DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 15-12-12

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO


Gang dos pareceres planejou 'melar' o julgamento do mensalão no Supremo

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REVISTA ÉPOCA REVELA DETALHES DAS ARTICULAÇÕES DA QUADRILHA
23:38 de 14.12.2012 Atualizado a 00:04 de 15.12.2012 - A quadrilha que fraudava pareceres técnicos do governo Dilma Rousseff, revelada pela Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, planejou "melar" o julgamento do mensalão, segundo mostram detalhes da investigação divulgados pela revista Épocaque circula neste final de semana. O relatório da Polícia Federal transcreve conversas telefônicas entre integrantes da quadrilha, como Rosemary Nóvoa de Noronha, a "Rose", amiga íntima do ex-presidente Lula, e os irmão Paiulo e Rubens Vieira, respectivamente ex-diretores das agências reguladoras ANA (águas) e Anac (Aviação Civil). Nas conversas interceptadas com autorizaçãojudicial, aparecem pelo menos 18 autoridades com direito a foro privilegiado, como ministros do Supremo Tribunal Federal (Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli), o ministro-chefe da Advocacia Geral da União, Luiz Inácio Adams, o presidente do Senado, José Sarney, e o deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP). um dos fatos mais graves da reportagem relata articulações para tumultuar o julgamento ou para direcionar os votos dos ministros, inclusive um jantar que reuniu Sarney e seu ex-ministro da Justiça Saulo Ramos na casa do ex-senador Gilberto Miranda. Nesse encontro, o fanfarrão Saulo Ramos teria garantido que conseguiria protelar o julgamento do mensalão por três anos, caso fosse contratado para defender Valdemar Costa Neto. Paulo Vieira trocou 38 telefonemas com Costa Neto e com "Rose" tentando salvar a pele do deputado e também do ex-ministro José Dirceu no julgamento do mensalão, inclusive orientando Valdemar a procurar o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), amigo pessoal do ex-presidente Lula e do ministro Lewandowski. Nas conversas, José Dirceu é tratado por "JD" e Lula é identificado por Rose como "Deus". Valdemar Costa Neto não tem do que se queixar: afinal, por influência do revisor Lewandowski, cujo voto foi seguido pela maioria dos ministros do STF, ele foi condenado a pouco mais de sete anos de prisão, pena insuficiente para que seja obrigado a cumpri-la em regime fechado.

MP denuncia Rosemary e mais 23

O Ministerio Público Federal em São Paulo denunciou nesta sexta-feira (14), 24 pessoas por participação em um esquema de favorecimento de interesses privados na administração pública. O grupo foi investigado pela Operação Porto Seguro. Entre os crimes denunciados estão formação de quadrilha, corrupção ativa, corrupção passiva, falsidade ideológica e falsificação de documentos particulares. A denúncia, decorrente da Operação Porto Seguro, inclui a ex-chefe do escritório da Presidência em São Paulo, Rosemary Noronha, acusada pela Procuradoria de quatro crimes: falsidade ideológica, tráfico de influência, corrupção passiva e formação de quadrilha. A denúncia é assinada pelos procuradores da República Suzana Fairbanks, Roberto Dassiê Diana e Carlos Renato Silva e Souza.

Lula pode ser
julgado pelo STF
em novo inquérito

O ex-presidente Lula pode ser julgado pela Suprema Corte, caso a Procuradoria Geral da República abra novo inquérito para investigar sua suposta participação no escândalo do mensalão, denunciada por Marcos Valério, pivô do esquema. Para especialistas, o caso iria ao STF devido ao envolvimento, na mesma denúncia, de parlamentares com foro privilegiado, como o senador Humberto Costa (PT-PE).

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Decisão do STF

Segundo o jurista Erick Pereira, o julgamento seria no STF, seguindo a mesma regra do mensalão, em que processo não foi desmembrado.

Exceção

O julgamento de ação contra Lula só iria para primeira instância caso a PGR arquivasse apurações contra parlamentares, por falta de indícios.

Denúncias graves

Procuradores e magistrados já consideram “inevitável” a abertura de inquérito para investigar as graves denúncias feitas por Marcos Valério.

AGU pode penhorar bens de condenados no processo do Mensalão

A Advocacia-Geral da União vai atuar na cobrança dos valores que foram desviados dos cofres públicos durante o esquema que ficou conhecido como mensalão. A instituição informou, por meio de nota divulgada nesta sexta-feira (14), que pode bloquear, sequestrar e até penhorar os bens dos condenados no processo que está sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal para garantir que as multas sejam pagas. Os advogados públicos aguardam a publicação do resultado do julgamento, que vai fixar o valor correto de todas as multas, para começar a cobrar o dinheiro dos condenados.

Tem consequências

O procurador Roberto Gurgel pode responder por prevaricação e sofrer ação no Conselho do MP, caso arquive processo com indício de crime.

Luiz Adams
promove ‘trem da
alegria’ na AGU

O ministro Luis Adams (Advocacia-Geral da União), instável no cargo desde a Operação Porto Seguro, que atingiu seu homem de confiança José Weber Holanda, resolveu apressar a transposição de servidores para os quadros da AGU, transformando-os em advogados da União e assistentes jurídicos, mesmo não tendo sido submetidos a concurso público, como manda a lei. O “trem da alegria” provoca revolta na AGU.

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Primeira leva

Em 2011, centenas de servidores foram transformados por Luiz Adams em advogados da União e assistentes jurídicos, sem concurso.

MPF deve agir

Esta semana, Adams promoveu a transformado de outro grupo. Ao Ministério Público cabe recorrer a Justiça para barrar a ilegalidade.

Suspense

Tem cineminha programado no Alvorada para a volta de Lula ao Brasil: a versão tupiniquim escrachada de “O homem que não sabia demais”.

Boca maldita

Pelo menos um ex-ministro muito influente está na lista de “gente graúda” que o ex-diretor da Agência Nacional de Águas, Paulo Vieira, ameaça detonar. O ex-ministro também aparece no inquérito da Operação Porto Seguro da PF e no depoimento de Marcos Valério.

Best-seller

A ministra Cármen Lúcia (TSE) mantinha um exemplar da Constituição no banco do carona do seu velho Astra, até ser roubado por um pivete, que correu e ela foi atrás, sem sucesso. Um homem que viu tudo ficou intrigado com o interesse pelo livrinho: “Foi a senhora quem escreveu?

Inveja alemã

Jornais alemães destacaram a declaração de Dilma de que pretende construir 800 aeroportos regionais. Talvez porque nem a rica Alemanha poderia fazê-lo. Hoje não passam de 400, incluindo campos de pouso.

Cavalheirismo

Cavalheiro não sai contando o quanto pagou da conta de restaurante, como fez o senador Luz Henrique (PMDB-SC), segundo fontes petistas do Planalto, após jantar com uma dama, Dilma Rousseff e mais dez no  Bolshoi, restaurante que faz qualquer visita a Moscou valer a pena.

Você já sabia

Foi notícia nesta coluna em 2010 a informação do Estadão de que a Bancoop pagou R$ 1,5 milhão à empresa do “aloprado” Freud Godoy entre 2005 e 2006. Em vez de seguranças, deputados paulistanos descobriram ratos em esqueleto de prédio da Bancoop, em São Paulo.


NO BLOG DO CORONELEAKS

78% aprovam Dilma, mas desaprovam saúde, educação, segurança, impostos, inflação, juros, corrupção...

Pesquisa CNI-Ibope mostra o quanto a oposição é incompetente. Se 74% desaprovam a Saúde, se 68% desaprovam segurança pública, se 65% desaprovam carga tributária, se 56% desaprovam educação, se 51% desaprovam juros, se 50% desaprovam combate à inflação e se quase 50% estão escandalizados com notícias sobre corrupção, por que Dilma tem 78% de aprovação? Simples. A oposição não consegue explicar, provar, informar para o povo que a maior responsável por tudo isso é a Presidente da República. O PT gritava Fora, FHC. O FHC só falta gritar que a culpa não é da Dilma.






NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

Mesmo com a “mané-molência” de Garrincha, Dilma não consegue combinar com os russos…

Por Deborah Berlinck, no Globo:
Ao fazer um agrado ao seu anfitrião na sua primeira visita oficial à Rússia, a presidente Dilma Rousseff, acabou tendo que admitir, publicamente, que futebol não é o seu forte. Saindo de um encontro com o presidente russo, Vladimir Putin, Dilma anunciou que ia contar uma “pequena história” que explicava a ligação do Brasil com a Rússia.
E citou o Garrincha, repetindo a famosa frase do jogador ao técnico da seleção brasileira da Copa de 1958, Vicente Feola. “Eu vim aqui para combinar com os russos”, disse, referindo-se à estratégia dos dois países de se unirem com China, Índia e África do Sul (os Brics) para defender reforma na governança global e outros temas. A frase de Garrincha — “o senhor combinou com os russos? — foi a resposta que o craque deu quando Feola disse como ele tinha que atuar no campo. Mas a presidente confundiu tudo: Suécia com Rússia, e semifinal de campeonato, com final.
— Quando nós disputamos a Copa do Mundo aqui… (na realidade, foi na Suécia).
Um ministro da comitiva gritou: “Suécia”, e ela continuou:
— …aliás, foi na Suécia… Mas, quando disputamos a final com a Rússia…
Outro sopro ecoou da delegação. Ouvia-se apenas:
— Não foi na final, foi na semifinal!
E Dilma tentou continuar , já rindo, da própria trapalhada:
— Não, foi na semifinal. Você (Putin) veja que nossos ministros estão todos eles muito atentos aos detalhes futebolísticos que envolvem a Rússia e o Brasil.
E Dilma seguiu com a história, justificando:
— Mas a parte interessante não está no jogo, está antes do jogo. O treinador do nosso querido e inesquecível Garrincha disse (ao jogador): “Você entra pela direita, corta para a esquerda, centra a bola e faz o gol”. E isso, contra a Rússia. Ao que o Garrincha respondeu: “Senhor treinador, o senhor combinou com os russos?”. Eu quero dizer que eu vim aqui combinar com os russos, dessa vez.
Dilma, de fato, “combinou” sete acordos de cooperação com os russos, em várias áreas. Só não conseguiu combinar o jogo que todos os exportadores brasileiros de carne esperavam: o fim do embargo russo à carne, que se arrasta desde junho do ano passado. Não foi por falta de tentativa. Mas não houve acordo.
Por Reinaldo Azevedo











NO OLHAR DIGITAL

Fracassa tentativa de regular a internet em escala global
Conferência da ONU chega ao fim hoje sem consenso sobre o tema


Fracassou a tentativa de se criar normas que regulem de maneira uniforme o uso da internet no mundo. Muitos países ocidentais se recusaram a assinar um projeto apresentado durante a conferência da União Internacional de Telecomunicações (UIT), que ocorre em Dubai, por considerarem que ele concedia poderes demais ao órgão pertencente à ONU.

Nessa quinta-feira, 13, penúltimo dia de evento, Austrália, Estados Unidos, Reino Unido, entre outros, discursaram contra o texto. "É com grande pesar e sensação de oportunidades perdidas que os EUA se veem forçados a comunicar que não poderemos assinar o tratado em sua forma atual", afirmou o embaixador norte-americano Terry Kramer.

Ainda falta o posicionamento de outros países, que devem se pronunciar nesta sexta-feira, 14, mas a oposição de tantas potências econômicas ocidentais revela que o documento não fará muita diferença, em termos mundiais. À Reuters, um representante sul-americano disse que isso "causará algumas preocupações judiciais entre os países que assinaram e os que não assinaram o tratado".

Também à agência, Andrey Mulkhanov, do Ministério das Telecomunicações e Comunicação de Massa da Rússia, disse que se caminha para o desenvolvimento de uma internet fragmentata. "Isso seria negativo para todos, e espero que nossos colegas norte-americanos e europeus cheguem a uma posição construtiva", pediu.




Morre Norman Woodland, inventor do código de barras

Criado em parceria com Bernard Silver, o sistema é utilizado hoje em todo o mundo


Em junho de 1976, no estado norte-americano de Ohio, uma grande revolução começava com uma simples caixa de chiclete de 67 centavos de dólar. Era a primeira utilização do código de barras, invenção de Norman Woodland que morreu esta semana, vítima de complicações da síndrome de Alzheimer.

Hoje utilizado em cinco bilhões de produtos por dia, o invento de "Joe", como era chamado pelos amigos, nasceu em 1949 em parceria com o amigo Bernard Silver -- morto em 1963. Foi ele quem ouviu de um dono de supermercados o que daria origem à ideia. Segundo o empresário, os estudantes de engenharia da Drexel University deveriam pensar numa maneira mais eficiente de listar itens no ato da compra.

Inquieto com o fato, Woodland pensou em estender verticalmente os pontos e traços do código Morse. Estava criado o código de barras, um sistema de sinais bidimensional. A patente do projeto foi obtida em 1952, mas apenas vinte anos depois o invento ganhou relevância, graças aos avanços da tecnologia do laser.

Até então, a ideia já tinha passado por companhias como RCA e Phillips, mas foi aIBM que conseguiu criar a melhor versão do código de barras, o UPC (do inglês, Código Universal de Produto). Atualmente ele é utilizado não só nos supermercados, mas em aeroportos, hospitais, transporte e indústrias em todo o mundo.

A invenção de Silver e Woodland lhes garantiu um lugar no Hall da Fama dos Inventores dos Estados Unidos. Ainda assim, de acordo Susan Woodland, seu pai sempre estava em busca de aperfeiçoar seu invento. "Ele adorava falar com as caixas, vendo o que elas gostaria de mudar na ideia", disse ela à agência de notícias Reuters.

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