rever as condições da concessão de trecho de linhas de transmissão de Tucuruí, sob controle da empresa espanhola.
A Isolux afirmou que contratou o Guerra Advogados e outros dois escritórios de advocacia de Brasília “com atuação administrativa junto à Aneel, para a discussão e o encontro de soluções em relação ao reequilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão de linhas de transmissão — Linhão de Tucuruí.” Área que Erenice conhece profundamente.
Na França, está o controlador de outro megaempreendimento do setor elétrico com a participação de Erenice, segundo fontes credenciadas do setor. A ex-ministra atua na disputa de bilhões de reais entre as usinas de Jirau e Santo Antônio pela alteração do nível do Rio Madeira, duas obras do PAC. Ela, segundo essas fontes, presta consultoria para a Energia Sustentável do Brasil (ESBR), que administra Jirau. A ESBR, que é controlada em 60% de suas ações pela francesa GDF Suez, disse que não se pronuncia sobre o tema da reportagem.
Segundo políticos que atuam na área de energia, Erenice está intermediando a negociação para venda de ativos da Petrobras na Argentina. E trabalhando para o grupo argentino Indalo, que fez uma oferta de compra. Procurado, o grupo Indalo não se manifestou. Já a Petrobras disse, em um primeiro momento, que não comentaria o assunto. Duas horas e meia depois, informou desconhecer qualquer ligação de Erenice com o grupo Indalo e esse tema.
(…)

Um padre tonto é tratado pela imprensa como se fosse um misto de Voltaire com Santo Agostinho. Ou: O sacerdote que decidiu dar um ultimato à Igreja: ou ela muda, ou ele não volta!

Ai, ai… É tanta bobagem que a gente mal sabe por onde começar. Em Bauru, há um padre chamado Roberto Francisco Daniel. Tem programa de rádio, costuma postar vídeos na Internet, usa piercing e anéis, exibe camisetas com estampas que remetem ao rock ou com a imagem de Che Guevara (o porco fedorento e assassino) e frequenta choperias. Fiquei sabendo de tudo isso lendo uma reportagem na Folha. O padre tem ideias muito próprias sobre uma porção de coisas:
- defende o amor entre pessoas do mesmo sexo;
– acha que maridos podem se apaixonar por homens, e as mulheres casadas, por mulheres. E podem viver esse amor sem problemas desde que não haja traição. Todo mundo tem de saber de tudo. A reportagem não diz, mas suponho que ele admita até a possibilidade de homens casados se apaixonarem por outras mulheres, e vice-versa… Não sei se entendem a sutileza.
– a reportagem informa que ele tem uma “legião” de seguidores. Descontraído, claro!, é conhecido como “Padre Beto”.
Se você quiser vê-lo e ouvi-lo a articular as suas, vá lá, ideias, há o vídeo abaixo. Volto em seguida.
Voltei
O primeiro parágrafo da reportagem da Folha é, como posso dizer?, teologicamente impagável. Reproduzo e comento.
“Conhecido por contestar os princípios morais conservadores da Igreja Católica, um padre de Bauru (329 km de SP) que havia sido formalmente repreendido pelo bispo local anunciou neste sábado que irá se afastar de suas funções religiosas.”
Comento
Veja vem, leitor: os “princípios morais” da Igreja Católica só podem ser considerados “conservadores” ou “progressistas” no cotejo com os princípios morais de outros grupos, certo? Caso sejam comparados com o islamismo xiita, por exemplo, serão considerados, não tenho dúvida, progressistas. Caso os dos xiitas sejam confrontados com os dos wahabitas, aí o xiismo é que vai parecer avançadinho… Imaginem só: no Irã, uma mulher pode dirigir, dar aula em universidade, participar do Parlamento. Na Arábia Saudita, nem pensar.
Assim, seria o caso de indagar: o que quer dizer “princípios morais conservadores da Igreja Católica”? Conservadores em relação a quê? Certamente a repórter tem como valor de referência a moral laica, não religiosa, agnóstica quem sabe, ateia no limite. E todos esses valores, obviamente, são legítimos para quem os cultiva.
Muito bem! O chato do Irã ou da Arábia Saudista é que não sobra espaço para ser cristão, ateu ou macumbeiro. Não é raro que a acusação de apostasia renda pena de morte. No Ocidente, não! No catolicismo, não! As pessoas são livres para escolher o que as faz felizes. E ponto final.
Quando o tal padre Beto decidiu pertencer à Igreja Católica, ser seu sacerdote, ele não ignorava os princípios que orientam a instituição. Poderia ter dito: “Ah, não, isso é conservador demais pra mim”. E que fosse fazer outra coisa, que tivesse encontrado outra religião, ora essa! Se eu convidá-lo, leitor, para tomar um café em casa e disser que só entra lá quem estiver com uma camiseta do Corinthians, você tem duas opções, e a terceira é inimaginável: a) aceitar o meu convite e comparecer com a camiseta do Corinthians; b) recusar o meu convite. Não existe a alternativa c: negar-se a envergar a camiseta do timão e ficar fazendo comício na porta da minha casa, exigindo o seu “direito” de entrar em nome da “liberdade de expressão” ou da “liberdade de camiseta”.
A Igreja é “Católica” — e isso quer dizer “universal” —, pretende ser de todos os homens, mas é evidente que é uma religião de uma parcela da humanidade apenas — algo em torno de 18%. Já há muito tempo, só se impõe e se espalha pelo convencimento, pela caridade, pelo trabalho social, tudo isso ancorado nos Evangelhos. No mundo livre, as pessoas escolhem ser católicas ou qualquer outra coisa; em muitas ditaduras, essa escolha pode resultar em punição e morte.
O tal “padre Beto”, tratado pela reportagem da Folha como um pensador iluminista — para ser Voltaire, visivelmente, faltam-lhe nariz e muita filosofia —, não é um pensador desassombrado. É só um tolo, que decidiu usar o púlpito para pregar uma religião que católica não é. E, por isso, foi repreendido pelo bispo. Como não aceitou a admoestação, decidiu se afastar.
Que bom! Melhor para a Igreja e certamente melhor para si mesmo. Ele tem o direito de pensar o que bem entender. Mas não tem o direito, não como padre, de dizer coisas como esta:
“Se refletir é um pecado, sempre fui e sempre serei um pecador. Quem disse que um dogma não pode ser discutido? Não consigo ser padre numa instituição que no momento não respeita a liberdade de expressão e reflexão”.
É um apanhado de tolices, que parece limonada gelada em dia quente e seco para a ignorância filosófica e teológica que grassa na imprensa. Quem disse que “refletir é pecado”? A Igreja? Perguntem a Santo Agostinho ou a Santo Tomás de Aquino. Beto é estúpido! Lida mal com as palavras. Se um dogma, como ele diz, pode ser discutido, então se deve admitir no seio da Igreja Católica quem não acredita na própria Igreja como obra do Cristo ou quem despreza o sacrifício da Cruz. Como? Ele não consegue ser padre de uma “instituição que não respeita a liberdade de expressão e reflexão”? Deixem-me ver se entendi: padre Beto gostaria de ser padre renegando alguns dos fundamentos que tornam Beto… um padre!
É de um cretinismo fabuloso! Isso não é padre já há muito! Tudo indica, pelo cheiro da brilhantina, que a Diocese sabe há muito tempo que ele “ora por fora”. É de se lamentar que tenha chegado tão longe se dizendo um “padre”. Outro trecho da reportagem seria de rolar de rir não fosse a expressão cruel desses dias:
“O padre não descarta a possibilidade de voltar, desde que a Igreja fique mais progressista. Afirmou que vai manter o celibato e poderá encontrar seus seguidores para reuniões de orações, sem que isso signifique a criação de uma nova religião.”
Heeeinnn? Quer dizer que ele até pode voltar desde que a Igreja Católica mude? Entenderam quem é Beto? Ele jamais mudaria, está claro, para se adequar aos valores da Igreja da qual decidiu ser sacerdote. Mas espera que a instituição mude para se adequar a ele.
Vai manter o celibato, é? Então tá… Vá com Deus, Beto!

NO BLOG DO CORONEL

Nazareno tem outra PEC contra o Judiciário.

Nazareno PEC 33, o pau mandado sem mandato do PT, tem outra PEC contra o Judiciário. Altera dispositivos da Constituição Federal, dispondo sobre a forma de escolha e a fixação de mandato de sete anos para Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais de Contas da União e dos Estados. Leia aqui.

Nazareno, pau mandado sem mandato.

 
O deputado federal José Nazareno Cardeal Fonteles é do PT do Piauí e é membro da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal. Corrigindo: Nazareno Cardeal não é deputado federal eleito pelo PT e nem membro da CCJ. É suplente de deputado federal no Piauí, onde lhe faltaram muitos, mas muitos votos para que fosse eleito. Fez 45.000 e o último eleito do seu partido fez 70.000 votos. Também é suplente de José Mentor(PT-SP), o velho e conhecido Mentor, na CCJ. Na verdade, Nazareno Cardeal está na Câmara por acaso, pois não tem voto para tal. Mas como no PT nada é por acaso, João Paulo Cunha (mensaleiro condenado), José Genoino (mensaleiro condenado) e Décio Lima ( protetor da ONG da Lurian, aquela que fez sumir dinheiro da Fome Zero), estão usando o Nazareno Cardeal, que não tem mandato, para fazer o servicinho sujo da PEC 33, que pretende submeter o Judiciário ao Legislativo. Hoje o Nazareno Cardeal pediu a intervenção das Forças Armadas e a prisão dos ministros do STF. Uma manifestação de pau mandado, sem mandato, mas sob medida para esta corja que tomou conta do Partido dos Trabalhadores.

(Publicado originalmente no sábado, às 22:45)


NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES

A vaia que tirou Lula de campo explica por que Dilma entrou muda e continua calada na festiva reabertura do Maracanã inacabado

Dilma Rousseff chegou ao Maracanã, no fim desta tarde de sábado, para participar da festa de reabertura do estádio que foi fechado à noite porque não ficou pronto. Entrou muda e calada continuou no camarote vip, ao lado do governador Sergio Cabral e do prefeito Eduardo Paes. Esquivou-se de imagens no telão, escapuliu do pontapé inicial e não se atreveu a reincidir na discurseira que recitou, sempre para plateias pequenas e de confiança, nas arenas de Fortaleza, Salvador e Belo Horizonte.
Ao repassar o pontapé inicial para um pedreiro que trabalha na reforma do estádio e o microfone para o apresentador de TV Luciano Huck, Dilma Rousseff confirmou que nada é mais pedagógico que uma vaia no Maracanã. Na abertura dos Jogos Panamericanos de 2007, foi ali que aprendeu (e a afilhada aprendeu com o padrinho) que o Brasil dos institutos de pesquisa não tem parentesco com o país real. É bem menos complicado virar campeão de voto em fábricas de porcentagens dependentes do patrocínio do Planalto.
Revejam o vídeo que mostra o desconcerto do então presidente atropelado pelo imenso coro dos descontentes. Ele se imaginava amado por 10 em cada 10 brasileiros. Nunca mais confundiu tribuna de honra com palanque de comício do PT. Pelo visto, Dilma acordou neste sábado com a cabeça povoada por lembranças do episódio ocorrido há seis anos. Até o neurônio solitário assimilou algumas lições ministradas naquele dia que Lula jamais esquecerá.
Uma delas ensina que plateia amestrada é uma coisa, multidão sem focinheira é outra.


NO BLOG ALERTA TOTAL

A Rosemary Dissimulada – e o Agamenon De-metido


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Leia também o site Fique Alerta – www.fiquealerta.net
Por Jorge Serrão – 
serrao@alertatotal.net

Alguns petralhas são mestres na arte da guerra da dissimulação. A cúpula e seus mensaleiros amestrados são ótimos artistas no quesito ilusionismo político. No entanto, têm outros petralhas e a maioria dos petistas fundamentalistas que se comportam como perfeitos idiotas. Agem como macacos loucos em loja de louças. Precipitados, sem compreensão correta da realidade, e fanatizados na crença da salvação coletivista em nome do partido, só fazem besteiras.

Os maiores inimigos dos petistas e petralhas são eles mesmos. O PT sempre foi um amontoado de tendências. Todas elas são especializadas em intrigas e fofocas. Na falta de oposição política clara e consistente, com algum projeto alternativo de poder, petralhas e petistas brigam entre si. Quando a luta interna escapa ao controle, por excesso de deslealdade, e os briguentos deixam de ser atendidos nas permanentes demandas por uma boquinha, no aparelhamento na máquina estatal -, os mais fracos abandonam o Partido Titanic.

Devotos dos oito pecados capitais (inclua-se a Chatice, proposta por Staninslau Ponte Preta), na véspera de uma sucessão presidencial em que seriam francos favoritos a vencer novamente, os petralhas e petistas batem cabeça com mais agressividade. O tradicional processo de autodestruição do Partido dos Trabalhadores já produz vítimas internas poderosas. Por enquanto, não se produziu um Celso Daniel ou Toninho do PT – que mereça a pena capital. Mas já existem evidentes candidatos a cadáveres simbólicos.

Dá até pena o caso do Aloísio Oliva. O sonho dele sempre foi sentar no trono do Palácio dos Bandeirantes. Mas o Ministro da Educação Capimunista recebeu a brusca ordem interna de desistir da operação que envolveria milhões de dólares para a campanha. O filho do General Oliva, que prefere usar o sobrenome Mercadante para fingir que não é um legítimo filhote da ditadura, acabou traído. De repente, ganha de consolo, por ser saído do páreo, um Ministério da Fazenda – na tentativa de evitar que a vaca continue indo para o brejo, enquanto o atual ministro vira mantega literalmente...

Outros casos assustadores de queimação interna envolvem duas famosas personagens femininas. Uma é muito amiga de Lula. A outra é amigona da Dilma. Rosemary Noronha é atacada internamente pelos aliados da Presidenta e que desejam fustigar Lula (certamente por inveja). Erenice Guerra também é combatida internamente pelos aliados do Ex-Presidente e que pretendem acuar Dilma (por não a reconhecerem como uma petista de pedigree). No jogo de intrigas contra Rosemary e Erenice, começam a vazar na mídia fofocas sem fundo de verdade. O objetivo tático da petralhada é dissimular. Uma tendência atira na outra para se autopreservar. O perigo é que algum tiro acaba saindo pela culatra.

O Caso Rosemary é o mais deslavado exemplo de ação de guerra dissimulatória. Merece ganhar um prémio Mollière a teatral “investigação” promovida contra a “Doutora Rose” pela Controladoria Geral da União – órgão vinculado à Presidência da República. O vazamento de apenas alguns pequenos pecados e excessos cometidos pela Rose tem o objetivo de fingir que existe uma “investigação” verdadeira contra ela. Tudo não passa da mais deslavada conversinha para o Boi Tatá dormir...

No final, o plano é punir a Rose, brandamente, por pequenos desvios de conduta, com a singela pena de proibição de voltar a ser servidora pública. O fato de a CGU não encontrar provas criminais contundentes contra a Rose poderá servir de atenuante para o processo da Operação Porto Seguro – que segue lentamente e em inexplicável segredinho judicial. O procedimento parece idêntico ao do Mensalão, no qual o rigor seletivo recaiu sobre alguns para evitar que se atingisse o verdadeiro chefão do esquema...

Em ambos os casos de “investigação” contra a Rose, as táticas são bem manjadas. Primeiro, deixar o tempo passar para que tudo caia no esquecimento. Segundo, se o bicho tiver de pegar, basta fingir um isolamento de Rose em relação núcleo petralha de poder. Terceiro, vazar a falsa versão de que que Rose anda magoada, estressada e sentindo-se “traída” no partido. Principalmente pela Dilma – responsável direta por sua “demissão” do posto de chefe de gabinete do escritório da Presidência da República em São Paulo.

O perigo, no terceiro caso da ação dissimulatória, é quanto o intrigante erra na mão, exagera na dose de veneno e acaba “informando” que Rose é uma vítima do grupo da Dilma... Nesse momento sublime de vacilo tático, a intriga começa a sobrar para o lado da Erenice Guerra - amigona da outra. Nas revistas e nas colunas ditas de “oposição” surge um tsunami de informes contra aquela que já foi considerada uma das melhores amigas de Dilma.

A poderosa Erenice volta a ser apontada como sócia de um escritório de advogacia que representa grandes transnacionais do setor de energia, sobretudo em demandas com o governo – do qual ela não faz mais parte desde setembro de 2010, porque foi exonerada da Casa Civil por Lula. O Guerra Advogados cuida de ações que envolvem alguns bilhões de reais. Erenice também estaria atuando como consultora jurídica em projetos ligados ao PAC – sigla que merecia ser mais bem traduzida por Programa de Aceleração da Corrupção, dadas as falcatruas e incompetências na maioria dos projetos em andamento e que não chegam ao fim ou terminam dando errado.

Os petralhas são grandes malandros-agulha (ou malandros-cocada). Na suposta esperteza, fazem muita besteira. A guerra travada pela petralhada no Legislativo contra o Judiciário é de um amadorismo meliante, combinado com o máximo filhodopetralhismo golpista. A burrice suicida de cutucar, com vara curta, a pantera negra togada tem o objetivo tático de criar pré-condições para uma futura mudança institucional – nos moldes bolivarianos da Venezuela, Bolívia, Argentina e Equador. O perigo é que a pantera, acuada, se volta, com pata pesada, contra as petralhices governamentais. E aí o bicho pega para os companheiros metralhas...

Se parece feio, o quadro pode ficar ainda mais hediondo. Completamente sem noção, Dilma Rousseff vai aproveitar o Dia 1º de Maio para comparecer à milionária festança da CUT. Só que em vez de apenas fazer a demagógica exaltação do Dia do Trabalhador (em um Brasil que nunca abandona a mentalidade escravagista), Dilma fará coro aos autoritários petralhas que programam um ato em favor da Regulação da Mídia – que os nazipetralhas chamam de “Democratização dos Meios de Comunicação”.

Ontem, nos intervalos do horário nobre da televisão, começou a rolar a propaganda eleitoral gratuita do PT. Um show de ufanismo mentiroso, tendo como personagens um Lula e uma Dilma que parecem saídos de um forçado processo de tratamento de imagem. O marketeiro baiano-bolivariano João Santana volta a errar na dose. Parece propaganda de filme de ficção científica de segunda categoria tudo que é relatado no filminho sobre as proezas do PT em 10 anos de imperial poder presidencial...

Quantas mais petralhices teremos de aguentar até a sucessão presidencial – na qual a regurgitação inflacionária e a permanente onda de denúncias de corrupção ameaçam atrapalhar os planos de continuidade dos membros da maligna seita política PT - Perda Total?


Tchau, Agamenon!

Santa Casseta, Barbosão! Estamos lutos da vida! O Globo resolveu matar Agamenon Mendes Pedreira. Depois de 25 anus de bons serviços prestados, quase um operário patrão daquele jornalão, virando até megaprodução cinematográfica, Agamanon é de-metido.

Nem Doutor Jacinto Leite no Rego terá condições psicoproctológicas de consolar o jornalista escroque e seus 17 leitores e meio (no meio dos quais não me incluo, porque quem tem tem medo de um exame tão detalhado como o deste metido-médico ...).

Foi excelente a justificativa oficial dada para explicar o pé na bunda do Agamenon. Um sujeito oculto na Direção do jornal mandou aumentar absurdamente a taxa de estacionamento do Dodge Dart 73, enferrujado, uma instituição nacional permanente que ficava parada na porta do jornal, servindo de morada e ninho de amor para Agamenon e sua fiel patroa Isaura – uma conhecida escrava sexual da mitológica redação globalitária.

Como Agamenon não quis dar para pagar o estacionamento, será obrigado a partir para o exílio virtual no site www.casseta.com - inteiramente bancado pela turma do Casseta & Planeta – cada vez mais afastados do Globo Terrestre, na base do duríssimo cassete da censura disfarçada...

Segundo os cassetas, a grande vantagem é que nunguém mais vai precisar gastar dinheiro comprando O Globo, todo domingo, para ver o Agamenon no Segundo Caderno... Não vai ver mais porque Agamenon já era...

Agamenon devia ser mandado para a Academia Brasileira de Letras - naquela vaga que desejam dar para o FHC. Se o Sarney pode ser colega do Merval Pereira, por que o Agamenon não pode voltar a ser?

O Globo ainda não definiu quem vai substituir Agamenon. Pode ser o Rubinho Barrichelo – recém-contratado comentarista da Rede Globo – se tiver condições de dirigir, encher o tanque e pagar o estacionamento do Dodge Dart 73. Como Rubinho se mostrou excelente comentarista e não deseja pilotar a Isaura, não será contratado para o lugar do Pedreira.

Outro cotado para a vaga de Agamenon é um futuro famoso colunista do New York Times. A única exigência de O Globo para contratá-lo é que ele aprenda, primeiro, a escrever... A vantagem deste último cotado é que só é preciso trocar a Isaura pela Rose para que fique tudo em casa... E, melhor ainda, este colunista (falso comunista) o PT não vai querer censurar...

Mas se a Rose não quiser ir com o novo colunista para o Globo, no lugar da Isaura, sugiro a contratação de minha amiguinha abaixo: a Valentine. É só imaginar que ela seja a representação do povo brasileiro e mandar ver... Ela aguenta tudo...

  

Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.





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