DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 13-12-12

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO


Não basta Lula afirmar que acusações de Marcos Valério são mentirosas

O Globo
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Colheu-se uma única  reação do  Lula diante do depoimento de Marcos Valério à Procuradoria Geral da República, divulgado no jornal Estado de S. Paulo:  “é mentira”. Será que basta? Sem provas materiais ou testemunhais, o operador do mensalão referiu-se à suposição de o ex-presidente ter sofrido chantagem de um empresário de Santo André, por conta do assassinato do prefeito Celso Daniel; denunciou que o primeiro companheiro teve despesas pessoais pagas com dinheiro de sua quadrilha; aludiu ao aval do Lula à compra de votos de deputados pelo PT, informando haver  passado   três minutos no gabinete presidencial; ficou na afirmação de  haver o ex-presidente  estimulado a busca de recursos junto à Portugal-Telecom; acentuou que para José Dirceu, Delúbio Soares falava e agia  em nome dele e do chefe;  finalmente,  acusou Paulo Okamoto de ameaçar mandar matá-lo. Leia mais no artigo de Carlos Chagas.


Ex-ministro na
prática, Mantega
já não decide

Ministro da Fazenda desde o governo Lula, Guido Mantega se mantém no cargo porque aceita se submeter a decisões das quais nem sequer participa. A condução da política econômica é obra de um “triunvirato” formado pelo seu secretário-executivo, Nelson Barbosa, o secretário do Tesouro, Arno Augustin, e a própria presidenta Dilma, que a respeitada revista britânica The Economist classificou de “chefe intrometida”.

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Só um porta-voz

Guido Mantega apenas é comunicado das decisões do “triunvirato” das quais aceita ser porta-voz. Dilma não o demitiu ainda a pedido de Lula.

Mãe Dinah

Desconectado das deliberações do “triunvirato”, Mantega tem arriscado “previsões” sempre desmentidas pelos fatos, lamentam os assessores.

Fogueira das vaidades

Mantega se submeteria às humilhações do “triunvirato”, dizem amigos, só para virar em abril o ministro da Fazenda mais longevo da História.

Mediocridade

O “triunvirato” não é exatamente brilhante. O currículo de Arno Agustin, por exemplo, o qualifica mais como militante de uma facção do PT-RS.

Chefe da ECT foi
pedir socorro
a Lula... em Paris

Enquanto os Correios atrasam a entrega de Sedex, que já foi referência de rapidez e eficiência, o presidente da estatal, Wagner Pinheiro, flana em Paris com o ex-presidente Lula e seu tesoureiro Paulo Okamotto, personagens de revelações de Marcos Valério, office-boy do mensalão. Oficialmente, Pinheiro foi assinar “memorando de entendimento” com a congênere francesa – algo que poderia ter sido feito por e-mail.

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Meu cargo, meu amor

Prestes a ser substituído por Carlos Eduardo Gabas, Wagner Pinheiro teria ido a Paris pedir socorro a Lula para manter o emprego.

Pergunta na Papuda

Deputado preso em regime semiaberto, mas não cassado, vai poder ir de carro oficial para a Câmara e voltar para dormir no xilindró?

Morto-vivo

Ex-guarda-costas do “chefe”, Freud Godoy mostra incompetência, no mínimo: não viu Lula ser “apunhalado” pelas costas várias vezes.

Horta portuguesa

O ex-presidente da Portugal Telecom Miguel Horta disse na imprensa portuguesa que as novas denúncias de Marcos Valério envolvendo Lula e a PT são “questão interna do Brasil”. Confirmou ter se reunido com o ex-publicitário em Lisboa, mas para “outros assuntos”.

Cidade (sem) Luz

Porto Alegre ficou 30 horas às escuras anteontem, enquanto o governador Tarso Genro (PT) estava em Paris com Dilma. Até a filha, Luciana, ex-deputada do PSOL, reclamou no Twitter, “sem privilégios”.

Boca livre no PSD

O PSD obrigou funcionários do gabinete da liderança a desembolsar, cada um, R$ 100 para bancar o jantar de fim de ano dos deputados do partido, que não precisaram tirar um tostão do bolso. A festa aconteceu ontem, em Brasília. Os servidores silenciam com medo de represálias.

Orgulho dos Pampas

Os gaúchos batem no peito, com razão: inaugurado esta semana, sem dinheiro público, o espetacular e completo estádio do Grêmio custou R$ 600 milhões. Mixaria, diante de R$ 1 bi só da reforma do Maracanã.

Piada pronta

O próprio ministro Edison Lobão (Minas e Energia) afirmou que a CEB, de Brasília, é a pior empresa de energia do País, mas a estatal é uma das três finalistas do “prêmio Aneel de Satisfação do Consumidor”. As outras duas, Cemat (MT) e Enersul (MS), estão sob intervenção.

Se a moda pega...

O governo venezuelano suspendeu todas as festas pré-natalinas, convocando o povo para uma “vígilia de orações” em Caracas pela saúde do presidente fanfarrão Hugo Chávez, operado em Cuba.

NO BLOG DO NOBLAT

Valério pagou a Freud Godoy por gastos de campanha

Thiago Herdy, O Globo
O pagamento de R$ 98,5 mil feito em 2003 por Marcos Valério ao ex-chefe da segurança de Lula, Freud Godoy, foi interpretado pelo delegado da Polícia Federal Luís Flávio Zampronha como indício de custeio de serviços prestados ao PT na campanha presidencial de 2002 por meio do valerioduto e não despesas pessoais do ex-presidente, segundo o relatório final do Inquérito 2474, que tramita sob sigilo no Supremo Tribunal Federal (STF). 
Zampronha baseou o seu entendimento no depoimento prestado por Freud à PF, em que ele informou que o dinheiro teria sido recebido para cobrir a “prestação de diversos serviços durante a campanha do presidente Lula ocorrida em 2002”, tais como despesas de segurança, alimentação, transporte, hospedagem de equipes de apoio e segurança, e também na fase de transição de governo. 



Marco Aurélio defende investigação de denúncias sobre Lula

Carolina Brígido, O Globo
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu nesta quarta-feira a abertura de nova investigação para apurar denúncias feitas pelo operador do mensalão, Marcos Valério, em setembro.
Segundo depoimento prestado pelo réu ao Ministério Público, noticiado pelo jornal “O Estado de S.Paulo”, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sabia do esquema e recebeu dinheiro do valerioduto.
- A simples notícia de uma prática criminosa já sugere abertura de investigação. Quando juiz, defrontando-se com processo de natureza civil, verifica que um fato pode configurar crime, ele deve extrair e mandar para o Ministério Público - declarou, ao ser afrontado com a declaração do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, de que não haveria indício suficiente para abrir nova investigação.



PT pede investigação de procuradoras que ouviram Valério

O Globo
O PT na Câmara ingressou com representação no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) pedindo a apuração da conduta da subprocuradora da República Cláudia Sampaio e da procuradora da República Raquel Branquinho.
As duas teriam colhido o depoimento do empresário Marcos Valério, que foi publicado pelo jornal "O Estado de S. Paulo". O partido pede também a instauração de procedimento disciplinar contra as procuradoras e o fornecimento da cópia integral do depoimento do operador do mensalão.
O partido afirmou no texto que as duas procuradoras tiveram atuação "consistente na inobservância do dever funcional ao agir de forma abusiva, temerária e descabida com o fornecimento à imprensa de depoimentos colhidos na sede da Procuradoria-Geral da República". A sigla ressaltou que a reportagem afirma ter acesso à integra do depoimento assinado pelo advogado do empresário, Marcelo Leonardo, e pelas duas representantes do MP. 

Justiça Eleitoral desaprova contas da campanha de Fernando Haddad

Bruno Lupion, Estadão
A Justiça Eleitoral desaprovou nesta quarta-feira, 12, a prestação de contas apresentada pelo candidato eleito à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad (PT). Em outro processo, também rejeitou dados do diretório municipal do PT que envolvem a empresa de Freud Godoy, ex-assessor pessoal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na decisão relativa a Haddad, o juiz da 6.ª Zona Eleitoral de São Paulo, Paulo Furtado de Oliveira Filho, afirma que as irregularidades são “graves” e impedem a verificação da origem dos recursos arrecadados para quitação das despesas assumidas.



Supremo nega revogar prisão domiciliar de juiz Nicolau

O Globo
O Supremo Tribunal Federal (STF) negou, nesta quarta-feira, revogação da prisão preventiva do juiz aposentado Nicolau dos Santos Neto. A Segunda Turma da Corte não atendeu a recurso impetrado pela defesa do juiz, que foi condenado em primeiro e segundo graus por desvio de verbas na construção da sede do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP).
A defesa apontava como justificativa para o pedido a “idade avançada do juiz e seu estado de saúde debilitada”. A ministra Cármen Lúcia, relatora do recurso, afastou as alegações da defesa. 

Polícia apura denúncia de que Roger Abdelmassih foi visto em SP

Kleber Tomaz, G1
A Divisão de Capturas da Polícia Civil de São Paulo apura a denúncia de que o ex-médico Roger Abdelmassih, homem mais procurado do estado, foi visto na segunda-feira (10) numa conceituada e tradicional padaria e restaurante na região de Moema, área nobre na Zona Sul da capital.
De acordo com o delegado Waldomiro Pompiani Milanesi, chefe da divisão, a polícia soube da informação nesta quarta-feira (12). Um dia antes, um fotógrafo, que teria estado no estabelecimento comercial e visto o suposto procurado, chegou a denunciar o fato nas redes sociais na internet.


NO BLOG DO CORONELEAKS

Collor, o único presidente impichado por corrupção na história deste país, faz conchavo com PT para defender Lula. É a união perfeita.

Em reação à ofensiva da oposição, que usa o depoimento do publicitário Marcos Valério para pedir a investigação do ex-presidente Lula, o PT iniciou ontem uma tentativa de contra-ataque. O principal movimento é a criação da chamada CPI da Privataria Tucana, para apurar o processo de privatização de estatais durante o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). No primeiro semestre, PT e aliados já tinham conseguido o número suficiente de assinaturas para a criação da CPI, mas, por acordo, a comissão não foi pra frente. 

Ontem, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), admitiu sofrer "forte pressão" de colegas de partido e admitiu a possibilidade de referendar a criação da CPI. "Estou analisando o que eu vou fazer." A CPI só depende do aval de Maia para ser criada. O porta-voz do contra-ataque é o líder do partido na Câmara, Jilmar Tatto (SP). Ele conseguiu, após acordo com o senador Fernando Collor (PTB-AL), aprovar um convite para que FHC seja ouvido no Congresso e dê explicações sobre a "Lista de Furnas", documento que registra supostos repasses de recursos, pela estatal elétrica, a 156 políticos, grande parte deles do PSDB, durante a campanha de 2002. A autenticidade da lista é objeto de controvérsia. 

Já Collor conseguiu aprovar, com o aval de Tatto, convite ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, acusador do mensalão. O líder do PT também pediu que o Conselho Nacional do Ministério Público investigue a conduta das procuradoras que tomaram o depoimento prestado por Valério, Cláudia Sampaio e Raquel Branquinho. Ele quer saber se elas vazaram o depoimento.(Folha de São Paulo)







Rose do Lula comprou imóvel em dinheiro vivo, levado em sacos de supermercado.

Rosemary Noronha pagou com dinheiro vivo a maior parte do valor do apartamento em que ela vive na Bela Vista, em São Paulo, segundo a escritura lavrada no 22º Tabelião de Notas de São Paulo. O valor declarado do imóvel foi de R$ 250 mil, dos quais R$ 211 mil foram pagos em espécie. A escritura foi lavrada em 11 de junho de 2010. 

Rose carregou o dinheiro para quitar o negócio em sacos de supermercado, segundo uma pessoa que participou da transação e fez o relato sob a condição de que seu nome não fosse revelado. O apartamento, uma cobertura, fica em frente ao Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a pouco mais de uma quadra da av. Paulista. O imóvel tem 105,54 m² de área útil e fica no mesmo edifício em que Rose já tinha um outro apartamento, transferido em 2003 por R$ 120 mil. 

Na época da aquisição da cobertura Rose já era chefe de gabinete da Presidência em São Paulo e tinha estreita relação com os irmãos Paulo e Rubens Vieira. Na escritura, ela se diz assessora parlamentar. A cobertura é o terceiro imóvel comprado por Rose desde 2008, conforme certidões obtidas pela Folha.Os demais são um apartamento de R$ 90 mil em Santos (SP) e outro imóvel na Mooca, zona leste de São Paulo, no valor de R$ 155 mil. 

Um dos desdobramentos da Operação Porto Seguro, que indiciou Rose sob a suspeita de corrupção e formação de quadrilha, será a investigação de eventual lavagem de dinheiro obtido com supostos esquemas de corrupção. Mas, como os imóveis estão em nome dela, esse crime não ficaria configurado. O pecuarista Amilcar Rodrigues Gameiro, que vendeu o apartamento a Rose em 2010, disse não se lembrar se o imóvel foi pago em espécie porque a negociação foi feita por um procurador. O advogado Celso Vilardi diz que Rose declarou a compra à Receita: "Isso prova que ela tinha capacidade financeira para fazer a aquisição. Não há nenhuma irregularidade na compra desse imóvel".(Folha de São Paulo)

Marcos Valério afirma que entregou provas contra Lula.

Operador do mensalão e condenado a mais de 40 anos pelo caso, o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza disse à Folha que entregou ao Ministério Público Federal documentos comprovando acusações feitas em seu novo depoimento, que envolvem o ex-presidente Lula no escândalo. Em resposta aos que desqualificam suas acusações, Valério afirmou que os documentos foram entregues em setembro, quando falou à Procuradoria. Numa breve declaração, queixou-se: "Os procuradores não tocaram nos papéis que deixei lá". 

Folha apurou que, entre os documentos, está o registro de depósito dos R$ 98,5 mil que, diz Valério, foram usados para pagamento de despesas pessoais do ex-presidente Lula na posse e no primeiro mês de seu primeiro governo. O cheque foi destinado à empresa de segurança Caso, de Freud Godoy, ex-assessor pessoal de Lula. Esse depósito já havia sido identificado pela CPI dos Correios, aberta para apurar o caso em 2005, mas na época Valério nada disse. 

Segundo a Folha apurou, não há registro do que foi comprado com o dinheiro repassado. Em depoimento, Freud alegou que o recurso foi empregado em gastos com segurança da posse. Procurada, a defesa do empresário não detalhou que outros papéis foram entregues.

Condenado a 40 anos e quatro meses de prisão por ter operado o esquema, Valério responsabiliza o ex-ministro José Dirceu e o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha pelo desfecho do processo, com 25 condenações. A interlocutores, Marcos Valério afirma que o processo não teria o mesmo resultado caso fosse julgado em primeira instância, com possibilidade de recursos.

Advogado de Valério, o criminalista Marcelo Leonardo conta que chegou a articular no Congresso a aprovação de emenda constitucional que dava fim ao foro privilegiado, que define o STF como tribunal para o julgamento de parlamentares. Liderados por Dirceu, os petistas, no entanto, orientaram a bancada do partido a não dar quorum para votação do texto. A defesa pediu cinco vezes desmembramento do processo para que Valério fosse julgado em primeira instância, sem sucesso.(Folha de São Paulo)


NO BLOG DO JOSIAS


O que é o Parlamento? É o resultado mais visível do esforço da humanidade para chegar à resolução dos seus conflitos sem recorrer à porrada ou à pistola. No debate sobre a repartição dos royalties do petróleo, ainda não se viu soco nem se ouviu tiro. Mas, de esforço em esforço, os congressistas involuem a passos de gigante. Não demora e trocarão o tratamento de “excelência” e “nobre colega” por outros métodos.
Devolvidos à condição puramente animal, os representantes dos Estados sem jazidas estão na bica de arrancar a carótida dos colegas do Rio e do Espírito Santo para chupar-lhes, como vampiros da Era do pós-sal, o óleo dos contratos já assinados. Como não consegue instalar sob as cuias de Niemeyer uma UPP (Unidade de Política Pacificadora), a turma do Rio administra seus instintos bárbaros e vai ao Supremo antes que a coisa acabe no cemitério.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

Querem um Lula acima da lei? Não terão! Ou: Fascistas de direita e de esquerda

Sugiro que vocês prestem atenção a um aspecto das declarações dos petistas e de lideranças políticas da base aliada — e até da oposição — quando se referem ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e às novas denúncias que envolvem o seu nome. Com variações de tom ou de vocabulário, o sentido é um só: “Lula é um grande brasileiro, fez muito pelo país, é preciso respeitar a sua obra etc. e tal”. O senador José Sarney (PMDB-AP), como viram, foi além e declarou a sua inimputabilidade (afinal, Lula já havia dito que Sarney não é “um homem comum”. José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, achou que era pouco e resolveu carregar nos encômios: “Lula é um guerreiro, um lutador. A população não vai deixar de reconhecer seu papel na história. Ele mudou a história do país. O presidente Lula tem uma trajetória reconhecida pela grande maioria da população. Foi o grande presidente da historia”.
Eu, hein… O parágrafo quase começa a salivar por conta própria… “O grande presidente da história” quer dizer exatamente o que está aí. Os outros teriam sido pequenos comparados a ele… É evidente que a matéria é, para dizer pouco, controversa, e a prudência e o senso de ridículo deveriam recomendar a Cardozo que fosse mais contido na salivação encomiástica.
Mas atenção, caros leitores! Não é nesse tipo de controvérsia que pretendo entrar, até porque seria fácil, com leitura parcial de dados, provar que Lula foi o melhor e o pior presidente que o Brasil já teve. Dois números só para ilustrar — são dados técnicos: o Brasil nunca teve tantos universitários: 6,37 milhões no fim de 2010 (é bem verdade que 14,7% estão na modalidade ensino a distância…). Vá lá. Cresceu bastante. Mas o Brasil também nunca teve tantos universitários que não estão plenamente alfabetizados. E eu estou falando em números percentuais: eram 21% em 2001; saltaram para 34% em 2011. Isso significa 2,4 milhões daqueles 6 milhões. Em 2010, havia 2% de semianalfabetos na universidade; agora, são 4%: 255 mil estudantes. 
Mas não vou entrar agora nessa história de “foi o melhor/foi o pior”. O objeto deste texto é outro. Ainda que Lula houvesse sido, de fato, o que Lula acredita ter sido; ainda que estivéssemos diante de um vulto inigualável da história por seus feitos sensacionais; ainda que fosse o nosso herói; ainda que fosse o fundador da nação brasileira… Ainda que tudo isso, eu lhes pergunto: ele teria o direito de transgredir as leis do estado democrático? A ele deveria ser facultada a licença, por exemplo, para instalar uma “amiga” no escritório da Presidência? Evita-se a todo custo que a senhora Rosemary Noronha deponha no Congresso porque, anuncia-se, ela é considerada instável emocionalmente. Sei. Mas não para ocupar aquele posto…
Para efeitos de raciocínio, dou de barato que o Lula de verdade seja mesmo aquele que ele vê no espelho todos os dias; dou de barato que, como quer José Eduardo Cardozo, não há nada que arroste com o Gigante… Pergunto de novo: quem está pondo em causa a obra “do estadista”? Quem está tentando minimizar os seus feitos? Eis aí uma falácia gigantesca. Dia desses, numa entrevista, até Fernando Henrique Cardoso, antes de criticar as lambanças do líder petista, resolveu reconhecer seus méritos.
O que dizer? Uma coisa não compensa outra. Uma coisa não pode existir em relação transitiva com outra. Mais ainda: uma coisa não pode perdoar a outra. Os supostos sucessos de Lula não podem e não devem servir de licença para justificar eventuais desmandos. Um país que se deixasse enredar por essa consideração estaria marchando para trás, não para a frente.
Lembrem-se de Helmut Kohl, que foi chanceler da Alemanha por, atenção!, 16 anos: de 1982 a 1998. Tem no currículo nada menos do que a unificação das duas Alemanhas, com todas as dificuldades inerentes ao processo. Foi também o grande esteio da União Europeia. No fim de 1999, descobriu-se um esquema de caixa dois na sua legenda, a CDU (Partido Democrata-Cristão). Ele presidia o partido havia 25 anos. Renunciou. Não ficou só nisso: a CDU cobrou que ele se desligasse da agremiação e renunciasse a seu mandato no Parlamento. O homem da unificação das duas Alemanhas e um dos principais arquitetos da UE retirou-se da vida pública. Ah, sim: o tal caixa dois movimentou, no máximo, um milhão de euros. Como são modestos esses alemães! Só os dois peculatos ocorridos no Banco do Brasil somam mais de… 28 milhões de euros. A corrupção nos países pobres é sempre muito maior do que a do países ricos…
Não ocorreu a ninguém na Alemanha pedir “respeito à obra do chanceler Kohl”. Não ocorreu a ninguém na Alemanha chama-lo de “guerreiro”, embora ele o fosse. Não ocorreu a ninguém dizer que ele estava acima da lei por causa de sua grande obra… É que, na Alemanha, ninguém é dono de partido. O país que passou pelo nazismo (e parte dele pelo comunismo) e que o venceu escolheu o caminho da democracia representativa.
O que quer nos dizer essa gente? Que a impunidade e a inimputabilidade devem também integrar o grandes legado de Lula? O Brasil faz melhor se olhar o exemplo da Alemanha de 1999, não o da Alemanha da década de 30 do século passado.
Nossos fascistasPoucas democracias modernas no mundo teriam, por exemplo, um Getúlio Vargas na sua galeria de heróis, frequentemente lembrado nesses dias como aquele que sofreu um terrível golpe da direita etc. e tal. Seria o antecedente histórico de Lula…  Claro, fala-se do Getúlio de 1954 (Emir Sader escreve “Getulho”…), mas não daquele entre 1937 e 1945, que prendeu, torturou, matou, mentiu, trapaceou, conspirou e flertou abertamente com o nazismo. E que mandou os comunistas para a vara. Graciliano Ramos que o diga… E o disse magnificamente em “Memórias do Cárcere”, obra de leitura obrigatória — dois volumes; aproveitem as férias.
É que as nossas cavalgaduras intelectuais veem “Getulho” como o grande guerreiro contra um inimigo que sempre lhes pareceu bem mais perigoso do que o nazismo: Uzestadozunidos!!!!
Getúlio permitiu que a judia Olga Benário fosse extraditada, grávida, para a Alemanha (petistas, agora, deram para comparar Dirceu a Olga; há certa diferença de coragem…). Fora da cadeia, ainda combalido pelas torturas, Luiz Carlos Prestes subiu no mesmo palanque do seu algoz e do algoz de sua mulher contra o inimigo comum: o imperialismo — ou, dito de outro modo, a democracia! E certa canalhice intelectual louvou em Prestes a sua objetividade… 
Sim, no fim das contas é isto: os que defendemos a democracia temos sempre de enfrentar a aliança objetiva entre os fascistas de direita e os fascistas de esquerda.


Celso de Mello vira alvo da baixaria dos blogs financiados por estatais, que estão sob o comando de Dilma

Se o ministro Celso de Mello estiver ao menos parcialmente recuperado de sua gripe, o bastante para poder participar da sessão de hoje do Supremo, o tribunal deve decidir o destino dos mandatos dos três deputados condenados no processo do mensalão. Escrevi ontem post a respeito explicando por que a combinação da Constituição com o Código Penal — aquela fornecendo o princípio, e este, a lei — já cassou o mandato do trio. E assim, tudo indica, decidirá Celso de Mello. Muito bem! Não vou entrar no mérito de novo. Os que não conhecem ainda a argumentação leiam aquele texto. Quero aqui tratar de outro assunto. O ministro, decano do Supremo, famoso por sua ponderação, notável pela lhaneza no trato, notório por seu conhecimento jurídico, reconhecido por seu espírito conciliador, bem, meus caros, esse ministro caiu ontem na teia da Al Qaeda Eletrônica. Foi satanizado, espezinhado, achincalhado, tratado como chicaneiro… E TUDO ISSO COM FINANCIAMENTO DAS ESTATAIS.
O governo Dilma, a exemplo do que se via no governo Lula, permite que o dinheiro público seja usado por uma súcia para atacar ministros do STF considerados incômodos, personalidades da oposição e setores da imprensa que esses patriotas chamam de “golpista”. Por incrível que pareça, a violência retórica da turma aumentou na gestão Dilma. Há uma espécie de campeonato interno para saber quem consegue ser mais baixo, mais vil, mais asqueroso. As respectivas áreas de comentários recendem à fedentina fascistoide.
Eu já discordei de Celso de Mello? Já, sim! E até duramente. Discordei de Gilmar Mendes — vivem me acusando de apoiá-lo sempre, o que é besteira — quando recusou a abertura de processo contra Antonio Palocci, por exemplo. Foi uma das vezes. E até já elogiei um voto de Lewandowski (no caso do aborto de anencéfalos). Como não existe um partido que me mande pensar isso ou aquilo, penso isso e aquilo segundo o meu juízo. Não concordo com pessoas ou delas discordo por princípio. Digo “sim” quando acho que é “sim” e “não” quando acho que é não.
Critiquei o decano do Supremo por seu voto no caso das marchas da maconha, por exemplo. Expus os meus motivos. Mas eu o fiz com o devido respeito. Respeito não à “autoridade” como encarnação de uma realidade superior. Respeito, sim, à independência do ministro, de que ele deu provas reiteradas ao longo de anos e de governos distintos.
Nestes dois dias, no entanto, o dinheiro das estatais financiou uma campanha sórdida contra Celso de Mello, acusando-o, de modo bucéfalo, de ser uma espécie de vira-casaca, que ora vota de um jeito, ora vota de outro. Tentaram o mesmo truque no começo do julgamento, quando citavam um suposto entendimento seu de que só existe ato de ofício quando há uma assinatura. E o ministro jamais havia dito ou escrito tal coisa. Tratava-se de uma leitura errada, feita com as patas dianteiras, de um voto seu proferido no passado.
Espantoso!É espantoso que as coisas se deem desse modo. Basta que um ministro do Supremo seja considerado incômodo, e lá está “o sistema” para tentar desestabilizá-lo. Joaquim Barbosa também passou por isso: este, então, transitou da galeria dos heróis (o “nosso negro contra os reacionários”) para a dos vilões (o “negro que nós nomeamos e que nos traiu”).
Lá no Estadão Online, vocês encontram uma reportagem cujo título é “Marcos Valério nega autoria de lista que cita o ministro do STF Gilmar Mendes”. Do que se trata: a revista “Carta Capital”, uma das fartamente financiadas pelas estatais, publicou um “troço”, a título de reportagem, que anunciava a existência de uma lista de pagamento ilegais na campanha de Eduardo Azeredo ao governo de Minas, em 1998. Mendes seria um dos beneficiários.
A acusação veio a público menos de uma semana antes de começar o julgamento do mensalão. Lula já havia tentado, sem sucesso, tirar Mendes do processo. Não conseguira. A lista era tão fajuta, mas tão fajuta, que atribuía ao agora ministro, em 1999, um cargo que ele só assumiu no ano seguinte.  Vale dizer: foi tudo forjado. Até um senador petista, Delcídio Amaral (PT-MS), considerado inimigo pelos mensaleiros, foi metido no rolo, o que o levou a divulgar uma dura nota. Escrevi um post no dia 29 de julho. Vale a pena reler (depois eu conto o que descobri sobre a reportagem da Carta Capital)
Até senador petista aponta a pilantragem a que deu curso a revista de Mino Carta e a tentativa de interferência no julgamento dos mensaleiros
Santo Deus!
A Carta Capital, Mino Carta e aquela gente asquerosa da Internet financiada por dinheiro público, desta feita, exageraram na farsa. A revista conferiu ares de coisa séria a uma lista obviamente falsa, que traz nomes de pessoas que teriam recebido dinheiro do chamado “mensalão de Minas”. O bandido que fez o trabalho sujo tentou conferir verossimilhança à picaretagem incluindo até o nome de um petista. E escolheu o senador Delcídio Amaral (MS), que é do partido, mas não pertence, digamos, ao núcleo da sigla envolvida com a sujeira dos mensaleiros. Na verdade, ele presidiu a CPMI do Correios, e muita gente do seu partido considera que não agiu direito: teria sido imparcial demais…
Como sabem, um dos acusados de ter recebido dinheiro é ninguém menos do que Gilmar Mendes, hoje ministro do STF. O “documento” é datado de 28 de março de 1999. Junto ao nome de Mendes, aparece a sigla “AGU” (Advocacia Geral da União). É coisa de bandido, sim, mas de bandido vagabundo. Nem teve a preocupação de fazer uma pesquisa no Google. Mendes só foi nomeado para a AGU em janeiro de 2000. Em março de 1999, era subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil.
É mais um esforço da bandidagem para tirar o ministro do julgamento do mensalão. Já haviam tentado passar essa sujeira para a imprensa séria. Ninguém deu crédito, claro! Mino não teve dúvida: transformou a farsa em capa de revista e ainda escreveu um daqueles editoriais furibundos a respeito. E os blogs sujos completaram o serviço. E, vocês sabem, “serviço compreto é mais caro”…
Pois bem. Delcídio, o senador petista, divulgou uma nota, reproduzida no site do Senado. Denuncia a farsa e acusa o óbvio: tentativa canhestra de interferir no julgamento do mensalão. Como se vê, o esquema não perdoa ninguém. Até gente do próprio partido pode cair na rede de difamação caso não se comporte direitinho….
Leiam a nota do senador petista:
Em relação à matéria publicada na edição 708 da revista Carta Capital, onde meu nome é levianamente citado como suposto beneficiário de pagamentos efetuados há 14 anos, em Minas Gerais, esclareço, indignado, o seguinte:
1 – A reportagem se baseia em “documento” de um suposto esquema de caixa 2 que teria ocorrido na campanha eleitoral de 1998, época em que eu não desenvolvia nenhuma atividade político-partidária, nem em Minas Gerais nem em qualquer outro lugar do país. Disputei o primeiro cargo público em 2002, quando, com muito orgulho, me tornei o primeiro senador eleito pelo Partido dos Trabalhadores em Mato Grosso do Sul.
2 – Se essa “suposta” lista fosse verdadeira, seguramente teria sido utilizada durante a CPMI dos Correios, até para desqualificar os seus integrantes. O próprio advogado do acusado a quem a revista atribui a elaboração do abominável documento nega, com veemência, que seu cliente seja o responsável pelo mesmo, atribuindo sua autoria a um conhecido psicopata e estelionatário, recorrente em fraudes diversas em Minas Gerais, que já foi preso e continua respondendo criminalmente por esses mesmos motivos.
3 – Orgulha-me, e não poderia ser diferente, a imparcialidade, a isenção, o equilíbrio e a serenidade que Deus me concedeu para presidir a CPMI dos Correios, fato que incomodou e, ao que parece, ainda incomoda, muita gente em diferentes pontos do país.
4 – É estranho – ou talvez não — que a reportagem seja publicada justamente às vésperas do julgamento do “mensalão” pelo Supremo Tribunal Federal, o que, para mim, demonstra o inequívoco propósito diversionista de suas intenções, subestimando a inteligência do povo brasileiro.
5 – Aos patrocinadores desse malfadado “documento”, que lembram a famigerada “Lista de Furnas”, outra desastrada trama engendrada por quem tenta confundir a opinião pública em benefício próprio, deixo um conselho: se os fatos apurados pela CPMI dos Correios lhes açoitam, tomem banho de sal grosso!
6 – Estou tomando as providências jurídicas que o caso requer, não só em relação aos autores dos “documentos” e também à revista, mas, eventualmente, às suas indevidas repercussões.
Campo Grande (MS) , 28 de julho de 2012
Delcídio do Amaral Senador (PT/MS)
Caminhando para o encerramentoComo se nota, até um senador do PT acusou a existência de uma tramoia, citando a “famigerada lista de Furnas”… Pois bem! Sabem quem tinha armado de novo essa falcatrua, tratada pela Carta Capital como se verdade fosse? Nilton Antônio Monteiro, o mesmo que inventou a… “Lista de Furnas”.
A revista VEJA publicou as provas de que a Lista de Furnas era falsa, e eu publiquei as provas de que a tal lista da Carta Capital, que citava o nome de Mendes, estava no computador do mesmo lobista e estelionatário.
Tentaram impedir o julgamento; não deu. Tentaram pegar Mendes; não deu; Tentaram desmoralizar Barbosa; não deu. Tentaram acusar de irregularidades o procurador-geral da República; não deu. Tentaram calar a imprensa com a CPI do Cachoeira; não deu. Tentam agora pegar Celso de Mello… Não dará de novo!
 É a marcha dos sem-limites.


NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM

OPOSIÇÃO PROTOCOLA REPRESENTAÇÃO PARA QUE MINISTÉRIO PÚBLICO INVESTIGUE ENVOLVIMENTO DE LULA NO CRIME DO MENSALÃO

Lula em Paris: praticamente mudo.
Parlamentares de PSDB, DEM e PPS protocolaram uma representação para que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, investigue a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no mensalão. A base para o pedido é o depoimento do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza ao Ministério Público, revelado com exclusividade pelo jornal O Estado de S. Paulo, no qual ele afirma que Lula deu o "ok" para o esquema e teve as despesas pessoas pagas com dinheiro do valerioduto. 

Na representação, os partidos de oposição destacam que o depoimento é uma acusação direta a Lula. "O Sr. Marcos Valério Fernandes de Souza denunciou formalmente o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando que o mesmo era o verdadeiro chefe da organização criminosa que operou o "mensalão", beneficiando-se inclusive pessoalmente dos recursos roubados".

Os parlamentares sustentam que as "acusações são gravíssimas e precisam ser investigadas a fundo". "Não está se tratando mais de suposições, elucubrações, presunções ou teorias", diz trecho da representação. "Os representantes vêm perante esta douta procuradoria-geral da República para requerer a devida investigação criminal e, caso sejam confirmados os fatos, que seja promovida a competente ação penal pública em fase ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e de quem mais estiver envolvido", concluem os parlamentares. 

O pedido é assinado pelos presidentes do DEM, senador José Agripino (RN), do PPS, deputado Roberto Freire (SP), e pelos líderes do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), na Câmara, Bruno Araújo (PE), e do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR). Do site do jornal O Estado de S. Paulo


NO BLOG ALERTA TOTAL

Cachoeira negocia delação premiada e venda de dossiês por R$ 10 milhões para detonar a petralhada

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net 
Leia também o site Fique Alerta – www.fiquealerta.net  
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net 

Exclusivo – O risco maior para inviabilizar o governo federal e o de vários estados está prestes a se realizar. Carlinhos Cachoeira pretende mesmo revelar tudo que sabe sobre o mudus curruptus da petralhada e de seus principais aliados. O empresário do ramo de jogos tem material em vídeo, áudio, fotografia e muito papel com potencial suficiente para implodir a base do governo do crime organizado – do qual ele próprio faz parte.

Com saúde abalada pela prisão e com previsão de puxar mais cadeia, quando não tiver mais como recorrer judicialmente, Cachoeira vai romper o estranho silêncio que mantém até agora motivado por vingança. O lobista da jogatina cansou de ser ameaçado de morte e humilhado por aqueles a quem ajudou. Por isso, guarda,em vários locais seguros e com pessoas de sua extrema confiança pessoal, um explosivo arsenal de dossiês contra políticos – principalmente do PT.

Cachoeira é aconselhado por alguns advogados a não pegar pesado por enquanto. Mas ele não deseja seguir tais conselhos defensivos e prefere partir para a ofensiva contra aqueles que tentaram – e praticamente conseguiram – destruí-lo. Se possível, Carlos Augusto Ramos ainda quer levar vantagens na operação. Sonha com o complicado benefício de uma delação premiada, ao se dispor a colaborar com a Justiça. Também gostaria de faturar R$ 10 milhões vendendo seus principais dossiês a órgãos de imprensa que se comprometessem a publicá-los.

Enquanto Lula e Dilma não são alvos maiores do jogo de Cachoeira, os petistas sem-noção e os petralhas que sabem tudo de corrupção começam a aloprar de forma burra, radical e suicida, embarcando na cega defesa do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva – para eles um santo, quase Deus, que não pode ser atacado pelos profanos inimigos políticos. Foi um gesto desesperado a decisão apressada da estressada base aliada do governo de convocar Fernando Henrique Cardoso, o Procurador-Geral da República Roberto Gurgel e o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, General de Exército José Elito Carvalho Siqueira, para prestarem depoimentos na Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI) do Congresso Nacional.

As convocações ocorreram em retaliação à vontade da “oposição” de convocar Marcos Valério, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, e a ex-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha, para falarem de todos os escândalos recentes que envolvem o desgoverno Lula-Dilma. Ainda no plano dos efeitos especiais, a base aliada conseguiu adiar a votação, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, para convocar o publicitário Marcos Valério a prestar esclarecimentos sobre as acusações feitas, em depoimento à Procuradoria Geral da República, de que o ex-presidente Lula da Silva deu aval ao esquema de desvio de recursos públicos para financiar o PT e comprar apoio no Congresso.

Fraude eleitoral escancarada

O engenheiro Amilcar Brunazo Filho, especialista em urnas eletrônicas, dará uma entrevista logo mais na JustTV sobre a possibilidade concreta, verificada por hacker do Rio de Janeiro, de fraude no sistema eletrônico de votação.

Brunazo falará do PLIP (Projeto de Lei de Iniciativa Popular – disponível em www.vototransparente.com.br ), para que o voto eletrônico seja acompanhado do voto impresso.

O link para a entrevista ao vivo é: http://www.justtv.com.br/portal/juridico-news/ 

Leia, abaixo, o gravíssimo artigo do jornalista Ápio Gomes: Hacker de 19 anos revela no Rio como fraudou eleição



Campanha de salvação

O Globo de hoje revela que Lula disse a amigos que sua ação de defesa mais enfática começará em fevereiro ou março de 2013, quando voltará a fazer pelo País as caravanas que ficaram famosas em suas primeiras campanhas ao Palácio do Planalto.

O ex-presidente considera que a melhor forma de responder às acusações é conversar diretamente com o povo e defender o seu legado.

Dona Marisa Letícia teria adorado a ideia, desde que Lula não leve a Rosemary novamente nas viagens...

E se a coisa ficar muito preta, ninguém se surpreenda se Lula se candidatar ao Senado pelo Estado de São Paulo, em 2014, só para recuperar aquele providencial foro privilegiado...

Lula na mira

O ministro Marco Aurélio Mello é mais um do Supremo Tribunal Federal a defender abertamente que sejam investigadas as denúncias de Marcos Valério sobre o poder de influência, decisão e recebimento de dinheiro por Lula da Silva no esquema do Mensalão:

A simples notícia de uma prática criminosa já sugere abertura de investigação. Quando juiz, defrontando-se com processo de natureza civil, verifica que um fato pode configurar crime, ele deve extrair e mandar para o Ministério Público. Caberá ao Ministério Público verificar a veracidade do depoimento. Concluindo de forma negativa, arquivará. Se ele entender que há indícios de prática criminosa, ele poderá aprofundar as investigações”.

Como o presidente do STF, Joaquim Barbosa, já tinha manifestado opinião idêntica a de Marco Aurélio, Lula que se prepare para receber um “convitinho” do Procurador-Geral da República, para prestar “amplos esclarecimentos”...

Problema eletrizante

O deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP), líder da Maioria na Câmara dos Deputados, conseguiu emplacar seu requerimento para que o ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, seja gentilmente convidado a prestar esclarecimentos sobre o esquema de corrupção e lavagem de dinheiro para abastecer campanhas políticas do PSDB, no início dos anos 2000.

O caso ficou conhecido como “Lista de Furnas” e entra no meio da Ação Penal 536 do Supremo Tribunal Federal – apelidada de “Mensalão Mineiro” e considerada a grande arma sonhada pelos petistas para impedir que o PSDB retome o Palácio do Planalto com Aécio Neves.

Engraçado é que Tatto questiona, no pedido de convocação, qual seria a influência de FHC na empresa, considerando a “importância estratégica para o país da Eletrobrás-Furnas como geradora e transmissora de energia elétrica”.

Será que o Tatto não sabe que é justamente a ação da petralhada e aliados na empresa e nos fundos de pensão a ela ligados que provoca hoje o risco de um apagão econômico no setor elétrico brasileiro?

Leia, no Fique Alerta, artigo do professor Heitor Scalambrini Costa: Recuo para evitar fiasco maior



General Tatto

Se eles querem guerra, vão ter! É a primeira vez que participo desta comissão e gostei”.

Foi desse jeitinho molecote que Jilmar Tatto comemorou a vitoriosa aprovação para convocar FHC – que nem é obrigado a comparecer à CCAI:

É o esquema de financiamento de campanha do PSDB. Recursos para a campanha presidencial do Fernando Henrique em 1998. Sempre dizem que a lista é falsa, mas um perito analisou recentemente e disse que é verdadeira. Essa comissão serve para pensar para o futuro. Nada melhor do que convidar o presidente para explicar os fatos, a influência do ex-presidente sobre Furnas e Eletrobrás, como se deu essa relação e evitar que isso volte a acontecer no Brasil”.

Poxa, Tatto, ainda bem que essas coisas não acontecem no governo do PT, embora o Rosegate, o Mensalão e outras falcatruas menos votadas revelem exatamente o contrário...

Collor e a Inteligência

O presidente da CCAI, senador Fernando Collor (PTB-AL), emplacou o convite ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para que preste esclarecimentos sobre a “confluência das atividades de inteligência com o papel do Ministério Público e da Polícia Federal”.

Collor reclama que as recentes operações da Polícia Federal (Vegas e Monte Carlo) têm demonstrado “o quanto de informações devem ter sido adquiridas por meio de atividades de inteligência".

Collor alega que, a princípio, o MPF e a própria PF não são órgãos “dotados de setores específicos e típicos de inteligência”.

Segurança nacional de quem mesmo?

A CCAI aprovou outro requerimento na mesma linha de questionar as ações de inteligência e descobrir se são reais as denúncias de prática de espionagem dentro da Agência Brasileira de Inteligência.

Por isso, a comissão deseja ouvir o general José Elito Carvalho Siqueira, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, e o diretor-geral da Abin, Wilson Roberto Trezza.

A CCAI quer saber até que ponto a segurança nacional foi afetada com a denúncia de que um servidor da Abin teria quebrado códigos e senhas de colegas que atuavam em investigações estratégicas.

Na verdade, a petralhada está se borrando com o vazamento de tantas informações que comprometem suas ações criminosas – como vem ocorrendo no Rosegate...

Gripe providencial

O ministro Celso de Mello, pode dar hoje o voto de desempate sobre a perda de mandato imediata dos deputados condenados pelo STF.

Gripado e com febre, o decano do supremo não pode ir trabalhar ontem.

Mas hoje João Paulo Cunha (PT-SP), Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT) devem ir para o saco – gerando uma crise institucional com a presidência da Câmara dos Deputados, que alega ter a primazia para julgar seus membros.

Carta mal escrita dá nisto...

A Constituição Federal tem duas interpretações sobre a perda de mandatos de parlamentares.

A primeira permite a condenação em ação criminal com suspensão de direitos políticos.

A segunda prega que só as Casas Legislativas podem decretar a perda de mandato após processo interno específico. 

Errrrrrrrrrrou feio, Dilma...

Os atentos leitores Luiz Gonzaga e Manoel Vigas pegaram uma mega-mancada cometida pela Presidenta Dilma Rousseff, durante o recente Seminário Empresarial: Desafios e Oportunidades de uma Parceria Estratégica - Paris/França:

“(...)que nós recolocamos no século XXI, que foi inicialmente pensada no século XVI - em 1500, quando fomos teoricamente descobertos -, que, de fato, eu acredito que o país é hoje, no presente, o país do futuro”.

Vigas lembra que há uma regra simples para quando um ano termina em 00: o século é dado pelos dois primeiros números. Logo, 1500 é século 15.

A pequena gafe pode ser conferida no link:


Convocação Geral e Generalizada

A base aliada ameaça convocar Papai Noel para saber por que tanta merda acontece contra Lula e o PT na vésperea do Natal...

Por isso, se Roberto Gurgel e FHC aparecerem no Congresso vestidos de Papai Noel, os membros da base amestrada terão de usar a roupinha dos "Irmãos Petralhas" (muito mais perigosos que os inocentes famosos vilões da Disney, os Irmãos Metralha.

E Já que Lula jura nada temer e que tudo dito por Valério é mentira, porque base aliada não o convoca para livre depoimento no Congresso?

Burrice 

Enfim, se fosse ainda vivo, e era muito, Roberto Campos, proclamaria:

"No Brasil a corupção (e não apenas a burrice) têm passado glorioso e futuro promissor".



Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

Hacker de 19 anos revela no Rio como fraudou eleição

Por Ápio Gomes 

Um novo caminho para fraudar as eleições informatizadas brasileiras foi apresentado ontem (10/12) para as mais de 100 pessoas que lotaram durante três horas e meia o auditório da Sociedade de Engenheiros e Arquitetos do Rio de Janeiro (SEAERJ), na Rua do Russel n° 1, no decorrer do seminário “A urna eletrônica é confiável?”, promovido pelos institutos de estudos políticos das seções fluminense do Partido da República (PR), o Instituto Republicano; e do Partido Democrático Trabalhista (PDT), a Fundação Leonel Brizola-Alberto Pasqualini.

Acompanhado por um especialista em transmissão de dados, Reinaldo Mendonça, e de um delegado de polícia, Alexandre Neto, um jovem hacker de 19 anos, identificado apenas como Rangel por questões de segurança, mostrou como — através de acesso ilegal e privilegiado à intranet da Justiça Eleitoral no Rio de Janeiro, sob a responsabilidade técnica da empresa Oi – interceptou os dados alimentadores do sistema de totalização e, após o retardo do envio desses dados aos computadores da Justiça Eleitoral, modificou resultados beneficiando candidatos em detrimento de outros – sem nada ser oficialmente detectado.

“A gente entra na rede da Justiça Eleitoral quando os resultados estão sendo transmitidos para a totalização e depois que 50% dos dados já foram transmitidos, atuamos. Modificamos resultados mesmo quando a totalização está prestes a ser fechada”, explicou Rangel, ao detalhar em linhas gerais como atuava para fraudar resultados.

O depoimento do hacker – disposto a colaborar com as autoridades – foi chocante até para os palestrantes convidados para o seminário, como a Dra. Maria Aparecida Cortiz, advogada que há dez anos representa o PDT no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para assuntos relacionados à urna eletrônica; o professor da Ciência da Computação da Universidade de Brasília, Pedro Antônio Dourado de Rezende, que estuda as fragilidades do voto eletrônico no Brasil, também há mais de dez anos; e o jornalista Osvaldo Maneschy, coordenador e organizador do livro Burla Eletrônica, escrito em 2002 ao término do primeiro seminário independente sobre o sistema eletrônico de votação em uso no país desde 1996.

Rangel, que está vivendo sob proteção policial e já prestou depoimento na Polícia Federal, declarou aos presentes que não atuava sozinho: fazia parte de pequeno grupo que – através de acessos privilegiados à rede de dados da Oi – alterava votações antes que elas fossem oficialmente computadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

A fraude, acrescentou, era feita em benefício de políticos com base eleitoral na Região dos Lagos – sendo um dos beneficiários diretos dela, ele o citou explicitamente, o atual presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), o deputado Paulo Melo (PMDB). A deputada Clarissa Garotinho, que também fazia parte da mesa, depois de dirigir algumas perguntas a Rangel - afirmou que se informará mais sobre o assunto e não pretende deixar a denúncia de Rangel cair no vazio.

Fernando Peregrino, coordenador do seminário, por sua vez, cobrou providências:

“Um crime grave foi cometido nas eleições municipais deste ano, Rangel o está denunciando com todas as letras – mas infelizmente até agora a Polícia Federal não tem dado a este caso a importância que ele merece porque ele atinge a essência da própria democracia no Brasil, o voto dos brasileiros” – argumentou Peregrino.

Por ordem de apresentação, falaram no seminário o presidente da FLB-AP, que fez um histórico do voto no Brasil desde a República Velha até os dias de hoje, passando pela tentativa de fraudar a eleição de Brizola no Rio de Janeiro em 1982 e a informatização total do processo, a partir do recadastramento eleitoral de 1986.

A Dra. Maria Aparecida Cortiz, por sua vez, relatou as dificuldades para fiscalizar o processo eleitoral por conta das barreiras criadas pela própria Justiça Eleitoral; citando, em seguida, casos concretos de fraudes ocorridas em diversas partes do país – todos abafados pela Justiça Eleitoral. Detalhou fatos ocorridos em Londrina (PR), em Guadalupe (PI), na Bahia e no Maranhão, entre outros.

Já o professor Pedro Rezende, especialista em Ciência da Computação, professor de criptografia da Universidade de Brasília (UnB), mostrou o trabalho permanente do TSE em “blindar” as urnas em uso no país, que na opinião deles são 100% seguras. Para Rezende, porém, elas são “ultrapassadas e inseguras”. Ele as comparou com sistemas de outros países, mais confiáveis, especialmente as urnas eletrônicas de terceira geração usadas em algumas províncias argentinas, que além de imprimirem o voto, ainda registram digitalmente o mesmo voto em um chip embutido na cédula, criando uma dupla segurança.

Encerrando a parte acadêmica do seminário, falou o professor Luiz Felipe, da Coppe da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que em 1992, no segundo Governo Brizola, implantou a Internet no Rio de Janeiro junto com o próprio Fernando Peregrino, que, na época, presidia a Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj). Luis Felipe reforçou a idéia de que é necessário aperfeiçoar o sistema eleitoral brasileiro – hoje inseguro, na sua opinião.

O relato de Rangel – precedido pela exposição do especialista em redes de dados, Reinaldo, que mostrou como ocorre a fraude dentro da intranet, que a Justiça Eleitoral garante ser segura e inexpugnável – foi o ponto alto do seminário.

Peregrino informou que o seminário será transformado em livro e tema de um documentário que com certeza dará origem a outros encontros sobre o mesmo assunto – ano que vem. Disse ainda estar disposto a levar a denuncia de Rangel as últimas conseqüências e já se considerava um militante pela transparência das eleições brasileiras: “Estamos aqui comprometidos com a trasnparência do sistema eletrônico de votação e com a democracia no Brasil”, concluiu. (OM)

Ápio Gomes é Jornalista. Originalmente publicado no Portal do PDT em 11 de setembro de 2012.















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