DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 28-01-13

NO JORNAL O POVO

O Governador Cid e o contraditório
Por Luiz Henrique Campos

O governador Cid Gomes tem inegáveis qualidades como gestor e político. É proativo, não demora a tomar decisões e é pródigo em encontrar soluções viáveis para problemas complexos. No âmbito político possui o mérito de juntar em torno de si forças que em outras ocasiões jamais se aliariam. Foi assim quando prefeito de Sobral, e está sendo como governador do Ceará. Esse perfil lhe tem permitido vitórias sucessivas que marcam a sua carreira política e o colocam atualmente diante da possibilidade de alçar voos nacionais no futuro. Assim, já esteve ao lado de Tasso Jereissati e da ex-prefeita Luizianne Lins quando os dois estavam em alta. Hoje, ambos estão em baixa, mas Cid trata-se de figurinha carimbada no álbum de pessoas próximas a presidente Dilma Rousseff e ao ex-presidente Lula.
A história mostra, todavia, que a política não pode ser medida apenas pelo momento. Se Cid conviveu com lideranças que já não mais representam tanto politicamente, e ele está bem, não significa que isso se perpetuará. O legado de um político, muitas vezes, não é marcado somente pelo que realiza em termos administrativos. O futuro, geralmente, costuma ser até mais cruel com quem comete pequenos deslizes que, acumulados, desgastam e estigmatizam uma imagem para sempre. Nesse aspecto, o governador tem o exemplo do irmão Ciro, que notabilizou-se por verbalizar pensamentos que, saídos da boca de um político, são fatais. Prova dessa assertiva deu-se com a infeliz declaração sobre a ex-mulher Patrícia Pilar na campanha à presidência de 2002. Para muitos, ele perdeu a eleição ali.
Em termos comparativos, Cid até que não se assemelha tanto ao irmão no sentido de utilizar-se de palavras ou expressões grosseiras. Aqui, acolá, é bem verdade, cede a tentação, como ao falar sobre o procurador do Ministério de Contas, Gleydison Alexandre. Mas isso é raro. Se não mancha sua imagem com essas ações, o governador, por outro lado, tem cometido erros que lhe trazem sérios problemas, criando a pecha de ser arrogante. Além do caso envolvendo o cachê da cantora Ivete Sangalo, podemos citar a viagem da sogra, a circulação indevida sobre a pista de pouso de um aeroporto para se encontrar com a presidente Dilma, entre outras. Sem falar de atos administrativos que simplesmente são ignorados pelo governador, como se não merecessem uma satisfação à população, vide caso dos consignados envolvendo um genro do secretário Arialdo Pinho.
O que se depreende disso tudo é que o governador não parece saber dimensionar bem em alguns momentos o papel de gestor público do indivíduo comum. Dessa forma, vale mais a sua vontade do que propriamente o zelo com a coisa pública. Situação típica de quem não ouve ou não tem quem lhe fale sobre a possibilidade de estar cometendo deslizes. Esse é talvez o grande prejuízo de não se ter uma oposição, seja no parlamento, ou fora dele, nas instâncias partidárias. O poder, sem o contraditório, é o mais perigoso do brinquedos que se dá ao homem. Sem esse contraponto necessário, as pessoas se acostumam com uma realidade que nem sempre é a mais fiel aos fatos, esquecendo que a diferença entre essa realidade e a ficção é o prazo de validade da gestão em vigor.

NA FOLHA DE SÃO PAULO

Piora do sono com a idade prejudica a memória, diz estudo


BENEDICT CAREY
DO "NEW YORK TIMES"

Há décadas os cientistas sabem que a capacidade de recordar informações novas entra em declínio com a idade, mas não era claro por quê. Um novo estudo traz parte da resposta.
O trabalho, publicado neste domingo (27) na revista "Nature Neuroscience", sugere que mudanças estruturais no cérebro que acontecem naturalmente com a idade interferem na qualidade do sono, o que prejudica a habilidade de guardar novas lembranças por um longo prazo.
Pesquisas anteriores já haviam descoberto que o córtex pré-frontal, região do cérebro atrás da testa, tende a perder volume com a idade, e que parte dessa região ajuda a manter a qualidade do sono, crucial para consolidar novas memórias. O novo experimento foi o primeiro a ligar mudanças estruturais diretamente com problemas de memória relacionados ao sono.
Os resultados sugerem que uma forma de retardar o declínio da memória em adultos mais velhos é melhorar o sono, especificamente a fase de ondas lentas, que constitui um quarto de uma noite normal.
Os médicos não podem reverter as mudanças estruturais que ocorrem com a idade assim como não podem fazer o tempo voltar atrás. Mas ao menos dois grupos estão experimentando com a estimulação elétrica como forma de melhorar o sono profundo em pessoas mais velhas.
Colocando eletrodos no couro cabeludo, os cientistas conseguem passar uma corrente baixa pela área pré-frontal, essencialmente mimetizando o formato das ondas de sono de alta qualidade.
O resultado é a melhora da memória, ao menos em alguns estudos. "Há muitas outras formas de melhorar o sono, incluindo exercícios", afirmou Ken Paller, professor de psicologia e diretor do programa de neurociência cognitiva na Universidade Northwestern, nos EUA.
Paller disse que uma série de mudanças ocorre no cérebro durante o envelhecimento e que o o sono é só um dos fatores afetando as funções da memória.
Mas, para ele, o estudo conta uma história convincente. "A atrofia é relacionada ao sono de ondas lentas, que sabemos ser ligado à performance da memória. Então é um fator contribuinte."
No estudo, uma equipe da Califórnia fez imagens do cérebro de 19 aposentados e de 18 jovens na casa dos 20 anos. O time viu que uma área do cérebro chamada córtex pré-frontal medial, atrás do meio da testa, era um terço menor, em média, nos mais velhos do que nos mais novos --uma diferença atribuída à atrofia natural do envelhecimento, segundo pesquisas anteriores.
Antes da hora de dormir, a equipe fez os dois grupos estudarem uma longa lista de palavras pareadas com sílabas sem nexo, como "ação-siblis" ou "braço-reconver". A equipe usou essas "não palavras" porque um tipo de memória que declina com a idade é a que grava novas informações nunca vistas antes.
Depois de treinar esses pares por meia hora, mais ou menos, os voluntários fizeram um teste. Os jovens superaram os velhos por 25%.
Então todos foram dormir --e diferenças maiores apareceram. Os mais velhos dormiram só um quarto do tempo em sono de alta qualidade em relação aos mais jovens, conforme as medições de um aparelho de eletroencefalograma. Acredita-se que as memórias se transformam de temporárias em definitivas durante esse sono profundo.
Em um segundo teste, realizado de manhã, o grupo jovem superou o mais velho em 55%. A proporção de atrofia em cada pessoa mais ou menos previu a diferença de resultados entre os testes feitos à noite e de manhã, segundo o estudo. Até os idosos que foram melhor à noite mostraram declínio depois do sono.
"A análise mostra que as diferenças se deram não por mudanças na capacidade das memórias, mas na diferença da qualidade do sono", disse Bryce Mander, pós-doutorando na Universidade da Califórnia, em Berkeley, e líder do estudo. Seus coautores incluíram pesquisadores do Centro Médico Califórnia Pacífico, em San Francisco, da Universidade da Califórnia em San Diego e do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley.
Os achados não querem dizer que a atrofia da região pré-frontal medial é a única mudança ligada à idade causando problemas de memória, segundo Matthew Walker, professor de psicologia e neurociência na Universidade da Califórnia em Berkeley e coautor do estudo.
"Mas esses achados estão relacionados", disse ele. "Essencialmente, com o tempo, quanto menos tecido você tem nessa área pré-frontal, menos e menos qualidade de sono profundo você tem e menos você se lembra do conteúdo que acaba de aprender."


NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

Vítimas de incêndio em Santa 
Maria começam a ser sepultadas

AFP
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PRIMEIROS CORPOS COMEÇAM A SER SEPULTADOS
O serviço funerário das vítimas do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, foi iniciado por volta das 09h desta segunda (28). Os enterros acontecerão em dois cemitérios do município, que estão com a agenda de velórios e sepultamentos lotada, estima-se que cerca de 80 pessoas sejam enterradas ao longo do dia de hoje. A tragédia aconteceu na madrugada do último domingo (27) e vitimou 231 pessoas, em sua maioria estudantes da Universidade Federal de Santa Maria.


Brasil precisa voltar a crescer no ritmo dos emergentes, e não a meia bomba

O Brasil está fazendo o possível para retomar o crescimento. Baixou os juros, facilitou o crédito, criou incentivos de toda natureza, mas até agora nada, nenhum indício de que venhamos a curto prazo enveredar por um caminho de crescimento acelerado.  Nesse aspecto, nossa situação se assemelha mais à das economias maduras (Estados Unidos, Europa e Japão) do que ao dos emergentes notáveis, como a China e a Índia. Como na tríade desenvolvida, praticamos juros reais baixíssimos, mas por razões que são mais dos compêndios de psicologia e de ciência política do que propriamente dos livros de economia, a economia continua a avançar a meia bomba. Voltar a crescer é preciso. Leia o artigo do jornalista e diplomata Pedro Luiz Rodrigues.

Menos um obstáculo

Os recentes rumores de que o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva faria seu retorno triunfal em 2014 foram jogados por terra. Tanto a presidenta Dilma Rousseff, quanto sua equipe temiam uma eventual reviravolta no processo de construção do primeiro governo feminino no país, por mais que não admitissem. Agora, teremos de conviver com os mandos de Lula durante a campanha de reeleição de Dilma nas próximas eleições, um obstáculo a menos.Leia mais no artigo de Carlos Chagas

Adams não se surpreendeu ao saber 
de busca da PF na casa de Weber

Veja
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WEBER E ADAMS
Uma das mais de 25 mil gravações de ligações telefônicas interceptadas durante a Operação Porto Seguro revela que José Weber de Holanda, advogado-adjunto da União, avisou a Luís Inácio Adams, advogado-geral da União, sobre a busca e apreensão realizada em sua casa, no dia 23 de novembro de 2012. "Já está de pé?", pergunta Adams ao receber a chamada por volta das 6h43 da manhã. "Aconteceu uma coisa assim... Eu estou com uma busca e apreensão na minha casa, da Polícia Federal", comunica Weber. Os trechos da conversa, que segundo o jornal O Estado de S. Paulo, durou cerca de 2min38s, são fruto de escutas feitas pela Polícia Federal, após autorização da Justiça Federal. De acordo com a matéria, Adams não demonstrou surpresa ao saber da incursão da PF na casa de seu subordinado e afirmou saber que havia uma busca em seu escritório na AGU. “Pois é, me ligaram e estão numa sala da AGU. Então deve ser a tua", disse o advogado-geral. A investigação de Weber se refere ao trâmite de liberação de duas ilhas para a construção de empreendimentos do ex-senador Gilberto Miranda, que teria pedido a Paulo Miranda, ex-diretor da Agência Nacional de Águas, que facilitasse as autorizações de ocupação das terras na AGU.


Correios: festa
custou R$ 15,5 mi
sem licitação

Instituição respeitada no passado, os Correios chegam aos 350 anos com corpinho de 350, com direito a “plástica”: a festa comemorada há dias em cinco capitais, custou R$15,5 milhões sem licitação. A “Parada Musical” com Paralamas do Sucesso, Plebe Rude e outras bandas, teve como estrela principal no Rio a inevitável Preta Gil, cuja profissão de filha de Gilberto Gil lhe rende uma alegada “popularidade”.

Enviar por e-mail Imprimir Twitter

No popular

Com o objetivo de “popularizar a cultura”, a ECT confiou o evento à Trade Network Participação, escolhida por “notória especialização”.

Celebridade

A ECT não divulgou o cachê dos artistas, nas festas do Dia do Carteiro. E o País só tem a celebrar os atrasos na entrega da correspondência.

Follies Bergère

Fortalecido pela previsão da entidade esotérica Cacique Cobra Coral de tempo bom no Carnaval e com Lula apavorado com multidões, o governador Sérgio Cabral (PMDB) embarcou para sua querida Paris.

Até tu?

O CD da Liga das Escolas de Samba do Amapá, com foto do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) na capa, é financiado pelo governo do Estado. Ele pode ser processado pelo uso de recursos públicos para promoção pessoal.

Minha mansão, minha vida

O brasileiro André Barbosa, 23, se deu bem na Flórida: ocupa uma mansão de US$2,5 milhões apreendida pelo Bank of America com a crise imobiliária nos EUA. Aproveitou brecha na lei, diz a Fox News.

Vegetarianos

O Conselho Sueco de Agricultura propôs à União Europeia uma taxa para reduzir o consumo “poluente” e “pouco saudável” de carne. A América Latina tem 43% do rebanho mundial de 1,3 bilhão de cabeças.

Filão

De olho na imensa população católica do Brasil, o escritor português Luiz Miguel Rocha lança em março “A Filha do Papa”, sobre suposta herdeira do polonês João Paulo II, segundo a mídia italiana. Esperto.

NO BLOG DO NOBLAT

PMDB amplia gastos do Senado em 57% em 10 anos

Daniel Bramatti, Estadão
José Sarney (AP, foto abaixo), Renan Calheiros (AL) e Garibaldi Alves Filho (RN), os três peemedebistas que presidiram o Senado nos últimos dez anos, deixam como legado de suas gestões um aumento real de 57% nos gastos com pessoal e uma ampliação de 741% no número de cargos comissionados, aqueles ocupados por servidores não concursados.
Sob o domínio do PMDB - partido que deve manter sua hegemonia no comando do Senado nos próximos dois anos, com a volta de Renan à presidência -, a instituição viveu ainda seu maior escândalo administrativo: a nomeação irregular de funcionários por meio de atos secretos, não publicados nos Boletins de Pessoal. O episódio ensejou inúmeras promessas não cumpridas de reformas administrativas.
A folha de pagamentos de pessoal consome anualmente R$ 2,88 bilhões. Há uma década, o custo era de pouco mais de R$ 1 bilhão - em valores corrigidos, a cifra chega a R$ 1,83 bilhão. Os números, publicados em boletim do Ministério do Planejamento, não incluem o pessoal terceirizado.






Preço do imóvel deve subir menos em 2013

Hugo Passarelli, Estadão
Os preços dos imóveis devem manter a tendência e subir menos em 2013, afirma o pesquisador Eduardo Zylbertajn, coordenador do índice FipeZap, que mede o valor do metro quadrado em seis capitais e no Distrito Federal. Durante todo o ano passado o valor médio do metro quadrado avançou 13,7%, quase a metade do ritmo de alta em 2011. "Toda essa explosão de preços que a gente viu nos últimos anos tende a acalmar", afirma Zylberstajn.
O pesquisador lembra que as condições mais favoráveis do crédito habitacional, como juros menores e prazos mais longos, ajudaram a elevar a demanda por moradia e a pressionar os preços. De 2008 a 2012 a modalidade cresceu 339,5% e hoje já soma R$ 277 bilhões, ou 25% de todo o crédito concedido dentro da carteira de pessoas físicas.


Zero Hora
O pânico e a impotência circularam de forma instantânea. Um dos apelos mais dramáticos ecoou às 3h20min da madrugada.
A protética Michele Cardoso usou o celular para disparar um alarma no Facebook. Escreveu somente quatro palavras, na pressa de quem está a perigo, o suficiente para noticiar o sinistro e implorar por ajuda. Ainda grafou o nome da boate com letras maiúsculas, para que não houvesse dúvidas sobre o local:
— Incêndio na KISS socorro.
Michele não mais se comunicou — seu nome apareceria depois na lista de mortos. Mas, naquele início de madrugada, as 21 letras que escreveu acionaram um grupo de amigos que passou a pedir informações — e multiplicar o SOS. Tudo na linguagem abreviada, sem vírgulas ou acentos, de quem digita um teclado virtual impelido pelo desespero, acreditando que alguns segundos ganhos podem salvar uma vida.


Letícia Côrtes foi a primeira a perguntar por Michele, às 3h40min:
— serio mii?
A partir daí, uma torrente de preocupações irrompeu na página do Facebook de Michele. Frases com letras engolidas, truncadas, evidenciaram a ansiedade de quem buscava um informe.
— Tu ta bem, um amigo acabo de me ligar dizndo q ta no hospital ajudando os feridos... — questionava Gláucia Pires, às 4h48min.
Um minuto depois, Gláucia insistiu com a amiga silenciosa. O ponto de interrogação ressoou no vazio.
— ?????
Outras colegas se conectaram, aflitas por Michele.
— tu tá bem? — perguntou Daniela Sudati, às 5h30min.
— Miiiiiiiii — angustiava-se Jéssica Corrales Brandli, às 6h32min.
Confiando na ferramenta virtual, no minuto seguinte Jéssica voltou a clamar:
— tah beeem?!
Michele estava incomunicável, para tormento das colegas. Às 7h13min, Laady Soares Rosa engrossou o coro dos agoniados. Ela espichou as sílabas da mensagem, como se gritasse para amplificar a súplica:
— Miiiicheleee, ta bem? da notícias por faavor!

Monobloco, por Dora Kramer

Dora Kramer, O Estado de S.Paulo
Normalmente governos governam e oposição faz campanha para vir a governar.
Por aqui é diferente: o governo faz campanha e a oposição, em sua extrema delicadeza, ajuda a governar. De vez em quando leva umas pancadas - na última foi acusada de traição à pátria -, mas nem assim fica esperta.
Por campanha eleitoral entenda-se não só o tom do pronunciamento em que a presidente Dilma Rousseff anunciou a redução das tarifas de energia elétrica, mas todo o gestual do ex-presidente Lula, do PT e da assessoria palaciana.
Fala-se na reeleição de Dilma como se o pleito fosse depois de amanhã. Fala-se em desentendimentos entre ela e Lula como se fossem adversários ou houvesse a mais pálida hipótese de virem a ser. Fala-se que o governador Eduardo Campos não será candidato a presidente como quem tem a posse do destino alheio. Fala-se que Aécio Neves só disputará o Planalto para valer em 2018, como quem se dá o direito de traçar o destino do vizinho.
Nada do que se diz, no entanto, tem a menor relevância porque as nuvens da política estão hoje de um jeito, amanhã de outro e daqui a dois anos sabe-se lá como estarão.
O que existe de concreto é só um jogo de ocupação de espaço e geração de uma atmosfera de continuidade inevitável, a fim de evitar que os ventos da expectativa de poder tomem outra direção: seja de Eduardo Campos, Aécio Neves, Marina Silva ou de quem quer que se apresente como alternativa.
A reafirmação contundente da candidatura de Dilma em 2014 cumpre o objetivo de impedir o esvaziamento político do mandato daqui até lá. A insinuação de que Lula pode vir a ser candidato no lugar dela ou até mesmo em 2018 tem a finalidade de sinalizar impossibilidade de alternância.
Já as supostas divergências entre o ex-presidente e a sucessora são apenas suposições. Eles podem até pensar diferente nessa ou naquela questão, mas o projeto tem um arquiteto chefe em cujas mãos estão a régua e o compasso.
Assinante do jornal leia a íntegra em Monobloco



NO BLOG DO CORONELEAKS

A foto desnecessária.

Quando Dilma Rousseff informou que cancelava compromissos no Chile e rumava para Santa Maria, para prestar  solidariedade às vítimas, concordei de pronto: o tamanho da tragédia justificava tal decisão, pois a presença presidencial serviria para amenizar a dor imensa de centenas de famílias. Diante de tão triste episódio, não havia lugar para política. A presença presidencial daria a estas pobres mães, pais e familiares a real dimensão do ocorrido. E registrei: tomara que eu queime a língua e que ela não explore eleitoralmente o fato. Tomara que ela seja politicamente correta. Chegue em silêncio, visite as vítimas e parta sem falar com a Imprensa. Engano. Ao final, uma foto dramática feita pelo fotógrafo oficial, foi liberada para estar na primeira página de todos os jornais, no dia de amanhã. Uma foto desnecessária. Uma foto marqueteira. Uma foto politiqueira. Lamentável. A tragédia de Santa Maria e a tragédia da podre política brasileira.


Retrato de um país corrupto.


Pesquisa da Confederação Nacional de Municípios concluiu que 3.588 cidades brasileiras (64,4% do total) estão impedidas de celebrar convênios com o governo federal por irregularidades apontadas pelo Cadastro Único de Convênios do Tesouro (Cauc). O Cauc é um serviço auxiliar de informações para transferências voluntárias que visa a reduzir a burocracia dos processos de convênios e volume de papéis, além de ampliar o nível de controle de exigências, possibilitando maior transparência, Também compete ao cadastro facilitar a entrega de relatórios de gestão fiscal, execução e balanço anual apenas uma vez pelo ente que assina o convênio, e não diversas vezes, como era antes. Ao mesmo tempo, o sistema verifica a situação das prefeituras quanto às obrigações de adimplência financeira, prestação de contas de convênios, obrigações de transparência e constitucionais legais.

O governo promove hoje e amanhã um encontro nacional de prefeitos atrás de apoio político à presidente Dilma Rousseff. As parcerias federais com as cidades, no entanto, têm sido perdulárias, segundo relatório de fiscalização da Controladoria-Geral da União divulgado há nove dias.

Foram detectadas irregularidades nos 24 municípios fiscalizados desde agosto do ano passado. Há fraudes no pagamento do Bolsa-Família, desvios em programas de Saúde, Educação e merenda escolar, entre outros casos. As auditorias são feitas desde 2003 via sorteio. Ao todo, já foram feitas 37 vezes. E os problemas citados sempre reaparecem.

Segundo o ministro da CGU, Jorge Hage, algumas irregularidades ocorrem por falta de informação dos gestores ao lidar com a verba federal. "Quando fazemos a fiscalização, procuramos verificar qual é o grau da irregularidade", diz Hage. Na avaliação dele, porém, desvios para enriquecimento ilícito são os mais comuns.(Informações do Estadão)

Com medo do povo, Zé Dirceu usava jatinho do "esquema" da Rose do Lula.


A Operação Porto Seguro revelou que o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil) mantém relação próxima com o empresário e ex-senador Gilberto Miranda - denunciado por corrupção ativa e apontado como principal beneficiário do suposto esquema de compra de pareceres técnicos em órgãos federais.

Telefonemas gravados pela Polícia Federal, em novembro de 2012, mostram que Dirceu e Miranda marcaram pelo menos duas reuniões às vésperas da deflagração da operação e que um assessor do petista chegou a pedir emprestado um jato particular do ex-senador para voar até a Bahia no feriado da República - viagem que Dirceu fez com a namorada e com Rosemary Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo.

A voz do ex-ministro do governo Lula não aparece nos áudios. Ele não era alvo da missão policial, mas Miranda estava sob vigilância permanente. Em uma ligação gravada três semanas depois que Dirceu foi condenado no julgamento do mensalão, seu auxiliar diz que o petista se recusava a desembarcar no Aeroporto Santos Dumont, no Rio, em horários de grande movimento. "Correr risco agora é besteira, né?", recomenda Miranda ao assessor. O áudio com a íntegra das ligações está disponível no portal estadão.com.br.

Os 25.012 telefonemas gravados pela PF no decorrer da Porto Seguro detalham a intimidade com o poder mantida por Miranda e outros integrantes do grupo. Eram frequentes os diálogos com deputados, senadores, governadores, prefeitos e diretores de órgãos técnicos. Foi com a ajuda de algumas dessas autoridades que Miranda conseguiu benefícios para empreendimentos de suas empresas, como a construção de um porto privado na Ilha de Bagres, em Santos, litoral paulista.

A PF não envolve Dirceu com os negócios sob suspeita de Miranda. Mas as ligações interceptadas a partir de um grampo no telefone do ex-senador revelam que os dois tinham interesses em comum e uma relação que permitia ao petista pedir até empréstimo de um avião particular.

As escutas mostram que Dirceu e Miranda tiveram um encontro no início da tarde de 8 de novembro. O assessor do petista telefona para a secretária do empresário às 11h59 para avisar que ele se atrasaria porque havia sido convocado para uma "reunião de urgência".

"Eu só queria te pedir o seguinte: é que o Zé foi chamado para uma reunião de urgência, então a Evanise, a companheira dele, vai chegar um pouco antes no horário combinado e ele, se atrasar, ele chega uns minutos depois. Você pode avisar o Gilberto?", pede o auxiliar de Dirceu.

Risco. No dia seguinte, o assessor de Dirceu começa a articular com o ex-senador reunião para 19 de novembro entre a dupla e Saulo Ramos, ministro da Justiça na presidência de José Sarney - a quem Miranda é ligado. O avião de Miranda buscaria Dirceu no litoral da Bahia para levá-lo ao encontro, em São Paulo, e depois seguiria para Brasília.

"A princípio estava marcado com o ministro (Saulo Ramos) dia 19, às 16h, mas isso daí eu vou falar com ele agora, pra ver até a parte da tarde. Isso daí eu te confirmo", diz Miranda. A reunião acabou cancelada, dias depois.

No mesmo telefonema, o assessor de Dirceu pede informações sobre um helicóptero do empresário que levaria o petista ao Rio. Os dois temem que o mau tempo obrigue a aeronave a pousar no movimentado Aeroporto Santos Dumont, no meio da tarde. "O Zé não estava querendo descer lá no Santos Dumont, entende?", diz Miranda. "Qualquer coisa pego um avião, saio daqui no domingo, quinze para as nove da noite, chego em Santos Dumont mais vazio, entendeu?", sugere o auxiliar do petista.

O assessor telefona mais uma vez para Miranda, em 14 de novembro, às 14h20, para pedir um favor ao ex-senador. "É só uma consulta, não é oficial. O Zé tava indo viajar para a Bahia hoje e acabaram de ligar, que o King (jato executivo) deu uma pane elétrica, que iam emprestar para ele... Por acaso o teu está por aqui e poderia levá-lo, ou não?", pergunta o assessor. "O meu está, mas eu estou sem piloto. Eu, como não ia viajar... Eu dei folga para eles", responde Miranda. Apesar da recusa, Dirceu foi à Bahia, na praia de Camaçari, com a namorada e Rose.

Os criminalistas José Luís Oliveira Lima e Rodrigo Dalla'Acqua, que defendem Dirceu, responderam que o ex-ministro "não mantém nenhum relacionamento profissional com o sr. Gilberto Miranda, bem como não utilizou nenhum meio de transporte de propriedade do mesmo". Eles destacaram: "A reunião com o sr. Saulo Ramos, como evidenciam as próprias gravações obtidas pelo 'Estado', acabou não se realizando." O advogado Cláudio Pimentel, defensor de Miranda, disse que ele não vai se manifestar pela imprensa, mas nos autos judiciais.(Estadão)



NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

Tragédia.

O país parou para acompanhar detalhes de uma das maiores tragédias de sua história. Duzentos e trinta e um moços e moças saíram de casa para se divertir na noite de sábado e jamais voltarão. Morreram queimados ou asfixiados — a grande maioria — na boate Kiss, na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Ficamos, especialmente os pais de adolescentes e jovens, paralisados de medo, de apreensão, de terror. Qualquer morte nos diminui. A de um ente querido nos destroça. A de um filho, então, subverte aquele que é o nosso mais duro aprendizado: morrer um pouco por dia para que sobreviva a nossa descendência. Em “Cântico do Calvário”, escrito justamente em memória de um filho morto, Fagundes Varela pôs nos justos termos:
“Eras na vida a pomba predileta 
Que sobre um mar de angústias conduzia
O ramo da esperança. — Eras a estrela
Que entre as névoas do inverno cintilava
Apontando o caminho ao pegureiro.”
Penso na dor dessas mães e desses pais e rezo para que encontrem algum conforto. Lembro-me de ter me irritado certa feita com a minha mãe por causa de seu excesso de preocupação, ainda que estivéssemos a centenas de quilômetros de distância: “Pô, eu sei o que faço; já tenho mais de trinta anos”. E ouvi do outro lado: “E continua meu filho; filho não tem idade para mãe e para pai”. Hoje sou eu que ouço: “Pai, eu já tenho 18, já tenho 16…”. Filhos não têm idade. As nossas crianças têm de voltar para que possamos fechar a porta, deixando do lado de fora as tormentas.
Mas a nossa dor também tem de saber exercitar a devida ira. Com a conivência de muitos, a Kiss não era uma boate, mas uma armadilha. Parece evidente que muitos milhares se arriscaram antes a morrer nas suas dependências. Faltava apenas o casamento do fortuito com o inexorável. As imprudências meticulosa e metodicamente praticadas careciam do elemento incidental, da estupidez que serve de estopim, do gesto tolo, irrelevante, que provoca a reação em cadeia e resulta na tragédia.
Na madrugada de sábado para domingo, ele veio na forma de um sinalizador, uma espécie de fogos de artifício, usado pela banda. Uma fagulha atingiu o teto de papelão e material de proteção acústica, altamente inflamáveis. Em segundos, o fogo se espalhou pelo teto. Estima-se que 90% das vítimas fatais tenham morrido asfixiadas pela fumaça, não queimadas. Talvez duas portas de emergência, destravadas, tivessem bastado para evitar a tragédia.
O Plano de Prevenção de Combate a Incêndio tinha vencido em agosto do ano passado e não havia sido renovado, informa o comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul, coronel Guido Pedroso de Melo. É, sim, uma informação relevante, que parece indicar que a casa não primava exatamente pelo respeito às regras. Mas essa informação pode contribuir para omitir outra, que me parece ainda mais importante: quer dizer que, até agosto de 2012, o Corpo de Bombeiros julgava que tudo ia bem num imóvel que abriga duas mil pessoas e tem uma única porta. Ela não só servia à entrada e à saída dos frequentadores como era obstruída por uma espécie de biombo, que impedia os seguranças de ver o que se passava lá dentro, razão por que, por alguns poucos minutos, eles tentaram impedir a fuga dos jovens, supondo que queriam sair sem pagar a conta.
O incêndio causou um curto-circuito e deixou a moçada no escuro, em meio à fumaça. Não havia luzes de emergência, acionadas automaticamente quando há o corte do fornecimento de energia elétrica. Um extintor também não teria funcionado. A boate Kiss não poderia, naquelas condições, estar funcionando. E não era um empreendimento pequeno, que tivesse existência clandestina. Talvez fosse a maior casa do gênero em Santa Maria, uma cidade de porte médio, com 230 mil habitantes, mas com vida noturna agitada em razão da universidade federal, que atrai jovens do Brasil inteiro. A festa de sábado tinha sido organizada por alunos do primeiro ano dos cursos de de Tecnologia de Alimentos, Agronomia, Medicina Veterinária, Zootecnia, Tecnologia em Agronegócio e Pedagogia.
Estupidez
Não, senhores! Essa não é uma tragédia fabricada pelo acaso. Ela é obra de uma cadeia de descasos. Uma casa dessas dimensões tem de ter, por exemplo, uma brigada civil de combate a incêndios. A ela caberia dizer à tal banda “Gurizada Fandangueira” que o ambiente era impróprio para o uso de fogos de artifício.
Que se apurem as responsabilidades. Não sou polícia técnica nem perito. Mas há elementos de sobra para concluir que a “fatalidade” que resultou na morte de 231 jovens foi construída. Eles foram mortos pela estupidez, não pelo destino.
PS – Por mais que fique constrangido e até envergonhado de escrever isto num texto dessa natureza, é inevitável. Vamos lá. Dilma Rousseff fez bem ao interromper a sua viagem e se deslocar para Santa Maria. É a presidente de todos os brasileiros, e uma grande tragédia aconteceu por lá. Goste-se ou não disso, representa todos os brasileiros. A presidente chorou, e acho que estava sendo sincera. Dispensável, porque tem o cheiro inevitável da exploração política, é a nota de Lula e sua mulher, Marisa. Ele não exerce mais cargo público. E não se espera que cada político se manifeste a respeito. Dilma está investida do cargo mais importante da República. Ele, embora não se dê conta disso, não. É só mais uma evidência de que não tem mesmo limites.
Texto publicado originalmente às 4h42

NO BLOG ALERTA TOTAL

Dilma enquadra Mantega, Tombini e Gerdau e assume responsabilidade total pela gestão da econômica


Por Jorge Serrão – serrao@alertatotal.net 

Mesmo ainda sem mini-reforma ministerial, prevista para depois do carnaval, desde o final de dezembro o Brasil já tem sua mais forte “ministra da Economia”. O nome dela é Dilma Rousseff. Guido Mantega apita mais nada. Apenas cumpre tabela como Ministro da Fazenda. Não saiu (como chegou a pedir) e nem foi tirado para evitar turbulências no mercado. O silêncio dele, imposto por Dilma, é sintomático. 

Quem manda, de fato, na gestão econômica do governo é Dilma, e ninguém mais. Nem o godfather Lula (padrinho de Mantaga) apita mais. Inclusive, esta é uma das principais causas de atritos, nos bastidores, entre a criatura e seu criador. Dilma se lançou candidata à reeleição por dois motivos. Porque confia no próprio taco e porque deseja se descolar, gradualmente, de Lula, e, rapidamente, do PT (principalmente da banda petralha mensaleira que nunca a digeriu).

Não foi Mantega o enquadrado por Dilma. O presidente do Banco Central do Brasil, Alexandre Tombini, também recebeu ordens expressas de não se pronunciar publicamente sem autorização da chefona do Palácio do Planalto. Um assunto proibido para Tombini é qualquer comentário sobre aumento dos combustíveis. Dilma odiou que o Comitê de Política Monetária do BC do B, presidido por Tombini, tenha feito a inédita previsão de um percentual para o reajuste dos combustíveis.

Dilma já avisou que o tema-tabu será decidido, na hora mais conveniente, por ela e a “presidenta” da Petrobrás, sia amiga e afilhada Maria das Graças Foster. Provavemente, a decisão só sai depois do carnaval, ou quando Dilma tiver certeza de que qualquer aumento não terá impacto tão grande no índice de inflação – em preocupante crescimento percentual.

Outro censurado por Dilma foi o empresário Jorge Gerdau Johannpeter, que acumula a presidência do Conselho de Administração do poderoso Grupo Gerdau, juntamente com a Coordenação da Câmara de Gestão e Planejamento do Governo Federal. Não é à toa que, em rodinhas fechadas de amigos e parceiros de negócios, Gerdau esteja falando mal de Dilma. A Presidenta é criticada por seu “centralismo” e “autoritarismo”.

Dilma não liga para tais críticas. Além de assumir pessoalmente o controle da gestão econômica, resolveu fazer política. Foi para tratar de rumos da economia e de sua reeleição que ela vem promovendo reuniões reservadas, em separado, com grandes empresários. Dilma também pretende assumir o comando da pauta política – já sabendo que tudo vai ficar muito tumultuado e difuso com a provável eleição de Renan Calheiros (para a presidência do Senado) e de Henrique Alves (para o comando da Câmara dos Deputados).

Dilma agora vai adotar o estilo de seu velho inspirador, o falecido Leonel de Moura Brizola. A tática brizolista de Dilma consiste em assumir a ponta de todos os acontecimentos – favoráveis ou desfavoráveis. Uma demonstração disso foi a decisão de voltar imediatamente da reunião de cúpula no Chile para a cidade gaúcha de Santa Maria, onde mais de 230 pessoas morreram no incêndio da danceteria Kiss. O comportamento direto, ofensivo e pragmático de Dilma – já agindo como candidata ao próprio cargo – já incomoda Lula e a petralhada.

Poste é coisa do passado. Dilma pretende seguir a teoria brizolista de que precisa ter “luz própria” e ter a “força do povo” para ser a principal responsável pela reeleição - complicada por uma previsível conjuntura de recessão econômica, porém facilitada pela falta de uma candidatura de oposição com peso suficiente para derrotar a máquina PMDB-PT. Dilma só teme a sabotagem petralha, mas se diz pronta para o embate interno no partido. O resto ela pretende tomar a frente, principalmente da problemática economia, para e atingir seu objetivo de poder.

Imensos desgastes políticos - com o mensalão, Rosegate, Renangate ou Henriquinhogate – só lhe favorecem na estratégia de centralização de decisões. Mas Dilma também terá de se blindar contra problemas oriundos ou “parceiros” de sua “gestão centralizadora”, como no setor energético, seja por risco de apagão, problemas de caixa nas distribuidoras e crise de gestão na Eletrobrás. Dilma gerencia o setor elétrico desde que Lula sssumiu a Presidência da República, em 2003. Fica impossível distanciá-la das causas geradoras de problemas, mesmo jogando a culpa na turma do PMDB: José Sarney, Eduardo Cunha e outros menos votados que dominaram o setor.

A principal preocupação de Dilma é com a Petrobrás. A estatal de economia mista é diretamente comandada por alguém de sua absoluta confiança, mas que enfrenta problemas herdados da complicada gestão de José Sérgio Gabrielli – apadrinhado de Lula. Dilma foi presidente do Conselho de Administração da empresa – cargo agora ocupado pelo Mantega em processo de derretimento político. Dilma sabe que terá de operar o milagre de reverter a situação de uma companhia que hoje gasta mais do que fatura – o que gera prejuízos, provocando a ira de grandes investidores internacionais (que promovem e financiam espionagens, denuncismos e desgaste contra o governo, aqui e lá fora).

Por tudo isso, parafraseando o slogan publicitário da Petrobrás, o desafio da reeleição de Dilma vai depender da energia política dela para encarar de frente problemas de complicadíssima solução política e econômica. Se sobreviver aos desgastes (a guerra invisível promovida por investidores estrangeiros e a sabotagem interna da petralhada que aparelha a República Sindicalista em parceria com o bando do PMDB), Dilma tem chance de se reeleger em 2014 – principalmente por falta de uma oposição consistente.

Hermanos não perdoam

Os argentinos, PTs da vida com a presidente deles, aproveitam até a tragédia de Santa Maria para desgastá-la.

O quadrinho (abaixo) – solto nas redes sociais na tarde de domingo - traça uma comparação entre a atitude de Dilma Rousseff e de Cristina Kirchner diante de acontecimentos trágicos.



Medinho

O companheiro Lula teve encontros recentes, em sua residência em São Bernardo do Campo, com o ex-ministro das Minas e Energia, Silas Rondeau, e com o empreiteiro baiano Zuleido Veras, dono da Gautama.

Rondeau e Zuleido estão no meio do firacão de denúncias que afetam as candidaturas legislativas de Renan Calheiros e Henrique Alves.

Pode sobrar para Luiz Inácio Lula da Silva a guerra de dossiês para minar os dois políticos, fritando junto José Sarney e seus aliados mais próximos.

Aposta

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, tem tudo para sofrer mais um desgaste de sua imagem, comprometendo também o tão violentado senso de Justiça no Brasil.

Lewandowski tende a não acatar as denúncias feitas pelo procurador Geral da República, Roberto Gurgel contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) nas 5.600 folhas do inquérito 2593.

Nos bastidores, Lewandowski já teria comentado que não veria provas suficientes para Renan ser denunciado no caso das notas frias de venda de bois alagoanos para supostamente pagar a pensão alimentícia do filho que o senador teve com a a jornalista Mônica Veloso. 

Oscar


Indagação funesta

Até quando o descaso vai assassinar tanta gente no Brasil?
Não bastam os pêsames a quem perdeu seus entes queridos na tragédia de Santa Maria.

Precisamos tomar vergonha na cara, como cidadãos e não como massa ignara, para dar um basta a tantos desmandos, incompetências e ingerências corruptas que são as verdadeiras causas de desgraças que afligem o Brasil e matam tantos brasileiros, diariamente.

Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.


NO BLOG UCHO.INFO

Ministro da Justiça faz afirmação estranha e desconexa sobre o fim do crime organizado em São Paulo

Boi na linha – Causou estranheza recente declaração do ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, que afirmou em entrevista que o crime organizado em São Paulo está prestes a ser derrotado. Cardozo, que é um político experimentado e um cidadão com conhecimento e formação acadêmica, fala em nome de um governo que sofre de letargia administrativa, mas que recentemente firmou parceria com o Executivo paulista para o combate à violência.

A grande questão da violência na extensa maioria das cidades brasileiras está diretamente vinculada ao tráfico de drogas e ao contrabando de armas. Essas duas modalidades de crime são as responsáveis pela manutenção financeira das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que são signatárias do Foro de São Paulo, movimento que reúne a esquerda latino-americana e define as regras ideológicas a serem impostas na região.
Não é novidade para muitos brasileiros que as Farc mantêm estreito relacionamento com o PT. Francisco Antonio Cadena Collazos, também conhecido como Olivério Medina, representante da organização narco-terrorista no Brasil, foi preso a pedido do governo colombiano, que ainda o acusa de terrorismo e assassinatos. Enquanto aguardava o julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal, do pedido extradição, que acabou arquivado, Medina conseguiu que o companheiro Lula empregasse sua mulher na máquina federal, em Brasília. Em 29 de dezembro de 2006, no apagar das luzes daquele ano, Angela Maria Slongo foi nomeada para o cargo de oficial de gabinete por Altemir Gregolin, então ministro-chefe da Secretaria da Pesca, pasta que estava subordinada diretamente ao gabinete do camarada Lula.
O escambo da cocaína
Vale recuar no tempo e lembrar que em um dos computadores de Raúl Reyes, um dos chefões das Farc morto pelos soldados colombianos, havia uma mensagem de Medina informando que contava com o apoio da “cúpula do governo brasileiro”, em especial do ministro Celso Amorim, à época no comando do Itamaraty, atual ministro da Defesa. Por ocasião da morte de Reyes, o jornal colombiano “El Tiempo” publicou matéria em que afirmava que o papel de Olivério Medina no Brasil era “trocar cocaína por armas e fazer o recrutamento de simpatizantes”.
Em relação à troca de drogas por armas, os militares colombianos encontraram nos computadores de Raúl Reyes mensagens que citavam um brasileiro de nome “Acácio”, identificado posteriormente como “Negro Acácio”, sócio de Luiz Fernando da Costa, o narcotraficante Fernandinho Beira-Mar, que no período em que estava foragido da Justiça brasileira ficou sobre a proteção das Farc na selva da Colômbia.
Dinheiro das Farc no caixa do PT
Um relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) acusou Olivério Medina de ter oferecido dinheiro das Farc (US$ 5 milhões) à campanha de candidatos petistas, em 2002, inclusive à de Lula. O assunto vazou e alcançou a Esplanada dos Ministérios, contrapondo o então deputado federal Alberto Fraga (DF). Que teve acesso aos documentos, e o líder do governo no Senado, à época Aloizio Mercadante, que prometeu processar o parlamentar por difamação, o que não se concretizou.
Quando o assunto começou a ganhar corpo, a turma do “deixa disso” entrou em ação e abafou o assunto. O então diretor-geral da Abin, Mauro Marcelo de Lima e Silva, disse à época que os documentos que embasaram reportagem poderiam estar incorretos. Porém, Mauro Marcelo não disse que os documentos eram falsos. Responsável pela chefia do gabinete de Segurança da Presidência, à época da eclosão do escândalo, o general Jorge Félix reforçou a declaração do diretor da Abin.
Delegado da Polícia Civil de São Paulo, Mauro Marcelo de Lima e Silva foi um dos responsáveis pela segurança da campanha de Lula, em 2002, e por conta disso foi alçado ao comando da Abin.
Traficantes colombianos no Brasil
Há no Brasil inúmeros agentes das Farc, que não são incomodados pelo governo por motivos óbvios. As Farc perderam espaço na Colômbia e também na selva do vizinho país, mas avançaram seus tentáculos na direção do Brasil, onde atuam nos principais pontos de tráfico de drogas, sempre usando criminosos locais como cortina de fumaça. Isso explica a facilidade com que armas longas entram com tanta facilidade no território nacional.
Por comandar atualmente o tráfico na América do Sul, as Farc têm conexão com os principais líderes das facções criminosas que atuam dentro e fora dos presídios brasileiros. Ao mesmo tempo, pelo viés ideológico, os narco-terroristas mantêm conexões nos três Poderes, como pode já ser constatado por fatos inquestionáveis, os quais culminaram com a prisão de políticos, a exoneração de servidores e a aposentadoria magistrados envolvidos com o tráfico.
Cuidados com Chávez e o contrabando de nióbio
Por outro lado, as Farc recebem atualmente proteção e apoio financeiro do moribundo Hugo Chávez, que agoniza em hospital de Havana. Nos bastidores da acirrada disputa pelo poder na Venezuela, o vice-presidente Nicolás Maduro enviou um assessor a Washington com o objetivo de convencer a DEA (Drg Enforcement Agency) a enquadrar Diosdado Cabello, presidente da Assembleia Nacional Venezuelana e acusado de ser o chefe do tráfico de drogas no país, com o apoio de militares e o conhecimento de Chávez.
As autoridades brasileiras não querem se indispor com Chávez, não apenas por questões ideológicas, mas porque a Venezuela é a porta de saída para o mundo do nióbio contrabandeado do Brasil. Qualquer frente de atrito, inclusive envolvendo as Farc, seria o suficiente para o esquema criminoso vir à tona.
Xis da questão
Diante de todo esse cenário aqui relatado e da afirmação do ministro da Justiça a respeito da derrota do crime organizado que atua em São Paulo, fica aqui uma pergunta que não quer calar. O que a competente e reconhecida polícia paulista deixou de fazer ao logo dos anos que o governo federal conseguiu em questão de semanas? Com a palavra o ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo!

Fraudador de si mesmo, Mercadante diz que punirá estudantes que compraram vaga em faculdade

Face lenhosa – É preciso reconhecer que o jornalista José Simão, colunista do jornal “Folha de São Paulo”, está absolutamente correto quando diz que o Brasil é o país da piada pronta.

Na noite de domingo (27), em entrevista ao enfadonho Fantástico, folhetim semanal da Vênus Platinada, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, falou sobre a compra de vagas em faculdades de medicina. Disse Mercadante, como se fosse a versão tropical do espanhol Dom Tomás de Torquemada, inquisidor-geral dos reinos de Castela e Aragão, que todos os beneficiados pelo esquema fraudulento serão punidos, expulsos da faculdade e, se formados já estiverem, terão os diplomas cancelados.
Primeiro é preciso lembrar que reza a Constituição federal que é obrigação do Estado garantir acesso à educação de qualidade a todos os cidadãos. A omissão do Estado é que alimenta as quadrilhas que agem em todos os setores da sociedade. O que não significa que o crime em questão deva ser ignorado e que os culpados escapem da punição.
O que causa espécie é que os alarifes que compraram as vagas nas faculdades são criminosos, mas os mensaleiros, que protagonizaram o maior escândalo de corrupção da história nacional, são inocentes, como ainda insiste em fazer acreditar a cúpula do PT.
Voltamos a destacar que não estamos a defender os compradores e os vendedores de vagas em universidades, pelo contrário, mas é preciso coerência ao falar de determinados assuntos, sob pena de o interlocutor cair no descrédito. Bastava o irrevogável Aloizio Mercadante, por meio de sua assessoria, ter informado à equipe de reportagem que o assunto já está sob investigação policial e que as devidas medidas serão tomadas.
O escárnio ainda foi ainda maior porque Mercadante falou, durante a entrevista, em fraude. O ministro disse certa vez, durante debate na TV Gazeta, ter mestrado e doutorado em economia na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o que à época era uma grande mentira. Aloizio Mercadante chegou a frequentar algumas aulas do doutorado, mas acabou sendo desligado do programa universitário. Como a saia ficou excessivamente justa, Mercadante deu um jeito de apresentar sua tese de doutorado na Unicamp. Na condição de integrante de Lula, o ministro da Educação usou como tema as conquistas do governo do ex-metalúrgico, as mesmas que atualmente estamos vendo fazer estragos na economia verde-loura.
Era uma sexta-feira, 17 de dezembro de 2010, quando Aloizio Mercadante chegou a um dos auditórios da Unicamp para discorrer sobre sua tese de doutorado em Economia, “As bases do Novo Desenvolvimentismo no Brasil: análise do governo Lula (2003-2010)”. Não poderia ser outro tema, porque no PT só há herdeiros magnânimos de Aladim e messiânicos de toda ordem. E os dias atuais provam como a Unicamp errou ao dar o título de doutor em ciências econômicas a Aloizio Mercadante, título que até seus parentes desconfiam.
Fosse seguir a própria regra que impõe aos “reles” doutorandos, a Unicamp jamais poderia ter conferido o título a Mercadante, pois a tese não passou de cópia rebuscada de um livro de sua autoria, “Brasil: a construção retomada”. E qualquer universidade respeitável, como é o caso da Unicamp, exige que a tese de doutorado seja uma obra inédita. No Regimento Geral dos Cursos de Pós-Graduação da Unicamp (Deliberação CONSU-A-008/2008, disponível em http://www.pg.unicamp.br), o Artigo 31, em seu parágrafo 3º, é claro: “Entende-se por tese de doutorado o trabalho supervisionado que resulte em contribuição original em domínio de conhecimento determinado”.
Diante do constrangimento, Mercadante, que conseguiu a proeza de fraudar a si mesmo, explicou que sua tese era uma versão mais densa e ousada do conteúdo do tal livro.
Em determinado ponto do fraudulento trabalho apresentado à Unicamp, Mercadante destaca: “O ponto fulcral desta tese é que o Brasil, ao longo do governo Lula, começou a construir um Novo Desenvolvimentismo, um novo padrão de desenvolvimento substancialmente distinto tanto do neoliberalismo quanto do antigo nacional-desenvolvimentismo predominante no passado”.
Comentar sobre a fraude cometida na tese de doutorado do gênio e agora xerife da educação nacional Aloizio Mercadante é desnecessário, pois para bom entendedor pingo é letra. Sobre o ponto fulcral, este sim merece comentário, pois este “padrão de desenvolvimento distinto” foi desmontado no primeiro estouro da bolha de virtuosismo que Lula vendeu ao mundo e alguns incautos compraram.
Mas o título de doutor de Mercadante é o menor dos males, se levarmos em conta que o corrupto Lula recebeu honrarias apenas porque destruiu a economia nacional e fez com que o Brasil jogasse uma década no lixo. Resumindo, os “companheiros” se merecem.

Com o trem-bala há anos no papel, Dilma defende construção de ferrovia que liga o Brasil ao Chile

Noção zero – Há situações no âmbito político nacional que são absolutamente inexplicáveis, para não afirmar que ultrapassam os limiares do absurdo. O Brasil enfrenta uma crise econômica por causa da paralisia de um governo que vive de discursos, mas a presidente Dilma Rousseff, em visita oficial ao Chile, onde participou da 1ª Cúpula União Europeia – Celac (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos), defendeu a integração ferroviária e rodoviária do Brasil com o país sul-americano.

“Apesar de não termos fronteira, temos grande possibilidade de interligação”, disse Dilma. “Esse corredor interoceânico rodoviário e ferroviário liga dois elementos fundamentais do comércio mundial, o comércio do Atlântico e do Pacífico”, completou a presidente.
O ufanismo que toma conta do Palácio do Planalto é impressionante, mas os palacianos continuam abusando das sandices discursivas para enganar a parcela incauta da opinião pública. Se levou a sério as palavras de Dilma Rousseff, o presidente do Chile, Sebastian Piñera, caiu em uma esparrela verde-loura, pois o Brasil ruma na direção do atraso por causa da falta de investimentos no setor de infraestrutura.
Na herança que recebeu do antecessor, Dilma por certo encontrou cápsulas de messianismo, pois uma declaração como a feita em Santiago deve ser considerada uma homenagem à mitomania, se considerarmos o fato de que as obras de transposição do Rio São Francisco estão abandonadas, com a população nordestina enfrentando uma das piores secas dos últimos anos, enquanto estádios de futebol consomem verbas bilionárias dos cofres públicos. Como se fosse pouco para um governo que se mostra cada vez mais incompetente, o trem-bala, ligando São Paulo ao Rio de Janeiro, que seria inaugurado antes da Copa do Mundo continua estacionado no papel.
Dilma deixa muito a desejar como governante e é ainda pior como líder regional, mas aproveita qualquer oportunidade para mostrar uma competência que há muito anda sumida da Praça dos Três Poderes. Só mesmo um político despreparado consegue usar como justificativa de tão absurda declaração o comércio na área do Pacífico, que acontece há séculos. Sem conseguir colocar ordem na própria casa, Dilma que consertar o mundo.

Ministro da Saúde vai a Santa Maria para falar o óbvio e prometer o que é obrigação do Estado

(Foto: Wilson Dias - ABr)
Pegando carona – Nada é mais sórdido do que oportunista agindo em meio a uma tragédia. A situação piora sobremaneira quando o oportunismo tem a chancela oficial e político decide fazer politicagem, mesmo diante da dor alheia. Em visita ao Chile, a presidente Dilma Rousseff cancelou os compromissos e rumou para Santa Maria, onde um incêndio em boate da cidade da região central do Rio Grande do Sul deixou 233 mortos e 127 pessoas feridas. A presidente fez bem, pois representou oficialmente, perante os familiares das vítimas, o Estado brasileiro.
Antes de seguir para o estado gaúcho, Dilma ordenou ao ministro da Saúde,Alexandre Padilha, que fosse imediatamente para Santa Maria, como se a presença do titular de um ministério pudesse reverter a tragédia. Se a pífia atuação do governo federal deixou comprometida a saúde pública de Santa Maria, como acontece nas mais de cinco mil cidades brasileiras, não seria Alexandre Padilha o mágico a mudar o cenário que todos conhecem.
Padilha foi ao local da tragédia para anunciar o óbvio e o que está na lei. Que as vítimas seriam atendidas e que o Ministério da Saúde disponibilizaria todo o aparato necessário para o atendimento médico. O ministro não fez qualquer favor ao povo santa-mariense. Apenas aproveitou a oportunidade para falar em nome de um governo incompetente e inoperante. Nada mais.
Se o governo do Rio Grande do Sul não tem condições de dar garantias e tranquilidade ao povo gaúcho, mesmo estando a saúde pública em situação degradante, é melhor Tarso Genro arrumar as gavetas e deixar o Palácio Piratini, pois de incompetentes e de mentiras os brasileiros estão cansados.
O que pode fazer o governo federal a essa altura? Disponibilizar aviões da Força Aérea Brasileira para o transporte dos feridos a outros hospitais do estado? É o mínimo, até porque as aeronaves foram compradas e são mantidas com o suado dinheiro do contribuinte. Sem contar que essas aeronaves não devem estar a postos apenas para levar parentes de autoridades e seus amigos para cima e para baixo, como já fez um dos filhos de Lula, que carregou a sua “turma” para Brasília no “Sucatão” e em seguida transformou o Palácio da Alvorada em colônia de férias de quinta.
Alexandre Padilha é um dos pré-candidatos do PT ao governo de São Paulo, juntamente com o irrevogável Aloizio Mercadante, e deveria ter atuado nos bastidores da tragédia, não fazendo discurso que misturou o óbvio a bobagens.
Se Dilma está consternada e quer de fato fazer um enorme favor às famílias que perderam filhos e parentes na tragédia, que, em sinal de respeito, peça ao governador Tarso Genro, seu companheiro de partido, para que a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) redobre os esforços com o objetivo de evitar os costumeiros apagões que atingem o Rio Grande do Sul, pois é capaz de faltar luz no momento dos velórios em Santa Maria.
Padilha, veloz quando interessa
A rapidez com que Alexandre Padilha aterrissou em Santa Maria não foi a mesma dispensada à análise da denúncia de que um grupo de servidores do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), localizado na zona portuária do Rio de Janeiro, recebeu valores sete vezes maiores em horas extras do que o normal. Para tomar uma providência, o Ministério da Saúde demorou apenas oito meses.
A saúde pública no Brasil, que Lula disse um dia que estava a um passo da perfeição, é caótica e caminha como um paquiderme. As horas extras foram pagas para profissionais que fizeram plantões, cujo objetivo era aumentar o número de cirurgias no Into, em cuja fila de espera há pessoas que aguardam a vez desde 2007.
Incompetente querendo mostrar serviço à sombra do calvário alheio é degradante e desumano. Se agir é difícil, os palacianos deveriam pelo menos pensar um pouco além do limite a que estão acostumados antes de falar o que não devem.





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