DA MÍDIA SEM MÁSCARA

BLOG DO REINALDO AZEVEDO

13/05/2012
às 4:52

Os farsantes ainda tentam espernear, mas a verdade é que o desmonte começou

O JEG  (Jornalismo da Esgotosfera Governista) e a BESTA (Blogosfera Estatal)  são mais malandros do que idiotas. A VEJA desta semana publicou uma reportagem sobre a manipulação da Internet, organizada por pessoas que se reúnem sob o guarda-chuva do petismo. E as alimárias fingiram não entender o que lá vai escrito. VEJA está denunciando que esses “vadios” não passam de algumas poucas dezenas, mas recorrem a picaretagens — como perfis-robôs, por exemplo — para passar a impressão de que uma minoria é maioria. É o subjornalismo 171! É o subjornalismo na cifra, curtido na sífilis da moralidade — ou, se quiserem, da imoralidade. É a vagabundagem a soldo tentando esconder de alguns eventuais leitores inocentes — pode ser que existam uns dois ao menos — o que vai na reportagem da revista: o Twitter está sendo fraudado! Na verdade, há uma fraude em curso nas redes sociais. A exemplo do que se faz na China, no Irã e na Argentina, um grupo financiado com dinheiro público está tentando gerenciar os debates na Internet. São os insetos do falcão.
Representantes do JEG e da BESTA fizeram de conta que não entenderam e estão dizendo, mandam-me aqui alguns links, que a VEJA está fazendo mea culpa. Mea culpa??? Dizer o quê? Se confundem ironia com grama, resta-lhes comer e expelir o produto final da digestão — não sem antes aquecer o planeta com o gás metano da impostura…
Os mixurucas, que só sabem levar a vida de rastros, tentam esconder o próprio desespero atribuindo a adversários preocupações que não têm. Eles, sim, estão com medo. A sua âncora é Lula! A sua garantia é Lula! O seu caixa é Lula! Quem criou esse modelo, que compreende o financiamento do lixão da Internet com verba pública, foi o Apedeuta. Nem no PT, acreditem, a decisão de financiar ex-jornalistas tornados pistoleiros é uma unanimidade. A presidente Dilma Roussseff, por exemplo, sabe que não precisa deles! Ao contrário até: ao botar na rua os larápios denunciados pela imprensa livre — VEJA inclusive —, constatou de onde lhe saíram os bons conselhos. Essa súcia pendurada no petismo, nas estatais e até nas autarquias incentivava a “companheira” a não demitir ninguém…
O lixão da Internet já percebeu que perdeu a batalha e que está com os dias contados. O desmonte da farsa começou. E não vai parar.
Por Reinaldo Azevedo

Este homem sabe tudo sobre o maior escândalo da história política do país e diz: “Chamar o mensalão de farsa é chamar o procurador-geral e os ministros do Supremo de farsantes”

Antônio Fernando de Souza: "Negar a existência do mensalão é querer apagar a história do país" (Foto:Joédson Alves/Folhapress)
Antônio Fernando de Souza: "Negar a existência do mensalão é querer apagar a história do país" (Foto: Joédson Alves/Folhapress)

Antônio Fernando de Souza, ex-procurador-geral da República, foi quem denunciou ao Supremo Tribunal Federal a quadrilha do mensalão, chefiada por José Dirceu, o deputado cassado por corrupção. É o maior escândalo da história republicana. Na verdade, é o maior escândalo da história brasileira. Nesse caso, com absoluta precisão, pode-se dizer que “nunca antes nestepaiz” um partido político havia tentado comprar um dos Poderes da República (o Legislativo), tornando-o irrelevante, ou substituir o Executivo por um governo paralelo. Os petistas, obviamente, não inventaram a corrupção. Eles só a levaram a dimensões inéditas. Achando que era pouco, tentaram transformá-la num ato de resistência.
Não contente com todo o mal que causou ao país, José Dirceu, aquele que é apontado na denúncia da Procuradoria Geral da República como o “chefe da quadrilha”, tenta agora arrastar as instituições para a lama. Em vez de deixar que a CPI que investiga as ações de Cachoeira siga o seu curso, punindo corruptos e corruptores, esforça-se para usá-la como palco de suas manobras defensivas. Atua nos bastidores, usando como arma a pena de aluguel do subjornalismo a soldo, para manchar a reputação da Procuradoria, do Supremo e da imprensa — não por acaso, três instâncias fundamentais do estado democrático e de direito.
Souza concedeu a Hugo Marques, na edição desta semana da VEJA, uma entrevista que precisa ser lida e espalhada na rede. Falou com serenidade e precisão:
1 - chamar o mensalão de farsa corresponde a chamar de farsantes o procurador-geral e os ministros do Supremo;
2 - negar a existência do mensalão é negar os fatos; é querer apagar a história;
3 - existem provas periciais demonstrando que dinheiro público foi usado na lambança;
4 - réus confessaram os crimes;
5- os réus do mensalão praticaram lavagem de dinheiro, corrupção passiva e ativa, peculato, evasão de divisas, formação de quadrilha e falsidade ideológica;
6 - a sociedade brasileira espera um julgamento justo e correto.
Leiam a entrevista e contribuam para que ele chegue ao maior número possível de brasileiros. E vamos torcer para que o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo, conclua o quanto antes a revisão do processo para que possa haver o julgamento.
*
Em 2006, o então procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, transformou em réus quarenta petistas e aliados. Eles operavam o que foi caracterizado na denúncia apresentada ao Supremo Tribunal Federal de “sofisticada organização criminosa”, encabeçada pelo ex-ministro José Dirceu. Agora, com a proximidade do julgamento, o ex-chefe do Ministério Público afirma que a tentativa de negar a existência do mensalão é uma afronta à democracia.
O senhor sofreu pressão para não apresentar a denúncia do mensalão?
Não. Minha postura reservada sempre inibiu qualquer atitude desse tipo. Nunca assumi nenhum compromisso com as autoridades que me procuraram. Fiz meu trabalho da forma mais precisa e célere possível. Tinha 100% de convicção formada. Conseguimos fazer a relação entre os fatos e montamos o quebra-cabeça do esquema, tudo em cima de documentos, de provas consistentes.
O PT tem se dedicado a difundir a versão de que o mensalão não passa de uma farsa… Chamar esse episódio de farsa é acusar o procurador-geral e os ministros do Supremo de farsantes. Dizer que aqueles fatos não existiram é brigar com a realidade, é querer apagar a história. Esse discurso não produzirá nenhum efeito no STF. Os ministros vão julgar o processo com base nos autos. E há inúmeras provas de tudo o que foi afirmado na denúncia. Depoimentos, extratos bancários, pessoas que foram retirar dinheiro e deixaram sua assinatura.
O senhor se sente incomodado com isso?
Na democracia, todas as pessoas estão sujeitas à fiscalização, ao controle, à responsabilização, e há órgãos dispostos a isso. Não serão os partidos políticos nem seus dirigentes que vão dizer o que é crime e o que não é crime. Quando eles querem transmitir um ar de que não aconteceu nada, estão indo para o reino da fantasia. Negar a existência do mensalão é uma afronta à democracia.
Como o senhor vê as afirmações do atual procurador-geral, Roberto Gurgel, de que está sofrendo ataques de mensaleiros com medo do julgamento?
Se ele fez essa acusação, preciso admitir que tem elementos para justificá-la. A CPI está se preocupando com um assunto que não tem relevância para o seu trabalho. O procurador-geral avaliou que a Operação Vegas não produziu evidências suficientes para pedir indiciamentos, mas não arquivou o inquérito - inclusive a pedido da Polícia Federal - para não prejudicar o andamento das investigações da Operação Monte Carlo. E a estratégia se mostrou bem-sucedida.
Está comprovado que o PT utilizou dinheiro público no mensalão?
Quem vai fazer esse juízo é o Supremo. Da perspectiva de quem fez a denúncia e acompanhou o processo até 2009, digo que existe prova pericial mostrando que dinheiro público foi utilizado. Repito: há prova pericial disso. E o Supremo, quando recebeu a denúncia, considerou que esses fatos têm consistência.
O ex-ministro José Dirceu afirma que o senhor o apontou como chefe de uma organização criminosa para se vingar do fato de ele nunca tê-lo recebido na Casa Civil.
Nunca tive nenhum interesse em falar com ele. A minha escolha como procurador-geral foi feita pelo presidente da República. Uma denúncia é formalizada somente se há elementos probatórios sobre uma conduta criminosa. Sentimentos pessoais não entram em jogo. Tudo o que se fala em relação à conduta dessa pessoa tem se revelado verdadeiro na prática. Reduzir uma denúncia dessa gravidade a uma rusga do procurador-geral é quase risível.
Como o senhor vê essa tentativa de usar a CPI para desviar o foco do julgamento do mensalão?
É normal que quem está denunciado fique tenso às vésperas do julgamento. O julgamento no Supremo Tribunal Federal é uma decisão definitiva. Vivemos num país democrático, num estado de direito. O Supremo jamais faria um justiçamento, vai fazer um julgamento. Tem prova, tem condenação; não tem prova, não tem condenação.
O que o senhor achou da iniciativa de alguns parlamentares de tentar usar uma CPI para investigar a imprensa?
A imprensa não faz processo penal, a imprensa dá a notícia, dá a informação. Parece mais um meio de desviar a atenção do inquérito fundamental.
Os acusados tentam reduzir o caso a um crime eleitoral. É uma boa estratégia?
A referência que fazem é que a movimentação de dinheiro tinha origem em caixa dois de campanha. Do ponto de vista ético e jurídico, isso não altera nada. Quando há apropriação do dinheiro público, não é a sua finalidade que vai descaracterizar o crime. No processo do mensalão, temos imputação de crimes de lavagem de dinheiro, corrupção passiva, ativa, peculato, evasão de divisas, quadrilha, falsidade ideológica. Crimes assumidamente confessados. Eles não podem deixar de admitir.
O governo passado indicou a maioria dos ministros que, agora, vão julgar muitos de seus aliados. Isso pode influir de alguma maneira no resultado?
Uma pessoa, quando aceita ocupar o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal, sabe das responsabilidades que tem e vai cumpri-las. Toda a sociedade espera um julgamento justo e correto. Que esse processo sirva para o amadurecimento da democracia.

Quem controla a mídia é o cidadão livre!

Leiam o que segue. Volto depois.
*
Os detratores da imprensa livre gostam de vender a tese de que a liberdade de expressão é um direito de elite, um escudo usado pelas empresas de comunicação para defender seus interesses. Trata-se de uma distorção deliberada de um conceito consagrado em sociedades democráticas. A liberdade de expressão - a manifestação da opinião e do pensamento - é antes de tudo um direito dos cidadãos. Dela deriva a liberdade de informação, que é o direito de tomar conhecimento dos fatos e das notícias do mundo. Os jornalistas apenas prestam um serviço, tornando disponíveis relatos dos acontecimentos, análises e dados úteis para os cidadãos. Estes, por sua vez, são livres para escolher onde buscar as informações de seu interesse, da mesma forma que optam pelo marceneiro que constrói os melhores móveis, pelo médico mais qualificado para tratar de uma doença ou pelo banco com as menores taxas de juros. Os inimigos da imprensa livre também gostam de disfarçar seus objetivos totalitários com o argumento de que é preciso criar mecanismos de “controle social da mídia” para garantir a “qualidade” da informação. É uma justificativa que subestima a capacidade de escolha dos cidadãos.
As liberdades de expressão e de informação são direitos fundamentais assegurados pela Constituição brasileira, e não foram conquistadas facilmente. Fazem parte da vida nacional de forma inequívoca há menos de três décadas apenas. Como bem lembrou Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, no discurso de abertura do Seminário Internacional de Liberdade de Expressão, realizado pelo Instituto Internacional de Ciências Sociais (IICS) nos dias 3 e 4 passados, a liberdade de expressão não é um bem permanente, e por isso deve ser defendida dia após dia. No evento, juristas e jornalistas alertaram sobre a tendência crescente de usar a Justiça para censurar a divulgação de informações de interesse público. Acerca disso, o ministro Carlos Ayres Britto, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), disse no seminário que o conflito entre o livre exercício do jornalismo e o direito à privacidade é inevitável, mas que a Constituição prioriza o primeiro. O ministro criou na semana passada, no âmbito do Conselho Nacional de Justiça, um fórum para acompanhar as decisões dos tribunais referentes a temas que tocam na questão da liberdade de imprensa. Tanto Alckmin como Ayres Britto foram categóricos em rechaçar a possibilidade de o estado impor-se sobre a atuação dos jornalistas.
Alertas e esclarecimentos como esses são necessários para afastar o Brasil da tentação autoritária que nos últimos anos tomou conta dos governos de outros países latino-americanos. Na Argentina, na Venezuela, no Equador e na Bolívia, a pressão do estado sobre o livre exercício do jornalismo já não se restringe a reações esporádicas de governantes que não toleram críticas, e tornou-se uma busca por mecanismos de amordaçamento de opiniões contrárias ou incomodas.
(…)
*
O trecho acima é parte da reportagem “Um alerta permanente”, que está na VEJA desta semana. Cumpre ficar atento a essas palavras, especialmente quando uma súcia, em busca da impunidade para seus crimes, tenta criminalizar o livre exercício do jornalismo. O governador Geraldo Alckmin acerta em cheio quando lembra que esse não é um bem permanente, do qual se pode descuidar.
O caso da Argentina é emblemático. Finda a ditadura, o país passou a viver a plena liberdade de imprensa, exercida mesmo nos piores momentos da crise econômica, que chegou a depor um presidente. Eis que o casal Kirchner se encarregou de usar a sua vitória nas urnas para violar esse que é um dos fundamentos de uma sociedade aberta. No Brasil, há verdadeiras gangues organizadas pressionando o governo para que adote medidas que imponham formas oblíquas de censura e de controle da informação, o que viola dois artigos da Constituição: o 5º e o 220.
Há dias, Rui Falcão, presidente do PT, anunciou que o governo, depois de enquadrar os bancos, partiria para cima da mídia. Posou de porta-voz. A presidente Dilma Rousseff mandou um recado: ministro que repetir as palavras de Falcão será demitido. Que seja para valer! Precisa agora é cortar o dinheiro oficial das tais gangues organizadas que pregam abertamente o desrespeito à Constituição — afinal, isso também agride a democracia e a Constituição.


BLOG DONOBLAT

Não vai faltar comida

Os alimentos comprados para consumo da governadora Roseana Sarney e de seu vice em 2012 passam de 68 toneladas
Danilo Thomaz e Angela Pinho, ÉPOCA
Era 1966. Depois de vencer a eleição para governador do Maranhão, o atual presidente do Senado, José Sarney (PMDB), autorizou que os festejos de seu triunfo fossem filmados pelo diretor Glauber Rocha, um dos maiores cineastas da história do país.
Em seu discurso de posse, captado pela lente de Glauber, um cativante Sarney aparece dizendo que o Maranhão de 1966 não suportava mais “o contraste de suas terras férteis com a miséria”.
Quase meio século depois, a desigualdade persiste e é reafirmada pela abundância de comida na casa da governadora e filha do orador de outrora, Roseana Sarney (PMDB) (foto abaixo).

 Foto: Karlos Geromy/OIMP/D.A Press

No fim do ano passado, o Diário Oficial do Maranhão publicou os editais para a contratação de empresas fornecedoras de alimentos perecíveis e não perecíveis para as residências oficiais e para a casa de veraneio da governadora e do vice-governador, Washington Luís.
Os documentos informam que, ao longo de 2012, o governo poderia gastar até R$ 1,67 milhão em comes e bebes nessas três moradias. Esse valor, 80% maior do que o previsto em 2011, chamou a atenção dos poucos deputados estaduais oposicionistas.
Nos detalhes, a lista de mantimentos de Roseana e de seu vice também é notável. Os minuciosos editais especificam a marca de cada produto que deve ser adquirido, o peso unitário e seu respectivo preço.
São 410 tipos de comestíveis, que somam 68,2 toneladas de comida, o suficiente para alimentar, ao longo de 12 meses, 31 leões, os animais que dão nome ao palácio que sedia o governo maranhense.
Entre outros mantimentos, os editais falam em 8,3 toneladas de carne bovina de vários tipos, 384 quilos de peru, 160 quilos de lagosta fresca, 594 dúzias de ovos vermelhos e 3,7 toneladas de camarão.
Os copos, logicamente, não poderiam ficar vazios. Na licitação de bebidas para os chefes do Executivo maranhense, a relação também zela por quantidade, qualidade e diversidade. Foram listados 64 itens, que somam 23.417 litros de alcoólicos e não alcoólicos. Além dos sucos e dos 19.433 litros de refrigerante de várias marcas, o edital fala em 1.275 litros de cerveja, 452 garrafas de espumante, 193 de uísque, 367 de vinho, 82 de “vodka sueca” e 68 de licor.
Tem mais: das 193 garrafas de uísque, segundo o edital, 113 precisam ser “importado scotch de luxe extra special 12 anos”.
Leia a íntegra em Não vai faltar comida

Empresas estatais resistem e confrontam Lei de Acesso

Thiago Herdy, O Globo
Embora prometam lançar na próxima quarta-feira portais próprios de transparência, como determina a lei sancionada no fim do ano passado pela presidente Dilma Rousseff, na prática as estatais resistem a divulgar dados de interesse público que, de acordo com a propaganda oficial, já deveriam estar disponíveis.
Links para acesso a informações de diárias e passagens, licitações, contratos e convênios estão há meses nos sites dos bancos oficiais, mas os dados não aparecem para o cidadão que tenta acessá-los.
As estatais admitem o problema e não garantem uma solução logo. A desculpa é sempre a mesma. Segundo o Banco do Brasil, “por problemas operacionais, os dados estão indisponíveis”. O BNDES alega que ainda “está trabalhando para viabilizar tecnicamente a colocação dos dados”. A Caixa Econômica Federal fala em necessidade de “adequações tecnológicas para gerar os arquivos com as informações”.
Nos próximos dias o governo publicará o decreto de regulamentação da Lei de Acesso e, internamente, as estatais pressionam para que o texto não comprometa a atuação das empresas no mercado ou dê vantagem a competidores. A preocupação é levada em conta pelo governo, que reconhece a importância de garantir a atuação competitiva das empresas de economia mista e também a preservação de sigilos bancários.
Mas o mesmo argumento já é usado pelas estatais para impedir a divulgação de dados simples, como a relação de patrocínios oferecidos pelas instituições, por exemplo. Atualmente essa informação é colocada de forma dispersa. O Banco do Brasil disse se tratar de “informação de cunho estratégico”. A Caixa disse que só divulgará se garantida a “preservação de estratégia empresarial” do banco.

Seca histórica gera guerra por água no sertão do Nordeste

O Globo
Considerada a pior dos últimos 50 anos em alguns estados do Nordeste, a seca está provocando um confronto que só se imaginaria no futuro: a guerra pela água. Em Pernambuco, essa luta já começou com tiros, morte e exploração da miséria. Protestos desesperados são registrados não só lá, mas em várias regiões do semiárido, onde a estiagem já se alastra por 1.100 municípios.
A população pede providências imediatas dos governos para amenizar os efeitos devastadores. A situação só não é pior já que as famílias contam com os programas sociais, como o Bolsa Família. Como observam agricultores, a preocupação no momento é maior com os animais, que estão morrendo de sede e fome, do que com as pessoas.
Na beira das estradas que conduzem ao sertão, o verde não mais existe. Ao longo das BRs 232 e 110, em Pernambuco, carroças puxadas a jumentos magros tomam conta das margens em busca de água. Nos 100 quilômetros de extensão da PE 360, que liga os municípios sertanejos de Ibimirim e Floresta, há 28 pontilhões sob os quais os córregos corriam fortes. Hoje, estão todos secos.
Até mesmo o leito do Riacho do Navio — que ganhou fama na voz do cantor Luiz Gonzaga — esturricou. Na última quinta-feira, bois magros tentavam em vão matar a sede e tudo que encontravam era uma poça de lama escura naquele conhecido afluente do rio Pajeú.
Em Pernambuco, 66 municípios do sertão e do agreste estão em estado de emergência reconhecido. O quadro tende a se agravar já que a temporada de chuva está encerrada e os conflitos aumentam. Em Bodocó, no início do mês, o agricultor João Batista Cardoso foi cobrar abastecimento regular na sede local da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) e acabou morto. João Batista se desentendeu com o chefe do escritório da estatal, José Laércio Menezes Angelim, que disparou o tiro e hoje está foragido.

Sigilo põe até filhas na lista da sucessão de Chávez na Venezuela

Janaína Figueiredo, O Globo
Os períodos prolongados de ausência do presidente Hugo Chávez, que regressou na noite de sexta-feira à Venezuela após quase duas semanas em Cuba para mais uma etapa do tratamento contra o câncer, deixam tensos até mesmo os mais otimistas de seus partidários e põem na ordem do dia a discussão de diferentes cenários eleitorais, com e sem a presença dele.
A maioria assegura que o líder bolivariano fará o possível e o impossível para participar das eleições presidenciais do próximo dia 7 de outubro. Mas todos admitem que a ausência do chefe de Estado por motivos de saúde é uma possibilidade que não pode ser descartada.
Nesse caso, o mais provável seria a realização dos comícios na data já confirmada pelo Conselho Nacional Eleitoral, com um candidato substituto — os chavistas evitam falar em sucessão — que ocuparia o lugar do líder bolivariano.
A lista de cotados inclui o vice-presidente Elías Jaua; o ministro das Relações Exteriores, Nicolás Maduro; o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello; Adan Chávez, governador do estado de Barinas e irmão de Chávez; e até as duas filhas do presidente venezuelano.



BLOG DO AUGUSTO NUNES

A Mãe do PAC que trata empreiteiros como filhos ameaça Hillary no ranking da Forbes

Atrás apenas de Hillary Clinton, a presidente Dilma Rousseff aparece em segundo lugar no ranking das mães mais poderosas do mundo, concebido pela revista Forbes. Muito justo, concordam os empresários premiados com obras públicas. Promovida por Lula a Mãe do PAC, Dilma Rousseff passou a tratá-los como filhos carentes. Sem os contratos superfaturados distribuídos pelo maior balaio de obras atrasadas, imaginárias ou natimortas do planeta, muitos já teriam mudado de ramo, outros tantos estariam falidos, a Delta seria uma microempresa e Fernando Cavendish não passaria de um pequeno vigarista com sobrenome de pirata.
Para sorte da turma, a Mãe do PAC é uma mãe para os empreiteiros amigos. Pelo que já fez, merece a medalha de prata concedida pela Forbes. Se endossar o acerto bandido entre o JBS e a Delta, mostrará que é muito mais poderosa que Hillary Clinton. E os organizadores do ranking terão de reconhecer que, também nesse ramo, com o Brasil ninguém pode.

Eike prepara um gol de mão no Maracanã

O empresário Eike Batista tornou-se nesta sexta-feira o novo dono do Rock in Rio. Em tese, comprou metade das ações. Na prática, agora é ele quem manda.
A consumação do negócio avisa que, oficialmente ainda em gestação, a licitação forjada para a privatização do Maracanã, que ficará novinho em folha depois da reforma que promete engolir mais de R$1 bilhão dos pagadores de impostos, já escolheu o vencedor. O leilão de araque vai colocar o antigo templo do futebol no colo do onipresente bilionário, que participará da disputa já decidida à frente de um consórcio de empresas.
Só compra show quem já garantiu o palco. Depois de harmoniosas triangulações e ágeis tabelinhas com o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes, Eike está pronto para mandar a bola no ângulo com mão. Em vez da merecidíssima expulsão, ao som de uma vaia de assombrar Nelson Rodrigues, o artilheiro pode acabar premiado com a ovação reservada ao autor do primeiro gol de placa no novo Maracanã.








 



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