PRIMEIRA EDIÇÃO DE 06-12-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
TERÇA-FEIRA, 06 DE DEZEMBRO DE 2016
Estava escrito: provocado, o Supremo Tribunal Federal (STF) afastaria Renan Calheiros da presidência do Senado. E foi isso o que aconteceu no exame do pedido de liminar do Rede Sustentabilidade, partido de Marina Silva. Coube ao ministro Marco Aurélio decidir sobre o caso, levando em conta o precedente Eduardo Cunha e a maioria já formada no plenário do STF proibindo réus na linha sucessória presidencial.
A liminar de Marco Aurélio vai ser julgada nesta quarta-feira (7), no plenário do STF. Mas poucos acreditam que venha a ser revogada.
O ministro Marco Aurélio destacou que Renan está afastado só da presidência do Senado e não do mandato outorgado pelos alagoanos.
Em sua decisão, Marco Aurélio lembra que a permanência de Renan na presidência compromete, inclusive a segurança jurídica.
Com sua destituição do cargo, Renan não pode mais usar jatinhos da FAB. Agora, só avião de carreira, lado a lado de passageiros comuns.
Até a prova do concurso para ginecologista da Universidade Federal do Rio (UFRJ) foi transformada em “filtro ideológico” para barrar quem não reza na cartilha do PT. Na parte de interpretação de texto da prova de Português, domingo (4), o candidato foi induzido a responder que houve “golpe” no País, sob pena de “errar”. A prova ridiculariza o Supremo Tribunal Federal e sua presidente, a ministra Cármen Lúcia.
Dilma e teses do PT foram exaltadas em pelo menos quinze das vinte questões da prova de Português no concurso da UFRJ.
A prova de inspiração petista na UFRJ ignorou o roubo investigado na Lava Jato, o maior da História, segundo o New York Times.
A maioria no Congresso que cassou o mandato de Dilma é chamada no libelo petelho da UFRJ de “força tirânica de maioria institucional”.
O afastamento de Renan Calheiros da presidência do Senado foi comemorado nas redes sociais até se descobrir que o vice-presidente é Jorge Viana, ex-governador eleito pelo PT de Lula e Dilma no Acre.
A ex-presidente da Petrobras Graça Foster voltou aos bancos escolares: ela agora frequenta o curso de Direito na faculdade Estácio de Sá, em Copacabana, a preferida de alunos de alto poder aquisitivo.
O ativismo no Supremo Tribunal Federal leva religiosos a atacar nas redes sociais a “hipocrisia do STF”, por proibir vaquejada, supondo que os animais são maltratados, e liberar o aborto de feto de até 3 meses.
Ao discutir a relação com o marido, Elisa Matsunaga o matou e depois o esquartejou. Pegou 19 anos e 11 meses de prisão, mas, cumpridos dois quintos do total (8 anos), pode se habilitar a “progressão de regime”. Nos EUA, o assassino de John Lennon está preso há 36 anos.
Os políticos se mantiveram longe dos protestos de domingo (4), cujo principal alvo foi Renan Calheiros (PMDB-AL). Entre senadores, só Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Ricardo Ferraço (PSDB-ES) apareceram.
Relator do pacote anticorrupção, Onyx Lorenzoni (DEM-RS) vai somar outro processo penal à ficha de Renan Calheiros. Sentiu-se ofendido por acusações do senador, que ainda repetiu uma velha piada de ACM sobre a semelhança do seu sobrenome a uma marca de chuveiro.
O trabalho de relator da reforma do ensino médio credenciou Pedro Chaves (PSC-MT) a presidir a Comissão de Educação do Senado, caso se confirme Eunício Oliveira (PMDB-CE) presidente da Casa.
O deputado Arnaldo Jordy (PPS-MA) considera constrangedor o momento do PT. “Metade de seus dirigentes está na cadeia”, lembra. Até porque o partido é o principal investigado na Lava Jato.
...ex-amante é para sempre.

NO DIÁRIO DO PODER
SUMIRAM OS CANDIDATOS
Carlos Chagas
Tijolo por tijolo, vai sendo demolido o edifício da sucessão presidencial de 2018, erigido às pressas depois do impeachment de Dilma Rousseff. A reeleição de Michel Temer foi para o espaço, pela revogação do direito de mandatários executivos concorrerem a um segundo mandato no exercício do primeiro. Acresce que o próprio governo já reconhece a impossibilidade de o crescimento econômico ser retomado tão cedo.
Pelo mesmo motivo afasta-se a hipótese de Henrique Meirelles ter seu nome lembrado.
A trinca tucana, de Aécio Neves, Geraldo Alckmin e José Serra dá a impressão de estar fora de propósito, mesmo se fosse computada a votação dos três candidatos. O PSDB entrou na enxurrada de rejeição dos demais partidos.
O Lula, se escapar da prisão, não escapará da ruína do PT. A Rede parece desfeita antes mesmo de costurada. Candidatos avulsos, como Ciro Gomes, Álvaro Dias, Roberto Requião, Ronaldo Caiado e Jair Bolsonaro dão a impressão de estar sendo arrastados com a correnteza.
Sendo assim, a ortodoxia política não vicejou, como seria de esperar. O aparecimento de um denominador comum não apareceu, muito menos no PMDB. Resultado: o vazio também é de candidatos.
Outra pagina em branco refere-se aos partidos. Todos andam sem rumo, ainda mais depois dos acontecimentos mais recentes envolvendo o choque entre os três poderes.
Melhor que seja assim, isto é, sem precipitações, muito menos salvadores da pátria.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
Valentina de Botas sugere a Marco Aurélio um lembrete para colocar na geladeira: Jorge Viana também é réu
O Brasil sempre foi um hospício, mas agora já começa a faltar medicação
Por: Augusto Nunes 
Terça-feira, 06/12/2016 às 2:09
O ministro Marco-adoro-causar-Aurélio, do STF, afastou Renan-11-inquéritos-Calheiros da presidência do Senado e, por consequência, do comando do Congresso, na véspera de votações importantes: a PEC da Previdência e a do teto, importantes para o governo e cruciais para o País; e do tal projeto de abuso de autoridade cujo relator é o senador Roberto Requião, aquele da jagunçada contra o impeachment no Congresso, come mamona e recomenda alfafa para quem vai a manifestações que ele proibiria se pudesse, humilhou numa fila de um aeroporto a filha de Jorge Amado, Paloma (http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/historia-em-imagens/isto-e-roberto-requiao-3%C2%BA-capitulo/), enfim, Requião.
Por quase 9 anos, Renan Calheiros escondeu a amante com as bandalheiras de fora no termo “a gestante”, chegou a renunciar à presidência do Senado para escapar à cassação em razão das denúncias segundo as quais era a construtora Mendes Júnior que pagava as despesas de Mônica Veloso, a gestante. A coisa ainda se deu naqueles tempos longínquos de 2009, quando os escândalos não aconteciam quatro vezes ao dia como hoje. Havia tempo para que os brasileiros assimilassem a coisa. Ainda assim, os alagoanos (a exemplo dos paulistas com Maluf, paranaenses com Requião, cariocas com Lindbergh, etc.) insistiram com Renan e lhe deram, em 2011, o terceiro mandato de senador.
Aos brasileiros de bem que estão comemorando o afastamento dele neste momento, convido a pensar se, na véspera da votação do impeachment, Eduardo Cunha tivesse sido afastado, o que teria sido do País que presta. Convido também a contemplar o substituto de Renan no Congresso – Waldir Maranhão, aquele que simplesmente revogou a votação que aprovou o impeachment na Câmara -; e no Senado – o petista Jorge Viana. Ao ministro Marco Aurélio, que já causou concedendo liminar para abertura de impeachment contra Temer, faço um lembrete para ele colocar na porta da geladeira: se Renan tem de ser afastado da linha sucessória da presidência por ser réu, Jorge Viana também é réu por improbidade numa ação movida pelo Ministério Público Federal, assinada pelo procurador da República, Paulo Henrique Ferreira Brito, por crime de improbidade administrativa quando Viana governava o Acre, o estado-feudo da família. Se é que o ministro não se lembrava disso. Do que ele, o STF lento e imprevisível (como o resto do Judiciário tão caro quanto ineficiente) e o Congresso necrosado não se lembram é do País, mero detalhe que não está no lembrete na porta da geladeira dessa gente.
Contemplando esta fieira de homens públicos – Requião, Renan, Viana, Maranhão -, deixo o lembrete aos brasileiros: precisamos urgentemente votar melhor. Contemplando as sandices, os arroubos e a covardia de quem não tem nada a perder, vou anotar para eu não me esquecer: o Brasil sempre foi um hospício, mas agora já começa a faltar medicação. E, antes que me esqueça: Bertolucci e Marlon Brando, dois rematados canalhas.

Esqueceram de Mim
José Dirceu usa o codinome Daniel para amenizar a solidão carcerária
Por: Augusto Nunes 
Segunda-feira, 05/12/2016 às 22:04
“Presto minhas condolências ao povo e ao governo de Cuba e me despeço de Fidel sem poder estar em Havana para fazê-lo pessoalmente, assinando com o nome que recebi quando os perigos e as ameaças da ditadura e seu tutor, os Estados Unidos, nos obrigavam a usar pseudônimos. Daniel”. (José Dirceu, numa carta que reverencia Fidel Castro, endereçada ao povo cubano em geral e ao governo da ilha em particular, assinando o texto com o codinome Daniel para ver se Brahma ou Janete se lembram do companheiro esquecido na cadeia em Curitiba)

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
Voto absurdo de Marco Aurélio tende a triunfar; idiotas aplaudem a insegurança jurídica. É o Brasil se ferrando de verde e amarelo
Acreditem! Não existe país que avance com desordem institucional. Há muito advirto para os desastres do moralismo burro. Agora, ela se mistura com o corporativismo mais nefasto
Por: Reinaldo Azevedo 
Terça-feira, 06/12/2016 às 4:50
O afastamento de Renan Calheiros (PMDB-AL) da Presidência do Senado, cobrado com ênfase nas ruas neste domingo (04), é ilegal, é inconstitucional. “Mas quem se importa?”, poderia indagar um “radical do nada”. Eu me importo! Não condescendo com o radicalismo de meia-tigela.
O fato de eu afirmar aqui que o afastamento de Renan é inconstitucional não implica uma previsão. Infelizmente, eu não acho que Marco Aurélio, o relator da causa, vá perder. Eu até acho que ele vai ganhar.
Como se sabe, o tribunal já decidiu que um réu não pode ocupar um cargo que esteja na linha sucessória. Já havia seis votos em favor dessa tese, inclusive o de Marco Aurélio, quando o julgamento foi suspenso por um pedido de vista de Dias Toffoli.
Ora, é uma questão de lógica elementar: o julgamento de tal causa está suspenso até que o ministro professe o seu voto. É claro que é um disparate Marco Aurélio conceder a sua liminar. Mas será que o Supremo vai ter peito para discipliná-lo?
Infelizmente, acho que não. E se terá avançando um pouco mais no baguncismo. Vamos ser claros? O voto de Marco Aurélio tem nome: é retaliação do Poder Judiciário contra um senador que ousou desafiar a corporação. “Ah, eu acho que Renan Calheiros não presta…” Você pode achar o que quiser, meu querido leitor. Não sou padre, pastor ou rabino e não estou aqui para convencê-lo. Mas digo, com todas as letras, que, quando uma corte suprema decide segundo a vontade de uma corporação, é o pais que já perdeu.
Marco Aurélio é originalmente juiz. A exemplo de Rosa Weber, Ricardo Lewandowski, Luiz Fux e Teori Zavascki. Carmen Lúcia não é da corporação, mas já demonstrou que se deixa contaminar depressa pelos miasmas do corporativismo. Roberto Barroso e Edson Fachin não vêm da magistratura, mas já evidenciaram, mais de uma vez, amor pela heterodoxia. Celso de Mello, Gilmar Mendes e Dias Toffoli não devem favor a corporações. Mas, como se vê, não será fácil formar uma maioria a favor da Constituição.
Até porque pode haver um argumento mixuruca a servir de escape: o fator superveniente. Qual? O fato de Renan ter se tornado réu numa ação penal. Ora, mas a Constituição que temos impede que um réu seja presidente do Senado? Não! Mas e a jurisprudência do Supremo? Resposta: ainda não! Até que aquele julgamento sobre a impossibilidade de um réu estar na linha sucessória não seja retomado, com o resultado proclamado, não há jurisprudência nenhuma.
Em suma, meus caros, o que estou prevendo é que é enorme a chance de Renan Calheiro ser derrotado ao recorrer com um agravo regimental, para que o pleno do tribunal se manifeste a respeito.
Com a devida vênia, os tolos irão comemorar. Pois é… Comemoram um desastre para o país. Renan é quem é, e o desejável é que não fosse nem senador, menos ainda presidente do Senado.
Infinitamente mais grave, no entanto, é a insegurança jurídica. Se o voto de Marco Aurélio for referendado pelo pleno, nosso Supremo estará dizendo, que, por aqui, tudo é possível
Só os imbecis aplaudem.

NO BLOG DO JOSIAS
‘O que será de Renan sem o jatinho da FAB?!?’
Josias de Souza
Terça-feira, 06/12/2016 05:30
Renan Calheiros não se conforma com a decisão de Marco Aurélio Mello. Em nota, o senador disse que o ministro do Supremo Tribunal Federal agiu “contra o Senado” ao retirá-lo do cargo que fazia o favor de ocupar. É compreensível que Renan não enxergue no espelho a suspeição sem atenuantes. Se há na política alguém que pode se considerar como um produto do meio é Renan.
O problema está no Senado, não na conduta de Renan. A culpa é do sistema político, que praticamente obrigou Renan a ser o Calheiros que ele é. Com todas as facilidades, a impunidade e a cumplicidade que lhe asseguraram nos últimos 30 anos, Renan não poderia ser outra coisa. Natural que o senador se surpreenda. Esperava mais tolerância e estímulo do Brasil.
Renan não admite ser tratado como um Cunha qualquer, que traz a delinquência nos genes. Decerto avalia que seu caso não é patológico, é um condicionamento cultural. Não fosse a denúncia sobre a ex-amante, a filha e o bolsa-pensão da Mendes Júnior, tudo continuaria como antes.
Na noite passada, um aliado de Renan ruminava uma preocupação peculiar. Antes de saber que o plenário do Supremo deve apreciar a liminar do ministro Marco Aurélio já na sessão desta quarta-feira (07), o súdito de Renan imaginava que seria possível preservar-lhe as mordomias.
Disse o amigo de Renan: “A liminar é uma decisão provisória. Enquanto não for afastado pelo plenário do Supremo, ele deixa o cargo, mas não perde as prerrogativas de presidente. Pode, por exemplo, continuar requisitando jatos da FAB. Que será do Renan sem a Força Aérea? Em voos de carreira, sua segurança correria riscos!”
Assim caminha o universo paralelo em que Renan se habituou a viver. Sua Excelência tornou-se réu numa ação penal e protagonista de outros 11 processos judiciais, oito dos quais relativos à Lava Jato. E seus devotos estão preocupados em evitar que ele tenha contato com o povo de grife dos aeroportos.
De uns tempos para cá, o povo realmente passou a se comportar mal. No domingo passado, o povo chegou a arremessar tomates num painel ornamentado com a foto de Renan, em Curitiba. Mas o vaivém dos aeroportos pode fazer bem ao pajé de Alagoas.
Em contato com o povo, Renan terá a oportunidade de explicar que, como qualquer pivete forçado a bater carteira para sobreviver, ele também é um produto do meio e das circunstâncias que o envolvem. Se for convincente, Renan ouvirá mais pedidos de perdão do que 'vai à…'.

STF deve analisar caso Renan na quarta-feira
Josias de Souza
Segunda-feira, 05/12/2016 22:16
A liminar expedida pelo ministro Marco Aurélio Mello para afastar Renan Calheiros da presidência do Senado deve ser submetida ao plenário do Supremo Tribunal Federal na sessão de quarta-feira (7). A tendência é de que a maioria dos ministros da Suprema Corte confirme a decisão.
O despacho de Marco Aurélio foi redigido em seis folhas. A íntegra pode ser lida aqui. No texto, o ministro resume o histórico da tramitação da ação em que a Rede Sustentabilidade pediu à Suprema Corte que proibisse réus em ações penais de ocuparem cargos na linha sucessória da Presidência da República.
Marco Aurélio lembrou que o julgamento foi interrompido por um pedido de vista do ministro Dias Toffoli. Realçou que, a despeito da interrupção promovida pelo colega, já havia no plenário do Supremo uma maioria de seis votos a fator do veto à presença de réus nos cargos que podem levar seus ocupantes à Presidência da República.
“Mesmo diante da maioria absoluta já formada na arguição de descumprimento de preceito fundamental e réu, o senador [Renan] continua na cadeira de presidente do Senado, ensejando manifestações de toda ordem, a comprometerem a segurança jurídica”, anotou Marco Aurélio. O ministro avaliou que o inusitado tinha de ser interrompido.
“Urge providência, não para concluir o julgamento de fundo, atribuição do plenário [do Supremo], mas para implementar medida acauteladora, forte nas premissas do voto que prolatei, nos cinco votos no mesmo sentido, ou seja, na maioria absoluta já formada, bem como no risco de continuar, na linha de substituição do presidente da República, réu, assim qualificado por decisão do Supremo.”
Com sua decisão, Marco Aurélio esvaziou a manobra protagonizada por Dias Toffoli para manter Renan na presidência do Senado até fevereiro, quando será eleito um sucessor.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Terça-feira, dezembro 06, 2016
O DINAMISMO DOS FATOS E A INÉRCIA DE TEMER
A manifestação popular contra o mar de lama que insiste em sufocar o Brasil realizada no último domingo já teve desdobramento surpreendentes nesta segunda-feira (05) com o afastamento do Presidente do Senado, Renan Calheiros, decorrente de liminar do ministro Marco Aurélio Mello do Supremo Tribunal Federal (STF) concedida no pedido ajuizado pela Rede Sustentabilidade tendo em vista que Calheiros virou réu por peculato (desvio de dinheiro público). A decisão tem duração temporária e precisa ser confirmada pelo plenário do STF. 
Com o afastamento de Renan seu sucessor é o Senador Jorge Viana, do PT do Acre, o que dá uma ideia do fabuloso aparelhamento do Senado por Lula e seus sequazes nos últimos anos e que contou com o apoio integral do PMDB. Sem o apoio peemedebista o PT jamais teria chegado ao poder.
Mas a política percorre caminhos tortuosos. O impeachment acabou levando o PMDB ao poder. Por enquanto, Michel Temer é o Presidente da República de fato e de direito e permanece lá enquanto for mantido um certo silêncio obsequioso da maioria da população brasileira. Todavia esse compasso de espera não tem prazo definido. O governo de Temer se mantém no fio da navalha.
O afastamento de Renan Calheiros, que pode ser definitivo por decisão do colegiado do STF, não imporá obstáculo ao governo de Michel Temer, até onde nossa vista enxerga. O mandato do petista Jorge Viana será efêmero já que haverá eleição para a nova mesa do Senado em 1º de fevereiro de 2017.
Neste caso a entrega da presidência do Senado a um comunista com mandato diminuto é menos nociva do que a relutância de Michel Temer em promover uma despetização do poder.
E causa estranheza que Temer mantenha em postos chave da administração federal e empresas públicas o restolho do petismo, como a presidência da Itaipu, que continua nas mãos de um petista unha e carne de Lula, o paranaense Jorge Samek, enquanto na Petrobras deverá assumir o Setor de Inteligência, a ultra petralha Regina Miki.
O que de positivo se pode tirar de todos esses efervescentes acontecimentos políticos é que o exercício da cidadania verdadeira que se verifica na atualidade não tem paralelo na História da República. Isto se verifica nas mega manifestações que vêm ocorrendo no Brasil. Curioso é que essa escalada da cidadania começou em 2013, quando o PT e seus satélites, inclusive ONGs esquerdistas e grupelhos de black blocs, iniciaram uma série de protestos cujo objetivo era acelerar a a venezuelização do Brasil. Porém, nessa onda, os comunistas não contavam com a presença de novos atores, isto é, outros manifestantes que foram às ruas com Bandeiras do Brasil contestando a comunização do País que estava sendo conduzida pelo PT.
Até que explodiu a movimento pró-impeachment da Dilma e de lá para cá o povo brasileiro, majoritariamente anticomunista, não saiu mais das ruas.
Esta é uma leitura ligeira do que está ocorrendo. Desde a mega passeata que desatou a revolução de março de 1964, não tinha se constatado mais essa presença marcante do autêntico povo brasileiro nas ruas exigindo um fim geral e irrestrito da corrupção e da roubalheira desenfreada que sempre formam a antessala de qualquer regime comunista.
Deve-se acrescer aos fatos do presente a Operação Lava Jato que tem o apoio geral e irrestrito dos brasileiros e faz aparecer uma luz no fim do túnel que levava ao Brasil para o inferno comunista.
Pode-se afirmar, sem dúvida, que o Brasil já vive uma segunda revolução que por enquanto prescinde da força dos quartéis.

NO O ANTAGONISTA
A vontade das ruas
Brasil 06.12.16 08:18
O PT já tem um aliado em seu plano para arrebentar o Brasil.
Randolfe Rodrigues, da Rede, disse ao Estadão:
“A pauta do Senado deve ser suspensa. Devemos construir uma agenda que siga a vontade das ruas”.
As ruas pediram o enterro das manobras contra a Lava Jato e o afastamento de Renan Calheiros.
Só os meliantes do PT jogaram coquetel molotov na PEC 241.
Moro é um bandido
Brasil 06.12.16 07:57
Seis meses atrás, em 7 de junho, reproduzimos a conversa celerada entre Jorge Viana e Roberto Teixeira.
Releia aqui:
Para Jorge Viana, Moro é um bandido
Brasil 07.06.16 09:55
O petista Jorge Viana, que pode ocupar o lugar de Renan Calheiros no Senado, foi grampeado numa conversa com Roberto Teixeira, advogado de Lula.
Ele chamou o juiz Sergio Moro, os procuradores da Lava Jato e os delegados da PF de "bandidos". E sugeriu uma estratégia para obstruir a Justiça:
JORGE: Talvez.. olha a minha ideia.. falei até com o DAMOUS. Talvez seja a única oportunidade que o presidente tem de por fim a essa perseguição, essa caçada contra ele. Se numa segunda-feira, por exemplo, reflitam sobre isso, ele chamar uma coletiva e comprar e estabelecer uma relação, um diálogo com seu MORO pela, ao vivo, MORO, PROMOTORES, DELEGADOS, dizendo que ele não aceita mais que ele persiga a família dele porque ele tá agindo fora da lei, os promotores fulano e ciclano estão agindo fora da lei, os delegados fulano e ciclano e quem age fora da lei é bandido e que se ele quiser agora vim prendê-lo, que venha, mas não venha prender minha mulher, prender meus netos, nem meus filhos.. E forçar a mão nele pra ver se ele tem coragem de prender por desacato a autoridade, porque aí, aí eles vão ter uma comoção no país, porque ele vai tá defendendo a família dele, a honra dele.. dizer: olha, eu estou defendendo a minha honra, você está agindo fora da lei, quem age fora da lei é bandido.. me sequestraram, me colocaram.. eu não sei, tinha que pensar algo parecido com isso e dar uma coletiva e provocar e dizer que não vai aceitar mais..
ROBERTO TEIXEIRA: Perfeito.
JORGE: Não aceita, em hipótese nenhuma.. se rebelar.. greve de fome, alguma situação.. você tem também alguma insubordinação judicial, não aceito mais ser investigado por esse bando que tá agindo fora da lei e querendo alcançar minha família, minha mulher, meus filhos e meus netos. Não aceito mais. Me prendam. Se prenderem ele, aí vão prender e tornar um preso político, aí nós fazemos esse país virar de cabeça pra baixo. Fora disso eu não vejo saída (ininteligível)
ROBERTO TEIXEIRA: É.. mas isso, mas viu, JORGE, ele anunciou isso, falou isso, ele disse que vai varrer o Brasil inteiro, vai denunciar isso o tempo todo..
JORGE: Isso não funciona.
ROBERTO TEIXEIRA: E agora..
JORGE: Não tem clima no interior do Brasil pra ele vir, pra ele andar. Ele tem que fazer uma ação ao vivo chamando coletivas, isso é mais forte do que ele fazer comício, fazer coisa.. gente, o clima tá muito ruim contra nós, não há uma comoção. Ele tem que botar a família dele, fazer a defesa e virar a fazer..
ROBERTO TEIXEIRA: Entendi.
JORGE: E fazer um confronto direto com eles. Se não fizer isso agora, não tem clima pra andar no Brasil.
ROBERTO TEIXEIRA: Perfeito.
JORGE: Esses caras tão trabalhando há muito tempo esse ambiente. (ininteligível).
JORGE: Diga: me prenda, eu estou aqui. Vou ficar nesse endereço esperando a chegada dos seus subalternos com o mandado de prisão. Se ele prender, o LULA vira um preso político e vira uma vítima, se não prender, ele também se desmoraliza. Tem que virar o jogo agora. Esse negócio de andar o Brasil, de falar, isso não vai funcionar, isso foi num passado distante. Tem clima, e isso tem que ser feito urgente, porque senão no dia 13 vai ter milhões de pessoas na rua querendo a prisão do LULA. Eu to dando um toque, eu to no andar de baixo andando e é só mais pra vocês refletirem um pouco se puder.
ROBERTO TEIXEIRA: Perfeito. Vamo, vamo refletir sim, vamo transferir isso aqui. Ele agora vai estar num ato aqui dos bancários, que ele vai agora falar pro povo, né? E..
JORGE: Eu não sei, mas você fala, diz: ó, foi uma possibilidade, LULA, existe greve de fome quando alguém se rebela e não aceita determinadas coisas, na parte judicial, porque ninguém do Supremo vai dar colhida mais ao LULA, mas tem muitas manifestações favoráveis. Se o LULA colocar como o defensor da família dele, da mulher, dos filhos e desafiar e dizer que eles tão agindo fora da lei, como agiram hoje fora da lei, quem age fora da lei é bandido e dizer: vocês são bandidos, agiram foram da lei. Só vai ter uma saída: ou o cara prende ele ou fica desmoralizado. Não aceito mais. Que o judiciário ponha um juiz isento pra me investigar, ponha um promotor isento pra me investigar, ponha é.. é.. delegado da polícia federal isento.. esse MOSCARDI veio aqui no Acre, fez uma operação contra o PT, nós denunciamos pro ZÉ EDUARDO CARDOSO, entramos com uma representação há seis anos contra esse delegado que pegou o presidente hoje. Ele é um inimigo do PT e tava lá. Agora, o presidente não tem outra oportunidade. Pra mim ele tem que fazer no máximo até segunda-feira, chamar uma coletiva e insubordinar e dizer que não aceita mais, não aceita mais e dizer: olha, vocês estão agindo fora da lei, e quem age fora da lei é bandido (ininteligível) o senhor está agindo como bandido, e o senhor não tem moral de me apurar de me investigar, eu to falando como cidadão, não é como ex-presidente, cidadão. Aqui está a constituição. Pense nisso. Reflita, porque nós não vamos ter outra oportunidade igual ao dia de hoje, não.
"Fazemos o país virar de cabeça para baixo"
Brasil 06.12.16 07:46
É preciso ouvir novamente a conversa entre Jorge Viana e Roberto Teixeira, o advogado de Lula.
Jorge Viana disse que, se Lula fosse preso, o PT viraria o país de cabeça para baixo.
Estamos aguardando ansiosamente.
Um petista sozinho
Brasil 06.12.16 07:38
O Palácio do Planalto disse ao Estadão que Jorge Viana pode tentar barrar a PEC do Teto e destruir o País, mas não será tão simples assim.
“O calendário já está fixado e a oposição no Senado é francamente minoritária. Assim como Renan não conseguiu sozinho impor a urgência do pacote das dez medidas, Viana sozinho não conseguirá atrasar a PEC do Teto”.
Viva Renan
Brasil 06.12.16 07:17
A imprensa adora Renan Calheiros.
Os jornais repetem que, sem ele, será mais complicado aprovar medidas fundamentais para a economia.
Da noite para o dia, o principal articulador do golpe contra a Lava Jato se tornou o patrono da estabilidade institucional.
A imprensa adora Renan Calheiros. E detesta a Lava Jato.
O tamanho de Jorge Viana
Brasil 06.12.16 06:55
Renan Calheiros, no comando do Senado, representava os interesses de todos os congressistas implicados na Lava Jato.
Ele representava também os interesses de Lula.
Jorge Viana representa apenas a ORCRIM petista.
Ele nunca vai conseguir unir todos os senadores em torno de um projeto para sabotar a Lava Jato. Ele é menor do que isso.
Risco PT e risco Renan
Brasil 06.12.16 06:22
A PEC 241 tem de ser aprovada na semana que vem.
Se Jorge Viana aproveitar o afastamento de Renan Calheiros para mudar a pauta do Senado e quebrar o Brasil, o PT vai apanhar novamente nas ruas e nas urnas.
O maior perigo, neste momento, é que Renan Calheiros retome o comando do Senado e saia atirando para todos os lados.
Ele é capaz de tudo.
El Bigodón comandará Congresso Nacional
Brasil Segunda-feira, 05.12.16 23:28
Uma vez confirmado o afastamento de Renan Calheiros, quem assume o comando do Congresso Nacional é Waldir Maranhão, "El Bigodón".
Isso ocorre porque a composição da Mesa do Congresso é composta pelos membros equivalentes nas duas Casas, alternadamente. Viana não faz parte da Mesa do Congresso Nacional.
O presidente do Senado é o presidente do Congresso Nacional, já o vice-presidente é o vice da Câmara. Com a saída de Renan, Maranhão assume o comando das sessões conjuntas.
A política brasileira é amaldiçoada.
Jorge Viana, o solidário
Brasil 05.12.16 22:21
O Antagonista apurou que Jorge Viana foi solidário a Renan Calheiros. O Antagonista.
Marco Aurélio reagiu a Toffoli e às ruas
Brasil 05.12.16 22:05
O Antagonista apurou que a decisão de Marco Aurélio Mello foi precipitada pelo pedido de vista "obstrutivo" de Dias Toffoli, que chegou a acusar o colega de não enviar os autos a seu gabinete - sendo que o processo é digital.
Além disso, Marco Aurélio já estava com o caso entalado na garganta desde que o alvo era Eduardo Cunha. O ministro decidiria pelo afastamento do presidente da Câmara, mas acabou surpreendido com liminar de Teori Zavascki.
Só para lembrar: a ação da Rede tinha como alvo prioritário Cunha, mas perdeu o objeto depois que Zavascki decidiu afastá-lo com base em outra ação.
Recentemente, a ação da Rede - que discute o impedimento de réus na linha sucessória da Presidência da República - recobrou importância com a abertura de ação penal contra Renan.
Marco Aurélio viu seu parecer se aprovado pela maioria do STF, mas o julgamento acabou interrompido com o pedido de vista de Toffoli. Com a liminar, o ministro se vingou.
E, embora negue oficialmente, sua decisão foi também uma resposta ao anseio das ruas pela saída de Renan - demonstrado nas manifestações de ontem em todo o país.
A CALAMIDADE FINANCEIRA DE MINAS GERAIS
Brasil 05.12.16 21:25
Como O Antagonista antecipou, Fernando Pimentel decretou hoje estado de "calamidade financeira" de Minas Gerais. No texto, ele fala em "crescente déficit financeiro decorrente do histórico de crescimento de despesas".
Esqueceu de falar da corrupção?
Confira AQUI a íntegra.


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