DA MÍDIA SEM MORDAÇA 08-11-12

NO BLOG DO EGÍDIO SERPA


Hora de educar o torcedor do Castelão


Está na hora de a Secretaria Especial da Copa, do Governo do Ceará, iniciar uma campanha de educação voltada para o bom uso do novo estádio Castelão.

Ou o torcedor é educado agora, antes da inauguração do Castelão, ou ele causará prejuízos.
No meio da torcida sempre há bandidos, arruaceiros, vândalos, que só têm um objetivo quando frequentam equipamentos públicos: destruí-los.
Uma boa medida preventiva será a criação de uma força policial e de um juizado especial que, atuando dentro do Castelão, prenda e puna, imediata e severamente, os vândalos.

Ministério dos Transportes: a incompetência


Virá a Fortaleza no dia 21 deste mês o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos.

Eis aí uma boa oportunidade para que sua excelência conheça, “in loco”, a incompetência de sua Pasta no Estado do Ceará.

NO BLOG DO ROBERTO MOREIRA

Governo Federal vai implantar no Brasil programa escolar desenvolvido por Cid Gomes


O programa Alfabetização na Idade Certa, criado pela secretaria de educação do estado do Ceará, será expandido para todo o Brasil. Amanhã, a presidente Dilma Rousseff lança o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa para garantir que todos os alunos aprendam a ler e escrever até os 8 anos de idade.

A iniciativa prevê que a pasta oferecerá curso e pagará bolsa de R$ 150 mensais para 360 mil professores das turmas do 1º ao 3º ano do ensino fundamental, em todo o país. O MEC distribuirá material didático específico e realizará anualmente uma avaliação nacional com os alunos do 3º ano para verificar o nível de alfabetização.
Antes mesmo do lançamento, as 27 unidades da Federação e 5.224 municípios já aderiram ao pacto.
Participarão da solenidade vários governador, prefeitos e os ministros da cultura e educação.


NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

Mensalão: Barbosa determina que 
condenados devolvam passaporte

O ministro relator do processo do mensalão no Supremo, ministro Joaquim Barbosa, determinou que os 25 réus condenados devolvam os passaportes, aceitando pedido do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. O prazo conta a partir da notificação. Para Barbosa, trata-se de “medida cautelar não apenas razoável, como imperativa, diante do estágio avançado das deliberações condenatórias já tomadas nesta ação penal”. Acrescentou que “alguns dos acusados vêm adotando comportamento incompatível com a condição de réus condenados”. Mês passado, o ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, foi à Itália e o ex-deputado Romeu Queiroz, ao Caribe. Rogério Tolentino e o ex-deputado Pedro Corrêa entregaram os passaportes na semana passada.

Não deu certo

Não surtiu os efeitos aguardados o tratamento a que se submeteu o ministro Joaquim Barbosa em uma clínica de Dusseldorf, Alemanha.

Crime bate à porta, deputado

A mulher do ex-ministro do Turismo Pedro Novais (PMDB-MA) foi assaltada ao chegar de viagem na 302 Norte, em Brasília, onde moram deputados. Bandidos a renderam quando saía do táxi às 4h da manhã do dia 31. Levaram 2 malas. Em greve, a polícia não registrou o crime.

Sequestro de irmã de atacante teve
participação de candidato a vereador

Foto
RODOLFO SINFRÔNIO
O candidato a vereador de Campina Grande (PB) pelo Partido Social Democrático (PSD), Rodolfo Sinfrônio, é um os envolvidos no sequestro da irmã do atacante Hulk, Angélica Aparecida Vieira de Sousa, de 22 anos. A afirmação foi dada nesta quarta (7) pela Polícia Civil da região. Segundo as autoridades responsáveis pelo caso, o sequestro foi planejado pelo ex-chefe da vítima. Ambos os acusados passavam por dificuldades financeiras e viram o plano como uma mina de ouro. Rodolfo Sinfrônio, que recebeu apenas 265 votos na última eleição, forneceu o próprio carro para o rapto, na segunda (5), como revelou o titular da delegacia de Roubos e Furtos de Campina Grande, Henry Fábio.

Incompetência

Assessores de Dilma não sabem se a irritou mais a goleada na derrota do projeto dos royalties ou a confissão de incompetência do líder do governo Arlindo Chinaglia (PT-SP), dizendo que foi “pego de surpresa”.

Atirando no próprio pé

Cabo eleitoral da própria derrota na votação dos royalties de petróleo, por suas declarações desastrosas contra o Congresso, o governador Sérgio Cabral pisou na bola de novo. O governo achou “chantagem do mais baixo nível” sua ameaça à realização da Copa e das Olimpíadas.

Mantega esnobado

Informado de que o ministro Guido Mantega (Fazenda) queria apenas apresentar aos governadores a proposta de unificar alíquotas de ICMS em 4%, como defende São Paulo, o pernambucano Eduardo Campos economizou a viagem. Mandou o secretário da Fazenda. Só para ouvir.

Amar é...

O presidente da UNE, Daniel Iliescu, disse ao Estadão que “não ama nem odeia José Dirceu”. Faltou dizer: a entidade hoje ama é grana, com milhares de carteirinhas para marmanjos e o silêncio pelos R$ 30 milhões doados por Lula para a sede no Rio, que não sai do papel.

Pergunta na porta do STF

Sobrou bolacha no intervalo para cafezinho, ontem, no Supremo Tribunal Federal, depois do arranca-rabo no plenário?


NO BLOG DO NOBLAT

Marco Aurélio: 'não estamos aqui para sermos vaquinhas de presépio’

Jaílton de Carvalho, O Globo

O ministro Marco Aurélio Melo, do Supremo Tribunal Federal (STF) criticou duramente nesta quarta-feira o suposto autoritarismo do relator Joaquim Barbosa nas discussões sobre o processo do mensalão. Segundo Marco Aurélio, Barbosa não aceita opiniões divergentes da dele.
— A beleza do colegiado é a diversidade. Não estamos aqui para ser vaquinhas de presépio do relator : falou o relator e dizemos amém, amém, amém. A viagem Alemanha não fez bem a ele - disse Marco Aurélio, no intervalo da sessão desta quarta-feira.


Em conversa com presidente, Lula aponta ‘blefe’ do ‘jogador’ Valério

Vera Rosa, Estadão

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse à presidente Dilma Rousseff que o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza está "blefando" ao ameaçar envolvê-lo no escândalo do mensalão e o desafiou a apresentar provas. Para Lula, o relator do processo, Joaquim Barbosa, tem razão quando descreve Marcos Valério como "jogador".
"Eu nunca estive com esse cidadão", afirmou Lula. Na conversa de quase quatro horas com Dilma, pouco antes do jantar de confraternização promovido na terça-feira, 6, por ela com ministros, senadores e deputados do PT e do PMDB, no Palácio da Alvorada, o ex-presidente garantiu não haver motivo para preocupação com as ameaças de Marcos Valério.

CPI do Cachoeira não terá mais depoimentos nem quebras de sigilos

Chico de Góis, O Globo

A prorrogação da CPI do Cachoeira por mais 48 dias, aprovada na semana passada, não servirá para que os parlamentares se dediquem a mais investigações.
O presidente da comissão, senador Vital do Rego (PMDB-PB) e o relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), fizeram um acordo para que Odair apresente seu parecer final no dia 20. Até lá, não haverá mais nenhuma reunião administrativa, nem depoimento de testemunhas, nem quebras de sigilos.
Ontem, inconformados com o término da comissão, o PSDB protocolou na Procuradoria Geral da República (PGR) uma representação solicitando investigação de informações que, segundo os tucanos, não foram apuradas.

Independentes vão lançar candidatura contra Renan no Senado

O Globo

No mesmo momento em que o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), buscava o apoio da presidente Dilma para sua volta à presidência do Senado, na noite de terça-feira, 11 senadores independentes e da oposição acertaram, em jantar no apartamento de Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE, foto abaixo), lançar candidatura alternativa para disputar com o peemedebista.
Estão dispostos a assumir a tarefa os senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Pedro Taques (PDT-MT), mas o nome só será lançado quando Renan assumir publicamente sua candidatura.

Câmara aprova criação do Ministério da Micro e Pequena Empresa

Isabel Braga, O Globo

Sob protestos da oposição, a Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira a criação da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, com status de ministério e vinculada à Presidência da República. Enviado ao Congresso em 2011, o projeto prevê a criação de 66 cargos em comissão, a serem ocupados por servidores não concursados, e os cargos de ministro e de secretário-executivo.
O custo previsto na exposição de motivos é de R$ 7,9 milhões. O projeto precisa ser aprovado no Senado, antes de ir à sanção presidencial.

TCU cobra do Congresso salário pago acima do teto

Fábio Fabrini e Alana Rizzo, Estadão

O Tribunal de Contas da União (TCU) confirmou irregularidades na folha salarial da Câmara e do Senado e, em relatório a ser julgado nesta quinta-feira, 8, pede a devolução de pagamentos indevidos a pelo menos 1,5 mil servidores.
Conforme proposta a ser levada a plenário, obtida pelo Estado, as duas Casas terão de providenciar o ressarcimento de valores pagos acima do teto do funcionalismo, horas extras não trabalhadas e contribuições não debitadas nos últimos cinco anos, além de recursos pagos por jornadas de serviço não cumpridas e pensões ilegais.

Advogada Carla Cepollina é absolvida pela morte do coronel Ubiratan

Leonardo Guandeline, O Globo

A advogada Carla Cepollina (foto abaixo) foi absolvida na noite desta quarta-feira pelo assassinato do coronel reformado da Polícia Militar (PM) e ex-deputado estadual Ubiratan Guimarães, em setembro de 2006. Conhecido pela atuação no massacre do Carandiru, que deixou 111 mortos em 1992, Ubiratan foi morto com um tiro no abdômen, dentro do apartamento dele, nos Jardins, em São Paulo.
Por unanimidade, os jurados - seis homens e uma mulher - acolheram a tese da defesa, de que Carla não estava no apartamento da vítima no dia do crime. A mãe dela, Liliana Prinzivalli, uma das defensoras, salientou que Ubiratan morreu no domingo, 10 de setembro, e não na noite do dia 9, entre 19h e 19h30m, como sustentou a acusação. Ela usou como prova uma mensagem enviada por Carla ao coronel no domingo de manhã, e recebida posteriormente, após o celular dele ter sido ligado.

Apagão afeta 1 milhão de famílias em Buenos Aires

Ariel Palacios, Estadão

Um apagão de grandes proporções atingiu diversos bairros da capital argentina, Buenos Aires, nesta quarta-feira, 7, levando a cidade ao caos no fim da tarde. Mais de 1,5 mil semáforos deixaram de funcionar, provocando o colapso do trânsito, especialmente na avenida 9 de Julio, a principal artéria do centro portenho.
Sem energia, o metrô e o sistema de trens ficaram paralisados durante várias horas, impedindo o transporte de centenas de milhares de pessoas no horário de mais movimento. A falta de eletricidade afetou 1 milhão de famílias.
O centro da cidade e os bairros de Constitución, Barracas, Palermo, Balvanera, Villa Devoto, Villa Del Parque, Villa Lugano, Chacarita, Belgrano, Almagro, Boedo, algumas áreas do elegante Puerto Madero, além do município de Vicente López, na zona norte da Grande Buenos Aires ficaram sem energia elétrica, enquanto a cidade era assolada por uma onda de calor que levou os termômetros à marca de 35 graus. Alguns bairros, como Villa Crespo ficaram 16 horas sem energia.

Obama vai ter pouco tempo para saborear triunfo eleitoral

O Globo

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, volta a Washington nesta quarta-feira sem muito tempo para saborear sua vitória eleitoral, já que terá de enfrentar desafios econômicos urgentes, uma iminente batalha fiscal e um Congresso ainda dividido, capaz de bloquear cada iniciativa sua.
Obama derrotou o desafiante republicano Mitt Romney na votação de terça-feira e usou o discurso da vitória, diante de uma entusiasmada multidão em Chicago, para adotar um tom conciliador.  Mas, à luz fria da manhã seguinte à jornada eleitoral, ficou claro que, embora os eleitores tenham garantido um segundo mandato a Obama, o presidente terá dificuldades para traduzir isso em força política para impor sua pauta.

Porto-riquenhos querem que país seja 51º estado dos EUA

Estadão

Os porto-riquenhos se manifestaram num referendo consultivo a favor de alterar o status da ilha como território associado dos Estados Unidos, preferindo se tornar o 51o Estado norte-americano, segundo resultados oficiais divulgados nesta quarta-feira.
A opção pelo Estado venceu com 66 por cento dos votos, seguida pela associação soberana, com 33 por cento. A independência teve menos de 6 por cento das preferências. Essa contagem não leva em conta os votos em branco, que foram quase um terço do total. Levando-os em conta, o apoio à incorporação total fica com quase 45 por cento de apoio.
O referendo não tem força de lei - é apenas consultivo.

Jornalistas do El Pais em greve protestam contra plano de demissões

O Globo

Duzentos jornalistas do “El Pais”, em greve desde segunda-feira na capital espanhola, protestaram hoje na Porta do Sol, praça principal da cidade, contra o plano de demissões anunciado no início do mês passado pela direção do jornal. O presidente do periódico, Juan Luís Cebrián, prevê a demissão de 149 jornalistas e cortes salariais.
O número citado por Cebrián representa um terço do quadro total de funcionários do jornal. Os jornalistas publicaram na internet fotos da redação vazia, e afirmaram no Twitter que 95% da equipe aderiu à greve (a direção do jornal diz que a adesão foi de 79%). 


NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

Os estranhos critérios de Lewandowski. Ou: Todo mundo está entendendo tudo!

Ricardo Lewandowski, o revisor, tem um modo de pensar realmente muito peculiar. E adota critérios para estabelecer a pena dos réus também singulares. Vamos ver.
Entre outros crimes, Ramon Hollerbach foi condenado por 10 atos de corrupção na relação com os parlamentares. Isto mesmo: só nesse caso, ele reiterou 10 vezes no crime, o que foi reconhecido pelo próprio tribunal.
A corrupção ativa prevê uma pena de 2 a 10 anos de prisão — no caso de haver continuidade delitiva, a pena pode ser acrescida de um sexto a dois terços.
Muito bem! Para Lewandowski, corromper um parlamentar merece pena mínima: dois anos! Incidir 10 vezes no mesmo crime — DEZ! — é causa de aumento de pena. De quanto? Ora, o aumento mínimo: de apenas um sexto!
Ao optar pela pena mínima como base, evocou testemunhos de pessoas que conviveram com Ramon Hollerbach — que não estão nos autos —, segundo os quais ele é um homem honrado. Curiosamente, são pessoas ligadas à área de publicidade, ramo de atividade do condenado.
Houve uma nova altercação com Barbosa, que perguntou:
— Vossa Excelência acha que corromper um parlamentar é igual a corromper um guarda?
Nervoso, Lewandowski afirmou que a corrupção de um guarda ou de um parlamentar são igualmente graves etc e tal. Entendo! Porque são igualmente graves, ele estabelece a… pena mínima! Entenderam o critério?
Espantoso!No caso da continuidade delitiva, que causa a elevação da pena, Lewandowski expôs os seus critérios. Ele aumenta a pena em um sexto para quem reiterou no crime até… 15 vezes! Majora em um quatro quando o criminoso insiste no crime de 16 a 25 vezes! E aumenta em um terço quando mais de… 25 vezes!!!
Critério alopradoNão é o único critério, data vênia, aloprado de Lewandowski. Ao expor seus critérios lassos, ele lembra que, na sua dosimetria particular, Valério já seria condenado a mais de 24 anos. E daí? Qual é a tese de Lewandowski? O publicitário só está tendo essa pena elevada porque cometeu vários crimes. Foi uma escolha sua? Incidir, agora, em várias ações criminosas distintas deve ser um fator que amolece o coração do juiz?
Qual é a tese do ministro? Para definir a pena de cada crime, deve-se fazer antes uma conta de chegada? O juiz tem de botar a mão no queixo, olhar para o vazio, definir uma pena e, depois, ir adequando as penas?
Lewandowski comentou o risco de suas opiniões não serem devidamente compreendidas pela sociedade. Ele pode ficar tranquilo. Todo mundo que acompanha o caso está compreendendo tudo.

“Não parta do princípio de que todos neste tribunal sejam salafrários”

“O clima essa semana foi de reflexão, de trégua mental, e nos levou a repensar a própria metodologia de trabalho. Joaquim [Barbosa] disse que vai inovar na metodologia, e isso nos faz supor, que nas próximas quarta ou quinta sessões, devemos concluir [o julgamento]“.
A fala acima é do ministro Ayres Britto, presidente do STF. Tomara que esteja certo, mas não vislumbro como. Barbosa, o relator do mensalão, afirmou que fez uma tabela, especificando, segundo entendi, os crimes pelos quais foi condenado cada réu, com a devida atribuição das penas e síntese da argumentação.
Essa tabela foi entregue aos demais ministros, que podem, então, se posicionar a partir delas. Convenham: esse método deveria ter sido seguido desde o primeiro dia. Não se pode assegurar que o julgamento estaria, a esta altura, mais avançado. O certo é que o método adotado resultou numa grande confusão.
ConfrontoOs ministros Marco Aurélio e Joaquim Barbosa tiveram um confronto azedo — talvez o mais agudo desse julgamento, embora curto (até agora). Está em causa uma questão sobre a “continuidade delitiva” (trato do assunto no próximo post). Marco Aurélio se mostra inconformado com os critérios adotados até agora.
Enquanto Marco Aurélio falava, Barbosa fez uma intervenção, inaudível para quem acompanha pela TV, e provocou a ira do interlocutor. Seguiu-se o seguinte diálogo:
— Vossa Excelência cuide das palavras quando eu estiver falando.
— Eu cuido muito bem do vernáculo, ministro!
— Não suponha que todos nesse tribunal sejam salafrários, ministro, e só Vossa Excelência seja uma vestal.
Clima de reflexão…


NO BLOG DO CORONELEAKS

Nada como um dia depois do outro.

No último dia 2 de novembro, o blog publicou este post e, como sempre, foi acusado de não entender nada de São Paulo e atacado pela matilha tucanomonhangaba. Hoje o Painel da Folha publica a seguinte nota:

O QG de Geraldo Alckmin interpreta como politicamente desastroso o saldo da parceria firmada com o governo federal no combate ao crime. Tucanos entendem que, caso a iniciativa fracasse, a culpa será atribuída ao governador. Se a cooperação prosperar, contudo, os dividendos serão colhidos por José Eduardo Cardozo. Para aliados de Alckmin, o ministro da Justiça busca se credenciar para o Bandeirantes em 2014 com o discurso de que resolveu a crise na segurança

Cabral: dos guardanapos às togas.

Um escândalo macula a Justiça brasileira, no mesmo momento em que o STF tenta, com sucesso, resgatar a sua imagem. O governador Sérgio Cabral mudou uma lei para que o Procurador Geral do Rio de Janeiro, o mesmo que arquivou processo que envolvia o governador com Fernando Cavendish, dono da Delta, pudesse ir para o STJ. Como se não bastassem os guardanapos de Paris, agora Cabral mostra que o seu estilo chegou às togas.

 Posse de Cláudio Soares Lopes

Uma lei sancionada pelo governador do Estado do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), abriu caminho para que o procurador-geral de Justiça do Rio, Cláudio Soares Lopes, concorra a uma vaga no STJ (Superior Tribunal de Justiça). Em setembro, o presidente do STJ, ministro Félix Fischer, enviou aos chefes dos ministérios públicos em cada Estado do país, entre eles Lopes, no Rio, o pedido de sugestão de uma lista sêxtupla para preencher a vaga de Cesar Asfor Rocha, que havia se aposentado.

Nos primeiros dias de outubro, o governador Sérgio Cabral enviou à Assembleia Legislativa, em caráter de urgência, a lei complementar nº 145/12, que revogou o artigo 15 da Lei Orgânica do Ministério Público do Rio. Esse artigo estabelecia que o procurador-geral somente poderia concorrer a uma vaga em qualquer tribunal superior depois de completar um período de quarentena de um ano. A revogação do artigo abriu a possibilidade para que Cláudio Lopes se inscrevesse para participar da lista sêxtupla no STJ.

A lei foi sancionada em 18 de outubro, depois de tramitar em apenas uma semana. Seis dias depois foram abertas, no Ministério Público Estadual, as inscrições para os interessados em fazer parte da lista sêxtupla.No dia 1º, o Diário Oficial publicou a relação dos inscritos: além de Lopes, os procuradores Marcellus Polastri e Mendelssohn Kieling, mais o promotor Stephan Stamm.

A inscrição causou mal-estar na instituição. Em carta à categoria, o promotor Luciano Matos, presidente da Associação do Ministério Público do Rio, demonstrou desagrado com a situação."Preocupante é a fenda ética que se abre com a alteração legislativa, cujo escopo foi exclusivamente o de atender aos interesses pessoais do atual ocupante da chefia do MP fluminense", escreveu. Ontem à tarde, os nomes dos inscritos foram submetidos ao Conselho do Ministério Público, responsável pela elaboração da lista.

O nome de Lopes foi aprovado com sete votos. Os procuradores Polastri e Kieling tiveram seis. O promotor Stamm, somente dois. Stamm foi retirado da lista. Três procuradores não votaram em Cláudio Lopes alegando que "a mudança legislativa caracterizou uma quebra de princípio ético". Os nomes dos candidatos de todos os Estados são encaminhados ao STJ que, a partir daí, elabora uma lista tríplice enviada à presidente Dilma Rousseff, a quem cabe escolher entre eles o novo ministro do tribunal.

A assessoria de Lopes informou que não conseguiu localizá-lo para que ele falasse sobre o assunto. Em 2011, Lopes arquivou o processo que apurou a viagem feita pelo governador Sérgio Cabral ao sul da Bahia para comemorar o aniversário do empresário Fernando Cavendish, dono da construtora Delta. Durante o passeio, um helicóptero que transportava a mulher de Cavendish, a namorada de um dos filhos de Cabral e outras cinco pessoas caiu. Os passageiros morreram. O procurador-geral no Estado é responsável pela apuração de casos de improbidade e de ações civis referentes ao governador.(Folha de São Paulo)

Não deixem de ler, também, esta entrevista do Procurador Geral do Rio à Revista Época.

Dilma defende a liberdade de imprensa, desautorizando o PT do José Dirceu.

Ao defender ontem a ação do governo no combate à corrupção, a presidente Dilma Rousseff disse preferir uma imprensa livre ao "silêncio tumular das ditaduras". Durante a 15ª Conferência Internacional Anticorrupção, em Brasília, a presidente afirmou que a prevenção e o combate aos desvios de recursos públicos hoje no Brasil são "práticas de Estado".

"Como eu já disse várias vezes, eu estou convencida de que mesmo quando há exageros, e nós sabemos que eles existem, é sempre preferível o ruído da imprensa livre ao silêncio tumular das ditaduras", afirmou. A solenidade ocorreu em meio ao julgamento do mensalão e à defesa feita pelo PT e por integrantes do governo de um sistema de regulamentação da imprensa.

A presidente destacou também em sua fala de ontem que o discurso contra a corrupção não pode ser usado como arma política. "O combate ao malfeito não pode ser usado para atacar a credibilidade da ação política. O discurso anticorrupção não deve se confundir com o discurso antipolítica ou anti-Estado", afirmou Dilma. Segundo ela, a sociedade deve reconhecer o papel do Estado na conquista da transparência.
"O Estado é o destinatário das mobilizações por transparência", afirmou.

Jorge Hage, ministro da Controladoria Geral da União, CGU, também saiu em defesa da liberdade de imprensa, no mesmo evento:


Questionado sobre a afirmação do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, condenado no julgamento do mensalão, de que regulamentar a mídia é uma prioridade, Hage defendeu a imprensa "absolutamente livre". "A imprensa é tão fundamental quanto órgãos de controle e de investigação. Não há como combater a corrupção sem uma imprensa absolutamente livre", disse.

Hage, contudo, afirmou que não conhecia as declarações de Dirceu e, por isso, não iria comentá-las. Em seu blog, Dirceu disse que o PT "faz muito bem em eleger essa regulação como uma das principais metas a serem conquistadas em 2013, ao lado da reforma política tão imprescindível ao país e da luta para desconstituir a farsa do mensalão".


NO BLOG DO JOSIAS DE SOUZA

PSDB pede à Procuradoria da República que investigue o que a CPI preferiu não investigar 
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O PSDB protocolou na Procuradoria da República uma representação de 470 páginas. Endereçada ao procurador-geral Roberto Gurgel, a petição pede que o Ministério Público realize a investigação que a CPI do Cachoeira decidiu não fazer. A encrenca envolve repasses milionários feitos pela construtora Delta a empresas de fachada.
“A coisa é gravíssima, um escândalo monumental”, diz o líder do PSDB no Senado Alvaro Dias (PR). “Se o Ministério Público investigar, vai revelar a maior corrupção já registrada na história do país”. Além de Alvaro, assinam a peça o líder tucano na Câmara, Bruno Araújo (PE), e os representantes do partido na CPI.
Constam da representação os dados bancários das seis empresas de fachada que tiveram os sigilos quebrados pela comissão, todas vinculadas à quadrilha de Carlinhos Cachoeira e localizadas no Centro-Oeste. Segundo Alvaro, receberam da Delta notáveis R$ 421 milhões. O dinheiro teve origem no setor público –União, Estados e municípios. O grosso “veio do governo federal, principalmente do Dnit”, afirma o líder tucano.
De resto, o documento do PSDB informa à Procuradoria os nomes das empresas que, embora já identificadas, a CPI decidiu que não terão os sigilos bancário e fiscal quebrados. São 29 logomarcas. A maioria registrada no eixo Rio-São Paulo. Extratos da Delta e um relatório do Coaf (órgão que fiscaliza movimentações bancárias atípicas) indicam que também essas empresas receberam repasses malcheirosos da construtora.
“Não há dúvida quanto à natureza das transações. As empresas jamais produziram coisa nenhuma, não realizaram obras. São laranjas”, declara Alvaro Dias. “Estamos recorrendo ao Ministério Público porque os procuradores que estiveram na CPI, quando indagados se tinham investigado a Delta, disseram taxativamente que não investigaram. foram taxativos. Portanto, alguém precisa realizar esse trabalho.”
A apuração não será simples. Sabe-se que o dinheiro migrou de arcas públicas para a caixa registradora da Delta. Sabe-se também que, depois, foi transferido para a rede de  laranjas. A partir daí, adensa-se o mistério. Os milhões deixaram o sistema bancário por meio de saques feitos na boca do caixa. “Nesse ponto, o esquema é parecido com o mensalão”, compara Alvaro, dando asas à suspeita de que há políticos entre os beneficiários.
Álvaro Dias requereu à Mesa diretora do Senado a transcrição da íntegra da representação do PSDB nos anais do Senado. Ao fazê-lo, reproduziu os versos da canção ‘Vai Passar’, de Chico Buarque, que o procurador-geral Gurgel recitara ao ler suas alegações finais na abertura do julgamento do mensalão, em agosto: “Dormia nossa Pátria mãe tão distraída, sem perceber que era subtraída em tenebrosas transações”.







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