DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 11-1-13

NO JORNAL O POVO
Inflação Oficial de Fortaleza fecha 2012 em 6,7%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou 2012 em 6,7% em Fortaleza. No País, a taxa foi de 5,84%, abaixo dos 6,50% relativos ao ano anterior. Dos grupos pesquisados, o mais elevado foi o das despesas pessoais, que atingiu 10,17%, enquanto o mais baixo foi o grupo transportes, com 0,48%. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).


O IPCA subiu 0,79% em dezembro, ficando acima da taxa de novembro (0,60%) em 0,19 ponto percentual. É o maior IPCA mensal desde março de 2011, quando atingiu a mesma taxa de 0,79%, e o maior índice dos meses de dezembro desde 2004, quando a taxa foi de 0,86%. 

Pelos serviços dos empregados domésticos, as famílias passaram a pagar 12,73% a mais no ano passado. O item foi líder na relação dos principais impactos individuais no ano, com 0,45 ponto percentual. Além dos salários dos empregados, as principais altas que levaram as despesas pessoais (10,17%) ao topo de resultados de grupos foram cigarro (25,48%); excursão (15,25%); manicure (11,73%); hotel (9,39%); costureira (7,42%); e cabeleireiro (6,80%).

Foi forte a pressão dos alimentos consumidos fora do domicílio, cujos preços se elevaram em 9,51% em 2012, seguindo a alta de 10,49% de 2011, embora menos intensa. O item refeição fora, que aumentou 8,59%, exerceu o segundo principal impacto individual no IPCA do ano, com 0,41 ponto percentual, embora todos os itens relativos à alimentação fora tenham aumentado.

Já os alimentos consumidos no domicílio ficaram 10,04% mais caros em decorrência, principalmente, de problemas climáticos e subiram bem mais do que os 5,43% de 2011. O açúcar cristal (-8,74%) e o refinado (-3,22%) e as carnes (-0,67%) se destacam entre os produtos que ficaram mais baratos em 2012.


Redação O POVO Online


NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO



Terrorista 
será assessor 
internacional da CUT

Presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, acertou todos os detalhes com o advogado do terrorista italiano Cesare Battisti, Luiz Eduardo Greenhalgh, para empregá-lo como assessor internacional da Central. Segundo o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), Battisti assumirá o cargo por falar inglês, espanhol, português, francês e italiano e “ter vasto conhecimento” sobre temas de interesse da CUT.


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Só no Brasil

Condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos, Battisti traduzirá conversas e documentos para CUT, enquanto escreve livros.

Pior que tá, fica

A CUT ignora que só vai piorar as relações diplomáticas do Brasil com a Itália. Deverá anunciar nos próximos dias o mais novo funcionário.

Amigo cego

Segundo Suplicy, sua única participação no aluguel do imóvel foi contar à proprietária sobre a vida dele: “Sei que não cometeu aqueles crimes”.

De olho...

Defensor de ‘pequenos traficantes’, o ex-secretário de Políticas sobre Drogas Pedro Abromovay defende o projeto de Luis Adams (AGU) que prevê que não concursados, como ele, ocupem cadeiras no órgão.

... nos cargos

Abramovay também já teve a esposa contemplada com cargo na Sub-chefia de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, comandada à época por Beto Vasconcelos, a quem é creditado o texto do projeto de Adams.

O QUE ROLA NA INTERNET

Foto















Favor não confundir...

... prostituta que aprende a falar inglês com especialista em sexo oral.


NO BLOG DO NOBLAT

Dirceu estrebucha, por Merval Pereira

Merval Pereira, O Globo
Mais uma vez o ex-ministro José Dirceu, condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha no processo do mensalão, estrebucha e tenta, a partir de uma declaração do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, vender para a opinião pública a ideia de que foi condenado sem provas e que é inocente.
Típica manobra política, pois, no campo jurídico, seu comentário não tem a menor importância nem valor para embargos infringentes, que são os únicos recursos que ainda restam a seus advogados.
Mesmo assim, só poderá fazê-lo quanto à condenação de formação de quadrilha, onde teve quatro votos absolutórios, mínimo exigido para recorrer. Quanto à corrupção ativa, foi condenado por 8 a 2.
Gurgel, em entrevista à “Folha”, voltou a comentar as provas contra Dirceu, que um dia classificou de “torrenciais”, e explicou que elas não são diretas. “Em nenhum momento nós apresentamos ele passando recibo sobre uma determinada quantia ou uma ordem escrita dele para que tal pagamento fosse feito ao partido ‘X’ com a finalidade de angariar apoio ao governo. Nós apresentamos uma prova que evidenciava que ele estava, sim, no topo dessa organização criminosa.”
Estava repetindo o que dissera no julgamento, quando apresentou José Dirceu como o homem que detinha o “controle final do fato", o poder de parar a ação ou autorizar sua concretização.
Foram apresentadas testemunhas de que ele é quem realmente mandava no PT então, como relembrou Gurgel na entrevista de ontem: depoimentos de políticos que diziam que qualquer acordo feito com Delúbio Soares ou José Genoino só era válido depois que o comunicavam a Dirceu por telefone; a reunião em Lisboa entre a Portugal Telecom, Valério e um representante do PTB que foi organizada por ele; indícios claros da relação de Dirceu com os bancos Rural e BMG, desde encontros com a então presidente do Rural, Kátia Rabello, até o emprego dado à sua ex-mulher no BMG e empréstimo para compra de apartamento.
Leia a íntegra em Dirceu estrebucha

PGR pede abertura de inquérito contra Renan Calheiros no STF

Fabiano Costa, G1
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito para investigar a conduta do senador Renan Calheiros (PMDB-AL, foto abaixo), cotado para suceder José Sarney (PMDB-AP) na presidência do Senado. O pedido foi encaminhado à Suprema Corte devido ao fato de Calheiros ter prerrogativa de foro privilegiado como senador.
O parlamentar alagoano, que comandou o Senado entre 2005 e 2007, é suspeito de ter cometido um crime ambiental por supostamente ordenar a pavimentação de uma estrada de 700 metros dentro de uma reserva ambiental por meio de sua empresa, a Agropecuária Alagoas. A assessoria de imprensa do senador disse que ele não iria comentar as suspeitas.
O processo foi distribuído no dia 2 ao gabinete da ministra Cármen Lúcia. Em razão do recesso do Judiciário, a magistrada ainda não analisou o caso. No retorno das férias do STF, ela deve formalizar a abertura do inquérito.



Gastos secretos da Presidência vão de hotel a material de pesca

Alana Rizzo, Estadão
Os gastos da Presidência da República com cartões corporativos classificados como sigilosos por se tratarem de “informações estratégicas para a segurança da sociedade e do Estado” incluem compra de produtos de limpeza, sementes, material de caça e pesca e até de comida de animais domésticos. As despesas secretas do Executivo federal somaram R$ 44,5 milhões entre 2003 e 2010. O gasto preponderante no período - R$ 31,6 milhões - refere-se a despesas com hotéis e locação de carros.
As informações constam de planilha do próprio Palácio do Planalto obtida pelo Estado. O levantamento detalha pela primeira vez a natureza dessas despesas sigilosas com cartão corporativo nos dois mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Presidência. São 106 itens, incluindo também comissões e corretagem, despesas com excesso de bagagem, serviços médicos, taxas de estacionamento, pedágio, material esportivo e produtos médicos.

Prefeitos herdam municípios com serviços paralisados e dívidas

O Globo
A festa da posse dos novos prefeitos eleitos no ano passado terminou antes da hora em muitos municípios brasileiros. Em cidades do Norte ao Sul do país, as prefeituras foram assumidas em cenário de penúria, com dívidas milionárias e até mesmo sem energia elétrica. Com o rombo em caixa, os novos prefeitos chegam até mesmo a pedir ajuda aos contribuintes para saldar débitos feitos pelos responsáveis por gestões passadas.
No estado do Rio, a prefeita eleita de Rio Bonito, Solange Almeida (PMDB), não pode receber chamadas telefônicas da Secretaria de Saúde, pois o serviço está cortado. O fornecimento de energia elétrica da sede da prefeitura e da Secretaria de Obras só não é interrompido por conta de uma liminar e servidores não receberam o salário de dezembro.
Na mesma cidade da baixada litorânea, José Luiz Alves (DEM), o ex-prefeito, recebeu no dia 28 de dezembro um benefício retroativo de quase R$ 56 mil, além do salário e 13º. Ele, que não atendeu a reportagem, saiu do cargo com quase R$ 92 mil no bolso. E não se esqueceu de seus vice-prefeito e secretários, que também receberam, retroativamente, um aumento concedido pela Câmara Municipal em 2010, que era questionado na Justiça. 

Piso salarial dos professores terá reajuste de 7,97% em 2013

Heloisa Cristaldo, Agência Brasil
O valor piso salarial nacional do magistério da educação básica terá reajuste de 7,97% em 2013. A informação foi divulgada hoje (10) pelo Ministério da Educação. Com o aumento, o valor passa de R$ 1.451 para R$ 1.567 e já será pago, por estados e municípios em fevereiro.
A composição do piso leva em conta o custo anual por estudante dos últimos dois anos, calculado pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
O reajuste do piso em 2013 não segue a tendência de aumento dos últimos dois anos, quando foi registrado 22%, em 2012, e 18%, em 2011.

Aloizio Mercadante, ministro da Educação


Falências: CNJ ouvirá envolvidos em denúncia

O Globo
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) convocou a depor cinco administradores judiciais de massas falidas do Rio de Janeiro. Denunciados em série de reportagens do GLOBO sobre uma suposta ação entre amigos nas varas empresariais do Tribunal de Justiça fluminense (TJ-RJ), publicada a partir de novembro de 2012, os advogados concentram as administrações mais lucrativas do estado.
Um deles, Adriano Machado, cunhado do juiz Mauro Pereira Martins (4ª Vara Empresarial), atua em 67 falências na Baixada Fluminense e na capital. Outra intimada é Ilka Regina Miranda, mulher do juiz Luiz Roberto Ayoub (1ª Vara Empresarial) e escrevente do 8º Ofício de Notas do Rio, no Centro, para o qual foram levadas as certidões da massa falida da Varig, processo que corre na 1ª Vara.


NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

Xiii… A Economist decidiu provocar de novo a soberana, agora afirmando que ela optou, sim, por privatizações, só que tarde

Pode parecer que a revista inglesa The Economist escreve certas coisas só para torrar a paciência da presidente Dilma Rousseff. Trata-se, obviamente, de uma impressão falsa. Tudo não passa de… amor aos fatos, coisa com a qual o PT e os petistas passaram a se dar muito mal a partir de 2003. Os companheiros entendem que jornalismo sério é sinônimo de elogio. A crítica – ou o simples apego à realidade – é entendida como sabotagem. Por que isso tudo?
Dilma, a gente sabe, não gosta de algumas palavras. Não é só superstição, embora haja, sim, um apelo místico, só que de viés ideológico. Um dos vocábulos hoje praticados pelo petismo, mas que estão no território do nefando é “privatização”. Não, não! Isso é coisa de tucanos. Petistas praticam… “concessões”, como se houvesse, no que concerne ao serviço público, diferença entre uma coisa e outra.
Vamos ver. O governo brasileiro já foi dono de hotel. Sim, de hotel. Ao vendê-lo, privatizou-o. Se o novo titular tocou o negócio ou resolveu meter fogo no prédio, não sei.
Os tucanos também fizeram concessões. De fato, todos os serviços públicos – e os bens do subsolo brasileiro (como o ferro da Vale) – são explorados em regime de concessão. Há um contrato com tempo determinado. Descumpridas as regras ou as leis, o governo pode tomar tudo de volta.
Isso basta para evidenciar a falácia das críticas feitas às privatizações no governo FHC. Houvesse mesmo alguma ilegalidade, como denunciaram os petistas, estariam livres para intervir e pegar a estatal de volta. Só não o fizeram porque tudo estava nos conformes. A gritaria era fruto da vigarice ideológica.
Não há diferença, entendam bem, entre o que o governo Dilma fez com os aeroportos e o que se fez com as ações da Telebrás que pertenciam ao estado. Nenhuma! Zero! Nos dois casos, estamos falando, a rigor, de CONCESSÃO. Chama-se também privatização porque, de fato, a gestão passou o controle do serviço para mãos privadas. É o caso da Vale.
Mas Dilma não quer que se diga que ela privatizou. Afinal, como o PT pode admitir que seus adversários históricos estavam, no fim das contas, certos, e eles, os petistas, errados?
De volta à Economist
Há quase um mês, a revista tratou das dificuldades do Brasil para crescer e até chegou a fazer troça: se Guido Mantega não entregava os resultados prometidos, não seria o caso de demiti-lo? Dilma ficou furiosa e resolveu bater boca com a revista. Antes dela, só Silvio Berlusconi havia se dado a tal desfrute.
Muito bem: na edição desta semana, a Economist fala o óbvio. Dilma aderiu às privatizações, sim, só que o fez tardiamente. Mais uma matéria de fato que deve irritar um tantinho a governanta. Segue texto publicado na VEJA.com. Volto em seguida.
*
A revista britânica The Economist destaca em reportagem na edição que chega nesta quinta-feira às bancas o fato de o Brasil ter “despertado para a necessidade urgente de melhorar a infraestrutura do País”, em especial nos transportes. A reportagem diz que o governo de Dilma Rousseff era “relutante” em aderir às privatizações e que isso teria atrasado o plano das novas concessões, especialmente dos aeroportos.
“O governo do Brasil despertou para a necessidade urgente de melhorar a infraestrutura do País. Ele está leiloando concessões de rodovias, estradas e aeroportos. No mês passado, acrescentou portos à lista e prometeu gastar R$ 54 bilhões para expandir, dragar e melhorar os portos ao longo dos próximos cinco anos”, afirma a reportagem.
A decisão de repassar projetos à iniciativa privada, no entanto, não foi fácil. A revista britânica diz que o governo de Dilma Rousseff tinha “relutância” em privatizar alguns setores da economia. Para a Economist, o atual governo brasileiro foi “tardiamente convertido” às privatizações.
“Depois de vender 51% das ações em três aeroportos em fevereiro do ano passado, o governo ficou temeroso e passou o restante do ano sondando operadores estrangeiros para verificar se algum consideraria entrar em uma licitação para investimento minoritário. Somente depois de perceber que não teria compradores, o governo decidiu continuar a vender o controle acionário”, relata o texto.
(…)
A revista lembra, porém, que “muitos planos da infraestrutura brasileira não conseguem sair do papel” e cita as propostas para a Copa do Mundo de 2014 como exemplo. Dos 102 projetos apresentados em 2010 para o mundial de futebol, quase um quinto – ou 19 obras – sequer começaram.
VolteiPois é… Dilma era a gerentona do governo Lula quando sobreveio o caos aéreo. Em vez de respostas, os petistas preferiram fazer proselitismo: tudo seria decorrência do milagre petista, já que pobre passara a andar de avião. Notem: o quiproquó nos aeroportos brasileiros se tornou insuportável em 2006. Estamos em 2013. Só agora há a chance de a solução, com o perdão do trocadilho óbvio, decolar.
Este blog se orgulha de algumas coisinhas. Nada de muito miraculoso. Com alguma frequência, orgulha-se de enxergar o óbvio com alguma antecedência. No dia 7 de fevereiro do ano passado, escrevi um post intitulado “O PT que privatiza – Partido chega aonde estavam os tucanos, mas 15 anos depois; Infraero como sócia de consórcios é só uma vela para o atraso”.  Lia-se lá o que segue em azul:
“Eu sou a favor de privatização até de escolinha de jardim da infância, desde que bem-feita. Dilma Rousseff não só é uma notória, como chamar?, retardadora de parcerias com a iniciativa privada como tem em sua carreira um estrondoso insucesso. O seu genial “modelo” de privatização de estradas federais, que levou Elio Gaspari a flertar com a poesia épica, deu com os burros nos buracos. Escrevi bastante a respeito já. Há muita coisa em arquivo. O resumo é este: antes, o usuário enfrentava buracos sem pagar pedágio; agora, enfrenta-os pagando. Bem baratinho!
O setor de aeroportos estava sob o controle de Dilma quando era chefe da Casa Civil. O caos se instalou, e nada de a privatização sair. Saiu. Mas de um jeito, de novo, meio esquisito. Vamos ver. Eu não sou especialista em privatizações, economista, financista ou o que seja. Sou apenas alguém que cuida de alguns aspectos lógicos dos processos. E costumo flagrar algumas incongruências, não devidamente respondidas pelos especialistas. Antes que entre no mérito, uma nota de ironia.”
EncerrandoComo vocês leem, eu fazia referência a um programa de privatizações de estrada lançado por Dilma em 2007, saudado por muitos como a revolução do “bom e barato”. Foi um desastre. Se você clicar aqui, saberá detalhes do imbróglio.
Sim, Dilma demorou demais para fazer o óbvio. Os petistas mantêm relações ambíguas com o capital privado. Em algumas áreas, a restrição é de natureza ideológica; afinal, sabem como é, eles são socialistas… Trata-se de desonestidade intelectual. Em outras, o capital é visto apenas como uma fonte inesgotável de bons negócios. Trata-se de desonestidade. Ponto.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES

J. R. Guzzo: uma perturbadora descrição da face escura do lulopetismo

O artigo de J. R. Guzzo publicado na edição impressa de VEJA sob o título Joseph K. merece ser reproduzido em todos os espaços jornalísticos que defendem o Estado Democrático de Direito. Confiram:
Os leitores de O Processo, criação da mente tumultuada, enigmática e genial de Franz Kafka, conhecem bem a história de Joseph K. ─ ótimo rapaz, diretor de banco e cidadão que jamais tinha violado lei alguma em toda a sua vida. No dia em que completa 30 anos, Joseph K. recebe a visita de dois agentes que ele supõe serem da polícia, mas que não se identificam nem lhe mostram nenhum documento oficial. Estão a serviço de um departamento do governo, mas não revelam qual. Anunciam que ele deve responder a um processo, mas não informam qual é a acusação. Joseph K. fica intimado, apenas, a comparecer a um determinado endereço alguns dias depois, mas não sabe a que horas nem qual autoridade terá de procurar no local. Quando chega lá, encontra um pardieiro e, no sótão do prédio, o que parece ser o tribunal ─ mas ao ir embora continua sem saber qual o delito a que deve responder, quem vai julgá-lo e que lei autoriza o procedimento imposto a ele. Tudo o que consegue descobrir é que deve aguardar as instruções de um “Comitê de Questões”, de cuja existência jamais tivera conhecimento.
As coisas não melhoram quando Joseph K. vai se aconselhar com um tio, que lhe recomenda não “subestimar” a gravidade da situação e o encaminha a um advogado. Não adianta nada. O advogado diz que aceita fazer a sua defesa, mas não poderá apresentá-la ao magistrado, pois não sabe, nem nunca saberá, qual é a acusação ─ e, de qualquer forma, tudo seria inútil, pois em casos assim o fato de ser suspeito significa, automaticamente, ser culpado. Na verdade, informam a ele, nunca houve em toda a história do tribunal secreto que vai julgá-lo um único caso de absolvição. Um ano depois, na véspera de seu 31º aniversário, Joseph K. é preso, em seu apartamento, por dois agentes do “Comitê”, levado a uma pedreira remota e executado ─ sem nunca ter tido a menor ideia do que fizera de errado.
Quase 100 anos depois de escrita, a narrativa de Kafka continua sendo um dos textos mais possantes que a literatura mundial jamais produziu sobre a negação absoluta da justiça ─ e a impotência do ser humano diante de forças que não entende, que podem tudo e contra as quais ele não pode nada. A desgraça de Joseph K. é algo que não faz nexo num mundo racional. Mas a moral da fábula de Kafka, como sempre acontece nas fábulas, não tem nada de absurdo. Ao contrário, é um aviso muito claro do que pode acontecer em conflitos em que um dos lados dispensa a si próprio de qualquer obrigação lógica ─ como pretende ter toda a razão, julga-se com direito a tudo. Não precisa explicar nada, nunca. Não tem de provar nenhuma das alegações que faz. Basta denunciar suspeitos e declarar que são culpados.
Há no Brasil de hoje um clima por trás do qual, quando se olha um pouco melhor, é possível perceber algo muito parecido com a história de Joseph K. Trata-se do esforço permanente, por parte das forças que comandam o governo, para indiciar todos os que discordam delas num processo em que os julgadores não aceitam nenhum argumento de defesa, ignoram quaisquer fatos que os acusados possam apresentar em seu favor e só assinam sentenças de condenação. O ex-presidente Lula, os marechais de campo do PT e sua máquina de propaganda funcionam como o “Comitê de Questões” imaginado por Kafka. Os que têm opiniões diferentes, sobretudo quando podem expressá-las em público, ou divulgam fatos incômodos para seus interesses, ficam no papel de Joseph K.
O tribunal secreto de Lula encerrou 2012 com as turbinas a toda. Enrolado, cada vez mais, em histórias tão feias quanto marcadas pela pequenez, o líder supremo do PT não disse até agora uma única palavra para explicar o que quer que fosse, nem citou nenhum fato capaz de atenuar as suspeitas. Como sempre, pegou o microfone e passou a gritar insultos contra inimigos que ninguém vê. Jamais menciona seus nomes. Não diz que crimes cometeram. Não informa quais as acusações concretas a que devem responder. Limitou-se, desta vez, a falar em “vagabundos” que estão em salas “com ar condicionado”. Quem seriam? Há um vasto número de brasileiros nessa situação, quase sempre fazendo trabalho duro, indispensável e remunerado modestamente ─ nas UTIs hospitalares, torres de controle de aeroportos, usinas de energia elétrica, processadoras de alimentos e por aí afora. Vagabundos? Talvez. Se não há nomes, todos são suspeitos da acusação ─ especialmente infeliz quando feita por alguém que não trabalha desde os 29 anos de idade. E daí? Joseph K. não tem direito a nenhuma explicação.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM

EM ENTREVISTA À CNN MÉDICO JOSÉ MARQUINA REVELA QUE CIRURGIA DE CHÁVEZ FOI UM FRACASSO E QUE O CÂNCER QUE ACOMETE O CAUDILHO PROSSEGUE AVANÇANDO


Esta é a entrevista do médico venezuelano que vive e trabalha em Naples, nos Estados Unidos, José Rafael Marquina. Nesta entrevista veiculada nesta quinta-feira pela CNN em espanhol, o Dr. Marquina afirma que a cirurgia de Chávez no hospital Cimeq de Havana, a capital cubana, foi um fracasso e que o câncer que acomete o caudilho progride por meio de metástases.

O Dr. Marquina acabou se transformando na única fonte médica que analisa publicamente a doença de Chávez. Esse médico já possui mais de 350 mil seguidores em sua conta do Twitter, @marquinaO4. Há pelo menos três dias não há nenhuma notícia sobre o estado de saúde de Chávez.

A última informação procedente de Cuba, segundo o Dr. Marquina em postagem no Twitter que noticiei aqui no Blog, revela que as autoridades cubanas impediram que o pessoal que compõem a equipe médica que trata do caudilho saísse do hospital. Essa determinação teria ocorrido no último sábado.

Já o jornalista Nelson Bocaranda veiculou pelo Twitter que os médicos cubanos deixaram de manter contato com médicos dos Brasil e da Espanha, como vinham fazendo anteriormente. 

Também o Dr. Marquina reportou pelo Twitter que as autoridades cubanas teríam imposto um rigoroso esquema de segurança coincidindo com as articulações do chavismo que culminaram com a decisão da Suprema Corte de estender o mandato de Chávez contrariando a Constituição da Venezuela, conforme já informei aqui no blog.

NO BLOG ALERTA TOTAL

Dilma quer gastar mais gás e carvão nas térmicas para beneficiar Petrobras e transnacionais de energia

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net 

Por Jorge Serrão – serrao@alertatotal.net


O providencial problema climático que provoca a falta de água da maioria dos reservatórios para geração de energia hidrelétrica se transforma em uma boa oportunidade para o governo Dilma Rousseff agradar as grandes transnacionais de energia que têm gás e carvão sobrando para vender a preços altos. Eis o motivo pelo qual o Ministério das Minas e Energia – gerido pelo esquema de José Sarney – pretende manter as usinas térmicas ligadas por mais tempo que o necessário.


Como de costume, quem vai pagar a conta é o consumidor final, via aumento de tarifas de energia. O governo insiste no ilusionista discurso de que promoverá uma queda de tarifas em até 20%, no médio prazo, enquanto admite que pode ser obrigado a praticar aumentos nas tarifas, no curto prazo, para compensar os altos gastos com as térmicas. No fundo, por trás de tudo, está o plano de mudar o jogo de investidores no setor elétrico brasileiro, diminuindo a participação do esquema hidrelétrico para a metade da matriz.


O plano faz parte de uma guerra de bastidores com investidores internacionais – hoje identificados como os patrocinadores de uma guerra de dossiês e sistemas ilegais de espionagem para atingir membros do atual governo, tendo como alvo principal o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A tungada promovida pelo governo Dilma no sistema Eletrobras – gerando falta de ganhos e consequentes prejuízos para os grandes investidores de fora – faz parte da tática de mudar as peças do jogo energético. 


A intenção oficial é que as térmicas tenham mais presença na matriz energética do Brasil, chegando a 20% do mercado gerador. Elas deixariam de ser usinas de complementação para se transformarem em usinas de base – mesmo que isto contrarie compromissos ambientais assumidos pelo Brasil. O governo também quer novas empresas (e parceiros) investindo em fontes renováveis de energia – como energia eólica e biomassa – que podem atingir 30% de participação da matriz de energia. 


Outra clara intenção do governo é aliviar a intensa pressão sofrida por investidores do setor de óleo e gás. O jeitinho é aumentar os ganhos das petroleiras aproveitando a falta de água nos reservatórios para justificar mais gastos com a chamada “energia suja”. De cara, Petrobras e Raizen (Shell) terão bons lucros com a venda de gás a preços mais altos para financiar a geração de energia termelétrica. Com elas lucrando, os investidores também se acalmam, enquanto ganham tempo para diversificar suas aplicações nas novas alternativas energéticas que o governo pretende oferecer.


O drible do governo já está indicado. Resta saber se o mercado vai aceitar a jogada em combinação. Por enquanto, os investidores (principalmente da Eletrobrás) não desejam trégua contra o governo. É forte a tendência de que sejam movidos processos no exterior para anular a assembleia geral da Eletrobras que causou os megaprejuízos. 

Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.


NO BLOG UCHO.INFO

Inadimplência cresce 15% em 2012 e derruba as apostas no consumo e os planos de crescimento do PIB

Sandices vermelhas – As pílulas de messianismo que o abusado Lula deixou à sucessora, a neopetista Dilma Rousseff, perderam a validade e já não produzem os efeitos desejados. No apagar das luzes de 2012, ao rebater matéria da conceituada revista “The Economist” que sugeriu a demissão de Guido Mantega, a presidente disse que o ministro da Fazenda só deixará o governo por vontade própria. Mesmo assim, o ucho.infoinsiste na tese de que Mantega ainda é ministro, não demorando muito para ser apeado da Esplanada dos Ministérios.

O principal motivo para a sugestão da revista não é novidade: a pífia economia brasileira, que tomou a rota do descenso a partir das medidas alopradas tomadas por Lula, o salvador da humanidade.
Quando o então presidente ocupou os meios de comunicação, no final de 2008, para pedir aos brasileiros que partissem às compras e mantivessem o consumo em níveis elevados, como forma de minimizar os efeitos da crise internacional, este site alertou para o conjunto de perigos que estava escondido no apelo presidencial. Entre eles, destacamos a disparada da inadimplência.
Para contrariar os discursos soberbos de Dilma e Mantega, a inadimplência subiu 15% em 2012, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (10) pela Serasa Experian. Esse número confirma a nossa previsão e ratifica a nossa posição contrária à estratégia adotada pelo Palácio do Planalto para estimular a economia brasileira. Se o mercado internacional já não responde como antes, é inviável, no curto prazo, apostar todas as fichas no consumo interno, sem que a sociedade tenha condições financeiras para tal.
Os dados divulgados pela Serasa apontam para a alta das taxas de juro, ao contrário do que quer o governo do PT, pois banqueiro não desperta pela manhã para fazer caridade, mesmo que seja com o dinheiro alheio. Com o juro elevado, o consumo tende a cair, obrigando o cidadão a se adequar à dura realidade ou partir para um endividamento ainda maior, o que pode se tornar impagável. Sem consumo não há crescimento econômico, como anunciou Mantega. E a economia brasileira encontra-se na conhecida e popularizada situação de que “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”.
Na mesma linha de pensamento é impossível concordar com a tese do governo, quando dois terços da população, segundo o IBGE, recebe menos de dois salários mínimos por mês, quando o trabalhador deveria receber a cada trinta dias, de acordo com o Dieese, pouco mais de R$ 2,6 mil (previsão de outubro de 2012), o chamado salário mínimo ideal.
Com todos os instrumentos que estão à mostra garantindo a continuidade da crise, não há como acreditar em um governo que se nega a investir em infraestrutura, que não sabe mais como controlar a inflação, que não decidiu qual a política de câmbio ideal, que cobra impostos absurdos, que ignora os direitos do cidadão, que não se preocupa com a melhoria da educação e que mantém os índices de aprovação às custas de um sem fim esmolas sociais, o que mata a fome e criar uma legião de indolentes.
Há uma década o PT vem brincando de governar, como se suas principais lideranças constassem da árvore genealógica de Aladim. Lula, o abusado, certa vez disse, em mais um de seus discursos galhofeiros, que a crise internacional era coisa de “loiros de olhos azuis”, em referência aos norte-americanos que lentamente começam a colocar a casa em ordem. A crise brasileira, para quem não sabe, é coisa de comunista de boteco de porta de fábrica, que continua acreditando ser um semideus que vive na nuvem da corrupção.



















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