PRIMEIRA EDIÇÃO DE 24-5-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
QUARTA-FEIRA, 24 DE MAIO DE 2017
A mudança de Joesley Batista & caterva para os Estados Unidos não garante a imunidade que conseguiram no Brasil. Lá, a Justiça é severa na punição de empresas que, operando no país, pagam propina ou suborno no exterior. A JBS USA, em Greeley, sede de 56 unidades de produção de Joesley nos EUA, está sujeita ao rigor da Lei de Práticas Corruptas no Exterior (FCPA, sigla em inglês). A JBS USA responde por mais de 50% do faturamento de R$170 bilhões do grupo JBS.
Como não terá vida fácil com a Lei de Práticas Corruptas, os donos da JBS tentam acordo de leniência no Departamento de Justiça dos EUA.
A estratégia é atribuir a corrupção no Brasil à “J&F”, blindando a JBS USA do escândalo, na tentativa de escapar da punição da FCPA.
A FCPA foi criada especificamente para evitar o suborno de governos estrangeiros em troca de benefícios para empresas americanas.
Especialistas em legislação criminal americana acham que a JBS USA pode estabelecer o recorde histórico de multas com base na FCPA.
Ao menos um dos investigados na Operação Panatenaico, deflagrada nesta terça-feira (23) pela Polícia Federal, pessoa muito ligada ao ex-governador do DF, Agnelo Queiroz (PT), manifestou interesse imediato de negociar um acordo de delação premiada. A informação é de fontes de outros órgãos envolvidos na apuração do superfaturamento de R$900 milhões da obra do Estádio Mané Garrincha, em Brasília.
Preso ontem, o ex-vice-governador Tadeu Filippeli já trabalhava na construção da sua candidatura ao governo do DF. Acabou.
Nilson Martorelli e Maruska de Holanda, ex-dirigentes da Terracap, absolvidos em 2015 de irregularidades no estádio, foram presos ontem.
O que faziam órgãos de controle, como Tribunal de Contas do DF, enquanto superfaturavam R$900 milhões na obra do Mané Garrincha?
O lugar mais perigoso do Brasil é o 3º andar do Planalto. Um ano depois, Michel Temer balança e já caíram quatro dos seus assessores mais especiais: José Yunes, Rodrigo Rocha Loures, Tadeu Filippeli e o ex-ministro Geddel Vieira Lima. Todos trabalhavam no 3º andar.
A JBS perdeu R$7,45 bilhões em valor de mercado em apenas um dia. O valor da companhia chegou a R$16,32 bilhões ao fim do pregão de segunda-feira, contra R$ 23,77 bilhões no fim do dia na sexta-feira (19).
O ex-ministro José Dirceu, condenado nos escândalos do Mensalão e da Lava Jato, continua com a carteirinha da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O registro nº 90792 está “ativo”, segundo a OAB-SP.
O Instituto Teotônio Vilela, do PSDB, chama de “blitzkrieg” a divulgação da delação de Joesley Batista, que gravou Michel Temer. É a tática militar alemã, da Segunda Guerra, de ataques rápidos e de surpresa.
Podem parecer expressivos os R$11,1 bilhões pretendidos pela Justiça da turma de Joesley Batista. Mas o detalhe é que isso será pago em 10 anos (!). Uma moleza para quem hoje fatura a R$170 bilhões por ano.
Nas redes sociais, petistas se dizem “chocados” com a profusão de palavrões do senador Aécio Neves (PSDB-MG). Estão certos. Afinal, o líder petista Lula sempre se comportou como um lorde inglês...
A gestão privada do Hospital da Criança de Brasília (HCB), da Abrace, foi elogiada pelo promotor Jairo Bisol após visita. “Fiquei impressionado com o Hospital que está montado, funcionando e é bem completo”.
“Divulgar diálogo entre jornalista e fonte é parte de estado policial. Fere liberdades sérias”, disse a deputada Maria do Rosário (PT-RS) contra o vazamento da conversa do jornalista Reinaldo Azevedo com Andrea Neves, irmã do senador tucano Aécio Neves (PSDB-MG).
A condenação de Paulo Maluf 21 anos após o crime indica que a Justiça só vai bater o martelo final sobre Lula em 2038?

NO DIÁRIO DO PODER
'ESTADO POLICIAL'
MINISTRO PROTESTA CONTRA GRAMPO DE JORNALISTA: DESENHA-SE UM 'ESTADO POLICIAL'
GILMAR CRITICA GRAVAÇÃO DE CONVERSA DE JORNALISTA COM FONTE
Publicado: terça-feira, 23 de maio de 2017 às 23:44 - Atualizado às 00:28
Redação
Conversas do jornalista Reinaldo Azevedo com sua fonte Andrea Neves, irmã do senador Aécio Neves, que a Polícia Federal não considerou relevantes à investigação, foram tornadas públicas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), provocando uma onda de críticas, protestos e acusações de abuso de poder da Operação Lava Jato. O ministro Gilmar Mendes, do STF, foi um dos que protestaram, com uma dura declaração:
- "A lei que regulamenta as interceptações telefônicas (lei 9296/96) é clara ao vedar o uso de gravação que não esteja relacionada com o objeto da investigação. É uma irresponsabilidade não se cumprir a legislação em vigor. O episódio envolvendo o jornalista Reinaldo Azevedo enche-nos de vergonha, é um ataque à liberdade de imprensa e ao direito constitucional de sigilo da fonte. Está se desenhando no Brasil um estado policial, o que sempre foi combatido pelo Supremo Tribunal Federal."
O dialogo do jornalista com sua fonte foi interceptado pela PF a pedido da Procuradoria-Geral da República, e com autorização do STF, durante as investigações resultantes das delações da JBS. Andrea Neves atualmente se encontra presa, em decorrência da Operação Patmos.
O episódio provocou reações de protesto no Congresso, inclusive de parlamentares do PT, como Maria do Rosário (RS), cujo partido é frequentemente criticado por Reinaldo Azevedo. Nas redes sociais não foi diferente. O jornalista Kennedy Alencar, por exemplo, afirmou em seu blog que o episódio do grampo de uma conversa de Reinaldo Azevedo com Andrea Neves, "entra na lista de abusos da Lava Jato."
Em nota, a Associação Brasileira de Imprensa “considera que a Procuradoria-Geral da República violou o sigilo da fonte, assegurado pelo artigo 5º da Constituição Federal”. A ABI acusou o procurador-geral Rodrigo Janot de praticar “intimidação e retaliações a jornalistas”.
A PGR reagiu afirmando que “não divulgou, não transcreveu, não utilizou como pedido, nem juntou o referido dialogo nos autos”. A Polícia Federal informou em nota que o referido diálogo não foi lançado em qualquer dos autos, uma vez que as conversas não diziam respeito ao objeto da investigação.
A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, também em nota, disse que “o Supremo tem jurisprudência consolidada de respeitar integralmente o sigilo da fonte”.

INSTITUTO LULA
DELCÍDIO: FAZENDEIRO ARTICULOU E ODEBRECHT BANCOU CRIAÇÃO DO INSTITUTO LULA
BUMLAI E ODEBRECHT CRIARAM A ENTIDADE, DIZ EX-SENADOR DO PT
Publicado: terça-feira, 23 de maio de 2017 às 15:45 - Atualizado às 16:10
Redação
Ex-líder do PT no Senado no governo Dilma Rousseff, até ser preso em dezembro de 2016 ao tentar comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, o delator Delcídio Amaral (MS) afirmou nesta segunda-feira, 22, ao juiz federal Sérgio Moro que o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula, e o empresário Marcelo Bahia Odebrecht estruturaram a criação do Instituto Lula, aberto em 2011, após o petista deixar a Presidência.
"Ele (Bumlai) falou para mim que ele tinha procurado o Marcelo para ajudar na implementação do Instituto (Lula)", declarou Delcídio, ouvido por Moro como testemunha de acusação no segundo processo aberto contra Lula, na Lava Jato, em Curitiba.
"Ele estava atuando para essa estruturação a pedido de quem?", questionou a procuradora da República Isabel Groba, da força-tarefa da Lava Jato. "Do próprio presidente. Ele foi chamado para organizar isso", respondeu o ex-senador.
Delator da Lava Jato, Delcídio detalhou como Bumlai conheceu Lula, em 2002, apresentado pelo ex-governador do Mato Grosso do Sul, Zeca do PT. "Era um conselheiro da família, uma pessoa que estava lá à disposição para resolver os problemas do dia a dia do ex-presidente e da família também", afirmou.
A força-tarefa acusa Lula de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. A denúncia da Procuradoria da República aponta que propinas pagas pela Odebrecht, no esquema de desvios na Petrobras, que seria liderado pelo ex-presidente, chegaram a R$ 75 milhões em oito contratos com a estatal e incluíram terreno de R$ 12,5 milhões para o Instituto Lula e cobertura vizinha à residência de Lula em São Bernardo de R$ 504 mil.
"A primeira vez que fiquei sabendo do Instituto Lula foi através desse diálogo que eu tive com José Carlos Bumlai, quando ele me falou que estava trabalhando na estruturação do instituto", afirmou Delcídio a Moro, confirmando o que registrou em sua delação.
Nela, o ex-petista detalhou que no final do governo Lula, em 2010, ele ouviu do pecuarista que ele precisava "estruturar" o instituto para que o "ex-presidente tivesse um local para se estabelecer após o final de seu mandato".
O delator contou que Bumlai citou a procura de um terreno e a participação da Odebrecht na "estruturação" da criação do Instituto Lula.
Palocci
Neste processo em que Lula é réu, o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda/governo Lula e Casa Civil/governo Dilma) é apontado como principal interlocutor com a Odebrecht. O petista seria o "Italiano" que aparece nas planilhas secretas da empreiteira e que "Amigo" era o ex-presidente.
"Tenho certeza de que o ministro Palocci era pessoa muito influente nessa área de arrecadação", afirmou Delcídio. O ex-ministro também é réu no caso e foi citado pela delator como o principal arrecadador do PT, de valores legais e de Caixa 2.
Confissão
No dia 12 de abril, o empresário Marcelo Bahia Odebrecht, também réu nesse processo, confessou a Moro ter comprado o terreno para atender interesses de Lula, após pedido de Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula (IL) e também réu do caso, e o pecuarista José Carlos Bumlai - amigo do ex-presidente.
"O prédio IL foi aquele pedido que eu comentei com o sr. Em meados de 2010, o Paulo Okamotto ou o Bumlai, um dos dois, fez o primeiro 'approach'. Mas depois eu conversei com os dois. Veio dizer que o Bumlai e Roberto Teixeira tinham fechado um terreno que queriam que fosse a futura sede do Instituto Lula", contou Odebrecht. (AE)

XEQUE-MATE?
STF CONDENA MALUF A MAIS DE SETE ANOS EM REGIME FECHADO
MINISTROS DECIDIRAM QUE REGIME FECHADO É INCOMPATÍVEL COM O EXERCÍCIO; MESA DA CÂMARA SERÁ NOTIFICADA
Publicado: terça-feira, 23 de maio de 2017 às 16:38 - Atualizado às 19:06
Weudson Ribeiro
A 1ª Turma do STF condenou Paulo Maluf a sete anos, nove meses e 10 dias por lavagem de dinheiro. Entre 1998 e 2006, o político teria movimentado cerca US$ 15 milhões em contas na ilha de Jersey. Os ministros fixaram regime fechado pela gravidade do crime. 
O deputado perde a função assim que o Diário de Justiça Eletrônico publicar o parecer. Em tese, Maluf não pode mais exercer cargo e função pública de qualquer natureza pelo dobro da pena privativa de liberdade. O político pode recorrer no próprio Supremo. Portanto, a sentença não será imediata.
Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux votaram a favor da condenação. O único que votou pela absolvição do corrupto foi Marco Aurélio Mello: "Eu votei pela prescrição. Não 'malufei'", declarou. Fachin considera lavagem de dinheiro um crime de “natureza permanente”, o que deve ter reflexo em futuras condenações da Lava Jato, já que muitos dos políticos envolvidos no esquema de corrupção da Petrobras são também acusados desse crime.
Como a decisão não foi unânime, a defesa do deputado vai esperar a publicação do acórdão. O ministro Marco Aurelio entendeu que deveria ter tido o laudo pericial, e um voto favorável no mérito que absolvia o deputado. "A defesa continua acreditando na teses defendidas e as levará ao Pleno assim que for publicado o acordão", disse o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro.
Com currículo extenso, Paulo Maluf responde a outras três ações penais no STF: crime de corrupção passiva, crimes financeiros e falsidade ideológica eleitoral.

MENSAGENS POR E-MAIL
CASEIRO MANTINHA LULA INFORMADO SOBRE DIA A DIA NO SÍTIO DE ATIBAIA
‘AVIÃO AKI NA CHÁCARA HOJE PELA MANHÃ’, DIZ UMA MENSAGEM APREENDIDA PELA PF
Publicado: terça-feira, 23 de maio de 2017 às 16:26
Redação
O caseiro do sítio de Atibaia, no interior de São Paulo, Elcio Pereira Vieira, conhecido como Maradona, mantinha o ex-presidente Lula informado sobre o que ocorria nas redondezas da chácara, investigada pela Operação Lava Jato.
Ele encaminhava mensagens com listas de materiais de construção, recibos de compras de itens da propriedade e relato sobre os animais de estimação ao destinatário ‘apoio@institutolula.org’.
Em 21 de abril de 2015, o caseiro mandou fotografias em um e-mail intitulado ‘avião aki na chacara hoje pela manha’. Na mensagem, 12 fotografias de uma aeronave no céu.
Para a Lava Jato, as mensagens obtidas com a quebra de sigilo telemático de Maradona revelam ‘ser o sítio de propriedade e posse de Lula’. Os e-mails foram anexados à nova denúncia contra o petista, agora acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por reforma milionária no sítio de Atibaia. Além do ex-presidente, outros 12 investigados são acusados nesta denúncia.
Maradona também relatou ao petista sobre uma visita da força-tarefa da Lava Jato. O caseiro enviou, em 2 de junho de 2016, às 21h09, uma fotografia de um pedaço de papel com a anotação ‘Força-tarefa – Dr Julio, Dr Roberson, Dr Athayde e Dr Januário’. Ao lado, a indicação ‘Ministério Público Federal. Em cima, um telefone.
Os procuradores Julio Noronha, Roberson Pozzobon, Athayde Ribeiro e Januário Paludo fazem parte da força-tarefa da Lava Jato, no Paraná.
Na acusação criminal contra Lula, a Procuradoria afirma que a anotação foi feita pelo filho de Edivaldo Pereira Vieira, irmão de Maradona, quando procuradores da força-tarefa ‘efetuaram diligências investigativas em Atibaia’. Segundo a denúncia, Edivaldo prestou serviços no sítio, cuja propriedade é atribuída a Lula, o que a defesa do petista nega com veemência. Edivaldo e Maradona não são acusados na denúncia do Ministério Público Federal.
Em 31 de julho de 2014, Maradona encaminhou uma mensagem com o título “obras no sítio”. No e-mail, também endereçado ao Instituto Lula, o caseiro listou materiais para realização de obras na propriedade. No texto, Maradona escreve que combinou com a ex-primeira-dama dona Marisa (morta em fevereiro deste ano, vítima de um AVC) que os materiais para fazer acabamento seriam vistos depois.
Mensagem de 4 de agosto de 2015, encaminhada pelo caseiro a Fernando Bittar, tem o título ‘orçamento da roçadeira’ e apontava valores para o conserto do equipamento que estava com defeito. Segundo a Lava Jato, a roçadeira havia sido adquirida por Marisa em 27 de abril de 2011, na loja Jardins Equipamentos LTDA.
Em uma das mensagens enviadas ao Instituto Lula, Maradona anexou duas fotografias com o valor de R$ 475 que seria destinado a reparos em um portão automático do sítio.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
MEU ÚLTIMO POST NA VEJA
PF divulga trechos de conversa minha com Andrea Neves, uma das minhas fontes, em que faço críticas a uma reportagem da VEJA. Pedi demissão. Direção aceitou
Por Reinaldo Azevedo
Terça-feira, 23 maio 2017, 17h00 - Atualizado em 23 maio 2017, 18h43
(Reprodução/Reprodução)
Andrea Neves, Aécio Neves e perto de uma centena de outros políticos são minhas fontes.
Trechos de duas conversas que mantive com Andrea, que estava grampeada, foram tornados públicos. Numa delas, faço uma crítica a uma reportagem da VEJA e afirmo que Rodrigo Janot é pré-candidato ao governo de Minas e que estava apurando essa informação. Em outro, falamos dos poetas Cláudio Manuel da Costa e Alvarenga Peixoto.
Fiz o que deveria fazer: pedi demissão — na verdade, mantenho um contrato com a VEJA e pedi o rompimento, com o que concordou a direção da revista.
Abaixo, segue a resposta que enviei ao BuzzFeed, que vai fazer ou já fez uma reportagem a respeito. Volto para encerrar. Mesmo!
Comecemos pelas consequências.
Pedi demissão da VEJA. Na verdade, temos um contrato, que está sendo rompido a meu pedido. E a direção da revista concordou.
1: não sou investigado;
2: a transcrição da conversa privada, entre jornalista e sua fonte, não guarda relação com o objeto da investigação;
3: tornar público esse tipo de conversa é só uma maneira de intimidar jornalistas;
4: como Andrea e Aécio são minhas fontes, achei, num primeiro momento, que pudessem fazer isso; depois, pensei que seria de tal sorte absurdo que não aconteceria;
5: mas me ocorreu em seguida: “se estimulam que se grave ilegalmente o presidente, por que não fariam isso com um jornalista que é crítico ao trabalho da patota?”;
6: em qualquer democracia do mundo, a divulgação da conversa de um jornalista com sua fonte seria considerada um escândalo. Por aqui, não;
7: tratem, senhores jornalistas, de só falar bem da Lava Jato, de incensar seus comandantes;
8: Andrea estava grampeada, eu não. A divulgação dessa conversa me tem como foco, não a ela;
9: bem, o blog está fora da VEJA. Se conseguir hospedá-lo em algum outro lugar, vocês ficarão sabendo;
10: o que se tem aí caracteriza um estado policial. Uma garantia constitucional de um indivíduo está sendo agredida por algo que nada tem a ver com a investigação;
11: e também há uma agressão a uma das garantias que tem a profissão. A menos que um crime esteja sendo cometido, o sigilo da conversa de um jornalista com sua fonte é um dos pilares do jornalismo.
Encerro
No próximo 24 de junho, meu blog completa 12 anos. Todo esse tempo, na VEJA. Foram muitos os enfrentamentos e me orgulho de todos eles. E também sou grato à revista por esses anos.
Nesse tempo, sob a direção de Eurípedes Alcântara ou de André Petry, sempre escrevi o que quis. Nunca houve interferência.
O saldo é extremamente positivo. A luta continua.

NA VEJA.COM
Ticiana Villas Boas pede afastamento das gravações do SBT
Delação de Joesley Batista, marido da apresentadora, envolveu na semana passada o nome de uma das filhas de Silvio Santos, Patricia Abravanel,
Por Da redação
Terça-feira, 23 maio 2017, 16h35 - Atualizado em 23 maio 2017, 21h54
Ticiana Villas Boas no almoço de lançamento da nova grade de programação da Band, no Terraço Daslu (Luciana Prezia/Dedoc)
A apresentadora Ticiana Villas Boas solicitou nesta terça-feira à direção artística do SBT o seu afastamento da terceira temporada do reality show gastronômico Bake Off Brasil – Mão na Massa, que teria gravações iniciadas entre o fim de junho e o começo de julho. Além de Bake Off, Ticiana apresenta no canal o reality culinária Duelo de Mães, atualmente no ar, porque já gravado. A apresentadora partiu para os Estados Unidos com o marido, o empresário Joesley Batista, dono da J&F Investimentos, holding que detém a JBS, e homem-bomba de Aécio Neves e Michel Temer, a quem gravou em conversas suspeitas.
“A apresentadora Ticiana Villas Boas acaba de solicitar a direção artística do SBT o seu afastamento da terceira temporada do reality show Bake Off Brasil – Mão Na Massa”, diz comunicado distribuído nesta tarde pelo canal de Silvio Santos à imprensa. Segundo o texto, Ticiana será substituída pela chef confeiteira Carol Fiorentino, que foi jurada das duas temporadas anteriores. “O empresário Fabrizio Fasano Jr. segue como jurado. A emissora comunica ainda que abre testes para selecionar uma nova jurada”, finaliza a nota.
Era mesmo estranho imaginar um retorno de Ticiana Villas Boas ao SBT. A delação de Joesley Batista envolveu na semana passada o nome de uma das filhas de Silvio Santos, a apresentadora Patricia Abravanel, citada como uma das participantes de um jantar em que o sogro, o governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, teria pedido propina à JBS, empresa do grupo J&F.

NO BLOG RADAR ON-LINE
Perrella gastou R$ 13 mil em combustível de aviação no recesso
Parceiro de Aécio Neves não economiza recursos públicos
Por Gabriel Mascarenhas
Terça-feira, 23 maio 2017, 16h03
Suspeito de ajudar Aécio Neves a lavar 2 milhões de reais em propina da JBS, Zezé Perrella deita e rola com sua verba de gabinete.
Ele não economiza nem quando o Congresso está com as atividades paradas. Em 2017, o mês em que o senador mais gastou o cotão foi janeiro, recesso parlamentar.
Na ocasião, ele consumiu 16 500 reais, sendo 13 500 reais em combustível para aeronave. Sim, por incrível que pareça, as excelências no Brasil têm direito a abastecer seus jatinhos, por exemplo, com recursos públicos.
Aliás, notícias relacionadas a aeronaves devem traumatizar a família Perrella. Não é para menos.
Em 2013, um escândalo nacional: a Polícia Federal encontrou um helicóptero de uma empresa do filho do senador, o deputado estadual Gustavo Perrella, carregado com quase meia tonelada de cocaína.

NO BLOG DO JOSIAS
Rodrigo Maia age como pretendente ao trono
Josias de Souza
Quarta-feira, 24/05/2017 06:21
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tornou-se a principal evidência do derretimento de Michel Temer. Sob holofotes, age como se apostasse na estabilização do governo. Nos subterrâneos, já não consegue disfarçar sua condição de pretendente ao trono.
Nas reuniões do Alvorada, Maia discursa como se Temer estivesse cheio de vida. Na intimidade da residência oficial da presidência da Câmara, move-se como um Roger Moore nos sapatos de James Bond, pronto para lançar mão de sua licença de 007 para matar.
A sorte sorriu para Rodrigo Maia no dia em que o plantou sobre a linha de sucessão da Presidência da República. O deputado abusa da sorte ao imaginar que pode assumir o Planalto para cumprir a atribuição constitucional de convocar eleições indiretas para dali a 30 dias e, simultaneamente, conspirar a favor de sua permanência na cadeira até 2018.
Genro do ministro palaciano Moreira Franco, o Angorá das planilhas da Odebrecht, Rodrigo Maia, o “Botafogo” da lista da empreiteira, acredita no amanhã como se nada pudesse ser descoberto sobre ele à noite. Gente como Renan Calheiros, PhD em crepúsculo, revela-se surpreso com tamanha desenvoltura. Conta, em privado, que Maia já dispõe até de uma alternativa de vice: Aldo Rebelo, do PCdoB.

Grupo de senadores quer Lula e FHC na articulação de novo governo sem Temer
Josias de Souza
Quarta-feira, 24/05/2017 04:21
Em reunião encerrada na madrugada desta quarta-feira, um grupo de cerca de 20 senadores debateu a crise. Houve consenso quando à inevitabilidade da interrupção do mandato de Michel Temer. Generalizou-se a percepção de que a saída passa pela impugnação da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral, em julgamento marcado para 6 de junho. A maioria concluiu que convém envolver na articulação para a escolha de um hipotético substituto de Temer os ex-presidentes Lula, Fernando Henrique Cardoso e José Sarney.
O encontro ocorreu na casa da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO). Foi a segunda reunião do grupo. A primeira acontecera na véspera. Compareceram senadores de vários partidos. Entre eles Renan Calheiros (AL), Eduardo Braga (AM) e José Maranhão (PB), do PMDB; Lindbergh Farias (RJ) e Paulo Paim (RS), do PT; Lasier Martins (RS), do PSD; e Armando Monteiro, (PE), do PTB.
Planeja-se elaborar uma pauta minima de temas em torno dos quais o grupo consiga convergir e atrair mais parlamentares. Parte dos presentes defende a convocação de eleições presidenciais diretas. Mas não ignora que a hipótese mais provável é de que a escolha de um eventual substituto para Temer será feita pelo Congresso, em eleição indireta.
Emergiu do debate um perfil do candidato que o grupo considera mais adequado para o caso de prevalecer a escolha indireta. Eis algumas das características: 1) Não pode ter a ambição de se reeleger em 2018; 2) Deve ter em mente que não será mais possível aprovar reformas como a da Previdência; 3) Não pode ser membro do Judiciário; 4) É preferível que não seja também do Legislativo; 5) Não pode tratar a classe política a vassouradas; 6) O ideal é que seja referendado por Lula, FHC e Sarney.
Um dos participantes da conversa disse ao blog que, no momento, o nome que mais se encaixa nesse modelo é o de Nelson Jobim — ex-ministro de FHC e de Lula, ex-presidente do Supremo e ex-deputado federal. Tem um inconveniente: precisaria se desligar do Banco BTG Pactual, do qual tornou-se sócio.

Prêmio à JBS leva Janot a subverter o brocardo
Josias de Souza
Terça-feira, 23/05/2017 21:42
É louvável a disposição do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de tentar explicar o refresco servido ao delator Joesley Batista e Cia.. Mas o objetivo não foi alcançado no artigo veiculado pelo UOL nesta terça-feira.
Janot anotou a certa altura: “Embora os benefícios possam agora parecer excessivos, a alternativa teria sido muito mais lesiva aos interesses do País, pois jamais saberíamos dos crimes que continuariam a prejudicar os honrados cidadãos brasileiros…”
Uma das belezas da Lava Jato é a quebra de velhos paradigmas. Noutros tempos, nenhuma revelação conseguia abalar o prestígio das eminências empresariais brasileiras. Não havia crime que justificasse uma reprimenda. Curitiba virou o jogo. Fez isso com método.
Tome-se o exemplo da Odebrecht. Dizia-se que a investigação não chegaria à maior empreiteira do País. Chegou. Alardeava-se que o príncipe herdeiro Marcelo Odebrecht não iria em cana. Foi. Jurava-se que ele não abriria o bico. Abriu. E continua preso. Seu pai, Emílio Odebrecht, está em casa. Mas arrasta uma tornozeleira eletrônica.
Os negócios da JBS foram à alça de mira de cinco operações: Sépsis, Greenfield, Cui Bono, Carne Fraca e Bullish. Ao afirmar que sem o superprêmio concedido aos irmãos Joesley e Wesley Batista “jamais saberíamos dos crimes que continuariam a prejudicar os honrados cidadãos brasileiros”, Janot como que emite um injusto atestado de incompetência da corporação que representa.
Janot diz ter sido “procurado pelos irmãos Batista.” Informa que “trouxeram indícios consistentes de crimes em andamento”. Delitos “praticados em tese por um senador da República (Aécio Neves) e por um deputado federal (Rodrigo Rocha Loures). Mais: “Corromperam um procurador no Ministério Público Federal.”
Pior: “Apresentaram gravações de conversas com o presidente da República (Michel Temer), em uma das quais se narravam diversos crimes supostamente destinados a turbar as investigações da Lava Jato.”
Não é só: “Além desses fatos aterradores, foram apresentadas dezenas de documentos e informações concretas sobre contas bancárias no exterior e pagamento de propinas envolvendo quase duas mil figuras políticas.”
Pois bem, os Batista não bateriam à porta de Janot oferecendo tão alentada matéria-prima se não estivessem sentindo na nuca o calor do hálito dos investigadores das cinco operações que iluminam seus calcanhares de vidro. O ser humano é feito de pó, vaidade e medo. E o medo da turma da JBS era grande.
Janot sustenta: “Como procurador-geral da República, não tive outra alternativa senão conceder o benefício da imunidade penal aos colaboradores.” Será? É evidente que as informações delatadas valem um prêmio. Mas a benevolência de Janot, homologada por Edson Fachin, do STF, roçou as fronteiras do escárnio.
A coisa descambou para o deboche depois que as autoridades permitiram que os delatores fossem desfrutar de sua imunidade na 5ª Avenida de Nova York. Desbordou para o acinte quando se descobriu que a JBS, valendo-se dos segredos de sua própria delação, foi ao mercado para lucrar com câmbio e ações. Injetou-se um crime dentro de outro.
Sobre isso, tudo o que Janot tem a dizer é o seguinte: “No que se refere às operações suspeitas no mercado de câmbio, não estão elas abrangidas pelo acordo e os colaboradores permanecem sujeitos à integral responsabilização penal.” Ora, ora, ora.
A plateia esperava que procurador-geral dissesse algo assim: “Não temos compromisso com a delinquência. Se ficar comprovado que faturaram com a própria delação, a premiação será anulada e as confissões serão usadas contra os delatores.”
No caso da Odebrecht, a força-tarefa de Curitiba suou a camisa para tornar os poderosos impotentes. Os investigadores chegaram a uma funcionária humilde de um tal setor de Operações Estruturadas. Ouvindo-a, descobriram que sob o nome pomposo escondia-se um Departamento de Propinas. Ao se dar conta de que sua casa caíra, os Odebrecht ajoelharam no milho.
No caso dos Batista, escreveu Janot, “tivesse o acordo sido recusado, os colaboradores, no mundo real, continuariam circulando pelas ruas de Nova York, até que os crimes prescrevessem, sem pagar um tostão a ninguém e sem nada revelar, o que, aliás, era o usual no Brasil até pouco tempo.”
Até colegas de Janot afirmam, em privado, que o chefe do Ministério Público Federal foi concessivo demais. Sustentam que ele chegaria ao mesmo resultado negociando premiação menos indigesta. Com a vantagem de não ofender os brasileiros com a ideia de que certos negócios podem ser trançados no Brasil à beira da escroqueria sem que seus operadores sofram nenhum tipo de embaraço.
A delação premiadíssima da turma da JBS subverteu até o brocardo. Restou a seguinte impressão: não é que o crime não compensa. A questão é que, quando compensa, ele muda de nome. Passa a se chamar colaboração judicial.

Paulo Maluf, quem diria, virou corrupto amador
Josias de Souza
Terça-feira, 23/05/2017 21:14
A condenação de Paulo Maluf pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal foi a notícia mais surpreendente do dia. Primeiro porque o País ficou sabendo que o Maluf está vivo. Segundo porque ficou constatado que ele continua solto. Pegou 7 anos, 9 meses e 10 dias de cana por desvios de verbas praticados entre 1993 e 1996. Já lá se vão mais de 20 anos. Bons tempos aqueles, em que o Maluf era uma espécie de corrupto oficial do Brasil.
Outro dia li um artigo do Luiz Fernando Veríssimo sobre Maluf. Ele ficou atônito ao saber que havia um processo contra o Maluf no Supremo. Teve uma emoção parecida com a que sentiu ao descobrir que a cantora Wanderléa estava viva, ainda cantando como nos tempos da Jovem Guarda. Teve saudade da época em que ninguém era mais corrupto do que o Maluf no Brasil.
A chance de Maluf passar uma temporada na cadeia é próxima de zero. Ele vive aquela fase em que todos os crimes são prescritos, seguindo o entendimento de que ter 85 anos de idade já é castigo suficiente para qualquer um. Em plena era do juiz Sergio Moro, tempo de prisões alongadas e condenações rápidas, Maluf deve estar se sentindo desprezado. Jamais imaginou que a democracia brasileira viraria uma sociedade entre a Odebrecht e a JBS. Paulo Maluf, quem diria, virou corrupto amador.

NO O ANTAGONISTA
Dallagnol defende acordo com JBS
Brasil Quarta-feira, 24.05.17 07:01
Deltan Dallagnol defendeu o acordo da PGR com a JBS.
Ontem à noite, ao apresentar seu livro em São Paulo, ele disse:
"No mundo ideal todo mundo seria punido. O grande problema é que não vivemos no mundo real. Os fatos que vieram à tona são crimes gravíssimos”.
E acrescentou:
“Janot conseguiria aquelas gravações com outras pessoas? Não que eu saiba".
A fila da guilhotina
Brasil 24.05.17 06:41
A JBS saqueou o Brasil por dez anos.
É natural que as pessoas queiram mandar Joesley Batista para a guilhotina.
Mas esse ódio popular está sendo manipulado pela ORCRIM, que só pensa em engavetar as provas apresentadas por seus acusadores.
Os jacobinos de O Antagonista também querem mandar Joesley Batista para a guilhotina.
Antes disso, porém, é preciso decapitar Lula, Dilma Rousseff, Michel Temer e Aécio Neves.
A ORCRIM contra Joesley
Brasil 24.05.17 06:40
Deputados, senadores e presidente da República que, até dois meses atrás, esbaldavam-se com as malas de dinheiro da JBS, agora acusam Joesley Batista de se esbaldar em Nova York com a cumplicidade da PGR.
Delfim Netto, um exemplo de lisura, disse à Folha de S. Paulo:
“Joesley Batista produziu um terremoto e um prejuízo gigantesco à economia. Ele precisa ser extraditado para responder por seus crimes".
Os vazamentos contra a PGR
Brasil 24.05.17 06:22
A PGR, ontem à tarde, foi acusada de ter vazado o grampo de um jornalista com sua fonte.
Só à noite se soube que, na verdade, não houve vazamento nenhum.
O STF incluiu 2200 grampos nos HDs divulgados à imprensa com o inquérito da JBS. Muitos desses grampos foram descartados pela PF e deveriam ter sido eliminados.
O STF errou. Mas ninguém cometeu um atentado contra a liberdade de imprensa.
Chega de histeria.
Nota de esclarecimento da PF
Brasil Terça-feira, 23.05.17 22:50
"Sobre os diálogos interceptados da investigada Andrea Neves e do jornalista Reinaldo Azevedo, tornados públicos na tarde de hoje, 23/05, a Polícia Federal informa que os mesmos foram realizados no mês de abril de 2017, por força de decisão judicial do Ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, nos autos da ação cautelar 4316.
O referido diálogo não foi lançado em qualquer dos autos circunstanciados produzidos no âmbito da mencionada ação cautelar, uma vez que referidas conversas não diziam respeito ao objeto da investigação.
Conforme estipula a Lei 9.296/96, que regulamenta a interceptação de comunicações telefônicas, e em atendimento à decisão judicial no caso concreto, todas as conversas dos investigados são gravadas.
A mesma norma determina que somente o juiz do caso pode decidir pela inutilização de áudios que não sejam de interesse da investigação.
Informamos, ainda, que a Procuradoria Geral da República teve acesso às mídias produzidas das interceptações, em sua íntegra, em razão de solicitações feitas por meio dos ofícios 95/2017 - GTLJ/PGR, de 28 de abril de 2017, e 125/2017 - GTLJ/PGR, de 19 de maio de 2017, e respondidos pela Polícia Federal, respectivamente, através dos ofícios 569/2017 - GINQ/STF/DICOR/PF, de 28 de abril de 2017, e 713/2017 - GINQ/STF/DICOR/STF, de 22 de maio de 2017, em face do disposto no artigo 6 da Lei 9.296/96."
Nota de esclarecimento da PGR
Brasil 23.05.17 22:11
"A Procuradoria-Geral da República esclarece que a informação veiculada na matéria do Buzzfeed 'PGR anexa grampos de Reinaldo Azevedo com Andrea Neves em inquérito (...)' está errada. A PGR não anexou, não divulgou, não transcreveu, não utilizou como fundamento de nenhum pedido, nem juntou o referido diálogo aos autos da Ação Cautelar 4316, na qual Andrea Neves figura como investigada.
Todas as conversas utilizadas pela PGR em suas petições constam tão somente dos relatórios produzidos pela Polícia Federal, que destaca os diálogos que podem ser relevantes para o fato investigado. Neste caso específico, não foi apontada a referida conversa.
A ação cautelar contém quatro mídias. As duas primeiras referem-se aos termos de confidencialidade firmados com os colaboradores (folhas 55 e 57), anexados com a inicial da cautelar. As outras duas, juntadas pela PF, referem-se aos relatórios (autos circunstanciados) parciais de análise das interceptações telefônicas autorizadas pelo ministro-relator (folha 249, anexada dia 24/04, e folha 386, anexada dia 19/05).
A Ação Cautelar 4316 ainda não deu entrada na PGR, tendo sido aberta vista nesta terça-feira, 23 de maio, com chegada prevista para quarta-feira, 24 de maio."
Exclusivo: JBS oferece R$ 4 bi em acordo de leniência
Brasil 23.05.17 22:38
O Antagonista apurou que a JBS refez sua oferta na negociação da leniência, colocando sobre a mesa a cifra de R$ 4 bilhões - é quase o triplo do oferecido na sexta-feira.
Para tentar quebrar a resistência do MPF, a JBS alega que a Odebrecht, acusada pelo mesmo Ministério Público de desviar dos cofres públicos R$ 40 bilhões, pagou R$ 10,5 bilhões em propinas e acertou na leniência a restituição de R$ 6,8 bilhões. A JBS, por sua vez,obteve R$ 8 bilhões do BNDES e pagou R$ 1 bilhão em propina.
A bola agora está com os procuradores.
Joesley, o precavido (2)
Brasil 23.05.17 21:45
Quem assistiu aos depoimentos de Joesley e demais executivos da JBS presenciou um dos procuradores alertando que os delatores não poderiam portar gravadores, pois o único registro permitido seria o da própria PGR.
Não foi um aviso aleatório.
Durante as ações controladas, os executivos usaram equipamento audiovisual próprio para registrar a entrega das malas com dinheiro e as conversas. Isso foi essencial para garantir o sucesso da operação, pois em algumas diligências o equipamento da PF falhou.
Iate de Joesley foi levado para Miami
Brasil 23.05.17 21:44
Assim que começou sua delação premiada, Joesley Batista tratou de despachar para Nova York seu iate de 98 pés, avaliado em US$ 10 milhões.
'Why Not', que ficava ancorado em Ilha Bela, chegou ao porto de Itajaí em 15 de março e foi embarcado no dia 8 de maio, dois antes antes do término da delação.
A informação é do Diário Catarinense.
Jobim e Maia, dez anos depois
Brasil 23.05.17 21:40
Em 2007, Nelson Jobim chamou Rodrigo Maia de "guri de merda".
Dez anos depois, Jobim é candidato de alguns peemedebistas, petistas e tucanos a presidente da República -- e Maia é presidente da Câmara, o primeiro na linha sucessória de Michel Temer.
JB acha que Renan quer queimá-lo
Brasil 23.05.17 21:32
Renan Calheiros passou a defender eleições indiretas para trocar Michel Temer por Nelson Jobim ou Joaquim Barbosa.
Joaquim Barbosa acha que a estratégia do alagoano é para queimá-lo numa eventual disputa em 2018.
O PMDB da JBS
Brasil 23.05.17 18:54
O delator Ricardo Saud, relações institucionais da JBS, era assessor especial de Wagner Rossi no Ministério da Agricultura.
Rossi, segundo Joesley, era um afilhado político de Temer que operava no Porto de Santos.
Quando caiu da Agricultura, passou a receber 100 mil de mesada da JBS, que empregou Saud.




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