TERCEIRA EDIÇÃO DE 27-7-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NO ESTADÃO
TSE envia ao STF novos indícios de irregularidade na campanha de Dilma em 2014
Alvo da vez é empresa contratada para disparar mensagens para celulares que recebeu R$ 4,8 milhões pelo serviço mas não possui identificação na fachada e, aparentemente, funciona também como residência, aponta relatório
Gustavo Aguiar,
O Estado de S.Paulo
27 Julho 2016 | 14h41
Foto: André Dusek|Estadão
BRASÍLIA - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) encontrou novos indícios de irregularidades nas contas de uma empresa que prestou serviço para a campanha de reeleição da presidente afastada Dilma Rousseff em 2014. O presidente da Corte, ministro Gilmar Mendes, enviou as informações para compor a ação que trata da prestação de contas da petista no Supremo Tribunal Federal (STF). 
Os novos detalhes envolvem a empresa DCO Informática, contratada para disparar mensagens para celulares via Whatsapp durante a campanha. A empresa tem sede na cidade mineira de Uberlândia e recebeu R$ 4,8 milhões pelo serviço, em quatro repasses feitos ao longo de uma semana em outubro de 2014.
"O estabelecimento não possui identificação na fachada, aparentemente também funciona como residência e não tivemos acesso ao interior do mesmo", aponta o relatório da Secretaria Municipal de Finanças de Uberlândia feito a pedido de Gilmar. Além disso, a empresa possui apenas um servidor, um notebook e três funcionários que trabalham sem carteira assinada. 
Um dos funcionários da DCO relatou que a campanha de Dilma contratou a empresa por R$ 0,06 a R$ 0,16 para cada disparo, e que o preço variava de acordo com o porte e solicitação. Ele também disse que a empresa desenvolveu o programa para fazer os disparos de mensagens e subcontratou a 2K Comunicações para fazer os relatórios das atividades. 
Em fevereiro, Gilmar já havia pedido que órgãos de controle fiscalizassem a DCO e outras seis empresas por suspeitas de irregularidades. Os indícios foram apontados pelo PSDB, que alegou possível ilegalidade na contratação e pagamento efetuado às empresas supostamente sem capacidade operacional para prestar os serviços à campanha petista. 
Inquérito - O TSE aprovou em 2014 as contas da campanha de Dilma, mas Gilmar, relator da prestação feita pela presidente afastada determinou que as investigações sobre supostas irregularidades continuassem. Em outubro do ano passado, a Polícia Federal instaurou um inquérito sobre o assunto com base numa determinação do ministro. 
Gilmar utiliza informações reveladas pelas investigações da Operação Lava Jato para dizer que a campanha foi supostamente financiada com recursos da Petrobras. Por ser uma empresa de capital misto (recursos públicos e privados) a petroleira é vedada de financiar campanhas eleitorais. 
O inquérito da PF, no entanto, aguarda uma decisão do STF para saber se o caso deve ser conduzido pela primeira instância ou pela própria Suprema Corte, já que envolve autoridade com foro privilegiado. O caso no Supremo está sob a relatoria do ministro Edson Fachin, para quem as novas informações sobre a DCO foram enviadas. 
A campanha de Dilma nega qualquer irregularidade."Todas as contribuições e despesas da campanha de 2014 foram apresentadas ao TSE, que após rigorosa sindicância, aprovou as contas por unanimidade", diz uma nota assinada por Edinho Silva, que foi tesoureiro da campanha de Dilma.

'Não é a mim que se deve perguntar sobre caixa 2; Santana tratou com tesouraria do PT', diz Dilma
O publicitário e sua mulher e sócia, Mônica Moura, alegaram na semana passada que US$ 4,5 milhões recebidos em uma conta na Suíça tiveram como origem caixa 2 da campanha de Dilma
Álvaro Campos,
O Estado de S. Paulo
27 Julho 2016 | 09h35
SÃO PAULO - A presidente da República afastada, Dilma Rousseff, se esquivou de responsabilidades sobre a denúncia de caixa 2 na sua campanha de 2010 e deu a entender que o problema é do PT em entrevista para a Rádio Educadora, de Uberlândia (MG), na manhã desta quarta-feira, 27.
O publicitário João Santana e sua mulher e sócia, Mônica Moura, alegaram na semana passada que US$ 4,5 milhões recebidos em uma conta na Suíça tiveram como origem caixa 2 da campanha de Dilma. O casal foi interrogado em Curitiba pelo juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância.
"Se ele recebeu US$ 4,5 milhões, não foi da organização da minha campanha, porque ele diz que recebeu isso em 2013. A campanha começa em 2010 e, até o fim do ano, antes da diplomação, ela é encerrada. Tudo que ficou pendente sobre pagamentos da campanha passa a ser responsabilidade do partido. Minha campanha não tem a menor responsabilidade sobre em que condições pagou-se dívida remanescente da campanha de 2010. Não é a mim que você tem de perguntar isso. Ele (João Santana) tratou essa questão com a tesouraria do PT", afirmou Dilma.
Disposição - Questionada sobre informações divulgadas pela imprensa, de que ela teria dito ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), querer "acabar logo com essa agonia" do impeachment, Dilma disse que essa história é uma invenção. "Eu não estive com ele (Renan) na semana passada nem retrasada. Há uma tentativa sistemática da mídia de querer passar uma imagem de que eu estou disposta a renunciar, que estou cansada. Eu não estou cansada, estou plenamente disposta a lutar até o último minuto pelos meus direitos", afirmou categoricamente.
Dilma disse não ser verdade existirem perspectivas desfavoráveis a ela sobre a futura votação no Senado. Segundo a presidente afastada, à medida que se aproxima o dia do julgamento do mérito pelos senadores, haverá uma "guerra de informação", com um lado dizendo que tem os votos necessários e o outro desmentindo. "É que nem jogo de futebol, que se joga até o fim da partida. Eu vou lutar até o fim para ganhar e fazer com que a democracia ganhe".
Segundo ela, sua defesa será entregue até amanhã para a Comissão Especial do Impeachment. Ontem, a comissão concedeu mais um dia de prazo, após os advogados de Dilma alegarem que não conseguiram acessar o site do Senado para obter documentos do processo. "Nossa defesa está praticamente pronta e será entregue amanhã, isso é algo trivial", comentou.


NO O GLOBO
Andrade Gutierrez pediu atenção especial da Oi para secretário de Dilma
Objetivo era ganhar alguém ‘positivo’ no Planalto, segundo registro no celular de executivo
POR THIAGO HERDY, ENVIADO ESPECIAL
27/07/2016 9:30 / atualizado 27/07/2016 9:40
CURITIBA - Empresa líder nos principais rankings de reclamações de consumidores, tanto do Ministério da Justiça quanto nos Procons estaduais, a operadora Oi não fez jus à má-fama quando a reclamação veio do então secretário particular da presidente Dilma Rousseff, Anderson Dorneles. Na ocasião em que o funcionário teve problemas em uma instalação da empresa e acionou a central de atendimento, quem resolveu o problema foi o diretor de operações da Oi, James Meaney.
A atenção especial foi dada a pedido de Otávio Azevedo, então presidente da Andrade Gutierrez, empresa que controlava a telefônica. As informações constam de relatório de perícia realizada no telefone do executivo, no âmbito da Lava-Jato.
“James, muito obrigado pela atenção e pelo profissionalismo de vocês. Um grande abraço, Anderson”, escreveu o secretário de Dilma a Meaney numa noite de sábado, em 29 de setembro de 2012, depois de ser atendido pela empresa. O diretor da Oi replicou a mesma mensagem a Azevedo, incluindo um complemento: “Otávio, cliente conectado”.
O executivo respondeu já de madrugada, exultante: “Parabéns, James, você como ninguém pratica a regra do patrão (o cliente), especialmente este. Você conquistou para a Oi alguém que será positivo quando assuntos Oi surgirem no Palácio”.
O diretor da Oi agradeceu, mas acabaria levando um pito da direção da Oi por não ter avisado internamente sobre a demanda.
“Ele me ligou e perguntou para quem fiz uma instalação em Brasília este fim de semana. Falei que sim. Ele falou para quem era e quem pediu? Falei que era para Anderson ao seu pedido. Ele ficou muito chateado comigo e demandou que qq (qualquer) contato e pedido com os sócios é tratado diretamente com ele”, queixou-se Meaney com Azevedo dias depois, sem citar quem teria lhe dado o puxão de orelha.
O GLOBO perguntou a Dorneles, a Otávio Azevedo, à Oi e à Andrade Gutierrez se o desejo de ter alguém “positivo” no Palácio do Planalto se consumou depois do atendimento, mas eles não responderam.
FINAL NO MARACA
O relatório da perícia da PF no telefone de Azevedo mostra que Dorneles também foi convidado pela Oi para assistir à final da Copa das Confederações entre Brasil e Espanha no Rio, em 2013. Ele nega ter aceitado o convite.
“Otávio, o telefone do Anderson é 61 (...). Ele vai chegar no Rio no próprio domingo. Como é que você prefere fazer?”, escreveu a Azevedo o diretor de relações institucionais da Andrade Gutierrez, Flávio Machado, a dois dias da partida, em 28 de junho de 2013, em meio a conversas relacionadas ao jogo. “Ok”, respondeu o executivo.
Por e-mail, Dorneles disse nunca ter recebido “tratamento diferenciado, presentes, gratificações, cortesias, convites e/ou ingressos das empresa Oi telefonia e Andrade Gutierrez”. Ele disse não ter viajado ao Rio para assistir ao jogo do Brasil, mas ter ficado em Brasília. E afirmou não se recordar da mensagem enviada a James Meaney.
A Oi informou que “todos os funcionários Oi estão orientados a prestar atendimento para buscar soluções para eventuais problemas com serviços da companhia”. A empresa não comentou a oferta de ingresso para Dorneles, mas disse que como patrocinadora oficial da Copa das Confederações 2013, recebeu convites que foram utilizados “para promoção de sua marca" perante "clientes, fornecedores, parceiros comerciais e acionistas”.
A Andrade escreveu em nota manter “o compromisso de colaborar com a Justiça” e ter feito propostas “para dar mais transparência e eficiência nas relações entre setores público e privado”.
A defesa de Otávio Azevedo informou estar “impedida de comentar as mensagens questionadas pelo jornal porque as mesmas encontram-se sob sigilo”. Disse que o conteúdo do celular do executivo “foi objeto de questionamentos em depoimento prestado na PGR, no âmbito do acordo de colaboração”. Afirmou também que “sempre que necessário”, o executivo “voltará a colaborar plenamente com as investigações no interesse da Justiça”.

NO O ANTAGONISTA
Brasil 27.07.16 15:39
Na segunda parte da entrevista exclusiva a O Antagonista, Keffin Gracher diz não se lembrar de quanto recebeu da DCO Informática e revela que também prestou serviços para a gráfica fantasma VTPB...
DCO Informática

Gráfica VTPB
Brasil 27.07.16 15:20
O Antagonista localizou Keffin Gracher no interior de São Paulo, tocando a vida num 'food truck' de massas. Em longa entrevista, ele rebateu as acusações de que tenha montado uma empresa de fachada e garante que prestou todos os serviços para a campanha de Dilma Rousseff.
Leia a entrevista exclusiva...
Brasil 27.07.16 15:10
O Ministério do Trabalho fez uma vistoria na Vila Olímpica e flagrou 630 trabalhadores sem carteira assinada...
Brasil 27.07.16 15:04
Três da tarde de uma quarta-feira: enquanto você trabalha aí, Eduardo Cunha e Cláudia Cruz promovem, neste momento, um churrascão com música sertaneja ao vivo...
Brasil 27.07.16 14:53
Cerca de mil integrantes do MST ocupam desde ontem a sede do Incra em Fortaleza...
Brasil 27.07.16 14:18
Janaína Paschoal também comentou com o Antagonista a euforia petista em torno do despacho do procurador Ivan Marx...
Brasil 27.07.16 14:11
Rodrigo Maia não vai desarquivar a CPI do BTG Pactual.
Digamos que ela já deu o que tinha de dar...
Brasil 27.07.16 13:53
Janaína Paschoal consegue enxergar um lado positivo na concessão de mais 24 horas para a defesa de Dilma Rousseff apresentar suas alegações finais...
Brasil 27.07.16 13:45
O PT está ganhando tempo no impeachment porque espera alguma novidade contra Michel Temer nas delações da Odebrecht e da OAS.
O Antagonista repete: quem vai se danar com essas delações serão sobretudo Lula e Dilma Rousseff.
Brasil 27.07.16 13:12
Em artigo exclusivo, Diogo Mainardi fala sobre o escândalo da DCO, empresa de fachada que recebeu uma bolada da campanha de Dilma. O caso foi revelado por O Antagonista e agora explode na Justiça Eleitoral...
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A remadora americana Megan Kalmoe quis tentar amenizar a sequência de notícias ruins sobre as Olimpíadas...
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Com a revelação sobre os repasses para a empresa do assessor de Edinho Silva, está claro o modus operandi da campanha de Dilma Rousseff...
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Quando assumiu a Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Edinho Silva nomeou o assessor Keffin Gracher para controlar toda a verba publicitária para a internet, leia-se "blogs sujos"...
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Telmário Mota diz que vai processar a Folha de S.Paulo pela reportagem com a acusação de que espancou uma amante, hoje com 19 anos...
Mundo 27.07.16 12:14
Uma mala explodiu perto de um centro de migração na cidade de Zirndorf, na Alemanha.
A polícia está no local.
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Mensagens encontradas no celular do ex-presidente da Andrade Gutierrez revelam que o executivo quebrava galhos para o secretário particular de Dilma, esperando em troca, é claro, benesses do Planalto...
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Mais importante do que verificar a inexistência da empresa DCO Informática é a revelação de que seu proprietário, Dario Cândido de Oliveira, subcontratou a 2K Comunicações para "fazer os envios e geração de relatórios" da guerrilha virtual da campanha de Dilma...
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O documento enviado ao TSE sobre a empresa de fachada DCO – e citado por Andréia Sadi em sua reportagem para a GloboNews – é este aqui:
Brasil 27.07.16 10:55
Rodrigo Maia tem avisado a colegas que vai botar para funcionar nos próximos dias a comissão que analisará a PEC que trata do foro privilegiado...
Brasil 27.07.16 10:52
A campanha de Dilma Rousseff pagou 4,8 milhões de reais à empresa de fachada DCO em quatro dias consecutivos, às vésperas do segundo turno.
A DCO não operou para mais ninguém, apenas para Dilma Rousseff.
Brasil 27.07.16 10:52
A internet está repleta de vídeos institucionais da Ilha Pura, criada para erguer a Vila Olímpica...
Brasil 27.07.16 10:44
Andréia Sadi, da GloboNews, disse que o TSE recebeu novos documentos sobre uma empresa contratada pela campanha de Dilma Rousseff.
Trata-se da DCO, revelada por O Antagonista...
Brasil 27.07.16 10:29
Dilma Rousseff protagonizou mais uma farsa encenada por José Eduardo Cardozo.
Depois que João Santana e Zwi Skornicki demonstraram que ela foi eleita com dinheiro roubado da Petrobras, JEC ditou-lhe o seguinte monólogo, apresentado hoje cedo a uma rádio de Uberlândia...

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