DA MÍDIA SEM MORDAÇA

COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

Deputado paga
doméstica com
verba da Câmara

Crítico ferrenho da família Sarney e atual presidente da Comissão de Direitos Humanos, o deputado federal Domingos Dutra (PT-MA) é acusado de pagar uma empregada doméstica com dinheiro da Câmara. Regiane Abreu dos Anjos foi contratada em setembro de 2010, mas só descobriu que era funcionária fantasma do gabinete três meses depois, quando, demitida, procurou a 5ª Vara do Trabalho. Dutra alega ser vitima de adversários e disse que processa Regiane por “calúnia”.

Registro policial

Regiane fez ocorrência na Polícia Civil, onde disse ter confiado seus documentos à mulher do deputado Dutra, para abrir conta na Caixa.

Fantasminha camarada

A documentação foi usada para nomear a doméstica como assessora parlamentar na Câmara, com salário que chega a R$ 3,1 mil por mês.

Depoimentos vão
ocupar a CPI
por seis meses

As 51 pessoas convocadas ontem pela CPI mista do Cachoeira, sem mencionar o próprio bicheiro, vão prestar os respectivos depoimentos sempre às terças-feiras, segundo ficou definido. Isso permite estimar que, na melhor hipótese, de dois depoimentos por terça-feira, a comissão levará ao menos 25 semanas (ou seis meses) para ouvir os convocados, avançando inclusive no período de campanha eleitoral.

Blindagem

Como os governadores, foram poupados de convocação à CPI o ex-diretor do DNIT, Luiz Antônio Pagot, e Fernando Cavendish, ex-Delta.


BLOG DO CORONELEAKS

Veja: o lamentável Collor e os petistas mensaleiros foram barrados na CPI.

Com o apoio do PT, a CPI tentou aprovar ontem um pedido para que a Polícia Federal encaminhe à comissão todas as interceptações telefônicas em que é citado o jornalista Policarpo Junior, redator-chefe da revista "Veja". Cachoeira era fonte de informação de Junior. Segundo o delegado da PF Raul Marques, que investigou o empresário, não há indícios de que o relacionamento tenha ultrapassado a relação entre jornalista e fonte. A "Veja" diz o mesmo. 
O relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG), encaminhou o voto a favor do requerimento, de autoria do senador Fernando Collor (PTB-AL), mas recuou após vários parlamentares criticarem duramente, dizendo que o ato significa um ataque à liberdade de imprensa. O pedido acabou não votado. 
O recuo de Cunha se deu após ele concordar com o argumento, levantado pela senadora Kátia Abreu (PSD-TO), de que o requerimento de Collor é inócuo. Na prática, os diálogos do jornalista com Cachoeira e seu grupo já estão na CPI, no conjunto das conversas captadas pela PF. "Às vezes as informações estão no inferno. O jornalista precisa ir até as profundezas do inferno para buscar a informação", disse Kátia Abreu (PSD-TO). 
"É uma ameaça velada a liberdade de imprensa", concordou o senador Álvaro Dias (PSDB-PR). O senador Pedro Taques (PDT-MT) disse que o requerimento "se revela como vingança, autoritarismo". Em seminário nacional do PT, que terminou ontem em Porto Alegre, o secretário de Comunicação da sigla, André Vargas, também fez críticas à revista "Veja".(Folha de São Paulo)

Pizzaria Cachoeira.

"Reuniu-se um grupo numa sala e decidiram quem vai morrer", disse a senadora Kátia Abreu (PSD-TO). "Estamos convocando os bagrinhos." 
Num jogo combinado entre o governo e parte da oposição, a CPI do Cachoeira engavetou ontem pedidos de investigação de três governadores, cinco deputados e das operações da empreiteira Delta fora do Centro-Oeste. Criada há um mês para investigar o empresário Carlinhos Cachoeira e seu relacionamento com autoridades como o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), a CPI até agora não ouviu nenhum dos políticos envolvidos no caso. 
A CPI aprovou ontem 87 requerimentos, dos quais apenas um busca informações sobre a ligação entre Demóstenes e Cachoeira. "Não sei por que saio da reunião de hoje com gosto de orégano na boca", disse o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). Em entrevista à Folha e ao UOL, o senador Pedro Taques (PDT-MT) afirma que a investigação está mais para "chapa-branca". No Congresso, ele afirmou que a comissão está "amarelando". O acordo que engavetou os pedidos de investigação, antecipado ontem pela Folha, foi costurado com a participação do governo. A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, tem orientado o relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG).
A ordem foi poupar a Delta, que tem dezenas de contratos com o governo federal e os Estados, em troca da não convocação do governador Marconi Perillo (PSDB-GO). O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) resumiu a ação: "Generalização cheira a devassa. (...) Precisamos andar em caminhos seguros."A comissão decidiu restringir a investigação sobre a Delta à sua atuação no Centro-Oeste, onde o diretor da empresa era ligado a Cachoeira. O dono da construtora, Fernando Cavendish, não será chamado para depor. Pedidos de quebra dos seus sigilos bancário, fiscal e telefônico foram barrados também. Cavendish é amigo do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB-RJ), aliado do governo. A construtora tem contratos com o Estado.
Com isso, os trabalhos da CPI deverão ficar limitados ao material que já foi levantado pela Polícia Federal.A CPI quebrou os sigilos fiscal e bancário da Delta apenas no Centro-Oeste, de empresas de Cachoeira e de seus operadores. Vários deles já tiveram a movimentação financeira analisada pela PF. Foram engavetados requerimentos que pediam a convocação de Cabral e dos governadores de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT). Cachoeira tinha pessoas de sua confiança em postos-chave nos dois governos, segundo o inquérito da PF.
Parlamentares disseram que os pedidos de convocação dos governadores poderão ser analisados em junho. O ex-chefe de gabinete de Agnelo, afastado depois que sua ligação com o grupo de Cachoeira veio à tona, foi chamado para depor pela CPI. "Reuniu-se um grupo numa sala e decidiram quem vai morrer", disse a senadora Kátia Abreu (PSD-TO). "Estamos convocando os bagrinhos.(Folha de São Paulo)

Amor bandido na CPI entre Vaccarezza e Cabral: "você é nosso, nós somos teu".

O deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP) foi flagrado nesta quinta-feira, durante sessão da CPI do Cachoeira, garantindo blindagem do PT ao governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), que corria risco de ser convocado a depor na comissão. As imagens da troca de mensagens de celular entre Vaccarezza, um dos principais articuladores da base governista na CPI, e Cabral foram registradas por um cinegrafista e exibidas na edição desta quinta-feira do "Jornal do SBT". "A relação com o PMDB vai azedar na CPI. Mas não se preocupe, você é nosso e nós somos teu [sic]", escreveu Vaccarezza a Cabral. Leia e veja mais aqui.
 
 


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