DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 14-6-12 - MATINAIS

JORNAL O POVO

BNB 14/06/2012

Rede de intrigas

Exonerado da chefia de gabinete do BNB após publicação de reportagem, Robério Gress fala da interferência das indicações políticas na gestão do banco
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FÁBIO LIMA
Robério Gress, durante entrevista exclusiva em sua casa. Para ele,denúncias vazadas na revista Época escondem algo maior

O ex-chefe de Gabinete do Banco do Nordeste, Robério Gress, afirma que a onda de denúncias envolvendo a concessão de empréstimos na instituição, sob auditoria interna e da Controladoria Geral da União (CGU), surgiu para despistar possíveis irregularidades em operações maiores. “Eu acho que as coisas vão aparecer”.

Robério descreve a teia de indicações que compõe a Diretoria do Banco e afirma que o alvo das denúncias são o PT e o deputado José Nobre Guimarães, de quem é amigo.

Robério foi exonerado pelo presidente Jurandir Santiago por telefone. Ele disse nem sequer ter constituído advogado porque não há nada de concreto contra ele. Robério conversou com OPOVO com exclusividade na casa dele, uma residência de classe média, na Água Fria.

O POVO – Qual foi sua reação quando o senhor leu a matéria que o acusa?
Robério Gress – Não houve surpresa quando, na manhã da sexta-feira passada (9), eu vi na Internet. Porque, na quarta-feira, véspera do feriado, o jornalista encaminhou à assessoria de imprensa algumas perguntas. Com relação a mim, ele perguntou se eu confirmava que eu era cunhado de Marcelo Rocha Parente e Felipe Rocha Parente. O que eu pude afirmar é que todos os fatos ali eram verdadeiros. Sou, temos parentescos afins, porque cunhado é afinidade, porque a minha mulher realmente é irmã do Felipe e do Marcelo.

OP - Portanto, foi por meio do Banco, e não pelos seus cunhados?
RG - Soube por meio do banco, mas também não nego que tinha conhecimento de que eles tinham procurado o banco para adquirir financiamento. Nenhum normativo restringe nem proíbe eles fazerem isso, mas que não contou com a minha participação.

OP – Quando seus cunhados decidiram tomar o empréstimo o senhor não foi consultado?
RG - Eu sabia que eles estavam com planos de colocar uma indústria de reciclagem, me perguntaram e eu disse ‘Rapaz, o banco está aberto, acho que não tem nenhum impedimento de vocês serem meus cunhados’, mas de nada tratei a respeito nem fiz nada politicamente. Agora, errou, paga! Se eu errar, eu pago! Pago com meu emprego, pago! Agora eu acho que, por enquanto, ser cunhado de alguém que não adotou um procedimento correto não é motivo para fazer essa carnificina comigo.
OP – O que foi determinante para o senhor resolver falar?
RG – As pessoas tendem a achar que nós devemos nos calar. Eu não tenho nenhum objetivo de acusar pessoas sem ter provas. Mas, voltando ao assunto, nós podemos fazer reflexões em cima de acontecimentos. Nós temos no quadro da direção do banco, à exceção do presidente, todos funcionários da casa. Mas sem sombra de dúvidas, que bancados por políticos e aliados. No caso do presidente Jurandir Santiago, eu te confesso que eu não sei por quem ele foi indicado, talv, desde o PSDB até o PT, eu não consigo encontrar um grau de ligação. Já nos outros eu vejo, é muito evidente.
OP - Quem são? Um a um.
RG - Nós temos hoje José Sydrião Alencar, meu amigo, diretor de Gestão do Desenvolvimento, que é uma pessoa de alta competência, é provavelmente indicação do deputado (José) Guimarães (PT) e não esconde. Você tem pelo outro lado do PT o Stélio Gama Lira, indicado pelo deputado Eudes Xavier. Pelo PMDB, foi indicado, para a Diretoria de Controle e Risco o Isidro Morais de Siqueira, bancado particularmente pelo PMDB do Aníbal Gomes (deputado federal do PMDB do CE) e do Henrique Eduardo Alves (RN). Outro, o ex-superintendente financeiro de Mercados e Capitais, Fernando Passos, já é uma articulação um pouco diferente. Ele reuniu forças e foi bancado especificamente pela Fazenda e pelo secretário-adjunto executivo, Dyogo Henrique, eu não sei, mas acho que também tem um parentesco com ele (é concunhado). Aí fica claro que apadrinharam o Passos o Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) e o próprio Michel Temer (vice-presidente da República). O diretor de Negócios, Paulo Sérgio Ferraro, tem a chancela do governador Jacques Wagner. Para fechar, nós temos o Luiz Carlos Everton, diretor dos Recursos de Terceiros, é uma pessoa próxima ao senador Wellington Dias (PT-PI).
OP – O senhor disse que foi indicado chefe de gabinete pelo então presidente Roberto Smith. Não houve nenhum peso do PT?
RG – Acho que sim. Apesar de não ser filiado, nunca fui filiado ao PT e a nenhum outro partido. Eu fiz faculdade de economia, o Guimarães (deputado José Nobre Guimarães, do PT) entrou na faculdade de direito, o curso básico era no mesmo lugar. Acabei me tornando um amigo de faculdade.
OP – Essa vinculação política não interfere na gestão do banco?
RG – Pela minha análise, essa briga está sendo muito prejudicial ao Banco do Nordeste, nos cargos estatutários, porque é um grupo daqui, um dali, é o PMDB que quer ganhar mais espaço e quer foder com o PT, então essa questão, eu acho, acaba deixando muitas vezes em xeque a própria administração do banco. Acho que o banco é composto por pessoas sérias, mas existem alguns fatos estranhos.
OP – Por exemplo?
RG - Até agora, que mais me intriga uma ligação telefônica. Por volta das 9h30min da manhã da quarta-feira, do dia 23 de maio, na minha sala do Gabinete da Presidência, do outro lado da linha o diretor Fernando Passos, que de pronto pede reserva no assunto. Eu digo “Alô, pois não, Fernandinho!” Primeiro ele diz “Chefe, o que eu vou tratar com você eu lhe peço muita reserva e peço para que você não comente com o Alencar. Chefe, você vai ser convidado para substituir o Alencar na diretoria de Gestão do Desenvolvimento e aceite, porque o Dyogo, presidente do Conselho de Administração do banco, não aguenta mais o Alencar. E o Alencar é mesmo um filha da puta”, entre outros adjetivos que não vale a gente citar aqui. Aí eu respondo “Mas como, Fernandinho? As lideranças políticas sabem disso?”. “Se não sabem, vão saber.” Aí eu disse “Você sabe que o Alencar é um dos meus melhores amigos dentro do BNB e o assunto é muito delicado”. “É, chefe, mas ‘num’ dá mais, não”. “Ok, Fernando, vamos esperar” e desligo. Eu, que não me considero traíra, como amigo do Alencar, não cumpri. Imediatamente comuniquei o Alencar, “Olha, Alencar, fiquei surpreso com isso. Estou lhe comunicando, não tenho nada a ver com isso, mas recebi essa ligação”, nesses termos. O Alencar disse: “Não, tudo bem”, muito tranquilo. Não sei de onde vem isso, apenas lhe relato como relatei para o Alencar. Eu falei para o Alencar, ficou por isso, o Alencar ficou participando lá (de um evento na Bahia).
OP - O senhor falou para mais alguém?
RG - No outro dia, e aí eu vou guardar o devido sigilo nessa informação, sou procurado por uma liderança política do Ceará que me relata que foi procurado pelo Dyogo, que disse que o Alencar realmente não tinha mais condição de ficar, que tinha que ser substituído e que o nome era eu. Aí é onde eu não consigo ainda entender. Porque o normal seria eu ser informado que ia ser convidado talvez pelo presidente do banco. Na semana seguinte, sai uma reportagem na Época de uma pessoa ligada ao PMDB, como é o Fernando Passos. Não faço conectividade como uma pessoa na terceira linha do Ministério da Fazenda antecipou uma coisa a um diretor em vez de antecipar talvez ao presidente. Se estão vinculando meu nome aos dos meus cunhados, também não é uma vinculação a ser questionada? O que estou dizendo aqui, se precisar dizer quem é a liderança política depois direi. Mas é fato.

OP – Houve um vazamento de informação interna.
RG – Esse é outro problema. O Jurandir Santiago, desde o início, administrou o banco do ponto de vista de assuntos estratégicos juntamente com o Fernando Passos, com o Stélio e com a auditoria, então ninguém tinha acesso. Eu também, o que posso fazer? Sou um servo, não fui chamado. Dimas Tadeu, auditoria, o Passos e o Stélio. E é por isso que eu digo que não sei de onde vem as indicações políticas. Como é que uma pessoa que foi indicada pelo Eudes Xavier faz parte do núcleo duro? Então não foi o Guimarães. É por isso que não me convence. Aí sim, estava sendo preparado esse relatório de auditoria com relação a esse conjunto de operações e eu acho que devia ser feito de forma sigilosa, mas que esse documento só foi dado conhecimento oficial, só podia ser dado, ao conselho de administração, ao comitê de auditoria, cujo presidente é o Dr. João Melo. E um relatório desse vaza para a revista Época.

OP – Quem seria o alvo das denúncias?
RG – Não tenho dúvida de que a reportagem é para atingir o PT, o deputado José Guimarães e usar o Robério Gress como instrumento, porque a matéria faz uma ilação e dá a distorcer que eu sou responsável por um caixa dois de campanha da ordem de R$ 100 milhões. Não tem, nem no relatório que foi vazado nem no relatório da CGU, menção ao meu nome em nada.
OP – E por que o senhor não é mais chefe de gabinete?
RG – O presidente Jurandir não me explicou. Apenas me ligou em tom lacônico, distante como sempre foi e disse que era isso mesmo.
OP – Se o senhor fosse definir em uma palavra, qual seria? Injustiça?
RG – Não, eu incomodei alguém. Estou ainda fazendo minhas reflexões.
OP – O Passos é o diretor hoje mais forte no banco?
RG – O Passos é o diretor mais influente no banco hoje. Isso eu afirmo. Por que eu afirmo? Porque eu lhe relatei o acontecido. O que me estranha é exatamente isso. Porque o Passos que é um indicado do PMDB tem força junto a um governo de uma área sensível, importante, que é a Fazenda, que é do PT? Essa é uma pergunta.
OP - Noutros termos, o senhor está a dizer que “O alvo não sou eu”?
RG - Eu afirmo: o alvo não sou eu, eu sou um elemento que dá “manchete”.
OP: Onde é que seria esse alvo?
RG: Eu acho que as coisas vão aparecer. Eu, hoje, tenho forte sentimento de que isso é para desfocar de uma questão maior. De uma questão maior operacional. Para desfocar de uma questão maior.

OP: Mas há questões maiores acontecendo no Passaré?
RG: (Pausa) Não sei...

O quê

ENTENDA A NOTÍCIA

A publicação de denúncias envolvendo empréstimos do BNB trouxe à tona questões políticas que poderiam estar por trás do vazamento das investigações feitas por auditoria interna.
Jocélio Leal leal@opovo.com.br
BLOG DO EGÍDIO SERPA

Metrofor fará seu primeiro milagre

Amanhã, sexta-feira, 15, com discursos e sanfonas, o fortalezense verá o primeiro milagre do Metrofor, o metrô de Fortalza.
A viagem de seu trem elétrico pelo primeiro trecho da Linha Sul, desde Pacatuba até Parangaba.
O segundo milagre – promete o secretário de Infraestrutura, Adahil Fontenele – será em outubro, quando o trem chegará ao centro da cidade.
Cumprir o prazo do segundo milagre é muito difícil, pois ainda falta muita obra a ser concluída.

Cachoeira pode sair da CPI como herói

Dentro de alguns dias, Carlos Cachoeira, até agora considerado contraventor, formador de quadrilha e corruptor de políticos, será posto em liberdade.
E ainda poderá receber indenização por danos morais de quem o acusou.
Basta aguardar para ver.
Brasil, o País dos impostos e da impunidade.

Um panorama da crise

São mais preocupantes as notícias que vêm da Europa.
Depois da Grécia – que ameaça sair da Zona do Euro – da Irlanda, de Portugal e da Espanha, todos quebrados, agora é a vez da Itália, que está em recessão há três trimestres seguidos.
Sem saída, com uma dívida equivalente a 130% do seu PIB, o Governo italiano terá de pedir socorro à troica – FMI, União Europeia e Banco Central Europeu – como acaba de fazer o espanhol.
Efeito no Brasil: redução do investimento direto estrangeiro, o que mantém o dólar no patamar de R$ 2, tornando mais caro o que vem de fora, como o trigo e os princípios ativos dos medicamentos, quase 100% importados.
O consumidor hierarquiza suas despesas, e a inflação tende a cair.
É o panorama.


COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

Chagas: perguntas que não fizeram

Claro que não era o foco da CPI do Cachoeira, muito menos o palco para análise da performance administrativa do depoente, mas melhor ficariam deputados e senadores se ao invés de indagar sobre as relações de Agnelo Queirós com Carlinhos Cachoeira, tivessem perguntado porque a capital do país virou um completo caos. Ninguém duvidou da negativa do governador sobre qualquer relacionamento com o bicheiro, que também jamais viu, tratando-se todas as acusações contra ele de simples tertúlias políticas. Leia mais no artigo de Carlos Chagas.


DNIT habilita
Delta em licitação
de R$ 13,6 milhões

Declarada inidônea na terça-feira (12) pela Controladoria-Geral da União, com o ato publicado ontem no Diário Oficial, a Delta Construções foi habilitada com outras empresas pelo DNIT, órgão subordinado ao Ministério dos Transportes, em uma concorrência pública no valor de R$ 13,6 milhões. A declaração impede a contratação de empresa inidônea por dois anos.

Mandou bem

De um modo geral, o governador Agnelo Queiroz se saiu bem, na CPI do Cachoeira, e o PT o protegeu, contrariando as expectativas.

DF: governo
retém mais de mil
alvarás de obras

O governo do DF, que é acusado de paralisia, mantém em suas gavetas, nas administrações regionais, mais de mil pedidos de alvarás (autorizações) de construção, paralisando também empreendedores privados. Sem alvarás, não há obras, empregos ou geração de renda. O vice-presidente do Sindicato da Habitação (Secovi-DF), Gilvan da Silva, culpa os “cabides” que nomeiam pessoas sem qualificação.

Culpa sua


O governo do DF acha que está tudo certo, e considera “normal” o ritmo na concessão de alvarás de construção. Então, tá.

Ele não perdoa

Lula comanda a tropa de choque do PT contra Marconi Perillo com a mesma determinação, nos estados, para derrotar os tucanos Arthur Virgilio (AM) e Tasso Jereissati (CE) e Heráclito Fortes (DEM-PI).


BLOG DO CORONELEAKS

Agnelo e Perillo: da CPI dos aplausos para os tribunais.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu, ontem, a abertura de inquéritos contra os governadores de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT). Ambos serão investigados perante o Superior Tribunal de Justiça (STJ) por conta de ligações com o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Mas, serão abertos inquéritos diferentes para apurar a conduta de cada um.
De acordo com as investigações feitas pela Polícia Federal, houve pelo menos 70 ligações telefônicas entre secretários do governador do DF e integrantes do grupo de Cachoeira. Eles teriam se aproximado dos secretários para intermediar contratos entre empresas e o governo do DF. Essa relação entre ambos os grupos e os negócios suspeitos feitos entre eles serão apurados no inquérito.
Perillo será investigado por causa das relações do grupo de Cachoeira com autoridades públicas de Goiás. A PF identificou que o grupo teria atuado para beneficiar empresas em negócios naquele Estado. O governador também terá de responder pela venda de uma casa que teria sido paga com cheques de Cachoeira.
Agnelo e Perillo negaram ter relações visando atividades ilícitas com Cachoeira durante os seus respectivos depoimentos na CPI realizados ontem e anteontem. Gurgel também pediu a abertura de um terceiro inquérito. Nele, Agnelo será investigado a respeito de supostas propinas que teria recebido de um grupo farmacêutico quando era diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O governador negou ter recebido dinheiro de um empresário para ajudar o seu grupo, dizendo que foi apenas um empréstimo. (Valor Econômico)

PT perde Recife, Fortaleza e não avança em São Paulo. Lula é mesmo um animal político.

Lula já levou dois nós táticos das "jovens promessas" da política nacional. Em troca de um terreno para o seu instituto, vai orientar o PT a não bater na gestão de Kassab. Em troca de um apoio meia boca do PSB  de Eduardo Campos para Haddad, que vai indicar a ex-prefeita Luiza Erundina como vice, entrega Recife aos socialistas. Agora, em Fortaleza, Cid Gomes, também do PSB, decide que o partido terá candidatura própria. É a terceira derrota antes mesmo das eleições começarem. Só faltou Belo Horizonte. Bem, mas lá o animal que manda é outro: a traíra. 


12 provas amedrontam o chefe da sofisticada organização criminosa do Mensalão.

O relator da CPI dos Correios (2005-2006), deputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR), foi à tribuna da Câmara nesta quarta-feira (13) para enumerar o que chamou de "a dúzia de provas" da participação do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu (PT-SP), no esquema do mensalão. A CPI relatada por Serraglio investigou o esquema entre 2005 e 2006 e sugeriu o indiciamento de Dirceu, dentre outros parlamentares. 
Serraglio disse estar "farto da alegação de que o mensalão é fantasia". A gota d'água, segundo ele, foi um artigo assinado pelo produtor de cinema Luiz Carlos Barreto, publicado ontem na *Folha", sob o "Por qué no lo matan?", que faz a defesa de Dirceu. "Certamente me amofina essa cantilena repetida de que o 'mensalão' fora uma farsa, como se a investigação não se realizou por parlamentares dos mais diversos matizes político-partidários", discursou o deputado. "Ainda agora assistimos José Dirceu concitando os jovens a se manifestarem diante de sua inocência", discursou o deputado. 
O deputado listou os seguintes indícios coletados tanto pela CPI quanto pelo processo do mensalão, que poderá ser levado a julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal) no segundo semestre deste ano: 
1) à época em que Dirceu era ministro, "nada ocorria sem o beneplácito do super-ministro, como era chamado na imprensa e nos corredores do poder"; 
2) Roberto Jefferson, líder do PTB, "confessa que tratou por mais de dez vezes do mensalão com Dirceu";
3) o publicitário mineiro Marcos Valério Fernandes de Souza "afirmou que ouviu de Delúbio [Soares, ex-tesoureiro nacional do PT e da campanha presidencial de Lula em 2010], que Dirceu deu 'aval' aos empréstimos bancários que alimentaram o mensalão;
4) a mulher de Valério "assentou que Dirceu se reuniu com o presidente do Banco Rural no Hotel Ouro Minas para acertar os empréstimos do banco";
5) Valério "arrumou emprego para a ex-mulher de Dirceu no [banco] BMG em São Paulo";
6) um sócio do publicitário se "tornou 'comprador' do apartamento da ex-mulher de Dirceu em São Paulo";
7) Valério "afirma que foi quem ajustou a audiência havida entre os diretores do BMG e o ministro Dirceu"; 
8) segundo Valério, "Silvio Pereira [ex-secretário nacional do PT] lhe disse que José Dirceu sabia dos empréstimos junto aos bancos"; 
9) a presidente do Banco Rural "declarou que Valério era um 'facilitador' das tratativas com o governo" e "disse mais, que 'Dirceu foi a única pessoa do governo com quem ela falou" sobre o interesse do Rural relativo à aquisição de parte do Banco Mercantil de Pernambuco;
10) o ex-deputado Jefferson "afirmou que, por orientação de Dirceu, houve encontro no Banco Espírito Santo, em Portugal, à busca de R$ 24 milhões"; 
11) o ex-tesoureiro do PTB, "Emerson Palmieri relata que todas as tratativas eram ratificadas, ao final, por Dirceu; 
12) a ex-secretária de Valério na agência de publicada em Belo Horizonte (MG), Karina Somaggio, "testemunhou que Valério mantinha contatos diretos com José Dirceu". 
Serraglio disse que a CPI ajudou a "abrir o caminho" para a eleição de Dilma Rousseff, em 2010, como sucessora de Lula, ao enfraquecer Dirceu, nome natural dentro do PT, antes do escândalo, para uma eventual candidatura à Presidência. "De fato, na época, parecia que estávamos sob sistema parlamentarista. José Dirceu, ambiciosa super-ministro, capitão do time, primeiro-ministro, inteligente e mefistofelicamente, confinava o migrante de Garanhuns [Lula] à sua dimensão sindical, tutelando-o, como se lho devesse ser o sucessor mais do que natural, inexorável, razão por que já atapetava a caminhada, fazendo-se onipresente e onisciente nas grandes decisões nacionais". 
O ex-relator disse que a "CPI dos Correios não se converterá em pizza. Nosso Judiciário não tem vocação para isso".Durante o discurso de Serraglio, os deputados da base aliada não apareceram para apartes --apenas dois parlamentares se manifestarem, em apoio a Serraglio.(Folha Poder)

Agnelo autoriza quebra de sigilo que já estava quebrado pelo STJ.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou nesta sexta-feira a quebra do sigilo fiscal e bancário do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, e do ex-ministro do Esporte, Orlando Silva. A decisão atende a um pedido do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Agnelo e Orlando são investigados por irregularidades no programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte. O policial militar João Dias, um dos delatores do esquema, também terá os sigilos quebrados.
O "nesta sexta-feira" é 18 de novembro de 2011. Clique aqui para ler.
BLOG DO REINALDO AZEVEDO

LEIAM ABAIXO

Promotores de SP escarnecem da população que lhes paga o salário. E Marilena Chaui, a pensadora dos mensaleiros, volta a dar rasantes com sua vassoura filosófica. Ou: Eles querem é que a Cracolância seja considerada uma USP e que a USP vire uma Cracolândia!;
Mais confusões de Dilma;
Agnelo foi treinado por Dirceu, Renan e por terapeuta;
Delta manterá seus contratos com governo, afirma Dnit;
Petrobras cobra alta no combustível para manter investimento;
Erundina deve ser a vice de Haddad na disputa pela Prefeitura em SP;
A reação dos honrados - Relator da CPI do Mensalão relembra no tribunal o que existe contra José Dirceu, o herói do PT;
Para evitar a ópera bufa - Que tal quebrar os sigilos bancário, fiscal e telefônicos dos Leporellos? Ou: Que brasileiro com a renda de Agnelo mora numa mansão de R$ 4 milhões?;
PT e PCdoB blindam Protógenes, o amigo de Dadá do Cachoeira, no Conselho de Ética da Câmara;
PGR pede abertura de 2 inquéritos contra Agnelo e 1 contra Perillo;
Enfim, os fatos: OAB nega transgressão aos direitos humanos na reintegração de posse do “Pinheirinho”;
“Agnelo maravilhoso, heroico, ético, impoluto, espetacular, impecável, sensacional, formidável, extraordinário, genial, severo, correto…” A CPI já era sem nunca ter sido! Ou: Ninguém aguenta a proporção de sete elogios para três críticas!!;
Agnelo, que não explicou à Justiça a compra de sua mansão, também não consegue explicá-la à CPI; casa era de empresário beneficiado por ato da Anvisa quando ele era presidente;
Perillo manda dizer à CPI que também abre mão de sigilo;
Agnelo diz manter confiança em assessor demitido por vínculos com Carlinhos Cachoeira;
 





 


  

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