PRIMEIRA EDIÇÃO DE 1º-10-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
1º DE OUTUBRO DE 2016
Nascido de dissidência do PT, o PSOL se orgulha de ser “de esquerda, socialista”, como diz a missão do partido, mas para aumentar a chance de eleição de seus candidatos, colocou a ideologia de lado e se aliou a partidos do lado oposto do espectro político. Apenas com o DEM, ex-PFL, de ACM Neto e Ronaldo Caiado, e PSDB de Aécio e Fernando Henrique Cardoso, o PSOL decidiu apoiar 165 candidaturas este ano.
A maior aliança do PSOL nas eleições deste ano é com o partido que o originou: a coligação com o PT tem 1.123 candidaturas pelo País.
Outros grandes aliados dos ‘psolistas’ são o PCdoB e o PCB. São 830 e 705 candidaturas coligadas, respectivamente.
O PSOL dá destaque à campanha “Fora, Temer” em todos seus meios de comunicação, mas se uniu ao PMDB em 96 candidaturas.
O PSOL se coligou ao PPS, que fez forte oposição a Dilma e foi grande defensor do impeachment, para apoiar 238 candidatos este ano.
O IBGE anunciou nesta sexta-feira (30) os números do desemprego no Brasil, em 2016: oficialmente são 12 milhões de desempregados, equivalente à população da Bolívia. Quando foi afastada do cargo em maio, a ex-presidente Dilma Rousseff deixou ao sucessor Michel Temer o País com a economia destroçada e 11,1 milhões de pessoas sem empregos. Em apenas 4 meses, mais 800 mil ficaram desempregados.
Em fevereiro deste ano o IBGE apontou que o desemprego havia ultrapassado a marca dos 9,1 milhões; aumento de 42% em um ano.
Entre fevereiro e abril deste ano o Brasil perdeu mais de 2 milhões de empregos com carteira assinada, ainda sob o governo Dilma.
O curioso é que a metodologia de pesquisas no Brasil só considera “desempregados” aqueles que procuram emprego e não acham.
A Polícia Federal trabalhou com discrição, nesta sexta-feira, 30, vasculhando a sede de Furnas, empresa de energia subsidiária da Eletronarás, alvo da operação Lava Jato, no centro do Rio de Janeiro.
Ministros do Supremo Tribunal Federal reagiram entre irritados e irônicos à nova tentativa dos advogados de Dilma. “Eles já deveriam ter percebido que o Supremo não vai se meter no impeachment”, afirmou um dos mais experientes. O STF já mandou para o lixo 16 tentativas.
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, oito dos 496 mil candidatos nas eleições deste domingo têm mais de 100 anos de idade. Caso eleitos, outros três podem completar um século de vida durante o mandato.
Dono de um dos textos mais admirados do Itamaraty, o diplomata Pablo Duarte Cardoso finaliza seu livro Asterisco – Como a CBF derrotou o futebol em 1987, sustentando que o Flamengo é hexa.
O deputado Jerônimo Goergen (PP-RS) confirma a cobrança de candidatos municipais na maior pindaíba. “Está muito difícil”. A crise é provocada pelo fim do financiamento privado e campanha.
O TRE-PB vai enviar tropas federais ao bairro “Mário Andreazza”, em Bayeus, onde os eleitores estão sendo ameaçados por integrantes do tráfico de drogas local, ligados a candidatos a vereador.
O vaidoso ex-líder tucano Carlos Sampaio (SP) gosta de fazer as unhas. Entre reuniões de bancada e o plenário da Câmara, o deputado frequenta salões em Brasília.
O governo federal discutiu com aliados a votação do projeto que altera regras de exploração do pré-sal. Na primeira reunião no Alvorada, ficou acertado que “será resolvido na primeira semana de outubro”.
Dilma é sinônimo de dúvida: após a destituição definitiva, a confiança da indústria atingiu maior nível desde julho de 2014.

NO DIÁRIO DO PODER
PETROLÃO
DELAÇÃO REVELA COMO PROPINA DA TRANSPETRO CHEGAVA ATÉ RENAN
NOVA DELAÇÃO DA LAVA JATO PÕE RENAN NA ROTA DA PROPINA DO PMDB
Publicado: sábado, 01 de outubro de 2016 às 00:52 - Atualizado às 01:40
Davi Soares
A derrocada de quem ousou desafiar as instituições brasileiras foi destino comum e contundente para protagonistas dos maiores escândalos da História política do Brasil nos últimos meses. Após as quedas da ex-presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB) volta à alça de mira do combate à corrupção e vive o início de uma contagem regressiva até o desfecho esperado pela vigilância cidadã dos órgãos de controle e da opinião pública no Brasil.
A convicção de que as técnicas de escapismo de Renan não sobreviverão ao próximo episódio da Operação Lava Jato tem origem na disposição do carregador de malas de propinas do PMDB para dedurar como funcionava o delivery do esquema do Petrolão montado na subsidiária da Petrobras, a Transpetro.
De acordo com reportagem de capa da edição desta semana da Revista Veja, o propineiro Felipe Parente fechou acordo de delação para contar o destino das malas de dinheiro que carregava para Renan Calheiros e outros coronéis peemedebistas.
VEJA TRAZ REVELAÇÕES SOBRE RENAN

Cerco fechando
Não será a primeira vez que o nome do senador alagoano estará ligado ao esquema de corrupção. O ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, deixou de ser homem de confiança de Renan quando revelou que repassava R$ 300 mil mensais ao presidente do Senado.
Há três dias, o ministro do STF, Teori Zavascki prorrogou até novembro um dos oito inquéritos em que Renan é investigado na Operação Lava Jato, pela suspeita de receber R$ 1 milhão do doleiro Alberto Youssef.
O senador tem negado todas as acusações e suspeitas.

CORRUPÇÃO
EX-DONO DE PRÉDIO DO INSTITUTO LULA IMPLICA COMPADRE DE EX-PRESIDENTE NA NEGOCIATA
'ÉPOCA' ENTREVISTOU O VENDEDOR DO PRÉDIO PAGO PELA ODEBRECHT
Publicado: sexta-feira,30 de setembro de 2016 às 23:37 - Atualizado às 23:52
Redação
Lula ainda era presidente quando seu compadre e advogado Roberto Teixeira negociou a compra por R$ 6,8 milhões de um prédio de três andares na Vila Clementino, Zona Sul de São Paulo, em nome de um laranja da empreiteira Odebrecht, que pagou a conta. O prédio se destinaria à instalação do Instituto Lula.
A negociata foi confirmada pelo próprio antigo proprietário do imóvel. Segundo seu relato à revista Época, que circula neste fim de semana, Teixeira fez uma oferta final e anunciou: “É pegar ou largar”. Esse negócio sujo foi um dos fatores determinantes da prisão do ex-ministro Antonio Palocci, que chefiou o ministério da Fazenda no governo Lula e a Casa Civil da Presidência da República no governo Dilma Rousseff. “Teixeira era o coordenador da compra, o maestro, e disse que era pegar ou largar. A transação foi no escritório dele”, disse Fernando Baldassarri, antigo proprietário, que completou: “A transação no escritório dele”.
A escritura comprova que a assinatura da venda foi feita no escritório de Teixeira. Desde 1º de fevereiro de 2010 o advogado tentava adquirir e preparar uma nova sede para o Instituto Lula. Nesse dia, o advogado recebera o primeiro e-mail sobre o imóvel da Vila Clementino, com dados passados por uma corretora.

A ESCRITURA DO NEGÓCIO SUSPEITO

O pecuarista José Carlos Bumlai, fazendeiro amigo de Lula, citou o episódio em depoimento. Disse ter sido procurado pela então primeira-dama, Marisa Letícia, com a ideia de “constituir um espaço institucional para o ex-presidente”. O pecuarista afirmou que não tinha dinheiro para comprar o imóvel na Vila Clementino. O empresário Marcelo Odebrecht, presidente do grupo Odebrecht, juntou-se então à empreitada. A Polícia investiga se o dinheiro para a compra saiu da cota de propina repassada pela construtora Odebrecht a Palocci, como aponta uma anotação de R$ 12,4 milhões, acompanhada do termo “Predio IL”, em uma planilha decifrada pelos investigadores da Lava Jato. IL são as iniciais de Instituto Lula, segundo os instigadores.
A revista relata que antes de assinar a venda, Fernando Baldassarri perguntou ao futuro proprietário, Dermeval Gusmão, qual seria o uso do imóvel. “Ele pôs a mão perto de mim e disse: ‘Você vai saber depois que ficar pronto’”, afirmou Baldassarri. Gusmão foi levado a depor na segunda-­feira, dia 26, por mandado de condução coercitiva. Amigo íntimo de Marcelo Odebrecht e sócio da D.A.G. Construtora, Gusmão funcionou como “laranja” do negócio, de acordo com as investigações.
Agentes da PF rastrearam cada passo da transação a partir de e-mails e anotações no calendário de Marcelo Odebrecht. Meticuloso, o empresário deixou rastros de várias etapas da negociata. Em 21 de setembro de 2010, afirmou em um e-mail que estava preocupado com a situação do laranja, o Demé, como era chamado. “Se houver uma fraude a execução, por exemplo, o prejuízo é dele (sic). Estou preocupado com a compradora, a DAG”, afirmou Marcelo a um interlocutor.
Na reta final das tratativas, o empresário intensificou as conversas com Branislav Kontic, braço direito de Palocci. Pelo auxiliar, Palocci era informado sobre cada risco da aventura. Como de hábito, Marcelo usava siglas para se referir aos outros – RT era Roberto Teixeira, de acordo com os investigadores. “Chefe, referente ao prédio institucional, RT adiou para esta quinta-feira. Vamos fazer conforme orientado, mas gostaria de compartilhar o cenário/risco abaixo com você. O Risco na prática parece ser de o terreno ficar enrolado por um tempo e/ou termos custos adicionais aos previstos”, diz Marcelo em e-mail de 22 de setembro de 2010. Não se sabe ainda quem é o “chefe” a quem o poderoso empresário se dirigia.
Resolvidas as pendências, a Odebrecht cuidaria da reforma do local. Em 28 de setembro de 2012, a D.A.G. Construtora passou o controle do imóvel para uma subsidiária da Odebrecht Realizações Imobiliárias. Por motivos ainda desconhecidos pelos investigadores, os planos para a nova sede do Instituto Lula não foram concluídos e a Odebrecht vendeu o prédio de vez em 5 de junho de 2013 para a Mix Empreendimentos e Participações, uma firma do empresário William Baida, dono da rede Sinal de concessionárias de veículos. “Queria comprar esse imóvel há 15 anos. Se eu soubesse que esses caras estavam envolvidos nisso, jamais teria me metido”, afirmou Baida.
Os detalhes da operação importam não apenas pelo episódio em si, mas por confirmar a solidez de uma evidência crucial para a Operação Lava Jato: a planilha de propinas da Odebrecht. Ela foi apreendida meses atrás em e-mail de Fernando Migliaccio, um ex-diretor da empreiteira. Registros do imóvel em cartório coincidem com os dados na planilha. Isso indica que ela é um documento confiável.
A compra do imóvel na Vila Clementino atendeu a um padrão comum em operações desvendadas pela Lava Jato. O dinheiro entrou na transação disfarçado por um laranja, enquanto, no mesmo período, segundo os investigadores, o então presidente Lula ajudava a empreiteira. A Polícia Federal achou e-mails da Odebrecht, de dezembro de 2009, em que executivos pediam uma mudança na agenda de Lula para que ele ajudasse a Braskem, a petroquímica da Odebrecht, num negócio no México. O pedido acabou realizado em 23 de fevereiro de 2010
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LAVA JATO
SÉRGIO MORO DECRETA PRISÃO PREVENTIVA DE ANTONIO PALOCCI
JUIZ MORO DECRETA PRISÃO PREVENTIVA DE PALOCCI; SEM PRAZO FINAL
Publicado: sexta-feira, 30 de setembro de 2016 às 17:26 - Atualizado às 20:18
O juiz federal Sérgio Moro decretou nesta sexta-feira, 30, a prisão preventiva do ex-ministro Antonio Palocci. A medida atende a pedido da Polícia Federal e da Procuradoria da República, que suspeitam que Palocci destruiu provas.
Alvo da Operação Omertà, 35ª fase da Lava Jato, o ex-ministro de Lula e Dilma Rousseff estava em regime de prisão temporária desde segunda-feira, 26.
Segundo as investigações, o ex-ministro recebeu R$ 128 milhões em propina da empreiteira Odebrecht. Parte deste valor teria sido destinado ao PT e cobriu despesas da campanha presidencial de 2010, quando Dilma foi eleita pela primeira vez.
Nas buscas realizadas na segunda-feira, 26, na sede da consultoria Projeto, de Palocci, em São Paulo, a Polícia Federal se deparou com um escritório onde as estações de trabalho possuíam teclados, mouses e monitores, mas nenhum gabinete de computador (ou desktop).

ÂNCORAS
PARTICIPAÇÃO DE LULA E DILMA SEPULTA CANDIDATURAS
NENHUM DOS CANDIDATOS APOIADOS PELOS PETISTAS MELHOROU NAS PESQUISAS
Publicado: sexta-feira, 30 de setembro de 2016 às 20:40
A participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em atos de campanha não ajudou candidatos do PT e PCdoB a crescerem nas pesquisas de intenção de voto na maioria das capitais visitadas. Em Fortaleza (CE), Recife (PE) e Rio de Janeiro (RJ), o desempenho dos candidatos em pesquisas não melhorou depois que o ex-presidente esteve nas cidades para apoiá-los. Apenas em São Paulo (SP), o candidato do PT reagiu nas pesquisas.
Na semana passada, Lula fez um giro pelo Nordeste. Participou de campanha em cinco cidades do Ceará, entre elas, Fortaleza; duas de Pernambuco, sendo uma delas Recife; e em Natal, capital do Rio Grande do Norte. Nos últimos dias, ele esteve em São Paulo e no Rio, capital onde a ex-presidente Dilma Rousseff também fez campanha.
Em Fortaleza, Lula participou de atos de campanha da deputada federal Luizianne Lins (PT) em 1º de agosto e 21 de setembro. Desde então, a petista só caiu nas pesquisas. No primeiro levantamento Datafolha divulgado em 21 de agosto, ela tinha 17% das intenções de voto.
Na pesquisa seguinte (10/09), foi para 16%. No levantamento mais recente (24 de setembro), ela caiu para 15%, permanecendo em terceiro lugar - e, portanto, fora de um eventual segundo turno.
Na cidade, Luizianne tem como adversários o atual prefeito, Roberto Cláudio (PDT), que tenta reeleição tendo como principais apoiadores os irmãos Cid e Ciro Gomes, ambos do PDT.
O pedetista está em primeiro lugar nas pesquisas e conta com apoio informal do governador Camilo Santana, que, mesmo sendo do PT, não apoia a petista. Em segundo lugar, está o deputado estadual Capitão Wagner (PR), apoiado pelos senadores Eunício Oliveira (PMDB-CE) e Tasso Jereissati (PSDB-CE).
No Recife, o candidato João Paulo (PT) começou a disputa empatado em primeiro lugar com o prefeito Geraldo Júlio (PSB), que tenta reeleição. Ambos tinham 27% das intenções de voto na pesquisa Ibope divulgada em 22 de agosto.
Nos levantamentos seguintes do Instituto, continuou com 27% (14/09) e chegou a subir para 29% logo após a ida de Lula à cidade, em 22 de setembro. Na última pesquisa (28/09), porém, caiu para 26%, o que ainda o cacifa para um possível segundo turno.
Apesar de ter apoio dos senadores Armando Monteiro (PTB) e Humberto Costa, líder do PT no Senado, João Paulo enfrenta no Recife as máquinas da prefeitura e do governo estadual.
Geraldo Júlio, que segue na liderança, é apoiado pelo governador Paulo Câmara (PSB) e pelo grupo do ex-governador Eduardo Campos, morto em acidente aéreo em 2014. Em terceiro e quarto lugares nas pesquisas, estão o deputado federal Daniel Coelho (PSDB) e a deputada estadual Priscila Krause (DEM).
Rio e São Paulo
Dilma e Lula estiveram no Rio em 21 e 26 de setembro, respectivamente, para participar de ato de campanha da deputada federal Jandira Feghali (PCdoB) à prefeitura da cidade. Conforme pesquisas do Ibope, a parlamentar começou a disputa com 6% das intenções de voto (23 de agosto), foi para 8% (14/09) e caiu para 6% (26/09). Pelo último levantamento do instituto, divulgado na quarta-feira, 28, ela aparece com 7%, tecnicamente empatada em segundo lugar com outros cinco candidatos.
Jandira disputa uma ida para o segundo turno principalmente com Marcelo Freixo (PSOL) e com deputado federal Pedro Paulo (PMDB), que tem apoio do atual prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), e do governo do Estado. Também estão tecnicamente empatados na segunda posição os candidatos Índio da Costa (PSD), Flávio Bolsonaro (PSC) e Osório (PSDB). Em primeiro lugar está o senador Marcelo Crivella (PRB), que possui 34% das intenções de voto, segundo o Ibope.
Em São Paulo, o prefeito Fernando Haddad (PT), que tenta reeleição, cresceu nas pesquisas após Lula começar a participar de atos de sua campanha no último fim de semana. De acordo com pesquisas do Ibope, Haddad começou a campanha com 9% das intenções de voto (22 de agosto), cresceu para 12% (26/09) e foi a 13% na última pesquisa (28 de setembro), tecnicamente empatado em terceiro lugar com Marta Suplicy (PMDB), que está com 16%.
O efeito positivo da participação de Lula sobre o desempenho de Haddad na eleição deste ano tem dividido o comando da campanha do petista. Apesar de participar de atos de rua ao lado do candidato, o ex-presidente, réu em dois processos da Operação Lava Jato, não apareceu na propaganda televisiva do prefeito. O cenário é diferente do pleito de 2012, quando Lula teve participação assídua no horário eleitoral de Haddad. (AE)

NO BLOG DO JOSIAS
Dilma fura fila do INSS para obter aposentadoria
Josias de Souza
Sábado, 01/10/2016 03:46
Menos de 24 horas depois de ter assinado, em 31 de agosto, a notificação do Senado avisando que seu impedimento fora aprovado, Dilma Rousseff já estava aposentada pelo INSS. Com a velocidade de um raio, ela obteve a remuneração mensal de R$ 5.189,82, o teto da Previdência. O tempo médio de espera para que um brasileiro comum consiga marcar uma data para requerer a aposentadoria é de 74 dias. Em Brasília, onde pedido de Dilma foi deferido, o suplício chega a 115 dias.
Dilma não precisou nem colocar os pés do lado de fora do Alvorada. Em notícia veiculada no site de Época, o repórter Bruno Boghossian conta que madame furou todas as filas servindo-se dos préstimos do petista Carlos Gabas, seu ex-ministro da Previdência. Na pele de pistolão da ex-chefe, Gabas entrou pelos fundos de uma agência da Previdência na quadra 502 da Asa Sul de Brasília. Estava acompanhado de uma mulher munida de procuração de Dilma.
A dupla se dirigiu a uma área restrita a servidores da repartição. Atendeu-os o chefe da agência, Iracemo da Costa Coelho. Encerrado o encontro, Dilma já estava formalmente aposentada. Não há nos computadores do INSS nenhum vestígio de que a presidente deposta ou seus prepostos tenham solicitado o agendamento que se exige dos cidadãos comuns.
Ouvidos, Dilma e Gabas afirmam que não houve privilégio ou tratamento diferenciado. Nessa versão, o atendimento ocorreu longe do balcão, numa sala de frequencia restrita a servidores por decisão do chefe da agência do INSS. Alegou-se, de resto, que o agendamento fora solicitado “meses” antes. Algo que o sistema informatizado da Previdência contesta.
Noutro procedimento fora dos padrões, o INSS realizou entre 8h42 e 18h43 do dia 10 de dezembro de 2015 notáveis 16 alterações na ficha laboral de Dilma. Tudo homologado por uma única servidora: Fernanda Cristina Doerl dos Santos, da Diretoria de Atendimento do INSS. Oito dias antes, o então presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) anunciara sua decisão de aceitar o pedido de impedimento de Dilma.

Valor bloqueado de Palocci já chega a R$ 61 mi
Josias de Souza
Sábado, 01/10/2016 01:26
Subiu para R$ 61,7 milhões a cifra bloqueada em contas bancárias atribuídas a Antonio Palocci. Nesta sexta-feira, 30, o Banco Central informou à Justiça que foram retidos R$ 31 milhões detectados em aplicações financeiras no Bradesco, em nome de Projeto Consultoria Empresarial e Financeira Ltda, a firma de Palocci. A esse valor somam-se dois bloqueios efetivados há três dias — um de R$ 30 milhões, em conta da mesma empresa; outro de R$ 814 mil, numa conta pessoal de Palocci.
Os valores impressionam. Mas o advogado de Palocci, José Roberto Batochio, sustenta que são compatíveis com a atividade da empresa do ex-ministro da Fazenda de Lula e ex-chefe da Casa Civil de Dilma Rousseff. Segundo Batocchio, Palocci dá consultoria para bancos e grandes companhias. A força-tarefa da Lava Jato suspeita que o dinheiro tem origem em outra atividade: corrupção. Palocci é acusado de intermediar propinas da Odebrecht para o PT. Coisa de R$ 128 milhões.
O juiz da Lava Jato converteu a prisão temporária de Palocci, que venceria nesta sexta-feira, em prisão preventiva, sem prazo de duração. Palocci está preso desde segunda-feira, 26.

NO O ANTAGONISTA
"A NOVA PAIXÃO DO AMIGO"
Brasil 01.10.16 08:27
Nos e-mails dos executivos da Odebrecht analisados pela Polícia Federal, há o registro de um jantar organizado por Marcelo Odebrecht com Lula e seletos convidados. A lista inclui grandes industriais e empresários.
De última hora, Clara Ant pede a Alexandrino Alencar que inclua no evento Juvandia Moreira Leite, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
Em outra mensagem, Marcelo Odebrecht questiona Alexandrino sobre Juvandia. O executivo então responde: "Parece que é a nova paixão do amigo do seu pai."
"AMIGO" DE VERDADE
Brasil 01.10.16 07:43
Lula era tratado pela Odebrecht com o codinome “Amigo”.
Em seu relatório, a PF anexou uma série de mensagens da empreiteira para demonstrar esse fato.
O Antagonista encontrou mais uma prova de que Lula era o “Amigo”.
Em e-mail de 1º de abril de 2008, enviado às 12:20, Marcelo Odebrecht disse:
“Meu pai vai estar com o amigo hoje”.
De acordo com a agenda oficial do presidente da República, naquele 1º de abril de 2008, às 18:30, Lula realmente se encontrou com o pai de Marcelo Odebrecht.
Em 1º de abril, o dia da mentira, descobrimos a maior de todas as verdades.
Veja o e-mail:
E veja a agenda:
EXCLUSIVO: ACORDO DA ODEBRECHT NA SEMANA QUE VEM
Brasil 01.10.16 07:40
Marcelo Odebrecht vai assinar seu acordo com a Lava Jato na semana que vem.
A fonte de O Antagonista é preciosíssima – nunca erra.
É Lula o "Amigo"
Brasil 01.10.16 07:36
O plantonista veneziano, neste sábado, topa tratar de outros assuntos, mas a única reportagem que realmente importa foi publicada ontem à noite em O Antagonista, por Claudio Dantas.
Para a PF, é Lula o “Amigo” que recebeu 23 milhões de reais em propinas da Odebrecht.
O “Amigo” está com os dias contados
Brasil 01.10.16 07:34
O acordo da Lava Jato com a Odebrecht vai desbaratar a ORCRIM de uma vez por todas.
Antonio Palocci nunca mais vai sair da cadeia. Assim como Guido Mantega. Assim como Lula.
O “Amigo” está com os dias contados.
Suicídio coletivo
Brasil 01.10.16 07:23
O PT tentou fazer um escambo com seus agregados do PSOL e do PCdoB, disse a Folha de S. Paulo.
Se Luiza Erundina desistisse de sua candidatura em São Paulo, passando a apoiar Fernando Haddad, Jandira Feghali renunciaria à sua candidatura no Rio de Janeiro, transferindo seus votos a Marcelo Freixo.
O escambo só fracassou porque Luiza Erundina se recusou a se suicidar politicamente.
Amigo dos amigos
Brasil 01.10.16 07:02
É Lula o “Amigo” citado nas planilhas da Odebrecht?
Aquele “Amigo” que recebeu 23 milhões de reais em propinas?
A PF suspeita que sim. O Antagonista também.
O temor da Odebrecht
Brasil 01.10.16 06:36
A Odebrecht está correndo contra o relógio para fechar um acordo com a Lava Jato.
De acordo com a Folha de S. Paulo, “depoimentos foram colhidos durante toda a semana passada. O ritmo deve se manter na próxima”.
O temor dos advogados da empreiteira é que a Lava Jato descubra por conta própria tudo o que os delatores teriam a oferecer:
“Policiais federais, por exemplo, têm dito que a delação já não seria tão necessária, pois as investigações estariam bem avançadas”.

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