SEGUNDA EDIÇÃO DE 23-10-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NO O ANTAGONISTA
Não há alternativa a Temer
Economia 23.10.16 16:18
Os “donos do dinheiro”, segundo Vinicius Torres Freire, da Folha de S. Paulo, não veem alternativa a Michel Temer.
“Interessados na sobrevida de Michel Temer e de seu programa econômico parecem resignados quanto às durezas do caminho até 2018, mas crentes no sucesso relativo do governo (…).
Haverá conflitos na Praça dos Três Poderes, prisões e denúncias que transformarão líderes políticos em zumbis, mas há crença em uma fuga para a frente inevitável: não há alternativa (…).
O presidente não pode renunciar ao único apoio social forte que tem, empresários e outros donos do dinheiro. Essa comunhão reformista improvisada não vê alternativa a não ser apoiar e cobrar Temer nessa janela de oportunidade que iria até o final de 2017 (…).
Aos trancos e barrancos, a comunhão pró-Temer acha que chega até 2018. ‘Não há alternativa’. Dizem”.
O Antagonista só é dono de seu nariz, mas concorda com os donos do dinheiro.
"Este não é o começo do fim de Temer"
Brasil 23.10.16 15:54
Em entrevista para a newsletter de O Antagonista deste domingo, Christopher Garman, da Eurasia Group, explica por que Temer está mais forte do que nunca no Planalto. Confira um trecho da conversa:
Financista: Há quem diga que a prisão de Cunha representa o início do fim do governo Temer. A Eurásia, contudo, vê apenas 10% de chances de Temer não terminar o mandato. Por quê?
Christopher Garman: Discordamos da avaliação de que a prisão de Cunha, de fato, possa ser o início do fim do governo Temer. A derrubada de um presidente depende de vários fatores. Não provém só de uma acusação. O impeachment de Dilma, por exemplo, ocorreu não só por causa de acusações que vieram da Lava Jato e de burlar a Lei de Responsabilidade Fiscal, mas por causa de uma tremenda crise econômica e social, e uma crise de confiança na sua liderança, tanto no setor privado, quanto na classe política.
E a provável delação de Cunha acontece em um momento totalmente distinto. Temer conta com o apoio maciço do Congresso, que enxerga nele a única maneira de construir uma ponte até 2018. Quanto mais o tempo passar, sem que Temer sofra uma denúncia grave de corrupção, e quanto mais apoio que ele angariar, menores serão as chances de ele não terminar o mandato.
Financista: Mesmo se isso se somar à Operação Métis, que atinge diretamente Renan Calheiros?
Garman: Não, não abala. O fato é que teremos muitas denúncias pela frente. Mas, para derrubar esse governo, serão necessárias evidências muito fortes contra Temer, a ponto de ele perder as condições de governar.
Bom Senso Futebol Clube
Brasil 23.10.16 14:51
Emilio Odebrecht disse que o Itaquerão foi um presente para Lula.
Magicamente, Juca Kfouri conseguiu comentar o fato sem jamais mencionar o nome de Lula.
Leia o que ele publicou no UOL:
Andrés Sanchez acreditou piamente que o estádio de Itaquera era um presente da empreiteira.
Tanto que se apressou em administrá-la sem ter a menor condição para tanto.
E ligava pra jornalistas para mostrar como seria fácil pagá-la.
Na verdade, contava com reeleições seguidas do PT e as compensações que daí viriam para a Odebrecht em obras pelo Brasil e pelo mundo afora.
Mas houve uma Lava Jato no caminho, um Odebrecht preso, um impeachment e a festa acabou.
O presente virou dívida.
A Odebrecht não só perdeu sua condição de dar presentes, como não cumpriu o que ficou de entregar e quer receber pelo que fez mau feito.
Nas costas do Corinthians.
A futura crise
Economia 23.10.16 12:49
O Brasil vai ficar sem escolas e sem hospitais.
A culpa não é da PEC 241, e sim da quebradeira dos Estados.
Marcos Lisboa escreveu na Folha de S. Paulo que essa crise “está apenas no começo e vai comprometer serviços públicos essenciais”.
Os números divulgados nesta semana pela Secretaria do Tesouro Nacional são assombrosos:
“As despesas com pessoal, ativos e inativos, correspondem a mais de 50% da receita corrente líquida em todos os Estados e chegam a 78% no caso de Minas Gerais (…).
Nos últimos anos, os gastos estaduais cresceram significativamente. As despesas com pessoal, por exemplo, cresceram mais de 40% acima da inflação em dez Estados, entre 2009 e 2016”.
O presente de grego
Mundo 23.10.16 12:10
Andrés Sanchez, do Corinthians, negou ao UOL que o Itaquerão tenha sido um presente da Odebrecht:
''Dizem que foi dado de presente para o Lula, e o Corinthians tem que pagar um financiamento de R$ 950 e tantos milhões? Que tipo de presente é esse?''
O presente não foi dado para o Corinthians, e sim para Lula. E Andrés Sanchez sabe exatamente quanto ele custou.
Destruição de provas na Eletrobras
Brasil 23.10.16 11:41
A nova diretoria da Eletrobras vai trocar 50 executivos, segundo a coluna Radar On-line, da Veja. Após uma investigação interna, concluiu-se que eles destruíram provas de malfeitos cometidos na estatal. Entre os mais graúdos, está o presidente da Eletronorte, Tito Cardoso.
De prisão temporária para preventiva
Brasil 23.10.16 11:34
A Justiça decretou a prisão preventiva do ex-governador de Tocantins, Sandoval Cardoso (Solidariedade), preso na Operação Ápia. Cardoso está detido desde 13 de outubro.
A Ápia investiga um esquema de corrupção em contratos de obras de rodovias no Estado. A estimativa é que entre R$ 200 milhões e R$ 250 milhões tenham sido desviados. As sete empreiteiras envolvidas receberam R$ 1,2 bilhão do BNDES.
A bola de Luleco
Brasil 23.10.16 10:38
Emilio Odebrecht entregou o esquema de Lula no Corinthians.
Agora todas as pontas devem se fechar.
Para se ter uma ideia do que isso representa, releia alguns dos posts que O Antagonista publicou nos últimos meses:
ITAQUERÃO: ODEBRECHT LEVOU 350 MILHÕES DA CAIXA
A Folha revela que “a Odebrecht fez uma transação sigilosa com a Caixa Econômica Federal em 2014 para cobrir um buraco milionário para construção da Arena do Corinthians. O dinheiro, gasto pela empreiteira no estádio, não tem prazo para retorno. Para ajudar a Odebrecht a recuperá-lo, o banco estatal comprou debêntures emitidas pela empreiteira no valor de ao menos R$ 350 milhões”.
Andrés Sanchez confirmou, mas não quis comentar.
Andrés Sanchez é o "AS" de Marcelo Odebrecht.
Meio milhão para nada
Luis Cláudio Lula da Silva recebeu por volta de meio milhão de reais do Corinthians entre 2011 e 2013 sem qualquer serviço que justificasse o pagamento. A acusação foi feita por Luis Paulo Rosenberg, que trabalhou no marketing do clube, e, segundo a Folha, confirmada por outras oito pessoas do mesmo departamento.
O jornal ainda observa que os pagamentos coincidem em parte com o período em que o estádio do Corinthians foi construído com empréstimos federais.
VICE DO CORINTHIANS É PRESO NA XEPA
André Luiz de Oliveira, o 'André Negão', era mais conhecido nas planilhas da propina da Odebrecht pelo codinome "Timão".
A Operação Xepa identificou repasse de R$ 500 mil para o dirigente, que foi preso em flagrante hoje cedo por porte ilegal de armas.
Seu nome aparece numa planilha de pagamentos ao lado da palavra "Alface". Quem entregou a "alface" para "Timão foi Antonio Gavioli, diretor de contrato da Odebrecht Infraestrutura, que ergueu o Itaquerão.
O Brasil perdeu de goleada a Copa de 2014, dentro e fora do campo.
Corromper é justo
Brasil 23.10.16 10:08
O editorial do Estadão comentou a entrevista de Eugênio Aragão à Carta Capital:
“Eugênio Aragão, que foi ministro da Justiça do governo de Dilma Rousseff até o impeachment da presidente, deu uma entrevista à revista Carta Capital na qual se propôs a explicar aos cidadãos por que a corrupção não apenas é ‘tolerável’, segundo suas próprias palavras, como também, em certos aspectos, é positiva (…).
Para ele, empresas pilhadas em corrupção, como aconteceu na Lava Jato, não deveriam ser punidas, porque, nesse caso, empresas estrangeiras tomariam seu lugar, roubando empregos dos brasileiros. ‘Aqui no Brasil a gente entrega nossos ativos com uma facilidade impressionante’, protestou Aragão (…).
Para Aragão, ‘a corrupção que, na verdade, serve como uma graxa na engrenagem da máquina, essa, do ponto de vista econômico, é tolerável’. E ele arremata: ‘A Lava Jato gaba-se de ter devolvido ao País R$ 2 bilhões. E quantos bilhões a gente gastou para isso? Do ponto de vista econômico, a conta não fecha’”.
O Estadão conclui:
“Para essa turma, temos que aceitar que o combate à corrupção é indesejável e prejudica o País. Felizmente, os brasileiros estão a dizer claramente para esse pessoal, nas urnas e nos tribunais, o que pensam disso”.


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