PRIMEIRA EDIÇÃO DE 22-02-2017 DO "DA MÍDIA SEM MORDAÇA"

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
QUARTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO DE 2017
A ex-presidente Dilma ameaça disputar a Câmara ou o Senado em 2018, mas é conversa fiada: a Lei Ficha Limpa torna inelegível quem é condenado por órgão colegiado por crime contra a administração. Foi o que aconteceu com ela, ao ser julgada e cassada no Senado. Ministros já afirmaram a esta coluna que, provocado, o Supremo Tribunal Federal deverá anular o fatiamento promovido pelo Senado, que a cassou, mas não suspendeu seus direitos políticos por 8 anos.
Para ministros do Supremo ouvidos pela coluna, “no caso concreto” uma ação civil pública impediria de imediato o registro da candidatura.
O Artigo 1º da Lei das Condições de Inelegibilidade, alterado pela Ficha Limpa, é claro: crimes contra a administração rendem inelegibilidade.
A Resolução 35/2016 do Senado não inabilitou Dilma automaticamente, mas cassou o mandato “sem prejuízo das demais sanções judiciais”.
Filiada ao PT-RS, Dilma precisaria de muita lábia junto ao eleitor: ao ser expulsa do Planalto, sua rejeição no Rio Grande do Sul era de 85%.
Enquanto a Índia inaugura a maior usina de energia solar do mundo, o Brasil segue na vanguarda do atraso priorizando a produção de fontes poluidoras, além de mais caras, como as térmicas. Produzida ao custo de US$5 por MW/h (R$15 o MW/h), a matriz se mostrou a fonte mais barata disponível. Em leilão recente no Brasil, o valor contratado por MW/h foi de R$83,49 para hidrelétricas e R$135 para usinas térmicas.
Alta fonte no Tribunal de Contas da União negou haver recomendação para cancelar aquisição de energia solar e eólica pelo governo.
O governo usou a suposta recomendação do TCU para cancelar leilão em 2016 e alegou haver “sobra de energia”, apesar da alta nas contas.
A Índia criou 270 mil empregos apenas com o investimento em energia solar, em 5 anos. Nos EUA, o setor emprega 374 mil pessoas.
PT e PCdoB se alojaram na primeira fila da sabatina, fazendo caras e bocas, mas Alexandre de Moraes não se incomodou. Respondeu o que quis e evitou comentar “questões que podem vir a ser julgadas”.
Faltou coragem aos governadores para se solidarizar mais enfaticamente ao Espírito Santo, vítima do motim covarde de PMs. Fizeram uma nota. O governador Paulo Hartung, ao contrário, mandou muito bem, encarando o movimento criminoso.
Maria Tereza Uille, recém-indicada ao Conselho Nacional de Justiça, está entre os avaliados para ministro da Justiça. Ela tem livre trânsito junto a ministros do Supremo Tribunal Federal, como Gilmar Mendes.
Michel Temer acha o vice-procurador geral José Bonifácio Andrada “excelente nome” para ministro da Justiça, mas, egresso do MP, sabe que a subordinação a um procurador provocaria urticária na PF.
Ao proibir a transmissão do clássico Atlético x Coritiba pelo Youtube, a Federação Paranaense agiu como o carteiro contra e-mail, diz Luiz Fernando Pereira, advogado. É o passado inconformado com o futuro.
O ministro Maurício Quintela (Transportes) garante que a Constran, do grupo UTC de Ricardo Pessoa, líder do consórcio da obra para duplicar a BR-101 em Alagoas, “não tem inabilitação” ou qualquer impedimento.
Chamou atenção o papelão de Fátima Bezerra (PT-RN) na sabatina de Alexandre de Moraes. Ela se limitou a ler um papel. Pior: usando as mesmas expressões que a fizeram ler na comissão do impeachment.
Chegam a 62,4 mil as adesões ao abaixo-assinado do Change.org pelo fim de passagens aéreas para senadores e deputados. Nenhum dos 210 políticos investigados na “farra das passagens” foi punido.
Senadores investigados por corrupção poderiam mesmo ter exigido ontem “reputação ilibada” do sabatinado Alexandre de Moraes?

NO DIÁRIO DO PODER
'SURUBA SELECIONADA, NÃO'
SENADOR PEDE DESCULPAS POR CITAR 'SURUBA' E DIZ QUE SE REFERIA AOS MAMONAS
JUCÁ DIZ QUE SE REFERIA AOS 'MAMONAS ASSASSINAS', MAS É LOROTA
Publicado: terça-feira, 21 de fevereiro de 2017 às 18:55 - Atualizado às 00:18
Redação
O líder do governo no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR), pediu desculpas nesta terça-feira, 21, por ter usado o termo "suruba selecionada" ao se referir a proposta de restringir o foro privilegiado para processos judiciais envolvendo agentes públicos. "Se acabar o foro, é para todo mundo. Suruba é suruba. Aí é todo mundo na suruba, não uma suruba selecionada", disse ontem o peemedebista.
Na entrevista desta terça-feira, o senador repetiu que a redução do foro não poderia valer só para o Legislativo. Mas, afirmou que ontem sua declaração fora retirada de contexto. Alegou haver citado a música da banda Mamonas Assassinas, Vira-vira, para fazer referência ao termo suruba, mas que a reportagem não registrou tal fato. Mas, na entrevista, ele não fez qualquer referência à música dos Mamonas.
A afirmação de Jucá – investigado na Operação Lava Jato – foi uma reação à proposta em debate no Supremo Tribunal Federal (STF) de restringir o alcance da prerrogativa dos políticos ao mandato em exercício. Caso a medida avance, o peemedebista defende abranger integrantes do Judiciário e do Ministério Público. A proposta em discussão é que o direito só valha para denúncias de crimes praticados durante o exercício do mandato.
Primeiro, o senador falou em "suruba" para criticar a possibilidade de o foro ser restrito apenas a quem tenha mandato eletivo. Depois, ressaltou que o Supremo ainda vai decidir se caberá à própria Corte alterar a interpretação do foro ou apenas por meio de uma mudança na Constituição pelo Legislativo. "Não é coisa de curto prazo, para amanhã", disse.

LAVA JATO
STF REJEITA EMBARGOS POR UNANIMIDADE E SENADORA GLEISI HOFFMANN CONTINUA RÉ
SENADORA E MARIDO PAULO BERNARDO TERIAM RECEBIDO R$ 1 MILHÃO DE PROPINA
Publicado: terça-feira, 21 de fevereiro de 2017 às 19:46
Redação
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou por unanimidade nesta terça-feira, 21, os embargos de declaração apresentados pelo ex-ministro Paulo Bernardo contra a decisão do próprio colegiado, em setembro, que recebeu a denúncia contra a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), o empresário Ernesto Kugler Rodrigues e Paulo Bernardo, ex-ministro dos governos Lula e Dilma. Com a decisão, a Segunda Turma determinou a imediata reautuação do processo como ação penal, formalizando que os três denunciados se tornaram réus.
Ex-ministro dos governos Dilma e Lula, Paulo Bernardo, Gleisi Hoffmann e Ernesto Kugler Rodrigues foram investigados pelo recebimento de R$ 1 milhão de propina de contratos firmados entre empreiteiras e a Petrobras. O dinheiro que teria sido utilizado para custear parte da campanha eleitoral da petista em 2010, segundo a denúncia da PGR, que foi aceita pela Segunda Turma do STF em setembro passado.
Os embargos declaratórios podem ser aceitos para "sanar obscuridade, contradição, omissão, ou ainda para correção de erro material". Ao apresentar este tipo de recurso, a defesa do ex-ministro afirmou que há uma contradição entre a versão da acusação - de que Paulo Bernardo solicitou propina ao ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa - e depoimentos de Alberto Youssef e do próprio Paulo Roberto Costa, que em acareação posterior teriam negado haver recebido solicitação de vantagem indevida por parte do ex-ministro.
A Procuradoria-Geral da República havia se posicionado contra a aceitação dos embargos. "Tendo a inicial descrito adequadamente as condutas ilícitas atribuídas ao embargado, com base em elementos de prova que são suporte à narrativa, não há contradição passível de ser sanada. O embargante, na verdade, pretende rediscutir os fundamentos da decisão impugnada, objetivando a sua reforma, o que não se afigura possível em sede de embargos de declaração".

LAVA JATO
SEGUNDA TURMA DO SUPREMO LIVRA SARNEY DAS MÃOS DE SÉRGIO MORO
MINISTROS DECIDIRAM POR 4 X 1 QUE VÃO JULGAR O EX-PRESIDENTE
Publicado: terça-feira, 21 de fevereiro de 2017 às 18:38 - Atualizado às 19:39
Jorge Macedo
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu por 4 x 1 votos retirar do juiz Sérgio Moro a investigação contra José Sarney. Já havia em Curitiba um inquérito instaurado para apurar denúncias contra ele, feitas pelo delator Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro.
Como há parlamentares com foro privilegiado citados na delação, como os senadores do PMDB Romero Jucá e Renan Calheiros, as investigações agora ficarão por conta dos ministros da Suprema Corte.
A decisão ocorreu na tarde desta terça-feira, 21. O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo, foi voto vencido no julgamento. Votaram pela retirada do processo contra Sarney das mãos do juiz Moro todos os demais integrantes da segunda turma: Celso de Melo, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e Gilmar Mendes.

"AMNÉSIA COLETIVA"
SENADOR MAGNO MALTA IRONIZA COLEGAS NA SABATINA DE MORAES
SEGUNDO ELE, UMA "AMNÉSIA COLETIVA" TOMOU CONTA DOS SENADORES
Publicado: terça-feira, 21 de fevereiro de 2017 às 18:24
Jorge Macedo
O senador capixaba Magno Malta foi enfático e abusou do sarcasmo e ironia ao falar com o ministro licenciado da Justiça, Alexandre de Moraes, indicado pelo presidente da República, Michel Temer, para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal.
Segundo ele, uma "amnésia coletiva" tomou conta dos colegas presentes na Comissão de Constituição e Justiça. "O que é isso que estamos vendo aqui? Por favor, brincadeira tem hora!", ironizou.
Malta foi além e deu um recado claro aos senadores da oposição: "o presidente Temer realmente agiu mal e errou ao indicar uma pessoa próxima a ele para o Supremo. Sabe quem fez certo? O ex-presidente Lula, lembram, quando indicou alguém que ninguém conhecia? Um tal de Toffoli, que foi advogado do PT, que trabalhou na liderança do partido e que era advogado geral da União quando foi sabatinado", afirmou com sarcasmo.
Ao se referir a outros senadores, claramente integrantes da oposição, o senador disparou: "muita gente aqui agora adota a postura de leão contra o senhor, mas foram verdadeiros gatinhos quando estiveram aqui Toffoli e Fachin. Quero lembrar, ainda, o caso do ministro Barroso. Que se vendeu para nós como um legalista, mas tinha contra si processo no STJ por agressão a uma mulher, que inclusive mostrei aqui", alfinetou. (AE)

SÓ O CARNAVAL PERMANENTE RESOLVE
Por Carlos Chagas
Quarta-feira, 22-02-2017
A partir de hoje, ainda que desde muito antes, o Brasil é outro. As multidões que começam a lotar ruas e avenidas das principais e das pequenas cidades dão a impressão de sermos a mais feliz e mais rica das nações do Planeta. Todo mundo festeja, todo mundo pula, todo mundo canta. Miséria, doença, desemprego, corrupção e desesperança entram em cone de sombra por uma semana.
Bom que seja assim, ao menos uma vez no ano. Em Brasília, escafederam-se políticos, parlamentares, ministros, juízes, funcionários públicos e até professores. Celebram todos o tempo de esquecer as agruras, dificuldades e maus augúrios. Organiza-se a sociedade para festejar o interregno do esquecimento.
Deputados e senadores na mira da Operação Lava Jato tem a certeza de que a Polícia Federal não baterá às suas portas. Sequer o presidente Michel Temer poderá supor protestos e reclamos de qualquer ordem. Vazios, os tribunais deixam de produzir sobressaltos, ensejando tranquilidade para corruptos e condenados. Os desempregados respiram com alivio pelos dias em que não precisam lamentar-se nem ficar procurando trabalho.
Por que reduzir esse hiato de felicidade apenas ao período carnavalesco? Ideal seria prolongar a festa pelo ano inteiro. Algum dia surgirá quem proponha ao governo decretar o Carnaval Permanente para todo o território nacional. Caso contrário, melhor o cidadão comum preparar-se, porque depois da Quarta-Feira de Cinzas, enfrentaremos o pior dos mundos.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
Ignore a direita xucra! Decisão de STF sobre Sarney está correta
Se as informações sobre Sarney fossem usadas também por Moro, seria um absurdo, a saber: dois tribunais investigando uma mesma pessoa pelo mesmo crime
Por Reinaldo Azevedo
Quarta-feira, 22 fev 2017, 06h29
Vamos lá. O evento vem com todos os ingredientes para alimentar a indústria das teorias conspiratórias. O bueiro do inferno está aberto. A fedentina é literalmente do capeta. Ontem, a Segunda Turma do Supremo julgou uma questão que diz respeito ao ex-senador José Sarney. Um atrevido — que, sei lá como, tem meu número — já aproveitou para despachar por WhatsApp a sua baba verde. Segundo o sujeito, quatro ministros do Supremo já se uniram em favor da impunidade.
Quem ataca? A esquerda? Não! Nesse caso, é sua irmã gêmea e oposta: a direita xucra. É aquela turma que está alimentando Lula e o PT com o pão de ló de sua burrice compulsiva ou de seu oportunismo vigarista. Ao ponto.
Como sabem, Sérgio Machado — aquele bandidaço que pegou menos de três anos de cana, livrou a cara dos filhos e passa as horas numa mansão à beira da praia — acusou Renan Calheiros, Romero Jucá e José Sarney de tentarem obstar a Lava Jato. Já há um inquérito aberto no Supremo para investigar a questão. Machado acusa ainda o ex-senador de ter recebido R$ 16,25 milhões em propina, em dinheiro vivo, entre 2006 e 2014. Também teria sido beneficiado com R$ 2,25 milhões em doações oficiais, totalizando R$ 18,5 milhões. E tudo saído da Transpetro, que Machado comandava. A defesa de Sarney nega tudo.
Vamos lá. Sarney não tem mais foro especial. Ele só está no inquérito que tramita no Supremo porque seus supostos parceiros de conspiração têm foro especial por prerrogativa de função. Quando os casos estão imbricados, o tribunal pode decidir pelo não-desmembramento. Já lembrei aqui que bastaram três deputados com foro especial para que 38 réus do Mensalão fossem julgados no Supremo.
Ora, o que reivindicava a defesa de Sarney? Que esses fatos já investigados no Supremo — vale dizer: o conteúdo da delação de Machado que envolve o ex-senador — não fossem usados pelo juiz Sérgio Moro, na 13ª Vara Federal de Curitiba. A solicitação já havia sido feita ao ministro Teori Zavascki, que a recusou e determinou o compartilhamento das informações. O advogado de Sarney recorreu, e a turma decidiu, por 4 a 1 — Edison Fachin, o relator foi voto vencido —, que as informações não podem ser usadas por Sérgio Moro.
Ai, meu querido leitor, não tem jeito, né? Fica parecendo tratar-se de um braço de ferro entre o ex-senador e o juiz. Quem será necessariamente o bandido da história e quem será o mocinho? Ninguém tem dúvida. E não vou sugerir o contrário: que mocinho é Sarney, e bandido, o juiz Moro.
É preciso analisar se a decisão tomada é certa ou errada, independentemente dos alvos, não?
Notem: se as informações sobre Sarney passassem a ser usadas também por Sérgio Moro, estaríamos diante de um absurdo, a saber: dois tribunais investigando uma mesma pessoa pelo mesmo crime: um de Primeira Instância e um de Corte superior.
“Se Sarney não tem direito a foro especial, por que não fica tudo na Primeira, então?” Admitamos, por hipótese, que todos serão ou seriam condenados: ora, pelo mesmo crime, esses condenados pegariam penas definidas com critérios distintos. E o Estado que pune é um só.
Fachin manteve o voto de Zavascki — não posso dizer se por reverência. Deu uma declaração que não faz muito sentido: “Não se trata de desmembramento dos fatos, apenas de compartilhamento das informações.” É, desmembramento não seria, mas Sarney estaria sendo investigado duas vezes, e uma de maneira informal.
Qualquer pessoa que tenha um compromisso mínimo com o Estado de Direito sabe que a decisão foi correta.
Atenção! Não vou contar até três e alguém publicará alguma boçalidade com o seguinte título: “A Lava Jato sob risco!”
Ah, claro! Você pode decidir compartilhar a alfafa com os xucros e as xucras e acreditar que nada menos do que quatro ministros do Supremo se uniram numa conspiração!

NO BLOG DO JOSIAS
PSDB vive o seu momento PT no Rio de Janeiro
Josias de Souza
Quarta-feira, 22/02/2017 04:09
Ninguém disse ainda, talvez por pena. Mas o PSDB flerta com a decadência. É plenamente correspondido. Sua brigada fluminense achou que podia tirar algum proveito político da ruína fiscal do Rio de Janeiro. E votou contra a privatização da Cedae, a companhia de saneamento do Estado. Jogou no lixo a própria história. Trocou a coerência pela oportunidade de viver o seu momento PT.
O ninho passou a brigar consigo mesmo. O Instituto Teotônio Vilela, braço acadêmico do PSDB, divulgou um texto que trata a futura venda da Cedae como “pontapé inicial de uma onda saneadora” nos Estados.” Sustenta que “é hora de vender” as estatais mal geridas. Chama de “obtusa” e “míope” a “pregação petista” segundo a qual privatização é “coisa do demônio”. Quer dizer: o PSDB federal disse, com outras palavras, que os tucanos do Rio têm mais bico do que cabeça.
Noutro documento, tucanos de fina plumagem como Edmar Bacha, Gustavo Franco e David Zylbersztajn anotaram ter estranhado a posição da bancada do PSDB na Assembléia Legislativa do Rio. Acrescentaram que o partido ''personifica a moderna social-democracia, que encara a privatização sob o prisma dos interesses da população, da sua lógica econômica, e da eficiência nos serviços prestados, sobretudo, para os mais pobres.''
Tudo isso ocorre num instante em que a imagem do tucanato já está estilhaçada. Depois de sonhar que chegaria ao Planalto dinamitando a chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral, o PSDB tomou o atalho do impeachment e vive o pesadelo de ser força auxiliar do governo do PMDB.
Há mais: separados em tudo, os grão-tucanos Aécio Neves, José Serra e Geraldo Alckmin juntaram-se nas planilhas da Odebrecht. Há pior: nas pesquisas, os presidenciáveis tucanos assistem à recuperação de Lula enquanto derretem.
Aécio e Alckmin já despontam como sub-Bolsonaros. A derrocada tucana é construída com método. O PSDB sempre imaginou que tivesse um destino. Não pensou que viraria uma fatalidade.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017
Movimentos de Massa e Forças Armadas
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos I. S. Azambuja (*)
O texto abaixo foi transcrito do livro “Fanatismo e Movimentos de Massa”, escrito por ERIC HOFFER, e editado em dezembro de 1968 pela Editora Lidador Ltda. Guardadas as devidas proporções, esse livro ombreia-se com “O Príncipe”, de Maquiavel. Eric Hoffer (25 de julho de 1902, em Nova York, EUA21 de maio de 1983, Califórnia, EUA) foi um escritor estadunidense. Escreveu dez livros e recebeu a Presidential Medal of Freedom em Fevereiro de 1983. Seu primeiro livro, "The True Believer", publicado em 1951, foi reconhecido como um clássico.
________________________

É conveniente darmos uma olhada nas semelhanças e diferenças entre os movimentos de massas e as FF AA.
As semelhanças são muitas: tanto os movimentos de massas como as FF AA são corpos coletivos. Ambos tiram ao indivíduo sua distinção e entidade separada; ambos exigem auto-sacrifício, obediência cega e dedicação absoluta; ambos fazem extenso uso da ilusão para promover a ousadia e a ação conjunta, e ambos podem servir de refúgio aos frustrados que não podem suportar uma existência autônoma. Um corpo militar como a Legião Estrangeira atrai muitos tipos, que geralmente acorrem a juntar-se a um novo movimento. E é igualmente verdadeiro que o recruta e o agitador comunista muitas vezes pescam nas águas turvas da desordem.
Mas diferenças são fundamentais: o Exército não preenche as necessidades de uma nova maneira de vida; não é uma estrada da salvação. Pode ser usado como um bastão nas mãos de um ditador, para impor uma nova maneira de vida e forçar os outros a engoli-lo. Mas as FF AA são, principalmente, um instrumento para a preservação ou expansão de uma ordem estabelecida – velha ou nova. É um instrumento temporário que pode ser montado e desmontado à vontade. 
O movimento de massas, pelo contrário, parece ser um instrumento de eternidade, e aqueles que o adotam fazem-no para toda a vida. O ex-soldado é um veterano, um herói, até; o ex-crente convicto é um renegado. O Exercito é um instrumento para fomentar, proteger e ampliar o presente. O movimento de massas vem para destruir o presente. Sua preocupação é com o futuro, e dessa preocupação extrai seu vigor e seu impulso. Quando um movimento de massas começa a se preocupar com o presente, isso significa que ele já se firmou. Deixa, então, de ser um movimento e passa a ser uma organização institucional – uma Igreja estabelecida, um governo ou um Exército (de soldados ou de trabalhadores) -.
O Exército popular, que é, muitas vezes, subproduto do movimento de massas, retém muitas das armadilhas do movimento: eloqüência, slogans, símbolos, mas como qualquer outro Exército é unido menos pela fé e entusiasmo do que pelo apaixonado mecanismo do esprit de corps e da coesão. Logo perde o ascetismo e unção de uma congregação sagrada e apresenta o entusiasmo e gosto pelas alegrias do presente, que são as características de todos os exércitos.
Sendo um instrumento do presente, o Exército trata principalmente do possível. Seus líderes não confiam em milagres. Mesmo quando animados por uma fé ardente, são abertos à transigência. Enfrentam a possibilidade de derrota e sabem render-se. O líder do movimento de massas, pelo contrário, tem um absoluto desprezo pelo presente, por todos os seus teimosos fatos e perplexidades, mesmo os de geografia e clima. Confia em milagres. Seu ódio pelo presente (seu niilismo) vem a tona quando a situação se torna desesperada. Prefere destruir sua Pátria e seu povo a render-se.
O espírito de auto-sacrifício dentro das FF AA é fomentado pela devoção ao dever, pela ilusão, esprit de corps, fé num líder, esportividade, espírito de aventura e desejo de glória. Esses fatores, ao contrário dos empregados pelos movimentos de massa, não provêm da depreciação do presente e a revolta contra um ego indesejável. Podem desenvolver-se, portanto, numa atmosfera sóbria. O soldado fanático é, geralmente, um fanático transformado em soldado e não o contrário.
O espírito de auto-sacrifício do Exército está expresso nobremente nas palavras que Serpedon disse a Glauco, ao atacarem as muralhas gregas: “Ó, meu amigo, se nós, deixando esta guerra, pudéssemos fugir à idade e à morte, eu não estria aqui lutando. Mas agora, como são muitos os modos de morte pendentes sobre nós, à qual nenhum homem pode escapar, vamos agir e dar fama a outros homens, ou conquistá-la para nós mesmos”.
A diferença mais notável entre os movimentos de massa e as FF AA é sua atitude para com a multidão e a população. Observa De Tocqueville que “os soldados são os homens que mais facilmente perdem a cabeça e que geralmente se mostram mais fracos nos dias de revolução”. Para o general típico, a massa é algo que seu Exército se transformaria se tivesse que separar-se. Ele tem mais consciência da inconstância da massa e de sua disposição para a anarquia do que sua tendência para o auto-sacrifício. Considera-a mais o subproduto de um corpo coletivo em desintegração do que a matéria-prima de um novo mundo. Sua atitude é um misto de receio e desprezo. Ele sabe como suprimir a massa, mas não como conquistá-la.
O líder de um movimento de massa, pelo contrário – de Moisés a Hitler – tira sua inspiração do mar de rostos levantados, e o rugido das massas é como se fosse a voz de Deus em seus ouvidos. Ele vê uma força irresistível ao seu alcance – uma força que só ele pode domar. E com essa força ele varre impérios e exércitos, e todo o poderoso presente. O rosto da massa é como “o rosto das profundezas”, de onde, como Deus no dia da Criação, ele extrairá um novo mundo. 
(*) Carlos I. S. Azambuja é Historiador.

NO O ANTAGONISTA
As trevas de Janete
Brasil Quarta-feira, 22.02.17 07:21
Dilma Rousseff deu uma pedalada nas contas de luz.
E o rombo de 62,2 bilhões de reais terá de ser pago pelos consumidores nos próximos oito anos.
O Globo explicou:
“Mais de quatro anos depois de a presidente Dilma Rousseff intervir no setor elétrico para reduzir a conta de luz em 20% — queda que foi anulada por aumentos que ultrapassaram 50% em 2015 —, um novo esqueleto do setor elétrico ganhou corpo ontem.
A Agência Nacional de Energia Elétrica bateu o martelo e definiu em R$ 62,2 bilhões o valor de indenizações a transmissoras de energia.
O consumidor vai arcar com esta fatura nas contas de luz até 2025. A estimativa é que esta decisão signifique um efeito médio de alta nas tarifas de 7,17% este ano”.
Dilma Rousseff é assombrosamente incompetente. Mas o desfalque no setor elétrico faz parte de seu estelionato eleitoral. Ela apagou a luz da democracia.
A conta do PT
Brasil 22.02.17 06:59
A manchete de O Globo resume perfeitamente o legado de Janete:

Memórias póstumas de Marisa Letícia
Brasil 22.02.17 06:37
O advogado de Lula usou o cadáver de Marisa Letícia para atacar o juiz Sergio Moro.
Leia um trecho do artigo que ele publicou - é claro - na Folha de S. Paulo:
“O agente público envolvido na divulgação de conversa telefônica de Marisa não foi alvo sequer de uma investigação.
Com efeito, a corregedoria do TRF4 arquivou representação contra o magistrado que autorizou a divulgação do material privado. A decisão foi confirmada, por 13 votos contra 1, no órgão máximo daquela corte (…).
A afronta ao ordenamento e à dignidade de Marisa ficará sem qualquer consequência jurídica. Nem mesmo a suspeição do juiz responsável pelas violações apontadas foi reconhecida”.
Cadáver no banco dos réus
Brasil 22.02.17 06:35
Os procuradores da Lava Jato encaminharam um pedido ao juiz Sergio Moro para que os processos contra Marisa Letícia sejam extintos.
O advogado de Lula quer mais do que isso.
Ele quer que o cadáver de Marisa Letícia seja julgado e absolvido.
Coitado do Sarney
Brasil  Terça-feira, 21.02.17 21:06
Celso de Mello disse, recentemente, que o foro privilegiado não beneficia ninguém.
Deve ser por isso que votou contra entregar José Sarney a Sérgio Moro.
Coitado do Sarney, vai ser submetido a um processo rápido e rigoroso no STF.
CPMF é uma vergonha
Economia 21.02.17 21:01
Recriar a CPMF é uma vergonha, assim como criar qualquer novo imposto.
O governo precisa, repetimos, é diminuir de tamanho urgentemente.
Mas não podemos esperar isso de Michel Temer.
Em defesa da CPMF
Brasil 21.02.17 20:29
O relator da reforma tributária, Luiz Carlos Hauly, defendeu a recriação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).
Segundo Hauly, a CPMF deveria substituir o IOF, um imposto mais nocivo, na sua opinião.
Cabral: réu pela quinta vez
Brasil 21.02.17 20:49
O juiz federal Marcelo Bretas aceitou agora à noite a quinta denúncia do MPF apresentada contra Sérgio Cabral e dois de seus operadores financeiros. Os três são acusados de lavagem de dinheiro.
PROCURADORIA FAVORÁVEL À CASSAÇÃO DE PIMENTEL
Brasil 21.02.17 18:03
Acaba de sair o parecer da Procuradoria Regional Eleitoral em Minas Gerais favorável à cassação do governador Fernando Pimentel e de seu vice na ação movida pelo PSDB por irregularidades nos gastos da campanha eleitoral — leia aqui.
O julgamento ocorrerá na próxima quinta-feira, dia 23.
EXCLUSIVO: LARANJA DIZ QUE LEVAVA DINHEIRO PARA VACCARI E FERREIRA
Brasil 21.02.17 16:24
No seu depoimento a Herman Benjamin, na ação contra a chapa Dilma-Temer que corre no TSE, Jonathan Gomes Bastos disse que levava dinheiro para os petistas João Vaccari Neto e Paulo Ferreira, a pedido de Carlos Cortegoso.

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