SEGUNDA EDIÇÃO DE 20-10-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NO BLOG DO EGÍDIO SERPA
Bandas de forró: PF pode chegar às Prefeituras
Diário do Nordeste - 004:16 · 20.10.2016 / atualizado às 04:21 · 20.10.2016 por Egídio Serpa
O blog conversou com uma fonte bem entrosada no setor de promoção de shows e, principalmente, no das bandas de forró.
A fonte contou que, se a Polícia Federal e a Receita Federal estenderem para as prefeituras municipais do Ceará a sua atual “Operação For All”, encontrarão, provavelmente, novas e mais fortes emoções.
Aqui no Ceará, a Polícia Federal descobriu um esquema de sonegação fiscal que alcança, à primeira vista, mais de R$ 500 milhões.
Integrantes de duas das mais famosas bandas cearenses de forró estão envolvidos no escândalo.
As multas a serem aplicadas pela Receita Federa serão pesadas, muito pesadas.
Já se ouvia falar em todo canto que o mercado das bandas de forró escondia sonegação de impostos, mas não se tinha a ideia de que essa sonegação seria tão grande.

NO BLOG DO ROBERTO MOREIRA
Farra com dinheiro público no sertão
Diário do Nordeste - 006:20 · 20.10.2016 / atualizado às 04:54 · 20.10.2016 por Roberto Moreira
Em Iguatu,CE, na maior cara de pau, os vereadores decidiram dobrar os salários, passaram os proventos de R$ 4,8 mil para R$ 10 mil por mês, além da verba de gabinete.
A partir de Iguatu, o Cariri foi contaminado. As Câmaras estão reajustando os salários
em percentuais entre 25% e 100%. Juazeiro, Crato e Barbalha estão na pauta.

NO BLOG DO FAUSTO MACEDO
Procuradoria vê lavagem em empréstimo de R$ 250 mil da Cristo em Casa à mulher de Cunha
Força-tarefa da Lava Jato suspeita que transação entre igreja evangélica e Cláudia Cruz abrigou propinas recebidas pelo ex-deputado
Julia Affonso, Mateus Coutinho, Ricardo Brandt, enviado especial a Curitiba, e Fausto Macedo
Estadão - 20 Outubro 2016 | 05h15
Eduardo Cunha e Cláudia Cruz. Foto: Dida Sampaio/Estadão

A força-tarefa da Operação Lava Jato identificou um empréstimo de R$ 250 mil da Igreja Evangélica Cristo em Casa para a mulher do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso por envolvimento no esquema de corrupção instalado na Petrobrás. No pedido de prisão do peemedebista, a Procuradoria da República, no Paraná, destaca um ‘empréstimo simulado como estratagema para lavagem de dinheiro’.
A Igreja Evangélica Cristo em Casa pertence ao radialista Oliveira Francisco da Silva, ex-deputado federal e aliado de Cunha.
“A partir da DIRF (Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte) de Cláudia Cruz, identificou-se a declaração de um empréstimo supostamente contraído junto a Francisco Oliveira da Silva, presidente da Igreja Evangélica Cristo em Casa de R$ 250 mil no ano de 2008. Contudo, realizada a quebra de sigilo bancário de Cláudia Cruz e de Francisco Oliveira da Silva, não foram identificados relacionamentos financeiros entre as partes”, observam os procuradores.
“Ao que tudo indica, Francisco Oliveira da Silva jamais emprestou dinheiro a Cláudia Cruz, sendo lógico que a simulação do contrato de mútuo serviu apenas como uma fraude para dar lastro para o ingresso de recursos espúrios provenientes dos crimes praticados por Eduardo Cunha no patrimônio da investigada”, aponta a Lava Jato.
Em depoimento à Lava Jato, em abril deste ano, Cláudia Cruz declarou que conhece Francisco Oliveira da Silva, presidente da Igreja Evangélica Cristo em Casa e que ‘nunca teve situação de necessidade financeira’. A mulher de Cunha foi questionada sobre o empréstimo e disse, na ocasião, nada saber ‘sobre este fato’.
Eduardo Cunha foi preso na quarta-feira, 19, por ordem do juiz federal Sérgio Moro e a pedido da força-tarefa da Lava Jato. O magistrado mandou capturar preventivamente o ex-deputado, que responde a uma ação penal na 13ª Vara Federal de Curitiba, de titularidade de Sérgio Moro, sob o argumento de ‘risco à ordem pública e à instrução penal’.
Cláudia Cruz é ré na Lava Jato. A mulher do peemedebista é acusada de lavagem de dinheiro. Segundo denúncia do Ministério Público, Cláudia teria evadido cerca de US$ 1 milhão por meio de contas secretas no exterior abastecidas por seu marido com dinheiro da corrupção na Petrobrás.
A reportagem tentou contato com o presidente da Evangélica Cristo em Casa, mas ele não foi localizado. O espaço está aberto para sua manifestação.

NO O GLOBO
Cabral presenteou sua mulher com anel de R$ 800 mil pago por Cavendish
Joia comprada em Mônaco é uma das provas apresentadas pelo empreiteiro à força-tarefa da Lava-Jato
POR CHICO OTAVIO E DANIEL BIASETTO
Quinta-feira, 20/10/2016 4:30 / atualizado 20/10/2016 9:46
Cabral e sua mulher Adriana Ancelmo já com o anel, circulado em vermelho, em jantar no restaurante 'Luís XV', em Mônaco - Reprodução/Blog do Garotinho

RIO - O propósito era fazer uma surpresa à mulher, mas o primeiro a se espantar com o presente de Sérgio Cabral para a então primeira-dama, Adriana Ancelmo, foi o empreiteiro Fernando Cavendish, dono da Delta Construções. Cabral o convidou para bater perna pelas lojas de Mônaco, onde ambos estavam, atrás de uma recordação para Adriana. Ela aniversariava no dia seguinte, 18 de julho de 2009. Na porta da filial da Van Cleef & Arpels, famosa joalheria, na Place du Casino, o governador do Rio pegou o empresário pelo braço e entrou. Nada olhou, pois o presente já estava reservado: um anel de ouro branco e brilhantes. Só ali, quando tudo já estava decidido, Cavendish descobriu que a conta lhe caberia. Valor: € 220 mil (cerca de R$ 800 mil).
Cavendish, que faria em Mônaco a maior compra de sua vida em cartão de crédito, deixou a loja com a suspeita de que já estava tudo armado e a promessa do amigo de que a dívida seria acertada mais à frente.
Uma foto de Cabral com Adriana, na qual a mulher exibe o anel na mão esquerda, é uma das provas exibidas por Cavendish à força-tarefa da Lava-Jato no Rio e em Brasília para provar a compra. O empresário, que cumpre prisão domiciliar, está negociando a delação premiada. Ele também entregou a nota fiscal, o certificado de compra e o comprovante de pagamento com cartão de crédito. Depois que a amizade com Cabral foi rompida, contou Cavendish, o anel foi devolvido a ele por um amigo do ex-governador, Paulo Fernando Magalhães Pinto.
A fotografia, segundo O GLOBO apurou, foi feita no estreladíssimo restaurante Le Louis XV, do chef Alan Ducasse, no Hotel de France, em Mônaco, onde o grupo de amigos liderado por Cabral estava hospedado. O presente foi dado por Cabral durante o jantar, na presença de Cavendish, da então namorada do empresário, Jordana Kfouri, do ex-secretário de Saúde Sérgio Côrtes e mulher, e do então assessor de Cabral, Luiz Carlos Bezerra e mulher.
Um vídeo, divulgado pelo ex-governador Anthony Garotinho em seu blog, em 2012, também exibe Adriana com o anel no dedo enquanto os convidados cantam “Parabéns pra você” puxado por Cabral. O grupo, de acordo com Cavendish, fazia um tour de dez dias pela França, motivado também por um show da banda U2 em Nice. Mas Garotinho confunde esta viagem com outra à França, em setembro daquele mesmo ano, que ficou famosa pela sequência de fotos dos amigos empresários e secretários estaduais com guardanapos na cabeça.
Documento da Ford Ranger presente de Cavendish para Sérgio Cabral - Terceiro / Agência O Globo

Até então, relatou o empresário, o presente mais expressivo que dera a Cabral foi um carro. E mesmo assim, a Ford Ranger 2007, placa KXG 0628, saiu de uma concessionária, em março daquele ano, em nome de Magalhães Pinto, por ser amigo de confiança de Cabral, para evitar a associação direta do mimo com o empreiteiro. Para provar que o carro é de Cabral, Cavendish tem fotos do governador na Ranger. Quando se separou por um tempo de Adriana Ancelmo, Cabral morou no apartamento de Magalhães Pinto em Ipanema.
Cabral e Cavendish em clima de descontração no Hotel Ritz - Blog do Garotinho

O anel foi devolvido em 2012, quando Cabral rompeu com Cavendish após as revelações de que a Delta usava as empresas do bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, para lavar dinheiro. Esta descoberta foi um desdobramento da Operação Monte Carlo da PF, deflagrada em Goiás para desarticular uma organização que explorava máquinas caça-níqueis, e levou à prisão o diretor da Delta Centro-Oeste, Claudio Abreu.
RELAÇÃO COM EMPREITEIROS
Cavendish, acuado, foi ao encontro de Magalhães Pinto, a quem pediu que levasse um apelo a Cabral, no sentido de evitar que a empresa fosse declarada inidônea. No meio da conversa, Magalhães Pinto lhe entregou o anel. Foi então que Cavendish percebeu que já não havia mais nada a fazer. Para ele, o gesto dizia tudo. A amizade, inciada em 2003, havia chegado ao fim.
Na negociação de delação, o empresário cita outros episódios que ajudam os investigadores a entender como cresceu tanto nos dois governos de Sérgio Cabral — entre 2009 e 2010, foram R$ 538 milhões em contratos com seis órgãos do Estado do Rio. Mas, para o próprio Cavendish, o anel da Van Cleef é a peça mais simbólica do tipo de relação que Cabral estabeleceu com empreiteiros.
O governador Sérgio Cabral e a primeira-dama Adriana Ancelmo deixam a cerimônia de cremação de Jordana Kfouri, uma das vítimas da queda do helicóptero na Bahia Foto: Marco Antônio Cavalcanti /Arquivo/O Globo

Um ano antes do rompimento da amizade entre Cavendish e Cabral, a queda de um helicóptero no Sul da Bahia expôs a relação íntima entre os dois. Na tragédia, morreram a namorada de seu filho Marco Antônio Cabral, Mariana Noleto, a mulher do empreiteiro e sua irmã, Fernanda, os filhos de ambas, a babá Norma Batista de Assunção e o piloto da aeronave, o empresário Marcelo Almeida, presidente do First Class Group e dono do Jacumã Ocean Resort, para onde ia o grupo.
Em outro episódio, em abril de 2012, fotos publicadas no blog do ex-governador Anthony Garotinho mostraram Cabral e os então secretários Wilson Carlos (Governo) e Sérgio Côrtes (Saúde) numa viagem a Paris na companhia de Fernando Cavendish. Numa das imagens, Wilson Carlos e Sérgio Côrtes dançam abraçados com Cavendish. O clima de comemoração era tanto que o grupo, bem desinibido, usou guardanapos amarrados na cabeça. Em outra sequência, Cabral é visto sorridente posando para fotos ao lado de Cavendish que, agachado, parece brincar com a situação. Na mesma foto, estava o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Aloysio Neves.
Cavendish, segundo amigos, procura apresentar-se às autoridades como uma pessoa disposta a colaborar. Ele garantiu que continua tendo credibilidade junto a outros diretores e funcionários da Delta, o que poderá encorajá-los a também contribuir. Como não pode sair de casa, usa parte do tempo para recordar episódios que podem fortalecer a sua delação.
Procurado pela reportagem, o empresário disse que está impedido de falar com a imprensa em decorrência de sua situação judicial.
Em nota à Redação, o ex-governador Sérgio Cabral disse que “não tem como se posicionar sobre supostas declarações cujo conteúdo desconhece”. Paulo Fernando Magalhães Pinto não foi encontrado pelo GLOBO.


NO O ANTAGONISTA
O pão de Graziano a Luleco
Brasil 20.10.16 11:10
Luleco vai ajudar a treinar um time de futebol no Uruguai.
Um dos patrocinadores do time é a FAO, a agência da ONU cujo diretor-geral é o lulopetista José Graziano da Silva.
Patinando no vermelho
Economia 20.10.16 10:29
O BC informou que a economia continua no vermelho e, pior, acelerando na direção errada.
O Índice de Atividade Econômica, uma prévia do PIB, registrou queda de 0,91%, na comparação entre agosto e julho.
É o pior resultado em 15 meses.
Propinas aéreas inteligentes
Brasil 20.10.16 08:27
A Gol é investigada pelo pagamento de 3 milhões de reais a Eduardo Cunha.
A AlmapBBDO, uma das maiores agências de propaganda do Brasil, repassou 1,4 milhão de reais ao peemedebista, “a pedido da companhia aérea”, de acordo com sua diretoria.
Mais uma vez, a publicidade é envolvida em escândalos. A Lava Jato ainda não vasculhou direito o setor, assim como o das empresas de assessoria de imprensa.
Vamos ver o que os delatores da Odebrecht têm a dizer sobre o assunto.

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