DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 19-11-12

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES


O casamento do filhote do protetor de mensaleiros com o procurado pela Interpol justifica a criação da Vara de Famiglia

O companheiro Fernando Haddad jura que não vai dispensar o aliado Paulo Maluf da devolução, imposta pela Justiça de Jersey, dos milhões de dólares tungados da prefeitura paulistana. Mas agirá com muita discrição, ressalvou a reportagem do Estadão. Haddad pretende botar a mão no dinheiro sem magoar o parceiro que lhe fez até cafuné na cabeça quando posaram para a posteridade no jardim da mansão.
Maluf, que sabe ser grato, também tem sido bastante discreto nas negociações que envolvem a entrega ao PP de parte da máquina administrativa municipal — cofres incluídos. Até agora, por exemplo, não revelou nenhuma cláusula mais perigosa do  contrato de aluguel.
O ex-prefeito também tem tratado com exemplar discrição o que anda acontecendo no STF.  O Maluf dos velhos tempos não resistiria à tentação de lembrar que, se ficou preso menos de dois meses, os inimigos que sonhavam vê-lo na cadeia vão dormir numa cela mais de dois anos.
São elogiáveis esses cuidados recíprocos, destinados a preservar o casamento que uniu um renovador da esquerda revolucionária mensaleira e um ultrarreacionário  procurado pela Interpol. Para coisa tão rara, toda cautela é pouca. Não seria nenhum exagero, portanto, proteger com o segredo de Justiça, como acontece nas Varas de Família, qualquer caso de polícia que ameace a harmonia do casal.
Se não estivesse tão atormentado com a administração das masmorras medievais que seu partido administra há 10 anos, José Eduardo Cardozo já teria socorrido Haddad e Maluf. Assim que tiver tempo, o ministro da Justiça vai melhorar a vida dos bons companheiros com a criação da Vara de Famiglia.


NO BLOG ALERTA TOTAL

Dilma teme surpresas com investigação de servidores da Receita sobre o patrimônio do filho de Lula

Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net 

Exclusivo - Embora assuma o discurso globalitário do “combate à corrupção”, a Presidenta Dilma Rousseff anda hiperpreocupada com o risco de “rebeldia” entre servidores do alto escalão da Receita Federal. Dilma recebeu preocupantes informações de que alguns funcionários de carreira órgão, à revelia do governo, promovem um acompanhamento pente fino da veloz evolução patrimonial do empresário Fábio Luis da Silva – filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – que a mídia chama popular e pejorativamente de “Lulinha” (apelido que Fábio nunca usa na vida pessoal).

Lula já teria pedido a Dilma para interceder no caso. Ela já avisou que nada pode fazer. O ex-presidente tentou, inclusive, contatos com a cúpula da Super Receita. Recebeu a mesma mensagem de que nada pode ser feito. Foi-lhe lembrado que o acompanhamento patrimonial dos contribuintes, dentro da lei e respeitando sigilos, é um dever funcional dos servidores concursados da Receita. Lula teme que vazem informações também eventuais sobre seu patrimônio pessoal. E como sabe muito bem que o "movimento de combate à corrupção" é uma ordem de fora para dentro do Brasil, se apavora com o risco de retaliações promovidas por inimigos ligados à oposição.

Além do medo de “surpresas desagradáveis” com servidores sérios e independentes da Super Receita, Dilma encara outra guerra institucional. A Presidenta e seus ministros são cada dia mais mal vistos pelo Fórum Nacional da Advocacia Pública Federal - integrado por sete entidades de procuradores da Fazenda, Previdência Social, do Banco Central e de procuradores lotados em autarquias e ministérios. A entidade enxerga uma intenção do governo em submeter às vontades de militantes petistas todos os setores jurídicos da área federal.

O primeiro alvo do aparelhamento petista é a Advocacia-Geral da União. Luís Inácio Adams, chefe do órgão, elaborou um projeto de lei complementar que prevê a nomeação, como advogados federais, de pessoas de fora da carreira e sem concurso. O projeto de Adams considera “infração funcional o parecer do advogado público que contrariar as ordens de seus superiores hierárquicos”. O Fórum Nacional da Advocacia Pública Federal define o plano como “um atentado ao Estado Democrático de Direito e põe em risco a existência da própria AGU".

Luis Inácio Adams é mais um do governo Dilma na corda bamba. Cotado para assumir a Casa Civil do Palácio do Planalto na próxima e urgente reforma ministerial que Dilma Rousseff promoverá no começo do ano, agora tem tudo para não emplacar no cargo. Também pode ver naufragar seu objetivo maior de ser indicado para o Supremo Tribunal Federal, tal qual seu antecessor José Dias Toffoli.

Alvos de processos pesados, como o do Mensalão e seus desdobramentos, os petistas definiram como prioridade o “aparelhamento” da máquina Judiciária. Além de indicar ministros aliados para o Supremo Tribunal Federal e para o Superior Tribunal de Justiça, o partido também quer ter um controle maior sobre a Advocacia Geral de União, para impedir que o órgão não crie problemas para os negócios feitos entre a União os empresários parceiros.

Papo furadíssimo

Da presidenta Dilma Rousseff em entrevista ao jornal espanhol El País:

Estoy radicalmente a favor de combatir la corrupción, no solo por una cuestión ética, sino por un criterio político (…) Un Gobierno es 10.000 veces más eficiente cuanto más controla, más fiscaliza y más impide. No hay términos medios en este aspecto”.

Sobre as condenações impostas aos petistas pelo Supremo Tribunal Federal, Dilma avisou que acata as decisões, não as discute, mas pondera:

"Lo que no significa que nadie en este mundo de Dios esté por encima de los errores y las pasiones humanas”.

Só falta esta...



Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.


NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO


Chagas: Brasil rejeita a malandragem

Na Espanha, a presidente Dilma está comprovando a certeza de que crises econômicas não se resolvem com redução de salários, aumento de impostos, demissões em massa no serviço público, nas empresas privadas, privatizações e supressão de direitos sociais. Essa receita, tão a gosto dos países e das comunidades financeiras que  controlam o planeta, vem determinando de Norte a Sul a reação dos explorados. Tanto em Cadiz como em Madri, as multidões em protesto tumultuaram e até impediram a passagem de comitivas estrangeiras empenhadas em impor a fórmula dos  ricos e  dos especuladores sobre as  massas que, como sempre, vêem-se condenadas a pagar a conta das falcatruas de quantos as dirigem.  Desde o início da crise que a presidente brasileira insurgiu-se contra a solução das elites, infelizmente ainda  dominante. Foi bom que ela assistisse ao vivo e  em cores a demonstração do esgotamento e da falência  do modelo que rejeitou desde o primeiro momento. Terá reforçadas suas convicções. Leia mais no artigo de Carlos Chagas
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Dilma reclama
da cobrança do
IR de senadores

A Receita Federal está uma "arara" com intromissão do Palácio do Planalto em suas ações fiscais. A presidenta Dilma reclamou, por meio do Ministério da Fazenda, da insistência na cobrança para que os senadores paguem o Imposto de Renda sonegado sobre o 14º e 15º salários. O governo acha é que o tema “constrange” os parlamentares. O conceito de Dilma, no órgão, caiu muito por conta do episódio.

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Desgovernados, por Marli Gonçalves

Se contar ninguém acredita. Não tem dia que você tem vontade de esfregar muito o olho para acreditar no que vê? Ou pensa em enfiar bem forte um cotonete no ouvido para ter certeza que não está entupido, e que você não está louco, não? E me diga se essa semana não bateu recorde, e se o número de sandices ditas pelas autoridades não ultrapassou os limites. Mais do que isso já poderemos decretar calamidade pública! Enchente de saco! Salvem-nos desses governantes!Leia mais no artigo de Marli Gonçalves.
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19/11/2012 | 00:00

Sponholz

Sponholz




Herói antidrogas
alertou para
aliança PCC-Farc

Não é novidade para o inimigo nº 1 dos traficantes no Brasil, juiz federal Odilon de Oliveira, de Mato Grosso do Sul, a descoberta de que a facção criminosa PCC cobrava dívida de bandidos com o assassinato de PMs em São Paulo. Foi ele quem atribuiu ao PCC ataques à capital paulista perto da eleição de 2006. Em 2010, alertou nesta coluna que a facção atua com os narcoterroristas das Farc e do EPP, do Paraguai.

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‘Companheiros’

Odilon também critica as antigas relações das Farc com o governo Lula, que concedeu mais de 400 asilos políticos a “ex-guerrilheiros”.

Pergunta laica

Na onda de tirar o “Deus seja louvado” das notas de real, o Ministério Público Federal toparia propor o fim dos feriados religiosos?

Leite de bode?

Deputados nordestinos, apreciadores de leite de cabra, estão à espera de explicações do deputado José Guimarães (PT-CE). Disse que ele e o irmão José Genoino foram criados “à base de leite de bode”, no Ceará. Afinal, como os ilustres irmãos conseguiam tirar leite de bode?

Aparelhou

A CUT vai protestar no Congresso na terça (20), Dia da Consciência Negra, para pressionar a aprovação de direitos trabalhistas totais às domésticas, como FGTS. O próximo passo, claro, é exigir filiação.

Na luta

Presidente do PTB e réu no mensalão, Roberto Jefferson deve terminar em abril o tratamento contra câncer no pâncreas. “Ele enfrenta com espírito pra cima, e nem perdeu cabelo”, diz o advogado Luiz Barbosa.

Pergunta no diretório

O PT vai protestar junto à rainha Elizabeth II contra a Justiça de Jersey  por condenar o “cumpanhêro Maluf” pelo desvio de R$22 milhões?


NO BLOG DO NOBLAT

O furacão Joaquim, por Ricardo Noblat

Por ora não convidem para a mesma mesa o ministro Joaquim Barbosa, que esta semana assume a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), e Ricardo Lewandowski, que será seu vice. Os dois brigam desde que teve início em agosto o julgamento do mensalão.
Recomenda-se também que não convidem para a mesma mesa Joaquim e Dias Toffoli, Joaquim e Rosa Weber, Joaquim e qualquer um dos advogados dos réus.
Toffoli foi advogado das campanhas presidenciais de Lula, empregado de José Dirceu na Casa Civil e Advogado Geral da União.
Joaquim votou em Lula para presidente mesmo depois de Roberto Jefferson ter denunciado o escândalo do mensalão.
A restrição que Joaquim faz a Toffoli é a mesma que faz a quase todos os seus pares no STF: falta-lhes independência. Genuína independência.
Rosa Weber é ministra da cota pessoal de Dilma, amiga do ex-marido dela. Dá sinais de que tem votado como quer. Mas Joaquim faria gosto se ela votasse como ele quer. Faria gosto se todos votassem como ele quer.
A lei autoriza que ministros do STF recebam representantes de partes interessadas num julgamento. Joaquim é o único que se recusa a receber. Os advogados o detestam.
Foi do pai que Joaquim herdou o temperamento belicoso. A trajetória profissional de Joaquim também contribuiu para que ele fosse do jeito que é.

 

No STF não há um único ministro para o qual seja estranha a arte de fazer política. E todos fizeram para chegar onde estão.
Joaquim, não. Submeteu-se a concursos para conquistar cargos. E não pediu a ajuda de ninguém para ser promovido a ministro do STF.
Estava no canto dele quando uma pessoa ligada a Lula o procurou ainda em 2003. Num espaço curto de tempo Lula seria obrigado a indicar quatro ministros para o STF. Queria que um deles fosse negro. O outro, mulher. O outro nordestino. E o outro paulista. O STF virou uma espécie de parque temático.
Nenhum jurista negro tinha currículo superior ao de Joaquim. Nada deve a Lula, portanto. Nem se sente devedor.
Quando olha em torno, mesmo levando em conta o conhecimento jurídico de cada um dos seus colegas, Joaquim se vê cercado por ministros em dívida com muita gente que os empurrou ladeira acima. Não só presidentes, mas amigos de presidentes e amigos de amigos deles.
Na hora de votar certos assuntos, como podem fazê-lo sem se sentir no mínimo constrangidos?
Lula peitou alguns para adiar o julgamento do mensalão.
O antídoto contra a ação de Lula misturou Joaquim, a pressão da opinião pública e a extensa cobertura do julgamento feita pela mídia que o PT chama de golpista.
Deu certo. Só que o julgamento ainda não terminou. Chegará ao fim com Joaquim acumulando sua relatoria e as presidências do STF e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Em breve, haverá questões delicadas a definir.
A primeira: a data da prisão dos réus condenados.
O Procurador Geral da República defende que eles sejam presos sem que se espere o julgamento de futuros recursos impetrados em seu favor. O STF jamais admitiu a prisão antecipada.
A segunda questão: são três os deputados federais condenados. Caberá à Câmara decretar a perda do mandato deles? Ou ao STF? Joaquim ainda não adiantou o que pensa a respeito.
O CNJ organiza o Judiciário e tem poder para punir juízes. As agendas do STF e do CNJ estarão sujeitas aos humores de Joaquim.
Tem uma ação da Ordem dos Advogados do Brasil que acaba com a doação de dinheiro por pessoas jurídicas para financiamento de campanhas eleitorais. Só as físicas poderiam doar. Quando ela estiver pronta para ir a julgamento, só dependerá de Joaquim para que vá. Se ele não quiser não irá.
Tem uma bomba de elevado poder de destruição que Joaquim deverá detonar no CNJ. Hoje, advogados não podem atuar em processos cujo destino dependa de juízes que sejam seus parentes. Joaquim quer apertar mais o torniquete.
Advogados ficariam proibidos de atuar nas cortes onde tivessem parentes juízes. Se Joaquim for bem-sucedido, a quantidade de advogados condenados à orfandade será absurda!
A Era Joaquim Barbosa no Judiciário promete fortes emoções.


Barbosa e Lewandowski: trégua para dividir funções no STF

O Globo
Se nas sessões de julgamento do mensalão os dois discutem asperamente e trocam olhares de reprovação, nos bastidores Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski ensaiam uma trégua em nome da administração do Supremo Tribunal Federal (STF).
Hoje eles assumem interinamente, por dois anos, a presidência e a vice da Corte. A posse oficial é na quinta-feira. A disposição de ambos é deixar as brigas em torno da Ação Penal 470 restritas às divergências do julgamento.
Os assessores dos ministros começaram a conversar sobre a gestão. Os próprios ministros também já se falaram sobre o assunto de forma pacífica. A intenção de ambos é evitar que as pesadas discussões em torno de temas jurídicos azedem a condução do tribunal pelos próximos dois anos, quando estarão à frente da Corte. 




Emendas são ameaça ao Marco Civil da Internet

O Globo
Marcada para amanhã, a votação do substitutivo ao projeto de lei do Marco Civil da Internet está ameaçada. Segundo o relator da proposta, deputado Alessandro Molon (PT-RJ), duas emendas apresentadas ao projeto desvirtuam a neutralidade de redes e acabam com a privacidade dos internautas.
Na terça-feira passada, após um longo dia de negociações, a votação do substitutivo foi adiada porque não houve acordo sobre a neutralidade de redes, princípio que prevê a ausência de privilégios na transmissão de dados. 

Reforma agrária pode ter seu pior ano desde 1995

Roldão Arruda, Estadão
A reforma agrária está patinando no governo da presidente Dilma Rousseff. O sinal mais evidente está nos números acumulados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Segundo o último dado sobre assentamentos disponível no órgão, com data de 16 de novembro, o governo assentou 10.815 famílias neste ano. É a taxa mais baixa registrada neste mesmo período em dez anos e representa apenas 36% da meta estabelecida para 2012, de 30 mil famílias.
A menos que haja uma dramática alteração no ritmo de assentamentos nos próximos dias, a marca de assentamentos deste ano corre o risco de ficar atrás da registrada em 2011 - a pior dos últimos 16 anos, com 21.933 famílias beneficiadas pela reforma agrária.



Governo quer usar superbloqueador de celular em presídios

Vannildo Mendes, Estadão 
Para reforçar o combate à violência em São Paulo, o Ministério da Justiça incluiu no pacote de ajuda ao Estado um moderno aparelho para bloqueio de celulares em presídios.
Chamada GI-2, a maleta de interceptação de última geração identifica com precisão o número do aparelho e o chip, uma arma essencial no combate a organizações criminosas comandadas de dentro dos presídios, como o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Testada recentemente no complexo penitenciário de Salvador, que tem 6 mil detentos, a maleta detectou 1,5 mil celulares em posse dos presos. Os aparelhos foram bloqueados e recolhidos. Uma estatística reforça, no governo, a crença na eficiência do equipamento: nos dias seguintes, a criminalidade geral na capital baiana - incluindo homicídios - teve redução média de 25%.


NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

Dilma erra e se deixa mover pela paixão

“Acato as sentenças do Supremo Tribunal Federal e não as discuto. O que não significa que alguém neste mundo de Deus esteja acima dos erros e paixões humanas”.
A fala acima é da presidente Dilma Rousseff e foi dita a José Luis Cebrián, do jornal espanhol El País. A entrevista veio a público ontem, mas a declaração tinha sido dada pela presidente no dia da condenação de José Dirceu.
Huuummm… Embora tenha falado pouco, falou demais. A declaração é pior do que parece se atentarmos para o sentido das palavras. O que quer dizer “acato as sentenças do Supremo”? Por um acaso o contrário seria possível? Dilma não as “acata” por gosto ou virtude específicos, mas porque não tem escolha. Se não o fizer, pode perder o cargo.
Filosofante e generalizante, a presidente deu a entender que o tribunal não só errou como agiu movido pela paixão. Eis um eco da ladainha petista, que procura emprestar ao STF uma aura de ilegitimidade e de tribunal de exceção.
Mas Dilma é humilde, não é? Se ninguém está imune àqueles riscos, isso certamente a inclui, razão por que obrigo-me a concluir que ela errou e se deixou mover pela paixão, coisas das quais uma presidente da República deveria se guardar.

Dilma nunca se incomodou com os foguetes dos terroristas do Hamas? Por quê?

O governo brasileiro é fraco em quase tudo, mas é em política externa que consegue ser indigente. Não é por falta de informação. É por ideologia mesmo. Ou Marco Aurélio Garcia não seria o assessor especial de Dilma nessa área. Vamos ver. A presidente está chegando ao fim de seu segundo ano de mandato. Nesse tempo, o Hamas ficou jogando foguetes contra o território israelense, um após outro, dia após dia, quase um trabalho de rotina. E foi também melhorando a qualidade do seu armamento.
Há muita gente, noto nas entrelinhas de certa imprensa, que lamenta o ainda baixo poder de fogo dos terroristas – percebe-se a esperança de que isso um dia mude… Pois bem! Dilma nunca pediu que o Conselho de Segurança da ONU se reunisse. Pra quê? Parece que uma das missões de Israel é ficar interceptando ou recolhendo foguetes que são lançados lá da Faixa de Gaza – que só passou a ser uma base de lançamento desses artefatos depois que Israel se retirou da região. O Hamas faz um esforço danado para provar que a saída foi um… erro!
Pois bem! Ontem, o presidente do Egito, Mohamed Mursi, telefonou para Dilma e pediu que o Brasil usasse a sua influência (?) na ONU para tentar uma trégua no conflito israelo-palestino. A presidente brasileira telefonou para o secretário-geral, Ban Ki-Moon, e teria pedido uma reunião do Conselho de Segurança. Entendo! O fato de um país ser cotidianamente agredido por mísseis não deve ocupar aqueles senhores das Nações Unidas. Se o agredido, no entanto, reage, bem, então, nesse caso, é preciso convocar uma reunião.
Dilma  estaria preocupada também – questão, para mim, sempre encantadora – com a tal “reação desproporcional” dos israelenses. Talvez o governo de Israel devesse ouvir a nossa Soberana sobre o que seria uma “reação proporcional”. Se o país simplesmente devolver na mesma moeda o que recebe todo dia, lançando mísseis a esmo contra Gaza, na proporcionalíssima razão de um por um, creio que o resultado seria catastrófico, não? Entendo que o país agredido, definitivamente, tem de se defender de maneira não proporcional – isto é, com os ataques cirúrgicos. E, desgraçadamente, eles fazem vítimas, sim! O Hamas sabe disso e conta com elas para irrigar a causa com o sangue também de inocentes.
Marco Aurélio Garcia, e não poderia ser diferente, veio a público ontem para dizer algumas besteiras a respeito do tema. Que tal esta? “Em qualquer assunto, como foi no caso do Congo, o Conselho de Segurança da ONU se reuniu imediatamente. Mas, quando se trata do Oriente Médio, nada! Não dá para continuar esta inércia no tratamento do Oriente Médio!”
Huuummm… Qualquer assunto? Centenas de pessoas já morreram na crise do Congo. Um grupo chamado M23 (Movimento 23 de Março) realiza ataques sistemáticos contra civis desarmados. Não é “qualquer assunto” nem um “assunto qualquer”. A rigor, dos grandes conflitos em curso no mundo hoje, o do Oriente Médio é o que faz menos vítimas. Mata-se em um dia na região central da África ou no Sudão o que os confrontos israelo-palestinos não matam em dez anos. Ninguém dá bola. Não estou aqui a brincar com essa contabilidade macabra. Trato apenas de matéria de fato.
Marco Aurélio e o buracoAbusando de sua inteligência sofisticada e da agudeza de espírito que tão bem o caracteriza, o assessor de Dilma expressou este mimo do pensamento político-estratégico: “O grande problema é o seguinte: o buraco está mais embaixo! Enquanto continuar essa política intransigente e esta desídia das grandes potências em relação ao conflito, esses fenômenos vão se multiplicar”.
Entendi. “O grande problema é que o buraco é mais embaixo”. Quem disse que o Brasil não merece mesmo uma cadeira cativa do Conselho de Segurança da ONU? O mundo não pode prescindir desses requintes. De que “política intransigente” estaria ele a falar? Sendo quem é e considerando a posição do governo brasileiro, que vota sistematicamente contra Israel na ONU, certamente se tem por “intransigência” a política israelense, ora… O Hamas, sim, joga seus foguetes para negociar, num exemplo contundente de maleabilidade, certo? É estupefaciente!
O silêncio imoralNotem que coisa curiosa, leitores:  no Brasil e mundo afora, em boa parte da nossa imprensa e em quase todo o jornalismo ocidental, praticamente não se cobra que o Hamas anuncie o fim das agressões cotidianas a Israel. Ao contrário até: o que se diz é que os mísseis palestinos, embora tenham “melhorado” são ainda muito fraquinhos para provocar estragos consideráveis no “inimigo”. Mas se cobra, é evidente, que Israel suspenda a reação.
É questão de horas… O governo brasileiro está pronto para ser mais duro com a democracia israelense do que tem sido com a tirania capenga, mas ainda letal, da Síria ou com qualquer outra.


NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM

CHÁVEZ NÃO DEIXARÁ O PODER NEM DEPOIS DE MORTO. CÂNCER AVANÇA E SUCESSÃO ESTÁ SENDO ARTICULADA.

Chávez continua doente
O médico venezuelano José Rafael Marquina, que trabalha em Naples, nos Estados Unidos, voltou a informar em sua conta no Twitter@Marquina04 sobre o estado de saúde do caudilho Hugo Chávez, que está praticamente desaparecido e cancelou a viagem à Espanha, onde deveria participar da Cúpula Iberoamericana. 

Segundo o médico, suas fontes informam que Chávez continua doente e que a enfermidade (câncer) progride lentamente. "Todas as pessoas próximas a Chávez - afirma o médico - sabem claramente que ele está doente e que a enfermidade avança lentamente"
 
De fato, Chávez tem aparecido cada vez mais raramente e apenas através da televisão estatal. Também não tem usado mais o Twitter @chavezcandanga para se comunicar e tampouco tem se deslocado do palácio Miraflores para atuar na campanha eleitoral de governador cuja eleição ocorrerá no dia 16 de dezembro próximo.

Segundo Marquina "a enfermidade progride e Chávez está recebendo tratamentos a cada cinco dias, seguidos de três dias de descanso, perfazendo um total de 6 semanas."

- Tenho informações sérias de que tudo está pronto para a convocação de uma Assembléia Constituinte em fevereiro ou março do próximo ano, antes das eleições de prefeito - relata o médico em sua conta do Twitter nesta madrugada de domingo - acrescentando que "enfermo e limitado Chávez pode durar uns meses mais, suficientes para aprovar a Constituinte e deixar o sucessor".
 
- É sério - afirma o Dr. Marquina - estão mudando a Constituição para que Chávez continue no poder depois de morrer! A enfermindade - continua o médico - já não a denominam de "missão lástimável", agora se referem à "missão constituinte", de forma a assegurar ao ditador o seu sucessor".

OS TWITTS DE DR. MARQUINA


















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