DA MÍDIA SEM MORDAÇA 29-10-12

BLOG DO ROBERTO MOREIRA


Roberto Cláudio agradece votos conquistados


O PSBbista Roberto Cláudio foi recebido pela militância com muita festa no comitê na avenida Sebastião de Abreu. Ele atendeu a imprensa e disse que o primeiro compromisso de campanha como prefeito de Fortaleza será visitar os postos de saúde. Após atender aos jornalistas, Roberto Cláudio foi ao palco e discursou para milhares de pessoas que comemoravam. Cid Gomes, Ciro Gomes, Eunício Oliveira e outras lideranças participaram da festa. Roberto Cláudio conquistou 53% dos votos válidos.

Tristeza tomou conta da Avenida da Universidade


No início da noite, toda a estrutura montada para a possível festa da vitória do Partido dos Trabalhadores foi sendo desmontada.
O abatimento tomou conta da militância e no comitê do candidado Elmano de Freitas também não foi diferente. Abatido, Elmano ainda foi ao Comitê. O petista foi recebido pela militância com festa e concedeu entrevista à imprensa.
Elmano agradeceu os 47% dos votos conquistados e lamentou a postura dos adversários. Após atender a imprensa, Elmano foi até um palanque montado na Avenida da Universidade e discursou para a militância.

COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

OAB chama de 'fascista' a hostilidade 
a Lewandowski, em seção eleitoral

O presidente da OAB-RJ, Wadih Damous repudiou hoje (28), com veemência, o ataque sofrido pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, ao sair da Escola Estadual Mario de Andrade, em Campo Belo, Zona Sul de São Paulo, local onde votou em seu candidato a prefeito de São Paulo. "Trata-se de conduta de vândalos, com conotações fascistas. Em julgamento de processos, não há juízes heróis nem juízes vilões. Cada um julga de acordo com a prova dos autos e com as suas convicções", afirmou Damous. Lewandowski foi vaiado e xingado de ‘bandido, corrupto, ladrão e traidor’ por populares que aguardavam a sua saída do local de votação. Segundo o presidente da OAB-RJ, o país está assistindo "a uma espécie de ovo da serpente na sociedade brasileira, a partir de clamores condenatórios e pré julgamentos, com pretensões de condicionar e coagir o Poder Judiciário". Damous acrescentou que é importante que o Presidente do Supremo Tribunal Federal venha a publico repudiar "essas manifestações de caráter intolerante e fascista, que nada têm a ver com a democracia".

Calote argentino
pode sobrar 
para a Petrobras

A área de energia do governo brasileiro acompanha, apreensiva, a situação da argentina YPF, reestatizada há seis meses por Cristina Kirchner. A Argentina desapropriou a empresa, mas não pagou um único centavo à proprietária Repsol. Desde então, o valor das ações da empresa caiu à metade. Como Kirchner adora prejudicar interesses brasileiros, todo cuidado é pouco: a Petrobras opera na Argentina.

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O que é ruim, piora

Para completar a tragédia argentina, de maio a agosto as importações de petróleo aumentaram em 35% em relação ao ano passado.

Na fila

Gabriel Chalita se credenciou junto ao governo Dilma ao pedir votos para Fernando Haddad (PT). E aguarda um ministério como prêmio.

MEC, jamais

É o sonho de Gabriel Chalita, mas nem o PMDB acredita que lhe será oferecido o Ministério da Educação. O PT não abriria mão do MEC.

Pensando bem...

...a TV Justiça terá que exibir retrospectiva ao recomeçar a minissérie “Mensalão”, suspensa por 15 dias. Quem era mesmo o vilão?

Morto-vivo


A foto do ditador Fidel Castro, divulgada para desmentir boatos sobre sua morte, virou piada na internet: “Mais parecia um boneco de cera”.

Chapa de sonho

Petistas de São Paulo, insatisfeitos com o governo Dilma, espalham a solução que imaginam para “neutralizar” a candidatura presidencial de Eduardo Campos (PSB): fazê-lo vice de Lula, em 2014.

Gato na pista

Na Infraero, a conta não fecha: prestes a perder receita de R$ 70 milhões mensais com a privatização de três aeroportos, a estatal mantém três mil comissionados – 800 deles em Brasília.

Pergunta ao tarô

Você confiaria num mapa astral analisado pelo ministro Dias Toffoli?


BLOG DO NOBLAT

Em causa própria

Que tal? Fica combinado assim: Lula foi o vencedor da eleição para prefeito da cidade de São Paulo. Lula, e não Fernando Haddad que nunca disputara eleição.
O PT? Não, gente - Lula. Porque o PT reagiu à arriscada proposta de Lula de ir à luta com um candidato jovem e desconhecido dos paulistanos. Lula foi obrigado a arquivar os bons modos: espancou a mesa e forçou o PT a se render à sua vontade.
Os paulistanos? Não. Lula. Por que o que teria sido deles se Lula, o esperto, não lhes tivesse proporcionado a oportunidade de votar em Haddad?

 Foto: Daniel Teixeira/AE

Fica combinado também que Lula nada tem a ver com as derrotas colhidas pelos candidatos que apoiou em outras cidades. Nem mesmo por aqueles que Lula se empenhou de fato em eleger - gravou mensagens para os programas de propaganda eleitoral no rádio e na televisão, pontificou em comícios e passeatas, e repetiu a dose ao perceber que a primeira não fora suficiente.
Vocês imaginam o quê de Lula? Que ele é milagreiro para sair por aí acendendo todo tipo de poste?
Lula acreditou que Vanessa Grazziotin, candidata do PC do B a prefeita de Manaus, não era um poste. E não era.
Foi vereadora, deputada estadual e federal. E há dois anos se elegeu senadora derrotando Arthur Virgílio, na época o todo-poderoso líder do PSDB no Senado.
O governador do Estado apoiava Vanessa. Eduardo Braga (PMDB), líder do governo Dilma no Senado, também. Fora os principais grupos econômicos e de comunicação locais.
Lula deve ter pensado: por que não pegar carona numa vitória quase certa para assim poder humilhar Arthur?
Foi direto e franco. No bairro mais popular de Manaus, disse que estava ali menos por Vanessa e mais por Arthur. Acusou Arthur de um dia tê-lo ameaçado com uma surra. E pediu para que ninguém votasse nele. Pediu, não, cobrou, exigiu, ordenou. Os manauaras não gostaram. Não gostam de quem quer mandar neles.
A cidade havia dado a Arthur a maioria dos seus votos para reconduzi-lo ao Senado. Vanessa acabara eleita com os votos do interior.
Manaus emitia todos os sinais de que votaria de novo em Arthur. Por gostar dele. E como forma de reparação.
Lula despachou Dilma para lá há uma semana. Deu chabu. Vanessa subiu somente um pontinho nas pesquisas de intenção de voto. Arthur ganhou, ontem, com folga.
A pedido de Lula que fora a Salvador duas vezes, Dilma desembarcou por lá para barrar a eleição de ACM Neto (DEM). E atacou-o sem dó nem piedade.
Ao lado de Nelson Pelegrino, o candidato do PT em apuros, Dilma bateu da cintura para baixo:
Aqui não pode ter um governinho.
E insistiu:
Aqui não pode ter um governo pequenininho.
ACM Neto mede menos de 1m65cm.
Pesquisas para consumo interno da campanha do candidato do PT mostraram que os moradores de Salvador se irritaram com o que ouviram de Dilma.
Mexer com uma característica física do adversário? O que é isso, meu irmão? E se ACM Neto tivesse respondido: Precisamos em Brasília de um governo mais enxuto, mais leve, mais ágil...?
A maior lambança promovida pelo PT nesta eleição foi no Recife, cidade que governa há quase 12 anos.
Como o prefeito era mal avaliado, Lula indicou o senador Humberto Costa para concorrer à vaga dele. Esqueceu-se de combinar com Eduardo Campos, governador de Pernambuco e presidente do PSB.
Na véspera de anunciar que a candidatura de Humberto teria seu patrocínio, Lula recebeu um telefonema de Eduardo:
Presidente, estou ligando da sala onde meu avô, em 1964, recebeu dois militares, um deles armado com uma metralhadora, quando vieram depô-lo.
O avô de Eduardo, Miguel Arraes, era governador de Pernambuco. Acabou preso e exilado.
Eduardo continuou o que queria dizer a Lula.
Naquela noite, havia nove crianças dormindo aqui no Palácio. Meu avô disse aos militares: "Vocês me prenderão e me levarão daqui. Mas eu não renunciarei ao mandato de governador de Pernambuco".
Lula entendeu o recado e ainda argumentou com Eduardo que o candidato poderia não ser Humberto. Mas Eduardo sabia que o PT reservara espaço no programa do radialista Geraldo Freire para Lula anunciar no dia seguinte a candidatura de Humberto.
O PSB de Eduardo lançou candidato a prefeito e o elegeu no primeiro turno.
Lula fez cara de paisagem. Eduardo fez cara de aspirante a candidato a presidente da República.
O desastre do PT no Recife, Salvador, Fortaleza, Diadema e Campinas, e a vitória do PSDB em Manaus não significam que Lula e Dilma estejam em baixa nas cidades onde apostaram o grosso de suas fichas.
Longe disso.
Significa apenas o que o marqueteiro mais iniciante já sabe de cor: eleição municipal é um fenômeno local, local, local.
As pessoas votam em quem possa governar bem o lugar onde elas vivem.
No caso de São Paulo, cansadas de Serra, elas o trocaram por Russomano.
Serra bateu o recorde da rejeição - 52%. Nem Maluf jamais foi tão rejeitado.
Mais tarde, decepcionadas com Russomano, aderiram a Haddad. Uma fatia enorme se absteve ou votou nulo e em branco.
Não foi por Lula que elegeram Haddad. Basicamente, foi por elas mesmas.

PSDB, PMDB e PT mantêm hegemonia em cidades médias

O Globo
Nas 33 cidades com mais de 200 mil eleitores onde ocorreu segundo turno, repetiu-se a hegemonia das grandes legendas do país registradas nas capitais. O PSDB, o PMDB e o PT foram os maiores vitoriosos. PSDB e PMDB venceram em mais cidades, em seis cada. Mas o PT, que venceu em cinco, governará uma população maior, de 3,1 milhões de pessoas.
Partido que com maior número de candidatos disputando o segundo turno nessas cidades, o PT também foi o que mais perdeu no confronto do segundo turno. Ao todo, disputou em 15 desses municípios, sendo derrotado em dez (sem contar capitais). Os peemedebistas comandarão 2,7 milhões de pessoas e os tucanos, 2,2 milhões. O PSB, que obteve três vitórias nessas localidades, administrará para 1,7 milhão de pessoas. 

Uma aposta para renovar o PT pós-mensalão

Gustavo Uribe e Marcelle Ribeiro, O Globo
Arrancando com minguados 3% de intenções de voto e com dificuldades para se viabilizar como candidato competitivo, o prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad, não só virou a acirrada e simbólica disputa eleitoral da capital paulista.
Ele se cacifou ao posto de nova liderança nacional do PT, sobretudo após o julgamento do mensalão ter solapado a imagem de caciques da legenda, como o ex-ministro José Dirceu e o ex-deputado José Genoino. Agora, o ex-ministro da Educação, que até 2012 sequer havia participado de uma eleição, comanda o terceiro maior orçamento do país e se tornou a referência no processo de renovação petista, estimulado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Quando a disputa municipal começou, o prefeito eleito tinha sérias dúvidas se teria fôlego suficiente para virar o jogo a tempo de vencer as eleições. À frente, um José Serra conhecido e confiante. E Russomanno, a surpresa do primeiro turno. Quando o Instituto Datafolha divulgou a primeira sondagem sobre o cenário eleitoral, ainda em dezembro de 2011, o então pré-candidato petista ficou apreensivo.

José Serra: sonho de chegar ao Planalto mais longe

Silvia Amorim, O Globo
Um projeto mais ambicioso, além do cargo de prefeito de São Paulo, sempre esteve em jogo na eleição deste ano para o candidato José Serra (PSDB).
Uma vitória no maior colégio eleitoral do país, após duas derrotas para a Presidência da República (2002 e 2010), representaria para o tucano a volta à cena política nacional, a recuperação de espaço dentro do próprio partido e a sobrevida ao sonho de concorrer, mais uma vez, ao Palácio do Planalto. Com o resultado imposto ontem pelas urnas, Serra, aos 70 anos, entra num dos momentos mais delicados da sua vida política.
Entre lideranças do PSDB, sejam aliados ou adversários, a avaliação é que essa derrota deixa Serra ainda mais longe de retomar uma trajetória nacional. O futuro político do tucano é uma incógnita. Segundo aliados, Serra, apesar de a eleição ter se mostrado difícil em todo o segundo turno, não fez em nenhum momento referência a planos, no caso de derrota. 

Lewandowski é xingado de ‘bandido e corrupto’ após votar em São Paulo

Lino Rodrigues, O Globo
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, foi vaiado e xingado de ‘bandido, corrupto, ladrão e traidor’ na saída da Escola Estadual Mario de Andrade, em Campo Belo, Zona Sul de São Paulo, local onde vota.
Pouco antes de ser reconhecido, ele disse que a reação popular em todo o país tem sido de cumprimentos e pedidos para tirar fotos.
- Votei normalmente. Entrei pela porta da frente e como qualquer cidadão entrei na fila. Tudo na maior tranquilidade. Isso é democracia, liberdade. As reações agora (os xingamentos) são normais. Estou aqui com vocês (jornalistas) e muito exposto — disse, já nervoso com os gritos e sendo puxado pelos assessores. 



ACM Neto (DEM) dedica vitória ao avô Antônio Carlos Magalhães

Paulo Celso Pereira, O Globo
Prefeito eleito de Salvador com 53,91% dos votos válidos, ACM Neto (DEM) foi recebido na noite deste domingo no comitê de campanha por milhares de pessoas. Neto venceu a disputa no segundo turno contra o petista Nelson Pelegrino, que recebeu 46,49% dos votos. Aos gritos de “ACM voltou”, ele dedicou a vitória ao avô Antônio Carlos Magalhães.
- Eu jamais poderia esquecer de alguém que não está aqui , mas que eu sei que hoje ele está tão feliz quanto cada um de nós. Eu aprendi com ele a amar a Bahia, a ter amor pelo nosso povo e a fazer politica. É claro que neste momento, eu tenho que dedicar a vitória ao senador Antônio Carlos Magalhães.

'Vou buscar o diálogo', diz prefeito eleito de Fortaleza

G1
Em seu primeiro discurso após a eleição para a Prefeitura de Fortaleza, Roberto Claudio, afirmou que que vai procurar o diálogo com os partidos.
"Vou buscar um diálogo. É importante para democracia no Brasil. A transição é parte do funcionamento da República, do governo que sai dar informações, prestar esclarecimentos para que o governo que entra, também de forma responsável, de forma serena possa se utilizar dessas informações para começar o governo", disse. Ele discursou na festa de comemoração no comitê da campanha, no Bairro Cocó, na capital cearense.

Arthur Vírgilio afirma que Manaus enfrentou 'forças poderosas'

Adneison Severiano e Mônica Dias, G1
Na primeira entrevista após o resultado do segundo turno, que confirmou Arthur Virgílio (PSDB, foto abaixo, ao centro) como prefeito eleito de Manaus, o tucano agradeceu o voto de confiança dos eleitores. Acompanhado do vice Hissa Abrahão (PPS) na sede do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), o prefeito declarou estar orgulhoso e feliz com o resultado e adiantou detalhes dos planos para a futura gestão. "A decisão foi tomada pelo povo de Manaus, que enfrentou forças poderosas", afirmou emocionado.
Com 65% dos votos válidos, Artur disse não ter ficado surpreso com a grande diferença de votos entre sua adversária, a senadora Vanessa Grazziotin (PC do B). "Eu esperava uma boa diferença, mas a gente sabe que tem que conferir o que sai da urna mesmo. A urna é que define as coisas e foi uma diferença muito bonita. Estou muito orgulhoso, agradecido e feliz".



Cármen Lúcia diz que abstenção de 19% no 2º turno é preocupante

Cristiane Bonfanti, O Globo
A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Carmén Lúcia, disse na noite desde domingo que a abstenção de 19% registrada no segundo turno das eleições municipais é preocupante. No primeiro turno, o índice foi de 16,4%. Ela disse que, agora, cabe tanto aos órgãos da Justiça Eleitoral quanto a especialistas e cientistas políticos fazer avaliações sobre os motivos que levaram os eleitores a comparecer menos às urnas
- Este é um dado que nós vamos nos debruçar sobre ele para que a gente tenha uma verificação adequada do porquê dessas ocorrências, quais as causas e, portanto, de quais medidas podem ser tomadas - afirmou a ministra, que ressaltou que, quanto maior a presença dos eleitores, maior a legitimidade do processo eleitoral. 

Pesquisas nacionais apontam empate técnico entre Romney e Obama

Denise Chrispim Marin, Estadão
Os resultados de duas recentes pesquisas nacionais nos Estados Unidos se contradizem quanto ao favorito entre os eleitores para ocupar a Casa Branca entre 2013 e 2017. Mas seus números enfatizam que, a apenas oito dias das eleições presidenciais, o democrata Barack Obama e o republicano Mitt Romney continuam em empate técnico.
Consulta realizada pelo jornal Washington Post e a rede de TV ABC News entre os dias 23 e 26 de outubro mostra Romney com 49% das intenções de voto, contra 48% de Obama. Porém, 36% dos eleitores do republicano justificam a escolha como "a única opção contrária" à reeleição do presidente. Pesquisa da Reuters e Ipsos, realizada entre os dias 22 e 26, aponta Obama na liderança, com 47%, contra 46% para Romney.

PSB elegeu o maior número de prefeitos em capitais

No total, o Partido Socialista Brasileiro (PSB) elegeu 440 prefeitos em todo o País este ano - 434 no primeiro turno e seis no segundo. Foi o partido que percentualmente mais cresceu no primeiro turno - 41%. Com as vitórias colhidas no segundo, governará um número de eleitores 76% maior do que o atual.
Quer mais?
É o partido que mais elegeu prefeitos nas capitais: cinco. Elegeu os do Recife e Belo Horizonte no primeiro turno e os de Fortaleza, Cuiabá e Porto Velho no segundo.
Os vice-prefeitos de Natal, São Luis e Belém são do PSB.
O PSB ganhou em seis das sete cidades em que concorreu no segundo turno - além das capitais. Campinas (SP) Duque de Caxias e Petrópolis (RJ). Perdeu em Uberaba (MG).
Nas eleições de 2010, o PSB elegeu o maior número de governadores – seis. Mais que o obtido por partidos maiores como o PSDB e o PT.

BLOG DO REINALDO AZEVEDO

Se urna em SP é tribunal, então mensaleiros foram condenados de novo por 60,7% dos eleitorado; afinal, Haddad, o do teleprompter, foi eleito por apenas 39,3%

O prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), veio mesmo para inovar. Não fez o tradicional discurso da vitória. Ele o leu num teleprompter. Um político de qualquer outro partido que assim procedesse seria alvo de ironia da imprensa vigilante e isenta. Não com o petista. Considera-se um sinal de profissionalização da campanha — afinal, o que importa é conteúdo… O professor universitário, mestre em direito, doutor em filosofia, não pode correr o risco de falar cinco minutos por sua conta e risco. É prudente! Na última vez em que pensou de improviso, considerou que um facínora que mata depois de ler livros e moralmente superior ao que mata sem lê-los. Teremos, enfim, um pensador na Prefeitura de São Paulo.
Ontem, o PT se manifestou de várias maneiras. Houve o discurso supostamente inclusivo e “moderno” de Haddad (está na home; leiam ali); houve a fala da vendeta de Marta Suplicy, que resolveu, acreditem!, criminalizar o tucano José Serra. Ela o acusou de “traiçoeiro”. Entendo! Onde já se viu vencê-la nas urnas em 2004? Isso não se faz! E houve a tropa fascista de José Genoino (ver post a respeito), que foi devolvido pela condenação sofrida no Supremo à sua real natureza. Agora dá para entender que tipo de sociedade este herói tinha na cabeça quando aderiu à guerrilha do Araguaia.
Tudo isso é PT: aquele que faz discurso “thutchuca”, lido no teleprompter, e o que saúda a suposta destruição de um adversário, como fez Marta; o que diz que vai atuar para diminuir a desigualdade e o que joga no chão uma senhora de 82 anos em sua fúria fascistoide.
Vamos ver quantas horas vai demorar para o partido divulgar uma nota oficial em que proclamará, ainda que por vias tortas, a absolvição dos mensaleiros, que teria sido dada pelo resultado nas urnas em São Paulo. Trata-se, obviamente, de uma falácia. Dos números ao mérito. O petista obteve na cidade 3.387.720 votos no segundo turno, para um eleitorado de 8.619.170 pessoas. É o legítimo prefeito eleito de São Paulo, dentro das regras do jogo, mas foi votado por apenas 39,3% dos que têm direito de participar do pleito. Isso significa que 60,7% dos eleitores paulistanos não votaram no candidato petista.
Se o PT pretenda que urna é tribunal, então é o caso de a gente pedir vênia, antes de dar uma botinada no traseiro teórico dos vigaristas, e lembrar que, fosse assim, os mensaleiros teriam sido condenados por uma ampla maioria: 60,7% a 39,3%. Aplicada a proporção a um grupo de 11 (número de ministros do), tem-se uma nova condenação 7 a 4…
Além da cascata mensaleira, também assistiremos ao triunfalismo, como se o partido houvesse logrado, realmente, uma vitória acachapante. Isso é falso! O PT venceu em São Paulo, sim, nas condições acima especificadas; teve um crescimento no número de municípios que vai administrar — de 550 para 634 —, mas cresceu em cidades pequenas e murchou em cidades médias. Tanto é assim que esse aumento de Prefeituras se deu com uma expansão de apenas 4% dos votos no primeiro turno. Hoje, administra seis capitais; ficará com quatro: além de São Paulo (sim, a joia da Coroa), conquistou as prefeituras de Rio Branco, João Pessoa e Goiânia. É bom lembrar que tinha candidatos  cabeças de chapa em 17 capitais.
Quem acompanhou ontem o noticiário da TV e confiou em certos comentários ficou com a impressão de que o partido havia promovido uma verdadeira razia eleitoral Brasil afora, não deixando nem migalhas para os adversários ou aliados de ocasião. Isso é falso como nota de R$ 3.
FinalmenteFinalmente, não sei onde certo jornalismo andou estudando lógica. Talvez o professor seja o mesmo que deu aula de probabilidade para a turma que fez o kit gay de Haddad. Sustentar que o mensalão “não teve peso nenhum” na eleição é uma dessas bobagens que transformam o depois na causa do que veio antes.
Para saber se teve ou não, seria preciso realizar essa mesma eleição sem o tema “mensalão” em pauta. Quem pode assegurar que o resultado nas 13 capitais em que o PT não obteve êxito não seria outro? Quem pode assegurar que o partido não teria tido um desempenho melhor Brasil afora? O PT se organizou para fazer 800 prefeituras. Ficou bem abaixo disso.
De toda sorte, essa é e sempre foi uma pauta mais do PT do que da própria oposição. Foi o partido que se organizou para impedir que o julgamento se realizasse neste ano, justamente com medo das urnas, e que chegou a acusar uma tentativa de golpe…
Tirem a conquista da Prefeitura de São Paulo da conta para ver se a vitória é assim tão maiúscula. Os petistas sabem que podem enganar certo jornalismo, mas que não podem enganar a si mesmos. “Mas São Paulo está na conta, Reinaldo!” Eu sei! Basta, no entanto, atentar para as circunstâncias específicas, muito particulares, que deram a vitória ao partido na capital paulista para perceber que há menos aposta no PT do que expressão de certo desencanto.  Falaremos muito a respeito
A minha disposição de confrontar a metafísica influente e os juízos bucéfalos é imensa. Meu blog terá mais de 4 milhões de acessos neste mês também por isso. O coro dos contentes combina a música e o tom, e eu vou lá e desafino. Com muito gosto, com muito prazer!
Texto publicado originalmente às 4h41

COLUNA DO AUGUSTO NUNES

Os candidatos que pediram socorro a Dilma Rousseff naufragaram nas urnas

Dilma Rousseff resolveu estrear como articuladora política e cabo eleitoral na temporada de caça ao voto de 2012. Para impedir a reeleição do prefeito Márcio Lacerda ─ e, por tabela, desmontar o projeto presidencial de Aécio Neves, a chefe de governo articulou a candidatura de Patrus Ananias em Belo Horizonte. De olho na capital mineira, foi para Porto Alegre votar em Adão Villaverde. Os dois companheiros do PT afundaram já no primeiro turno.
Animada com os fiascos na cidade onde nasceu e no seu domicílio eleitoral, Dilma decidiu animar comícios em Salvador, Campinas e Manaus. Nos três palanques, como fizera em Belo Horizonte,  avisou que seria generosa apenas com municípios administrados por gente do seu time. Neste domingo, os companheiros Nelson Pelegrino, Márcio Pochmann e Vanessa Graziotin foram goleados pelos adversários.
Convidada a comemorar a vitória de Fernando Haddad na disputa pela prefeitura de São Paulo, é compreensível que não tenha conseguido disfarçar o sorriso amarelo de quem corta o bolo em festa de aniversário dos outros. Haddad é coisa de Lula. Que, para eleger o afilhado, transformou Marta Suplicy em coisa de Dilma.


BLOG DO CORONELEAKS

PT começa a governar São Paulo. Milícia do corrupto e quadrilheiro Genoíno agride velhinhas e jornalistas.

Cercado por cerca de 50 militantes do PT, o ex-deputado José Genoino votou neste domingo na cidade de São Paulo em meio a um tumulto que terminou em pancadaria e cenas de vandalismo. Os petistas, que xingavam e batiam em jornalistas, além de derrubar eleitores que estavam no local, avançaram pelos corredores da universidade empurrando cadeiras e quebrando vidros de um dos murais da entidade. 

Usando bengala, a aposentada Jose Bacaracia, 82 anos, foi jogada no chão durante a passagem da militância petista. Genoino, por sua vez, usou uma bandeira do Brasil para esconder o rosto e evitar ser fotografado. No tumulto, apenas seguiu em direção à seção de votação com o braço esquerdo levantado e punho cerrado. Evitou responder qualquer pergunta que era feita pelos repórteres à distância.

O humorista Oscar Filho, do CQC, foi agredido pelos petistas. Ele recebeu socos e pontapés e foi jogado para dentro de uma das salas de votação. Genoino permaneceu na seção por poucos minutos. O ex-deputado estava acompanhado apenas pelo militantes, sem familiares. (O Globo)



BLOG DO ALUIZIO AMORIM

SEM O DEBATE POLÍTICO E IDEOLÓGICO ELEIÇÕES NÃO ALTERAM O CAMINHO DO BRASIL PARA UM AUTORITARISMO CONSENTIDO

Numa visão geral dos resultados desse segundo turno que destaca grandes colégios eleitorais constata-se que o PT, individualmente, mostrou que não está com essa bola toda e que Lula não é Deus, como quer Marta Suplicy. Mesmo assim, o fato de vencer em São Paulo reforça o cacife petista nos dois sentidos: o político e o outro...

Na região Norte e Nordeste, tradicional reduto lulístico e onde se afirmava que a bolsa família decidia eleição, viu-se o PT perder em Salvador. Em Manaus o PSDB deu um banho de votos.

Aqui em Santa Catarina, o PSDB venceu em Blumenau, uma das principais cidades catarineses de alta densidade econômica, enquanto no maior colégio eleitoral, Joinville, o PT foi apeado do poder.

E m Florianópolis venceu Cesar Souza Júnior numa grande coligação que incluia o PSDB. Seu oponente do PMDB, Gean Loureiro, teve o apoio ostensivo do PT, PCdoB e demais satélites do petismo.  O vice-presidente da Dilma esteve em Florianópolis dando força federal para o Loureiro.

Houve portanto um pulverização de votos que permitiram o crescimento do PSB, por exemplo, enquanto o PSDB - tirante a jóia da coroa, São Paulo, saiu-se bem nacionalmente.

Entretanto, o sistema partidário no Brasil da atualidade é uma geléia geral. Face a este fato é impossível prever de antemão qual o impacto que o resultado destas eleições municipais terão no âmbito nacional para 2014.

Pelos dados da atualidade nada indica que a denominada base aliada que sustenta o governo do PT sairá enfraquecida, haja vista que a maioria dos partidos continuará ao lado do governo. Esse presidencialismo imperial que pode tudo turbina o patrimonialismo eo populismo permanece intacto. O comportamento de governadores e prefeitos é inclinar-se em direção ao governo federal. Qualquer governo.

Isto decorre basicamente de um fato: a ausência do debate político. Esse aspecto se confirma analisando-se o marketing eleitoral das campanhas. A maioria dos candidatos, se não a totalidade, preferiuabandonar a sigla de seu partido nas peças de propaganda. Siglas apareciam apenas para atender dispositivo legal.

Os próprios partidos esquerdistas mais ideológicos também trataram de escamotear suas siglas de foice e martelo. Isso leva ao que eu denomino de geléia geral ideológica e partidária.

Comprova-se o que afirmo ao ver-se, por exemplo, como se fere a campanha eleitoral presidencial americana, onde os partidos Democrata e Republicano separam-se radicalmente na oferta de soluções de problemas e, principalmente, sobre o tamanho que o Estado deve ter.

Essa ausência da política no debate político obscurece o essencial, além do que sequestra do eleitorado a possibilidade efetiva de estabelecer diferenças ao votar nesse ou naquele candidato. Sem a definição clara dos objetivos de cada partido todos se parecem absolutamente iguais, o que leva à apatia geral. Tanto é que é comum se ouvir que tudo é a mesma coisa, quando na verdade não é, ou melhor, não deveria ser.

O que se tem hoje no Brasil é um partido, o PT, de vertente comunista, que postula em seu programa partidário a transformação do Brasil numa República Socialista. Todavia a estratégia petista é escamotear isso do eleitorado pela maquiagem do marketing político por um lado e, por outro, na adoção de ações baseadas no "pensamento politicamente correto".

Grande parte dessas ações vão paulatinamente corroendo a liberdade idividual. Uma vez consumada a perda da liberdade individual passa-se a viver numa ditadura. Seria algo mais ou menos como uma "ditadura consentida", pela substituição básica do conceito de democracia que passaria a ser o designativo de "centralismo democrático".

Isto já está ocorrendo em grande medida pelo aparelhamento levado a efeito pelo PT de todas as instâncias do poder do Estado. Mas é no âmbito da cultura que essa ação voltada a subversão de valores morais e éticos e semântico, em proveito do poder permamente pelo partido, é mais solerte. A produção cultural vai sendo atacada em várias frentes: a primeira delas é a educação, porquanto é nas escolas que vai sendo feita a lavagem cerebral dos jovens, abduzindo seus cérebros que passam a pensar de acordo com as diretrizes comunistas ditaddas pelo partido.

O outro instrumento para promover a lavagem cerebral em grande escala é o controle da mídia, ou seja, os veiculos de comunicação de massa: televisão, rádio e imprensa e, mais recentemente a internet que já está interligando todas essas mídias.

No caso a grande mídia, a ação dos comunistas do século XXI trabalham em duas frentes. Uma delas é conseguir transformar em lei o controle da mídia pelo Estado, o que ainda não conseguiram. No entanto têm logrado esse controle em grande escala na medida em que os jornalistas mais jovens, egressos dos cursos de comunicação, entram nas redações de cabeça feita. Isto já é uma realidade que pode ser comprovada pela análise do conteúdo da grande mídia.

O que estou alinhando de forma breve neste artigo é o que está acontecendo no Brasil na atualidade. É essa realidade que tem de entrar no debate político de forma clara e objetiva. Caso prevaleça a leniência e até mesmo oportunismo dos partido que se dizem de oposição a democracia e a liberdade irão irremediavelmente para o brejo.

Retomando o que frisei anteriormente, há portanto que separar o joio do trigo. Tem que ficar claro que democracia só existe num Estado de Direito Democrático sob o império da lei, ou seja, da Constituição do Estado, a Carta Magna, à qual qual todas as leis devem estar em consonância com ela.

Quem está eventualmente lendo este artigo pensará: mas isso não tem nada ver com eleição municipal. Errado. Tem tudo a ver. Esta é a questão principal que ao PT e seus satélites comunistas não interessa que seja debatida.

E acreditem: o PSDB perdeu a eleição em São Paulo exatamente por causa disso. Não faz oposição. E para fazer oposição tem de trazer a questão política para o debate.

Quem na verdade trabalhou com a política foi exatamente o PT, que continua pregando a luta de classes. O comunismo caiu com o Muro de Berlim no que respeita à sua antiga forma de ação. O comunismo do século XXI mantém intacto o conceito de luta de classes não no que concerne à luta cruenta. Apenas como ferramenta para exarcerbar o ressentimento e com isso criar uma falsa ilusão de que é possível se encontrar ali na frente a porta do paraíso que na verdade é uma fantástica prisão. Uma prisão de consciências.

E para concluir: reparem que este tipo de análise não se vê na grande imprensa brasileira, já que ela também já não mais debate nem analisa o essencial. Se encontarem algo parecido fica dentro das escassas exceções que confirmam a regra.


BLOG ALERTA TOTAL

Embalado na vitória do “poste” Haddad em São Paulo, Lula investirá em Luiz Marinho como seu herdeiro

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net 
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Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net 

Luiz Marinho. Este é o próximo “poste” no qual Luiz Inácio Lula da Silva irá investir pesado nos próximos anos. Mas a aposta de Lula no ex-sindicalista e atual prefeito de São Bernardo do Campo (reeleito facilmente no primeiro turno) não visa apenas à próxima eleição ao governo do Estado de São Paulo. Marinho será pessoalmente preparado por Lula para ser Presidente da República.

Esta é a maior “novidade” do resultado pós-segundo turno eleitoral. Lula já fala claramente a amigos próximos que deseja fazer de Marinho seu sucessor político – inclusive preparando-o para uma futura candidatura presidencial. Não ainda em 2014, exceto por motivo de emergência política. Caso Dilma Rousseff, por algum motivo, abandone o barco petista ou o governo dela seja atropelado e desgastado por alguma crise econômica, o que é pouco provável no atual cenário.

A aposta de Lula no “poste” Marinho tem a ver com “renovação” - expressão que virou moda na boca de quem venceu ou no lamento dos derrotados na eleição municipal. O proclamado investimento de Lula já vai colocá-lo em rota de colisão com José Dirceu de Oliveira e Silva. Aliás, Lula se aproveita do desgaste do capitão do time petista com a condenação no Mensalão, para já lançar prematuramente o nome de Luiz Marinho para a sucessão do governador Geraldo Alckmin – que só acontece daqui a dois anos.

Na verdade, Lula quer neutralizar Dirceu e aqueles que o seguem. O candidato de Dirceu ao Palácio dos Bandeirantes é Emídio de Souza, ex-prefeito de Osasco. Numa só tacada, além de travar Dirceu, impondo Luiz Marinho como “novidade” imediata, Lula já neutraliza nomes desgastados como Aloísio Mercadante e Marta Suplicy – que também queriam disputar a sucessão estadual paulista. A vitória ontem do autoproclamado “poste” Fernando Haddad à estratégica e rica prefeitura de São Paulo só facilita a tática do técnico Lula.

Claro que Lula venceu com Haddad. Mas a vitória dele não representa a maioria do eleitorado de São Paulo. Leitura fria e objetiva dos números do segundo turno deixam isto bem claro. Haddad recebeu 3.387.720 votos, 55,57% do total de votos válidos.José Serra: 2.708.768. Mas a soma de votos brancos, nulos e abstenções chegou a absurdos 31,59%. Ou seja, quase um terço do universo de 8.619.170 eleitores rejeitou o prefeito eleito e seu ultradesgastado concorrente José Serra. Aliás, se houve derrotados com a vitória do candidato dos mensaleiros foram o próprio povo de São Paulo e o vaidoso candidato tucano.

A diferença de votos de Haddad para Serra (678.952) foi menor que o total de brancos (299.224) e nulos (500.578), que somaram 799.802 votos. Para complicar, o maior índice de abstenção desde a eleição de 1988. Exatos 1.722.880 cidadãos não apareceram para a dedada cívica na urna eletrônica. Tradução simples: grande parte do eleitorado não legitimou a escolha do "poste" de Lula.

Até porque quem vai comandar São Paulo não é o PT. Fernando Haddad será obrigado a fazer um governo de alianças (leia-se negociatas). Até porque outro grande vencedor de ontem foi o prefeito Gilberto kassab. O cacique do PSD e seus alioados fiéis formam a maioria na “nova” Cãmara de Vereadores paulistana. Além disso, indo para a base governista federal e fundindo seu partido com o PP de Paulo Maluf, Kassab fica ainda mais forte e com poder real de interferência na gestão paulistana.

Haddad venceu, Serra perdeu, Lula se deu bem, Maluf e kassab devem ficar melhores ainda e os cidadãos de São Paulo vão logo perceber que “o novo”, na verdade, representa um “de novo” – uma continuidade daqulo que não estava mesmo muito certo...

Comemoração impagável do Maluf

Ironia maior de ontem foi ver e ouvir o ex-inimigo e agora aliado íntimo dos petralhas, Paulo Salim Maluf, pulando e dançando no palco armado para a festa da vitória de Fernando Haddad.

Tal como um militante petista histórico, de carteirinha, com sua voz de taquara rachada, Maluf entoava a inimaginável musiquinha:

Olê, olê, olê, olá, Lula, Lula”...

Desse jeito, não demora muito, os novos amigos petralhas até acabam chamando de “companheiro” o deputado federal pelo PP que é processado e condenado por crimes financeiros, lavagem de dinheiro e crimes contra a administração pública.

Cenas patéticas

Lamentável foi ver os seguidores de José Genoíno agredindo a imprensa, enquanto o condenado no mensalão era hostilizado pelos eleitores, na hora de votar.

Desmoralizante foi ver o ministro Ricardo Lewandowski, relator do processo do Mensalão, ser hostilizado e até sacaneado por um mesário, na hora de votar.

Preocupante é a abstenção média nacional de 19% do eleitorado no segundo turno – o que confirma a sempre perigosa alienação do cidadão-contribuinte em relação ao processo político, comportamento omisso ou de protesto que abre caminho para autoritarismos...

Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva.

Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog e podcast Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.

A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.

© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 29 de Outubro de 2012.


DA TRIBUNA DA INTERNET

Jogaram em todos os cavalos

Carlos Chagas
É conhecida a história daquele surfista que aos domingos chegava cedo no jóquei e comprava pules de todos os cavalos, em todos os páreos. Em casa, de noite, participava à família haver acertado na totalidade dos vencedores. Só que quando indagavam quanto tinha faturado, mostrava a carteira com o mesmo dinheiro que havia levado para o hipódromo. Não ganhara nada, mas também não perdera, pois apostara em todos os craques.
Com todo o respeito, mais uma vez repete-se a pantomima com os institutos de pesquisa eleitoral.
Tome-se São Paulo. Uma dessas empresas anunciou que Fernando Haddad teria 59% dos votos válidos e José Serra, 41%. Para garantir-se, acrescentou percentuais paralelos: 50% para Haddad, 35% para Serra, se computados os votos em branco e nulos.
Mas o instituto não ficou nisso. Acrescentou a tal margem de erro, 3 pontos para cima, 3 para baixo, para cada um dos concorrentes, em todas as simulações. Um estudante do primeiro ano de Estatística poderia fazer as contas. Junto com os 59% o resultado do favorito também poderia ser de 60%, 61% e 62%. Ou, cautelosamente, também 58%, 57% ou 56%. Quanto ao segundo colocado, por que não 42%, 43% e 44%? No reverso da medalha, 40%, 39% e 38%.
Cruzando-se todas as possibilidades, uma delas certamente bateria com os números anunciados pela Justiça Eleitoral, em especial porque foram duplicadas as chances em torno da outra equação, incluídos os votos brancos e nulos. A conclusão estará nos jornais de hoje, como esteve nas telinhas ontem à noite: o instituto anunciando que venceu, acertou o resultado, deve ser exaltado e elogiado, credenciando-se para conquistar novos clientes nas próximas eleições. Omite-se que em centenas de simulações, pelo menos uma dispunha da chance de sair vencedora. Agora, o diabo é se, mesmo assim, nenhuma saiu…
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EM BUSCA DE OUTRO POSTE
O ex-presidente Lula não brinca em serviço. Há dias que vem pensando em quem poderá ser seu candidato ao governo de São Paulo, daqui a dois anos. É mais provável estar atrás de outro poste, como no caso da prefeitura paulistana. Se Haddad iluminou a cidade, porque não encontrar quem ilumine o estado?
Nessa hora, suam frio Aloísio Mercadante e Marta Suplicy. Os dois tem luz própria, mesmo submetida a apagões recentes. Alexandre Padilha e Luis Marinho não seriam postes, talvez lamparinas. No PT, há esperanças de que o primeiro companheiro venha a selecionar um candidato até agora sem qualquer cogitação. Se deu certo com Dilma e com Haddad, por que não daria com alguém da mesma forma jamais submetido ao voto popular? Quem quiser que arrisque palpites, estando o leque completamente aberto para surpresas.
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PELO SIM, PELO NÃO…
Só quando retornar da Alemanha o ministro Joaquim Barbosa se pronunciará a respeito da iniciativa do Procurador Geral da República de confiscar os passaportes dos 25 mensaleiros já condenados ou em vias de ser, pelo Supremo Tribunal Federal. Sempre haverá, na teoria, a hipótese de alguns cederem à tentação de mandar-se para o estrangeiro, fugindo ao cumprimento das penas. Pelo sim, pelo não, a Polícia Federal anda monitorando os réus, devendo estar a fotografia de todos em algum balcão de aeroporto. Se por acaso alguém tentar escafeder-se, será mais um argumento em favor de sua condenação, pois viver no exterior, só para quem dispõe de muito dinheiro.






























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