PRIMEIRA EDIÇÃO DE 24-9-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SÁBADO, 24 DE SETEMBRO DE 2016
A estranha chegada do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega às 4h30 da madrugada no Hospital Albert Einstein, onde sua mulher faria um procedimento não explicitado, provocou a desconfiança de setores da Lava Jato, em Curitiba, sobre eventual vazamento da 34ª fase da operação. A suspeita é a ida de Mantega ao hospital pode ter sido planejada, e o objetivo seria provocar uma “comoção” com a prisão.
Mantega parecia preparado para ser preso: usava casaco pesado, boné e até cavanhaque, truques de disfarce.
Oficialmente, Mantega acompanhou sua mulher para internação no hospital, às 4h30, com objetivo de se preparar para o “procedimento”.
“Nem paciente do SUS precisa chegar aqui às 4h30 para qualquer coisa”, diz um desconfiado funcionário do Albert Einstein.
Se a PF concluir que há elementos suficientes para estabelecer a suspeita de vazamento, um inquérito deve ser aberto para apurar.
Com o ex-presidente Léo Pinheiro preso na Lava Jato e seus donos fingindo-se de mortos na Bahia, a empreiteira OAS escafedeu-se de Brasília. A “operação debandada”, na empresa, foi tão radical que ao chegar em sua sede, nesta sexta (23), no 9º andar do bloco A do centro empresarial Brasil 21, com mandado de busca e apreensão à mão, a Polícia Federal encontrou-a deserta. Não encontrou vivalma.
A OAS é investigada na Operação Acrônimo por suposta maracutaia envolvendo o governador de Minas, Fernando Pimentel (PT).
Os agentes da PF vasculharam os dois andares vazios da sede da OAS. Não havia mobília, papéis, nada. Tampouco aviso de novo endereço.
Na sede da OAS em Brasília só foi encontrada uma caixa de papelão esquecida na escada, na mudança nitidamente feita às pressas.
Os candidatos do PT a prefeito nas capitais andam muito mal das pernas: segundo o Datafolha, Roberto Sobrinho perdeu a liderança em Porto Velho (RO). O PT só tem alguma chance em Rio Branco (AC).
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo mapeou os casos de censura no Brasil. Desde 2002, foram 2.155 ações na Justiça para impedir a divulgação de notícias. O Ministério Público é o maior autor de ações contra a imprensa do País, diz a Aberji, com 42 processos.
O presidente Michel Temer pretende resolver a crise criada pela ex-presidente Dilma e socorrer os Estados, muitos ameaçando com calamidade pública. Mas corre o risco de gastar o que não tem.
A Justiça Eleitoral estima que em cerca de 320 cidades candidatos a prefeito e vereador devem ser barrados na eleição 2016 por terem usado a condução da tocha olímpica de forma eleitoral.
A falta de recurso nas eleições municipais vem incomodando os deputados. “Não dá para ficar desse jeito. Não conseguimos fazer campanha”, reclamou o deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP).
A PF não vai se manifestar sobre a nova fase da Operação Acrônimo, que prendeu o chefe da Casa Civil do governo Fernando Pimentel (PT-MG). O processo tramita no Superior Tribunal de Justiça.
O índice que mede a intenção de investimentos empresariais deu novo salto e chegou a 43,4% em pesquisa da a Confederação Nacional da Indústria. O índice foi ao fundo do poço antes do impeachment: 39%.
O empresário e apresentador de televisão Roberto Justus foi mesmo recebido pelo presidente Michel Temer no Palácio do Planalto. Na política, ele sonha em se transformar o “Donald Trump brasileiro”.
O ex-ministro Guido Mantega levou sua mulher ao Hospital Albert Einstein às 4h30 da madrugada porque ela é atendida pelo SUS?

NO DIÁRIO DO PODER
MÁFIA DA MERENDA
DELAÇÃO LIGA RENAN E EX-PREFEITO DE MACEIÓ A ESQUEMA DE CORRUPÇÃO NA MERENDA
TESTEMUNHA-BOMBA RELATA ACERTO DE PROPINA PARA CÍCERO ALMEIDA
Publicado: sexta-feira, 23 de setembro de 2016 às 22:45 - Atualizado às 00:15
O presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) voltou a ser citado como figura central de mais um escândalo de corrupção e pagamento de propina, a partir do depoimento de um ex-integrante do grupo empresarial de São Paulo que foi pivô do escândalo da Máfia da Merenda paulista.
Genivaldo Marques dos Santos é o ex-funcionário da SP Alimentação que detalhou para o Ministério Público do Estado de São Paulo o sistema de pagamentos de propina a diversas prefeituras no País, que envolvia o nome de Renan. A revelação foi feita em reportagem da revista IstoÉ, que circulou nesta sexta-feira (23).
Citado como o “homem da mala” e operador do presidente do Senado, Milton Lyra não é a única pessoa próxima a Renan citada no esquema de entrega da propina. O ex-prefeito de Maceió e deputado federal Cícero Almeida (PMDB) é citado por Genivaldo como integrante do esquema. Conhecido como Ciço, o parlamentar é candidato a prefeito de Maceió apoiado por Renan e pelo governador Renan Filho (PMDB). O ex-deputado João Lyra também foi relacionado entre os beneficiários das propinas.
De acordo com a revista, o delator disse ao MP paulista que os repasses saíam do superfaturamento do contrato para fornecimento de merenda às escolas municipais de Maceió, à época em que o ex-prefeito conhecido como Ciço comandava o Poder Executivo da capital alagoana. “A propina paga a Milton Lyra e outros era de 15% sobre o valor pago pela Prefeitura de Maceió à SP Alimentação. O dinheiro [papel moeda] era entregue quinzenalmente no município de São Paulo, na sede da SP Alimentação, a Milton Lyra”, disse Genivaldo.
A investigação avança na tentativa de descobrir se o dinheiro da propina foi efetivamente recebido por Renan.
A reportagem do jornalista Aguirre Talento relatou que uma das formas de pressionar o então secretário da Educação de Maceió para ampliar a terceirização da merenda de mais escolas materializou-se em dois pagamentos de R$ 25 mil, em abril e em maio de 2006. Os dados foram encontrados por investigadores em uma planilha e foram traduzidos pelo depoimento de Genivaldo Marques dos Santos.
O repasse foi feito sob a rubrica “despesa de inauguração de escola”, para disfarçar o real objetivo de ampliar o alcance da máfia, que somente atingia cerca de 30 escolas maceioenses.
Insatisfação e o terno azul
Chamou a atenção da reportagem o relato de Genivaldo sobre detalhes como a roupa que o lobista costumava vestir ao ir receber o dinheiro da propina. Mas além de relatar que Milton Lyra voava de jatinho particular para ir a São Paulo recolher a propina, geralmente vestido em um terno azul, o delator citou diretamente o envolvimento do então prefeito Cícero Almeida no acerto.
Genivaldo falou ao MP de São Paulo sobre uma reunião no Hotel Ritz, de Maceió, entre o então prefeito e o dono da SP Alimentação, Eloizo Durães. Na ocasião, o afilhado político de Renan estaria insatisfeito por não receber sua parte de propina, chamada de “retorno” por ser o desvio de uma parte do contrato da merenda. Neste momento do depoimento, entra em cena o ex-deputado federal alagoano João Lyra, ex-aliado de Renan e padrinho político de Cícero Almeida.
“Ficou sabendo por Eloizo Durães que o prefeito Cícero Almeida foi informado de que o valor do ‘retorno’ estava sendo entregue a Milton Lyra, para que este repassasse a João Lyra. Eloizo disse que Cícero determinou que o pagamento do ‘retorno’ fosse feito diretamente a este. Depois dessa reunião, contudo, foi feito ainda um último pagamento a Milton Lyra, que foi chamado à sede da SP Alimentação para ser comunicado da insatisfação de Cícero Almeida”, disse Genivaldo.
Evidências da relação
A partir de indícios de que Milton Lyra intermediava a entrega de propina de empresa a Renan e seus aliados peemedebistas no Senado, a casa do lobista e suas empresas foram alvo de mandados de busca e apreensão obtidos pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e cumpridos pela Polícia Federal em 1º de julho.
Tudo reforçado pela delação premiada em que um ex-diretor da Hypermarcas, Nelson Mello, revelou que repassou R$ 26 milhões em propina para Renan e os peemedebistas por meio de Milton Lyra.
Outro lado
Milton Lyra encaminhou nota à IstoÉ em que disse que “não conhece o referido ‘suposto delator’. São falsas as inferências”. Senador Renan não comenta o caso. E a assessoria de imprensa do candidato Cícero Almeida encaminhou a seguinte nota ao Diário do Poder:
“Sobre denúncia veiculada pela revista IstoÉ, tendo como origem uma suposta delação premiada, o candidato Cícero Almeida, através de seus advogados, informa que desconhece por completo a tal delação e seu conteúdo. Não tendo como se posicionar sobre o que não sabe. Mesmo assim, adianta que nunca manteve nenhum contato ou tratativa com ninguém, nos temas e termos sugeridos pela matéria. Ao mesmo tempo, manifesta sua profunda estranheza e indignação com a ebulição de denúncias ‘surgidas’ às vésperas da eleição. Não serão ardis que o afastarão do seu foco em trabalhar pelo povo de sua Maceió”, diz a nota de Ciço.

LAVA JATO
SUPREMO JULGA NA TERÇA-FEIRA, 27, DENÚNCIA CONTRA GLEISI E PAULO BERNARDO
LEWANDOWSKI PARTICIPARÁ DO JULGAMENTO NA SEGUNDA TURMA DO STF
Publicado: sexta-feira, 23 de setembro de 2016 às 16:27 - Atualizado às 17:47
Redação
Após vários adiamentos, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para a próxima terça-feira (27) o julgamento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e seu marido, o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo. Desta vez, participará do julgamento o novo integrante da Segunda Turma, ministro Ricardo Lewandowski, que mantém fraternal relacionamento com petistas ilustres.
Em maio, Gleisi e Paulo Bernardo foram denunciados ao Supremo sob a acusação de terem recebido R$ 1 milhão para campanha da senadora em 2010. De acordo com depoimentos de delatores na Operação Lava Jato, o valor é oriundo de recursos desviados de contratos da Petrobras. Ambos foram citados nas delações do doleiro Alberto Youssef.
Em documento encaminhado ao Supremo, a defesa do casal diz que as acusações são “meras conjecturas feitas às pressas” em função de acordos de delação premiada. “A requerida [senadora] jamais praticou qualquer ato que pudesse ser caracterizado como ato ilícito, especialmente no bojo do pleito eleitoral ao Senado Federal no ano de 2010, na medida em que todas as suas contas de campanha foram declaradas e integralmente aprovadas pela Justiça Eleitoral.”

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
Garanhuns em Perigo
Prefeito da cidade onde Lula nasceu quer ver o conterrâneo só depois da eleição
Por: Augusto Nunes 
Sábado, 24/09/2016 às 9:14
“Nas redes sociais é: ‘Lula se torna réu’. Então está divulgando em todo canto. Fica difícil se atrelar à imagem”. (Izaías Régis, prefeito de Garanhuns candidato à reeleição pela coligação PTB – PT, explicando por que até a cidade natal de Lula prefere que o ex-presidente só apareça por lá depois de 2 de outubro)

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Sexta-feira, setembro 23, 2016
É BOMBA! DESACATO À AUTORIDADE VAI VIRAR REGRA NO CASO LULA?
“Fico ofendido por ter a vida futucada por uns meninos do Ministério Público Federal”
(Lula, na quarta-feira, 21)
“Duvido que o Sérgio Moro seja mais honesto do que eu”
(Lula, na quinta-feira, 22)
Desgostoso com as velhas construções, o tirano romano Nero ateou fogo na capital de seu império. Deixou as chamas arderem por dias, segundo o historiador Suetônio, destruindo grande parte da cidade. É o que simbolicamente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta fazer para fugir das garras da Lava Jato dois milênios depois. Acuado após se tornar réu pela segunda vez na terça-feira, 20, por ter recebido propina da OAS, o petista aposta em deslegitimar as instituições e o estado democrático para escapar da prisão iminente, mesmo que isto leve o País ao caos. Não conseguindo desmentir as provas de que se beneficiou dos desvios da Petrobras, ele parte para o confronto contra os acusadores, numa escalada de desacatos às autoridades sem precedentes na História recente. O último episódio ocorreu na quarta-feira, 21. Em um comício no interior do Ceará, Lula zombou dos investigadores do Petrolão. Classificou-os como “uns meninos do MPF (Ministério Público Federal)” que “futucam” a sua vida. No Recife, no dia seguinte, Lula voltou a atacar Moro. “Duvido que alguém dentro do MP e até mesmo o Sérgio Moro seja mais honesto do que eu”. A estratégia criminosa de desacato não é levada a cabo apenas pelo comandante máximo do Petrolão, segundo definição do MP de Curitiba. É reproduzida também por seus asseclas. O vice-líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta, repetiu a chacota na quinta-feira, 22, ao acusar a força-tarefa de interferir nas eleições. “Moro e os Golden Boys iniciam operação #BocaDeUrna”, zombou em uma rede social.
“Fala para ele desacatar o juiz…se prenderem o Lula, aí vão prender e torná-lo um preso político. Aí nós fazemos esse País virar de cabeça para baixo” – Jorge Viana, senador do PT

A OUSADIA DOS MELIANTES
Ambos parecem ignorar que o artigo 331 do Código Penal prevê até dois anos de reclusão “a quem desacatar um funcionário público no exercício da função ou em razão dela”. Outro aliado de Lula, o ex-ministro Ciro Gomes, segue a mesma toada. De olho no apoio do combalido PT em 2018, quando pretende aventurar-se mais uma vez numa candidatura presidencial, Ciro faz de tudo e mais um pouco para agradar o principal líder petista. Chegou ao absurdo de detalhar, em um vídeo, como sequestraria e alojaria Lula em uma embaixada na tentativa de evitar uma eventual prisão. “Eu quero me voluntariar para formar um grupo, com juristas nos assessorando, que se a gente entender que o Lula pode ser vítima de uma prisão arbitrária, a gente vai lá e sequestra ele e entrega numa embaixada. Isso eu topo fazer”, diz. Quer dizer, em pleno Estado de Direito, Ciro acredita que está correto deslegitimar a decisão de um magistrado e cometer até um crime hediondo. É uma visão da Justiça tão peculiar quanto a do senador Jorge Viana (PT). O petista foi flagrado, em interceptações telefônicas, sugerindo ao advogado Roberto Teixeira uma estratégia criminosa para desmoralizar o juiz Sérgio Moro e tumultuar a Lava Jato. No diálogo, o petista afirma que é preciso levar a investigação para um confronto político. Sugere que Lula convoque uma entrevista e nela diga que não acatará as decisões de Moro, ofenda o magistrado e o desafie publicamente a detê-lo. “Fala para ele desacatar o juiz… se prenderem o Lula, aí vão prender e tornar um preso político. Aí nós fazemos esse País virar de cabeça para baixo”, sugeriu Viana. É a lei petista. Clique AQUI para ler a reportagem completa de IstoÉ


REPORTAGEM-BOMBA DE 'ISTOÉ' REVELA O GOLPE DE R$ 2 BILHÕES NOS APOSENTADOS DA CAIXA COMETIDO PELO PT E SEUS SEQUAZES
A reportagem-bomba de IstoÉ que chega às bancas neste sábado, 24 dá uma ideia concreta do perfil moral do PT e seus sequazes. É um bando de gafanhotos vermelhos que por onde passa detona os cofres dos fundos de pensão das estatais. 
IstoÉ teve acesso aos áudios que fundamentou as prisões levadas a efeito pela Operação Greenfield. Segue a parte inicial da reportagem com link para leitura completa. É imperdível. Dá para ter uma idéia muito clara sobre esses demolidores do Brasil. Leiam:
Aparelhados pelos partidos políticos durante a era petista, os fundos de pensão das estatais e empresas federais se tornaram alvo de uma megainvestigação da Procuradoria do Distrito Federal sobre desvios de recursos que lesaram os aposentados em R$ 8 bilhões. Trata-se da Operação Greenfield, que cumpriu, no último dia 5, um conjunto de 28 mandados de condução coercitiva, sete de prisões temporárias e 106 de buscas e apreensão. ISTOÉ obteve com exclusividade as gravações que fundamentaram a operação. Os áudios referem-se a reuniões de diretores da Funcef – órgão que administra a previdência complementar da Caixa e foi comandado por executivos indicados e ligados ao PT, acumulando um prejuízo de ao menos R$ 2 bilhões. O material explosivo revela a total negligência com os recursos dos aposentados e indica uma clara atuação de dirigentes da Funcef no sentido de honrar acertos políticos. Para a PF, há fortes indícios de que o ex-tesoureiro petista João Vaccari Neto, atualmente preso pela Lava Jato, esteja por trás das operações fraudulentas aprovadas pela cúpula da Funcef. As suspeitas também recaem sobre o ex-ministro da Casa Civil de Dilma, Jaques Wagner. Um dos beneficiários do esquema, segundo as investigações, foi o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, ligado ao PT, a Lula e a Jaques Wagner.
A postura observada nas reuniões é escandalosa: diretores dão o aval aos investimentos mesmo admitindo não terem lido todos os documentos, autorizam aportes sem saber de onde a Funcef vai tirar dinheiro e passam por cima de riscos considerados graves por executivos do órgão, como a existência de dívidas tributárias e trabalhistas de uma empresa que demandava recursos do fundo. Em comum, nos encontros de diretores da Funcef, há o fato de os presidentes do Fundo de Pensão dos servidores da Caixa, indicados pelo PT, sempre defenderem a liberação dos recursos, a despeito dos reiterados alertas feitos pelos seus diretores. São eles, em dois momentos administrativos distintos da Funcef: Guilherme Lacerda e Carlos Alberto Caser, ambos ligados ao PT. Os dois e outros cinco gestores do fundo foram presos temporariamente durante a Operação Greenfield. Depois de prestarem depoimento, deixaram a cadeia.

GRAVAÇÕES ATERRADORAS
A PF destaca três reuniões como as mais emblemáticas para demonstrar a existência de negociações prejudiciais à Funcef, feitas única e exclusivamente para cumprir acordos políticos: a que selou aportes de R$ 400 milhões na OAS Empreendimentos, a que confirmou investimentos de R$ 1,2 bilhão em três anos na Invepar (braço da OAS na área de transportes) e a que ratificou a aplicação de R$ 17 milhões no FIP Enseada, a fim de reerguer a Gradiente. Naquele momento, o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro pressionava a cúpula petista pelo aval aos negócios de seu interesse. Nas mensagens extraídas do celular do empreiteiro, há referências à atuação de Jaques Wagner e Vaccari na Funcef. Em julho de 2013, quando o caso estava sob discussão, Léo Pinheiro escreveu para o acionista da OAS Antônio Carlos Mata Pires: “Como foi na Funcef? O nosso JW [Jaques Wagner] me perguntou”. Ao que Pires respondeu: “Ótimo. Foi aprovado para contratação do avaliador, Deloitte. Agora, precisaremos de JW [Jaques Wagner] na aprovação final”. Em outra conversa pelo celular, Léo Pinheiro diz que pela Funcef estaria tudo certo, mas adverte César Mata Pires, dono da OAS, que poderia haver problemas na aprovação do negócio pela Caixa. Segundo a mensagem, Carlos Borges, diretor da Funcef, havia ligado para Pinheiro preocupado com a questão. Quem também telefonou para agendar um encontro foi João Vaccari. Ao fim, o investimento foi aprovado. “Não esqueça de me reservar uma vaga de officeboy nesse arranjo político. Afinal com a sua influência junto ao Galego e o Lula, vc é o CARA”, atesta Carlos Borges, da Funcef, em mensagem encaminhada a Léo Pinheiro em 2014. Clique AQUI para ler a reportagem completa


NO BLOG ALERTA TOTAL
Sábado, 24 de setembro de 2016
Existe clima imediato para um "Fora, Temer"?
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Perguntas básicas que o noticiário provoca: A Lava Jato vai fisgar o decadente Lula? Será que tem bala na agulha para incomodar e desestabilizar o Presidente Michel Temer? Pode também enrolar a impedida Dilma Rousseff? Tem chances de realmente punir a cúpula dos principais partidos políticos no poder? Ou a bandidagem continuará reinando nas instituições brasileiras?
Lula já é 'réu-belde'. A cúpula da petelândia vai junto, enquanto torce que o mesmo rigor atinja peemedebostas, tucanalhas e afins. Temos novidades boas como a condenação que o Superior Tribunal de Justiça impõe a um integrante de "tribunal" de contas" - órgão composto por apadrinhados de políticos e que falha (propositalmente?) no combate preventivo à corrupção.
Agora, por decisão do supremo ministro Teori Zavaski, o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, será forçado a decidir se abre ou não inquérito para investigar o Presidente da República, já que a delação premiada do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, revelou que Michel Temer (já vice-presidente da Dilma) teria lhe pedido R$ 1,5 milhão, obtido via propina, para ajudar na campanha à Prefeitura de São Paulo, de Gabriel Chalita, em 2012.
É baixa a probabilidade de que Janot mexa com Michel Temer, nesta altura do campeonato. O estranho hábito de não futucar quem está no Palácio do Planalto, com apoio dos banqueiros nacionais e seus controladores transnacionais, indica que Janot mandará arquivar a denúncia de Machado que detonaria Temer. Com Lula no auge do poder foi assim. Dilma só caiu porque bagunçou a economia. Por isso, dificilmente mexerão com Temer, enquanto vigorar a expectativa de melhora da conjuntura econômica. 
O andar de cima da pirâmide social brasileira começa a manifestar a percepção de que "algo começa a melhorar" na economia. Se for verdadeiro, tal sentimento ainda deve demorar um pouco para chegar nos andares de baixo, ou até no subsolo, onde vive a maioria das pessoas. Essa visão de melhora, no entanto, não se reflete na avaliação da política.
Tanto que a eleição municipal deste ano, conforme variadas sondagens de opinião, deve bater o recorde de votos nulos, brancos e abstenções. Além da economia e da política, é fundamental prestar atenção em outra visão das pessoas comuns, de ceticismo, desconfiança e até revolta incontida, em relação ao processo de "judicialização da política" (ou da politicagem).
Derrubou-se a Presidenta Dilma Rousseff em um processo de impeachment absolutamente dentro das regras constitucionais, porém insuflado pela onda perigosa, quase uma mania nacional, de recorrer ao Judiciário para resolver pendengas políticas e econômicas. O fenômeno se torna delicadíssimo em um ambiente de desgovernança do crime organizado.
As "conspirações judiciais" têm resultados controversos e fora do previsto em uma estrutura estatal centralizada, burocrática, com regramento excessivo e contraditório, sempre aberto para o rigor seletivo deitar e rolar. Acabam punidos os escolhidos para "bodes expiatórios da vez". São poupados aqueles que conseguem manipular e influenciar os ambientes de poder com mais eficiência, eficácia e efetividade.
A corrupção institucionalizada, que serve aos diferentes projetos de poder, parece longe de ser realmente combatida e neutralizada com o excessivo, confuso e contraditório aparato legal vigente. O fenômeno positivo é que a maioria dos cidadãos está de saco cheio de tanta sacanagem seguida da habitual impunidade.
Se a pressão social subir, tornando-se insuportável para os poderosos e gerando uma instabilidade capaz de tirá-los da aparente "zona de conforto", teremos a oportunidade única de amadurecer as pré-condições necessárias para mudanças estruturais de verdade. Pressionar por mudanças é preciso, nos poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e Militar. 
Em recente artigo, o General Gilberto Pimentel, Presidente do Clube Militar, resume, de forma justa e perfeita, como é e o que precisa ser feito para mudarmos para melhor o nosso cenário de judicialização. Pode ter certeza de que o raciocínio do Pimentel reflete o que pensa a maioria da expressão do poder militar brasileiro:
"Os donos do poder, arrogantemente, invocam o direito a tratamento diferenciado por parte da Justiça. A Justiça não pode ser intimidada e tem mesmo que agir com força total e no limite máximo dos preceitos legais e constitucionais. A Lei é para todos, vale para qualquer cidadão, independente de opções ideológicas, político-partidárias, de raça, religião ou classe social. O essencial é ser honesto. Não sendo assim jamais mereceremos a condição de nação livre e democrática".
Vale insistir por 13 x 13: Os segmentos esclarecidos da sociedade brasileira não podem cessar a pressão que exige punição rigorosa aos corruptos. Mas o fundamental é lutar para uma efetiva mudança na estrutura do Estado Brasileiro - base da governança do crime institucionalizado. O monstro é gigantesco. Por enquanto, só vemos o rabão dele - comido, devagarzinho, pela República de Curitiba...
Por tudo isso, não há clima (ainda) para um "Fora, Temer" - apesar da gritaria canalha e casuística da petelândia por "eleições gerais" fora da previsão constitucional. Na prática, só a bela Marcela tem condições práticas objetivas de decretar um efetivo "Fora, Temer"... O resto, mesmo contra a vontade, terá de aturá-lo.
Se a economia efetivamente não melhorar no curto e médio prazos, dentro de seis meses a um ano, aí sim o bicho pode pegar, sempre pela via do rigor seletivo de ocasião, com apoio da mídia vendida e da opinião pública providencialmente induzida...
Até lá, vigora o "Dentro, Temer" - nem que seja apenas para a alegria da jovem e lindíssima esposa...
(...)

NO O ANTAGONISTA
Revenge
Brasil 24.09.16 09:34
O Painel confirma informação antecipada por O Antagonista de que setores da PF e do Ministério Público não gostaram da decisão de Sergio Moro de revogar a prisão de Guido Mantega.
Na verdade, PF e MPF concordaram num primeiro momento, até perceberem que o 'ato de compaixão' não teve o efeito desejado e que o PT passou a explorar as razões não jurídicas que levaram o juiz a aliviar para o ex-ministro.
A âncora que faltava
Brasil 24.09.16 09:28
O Painel diz que Lula vai intensificar sua presença na campanha de Fernando Haddad e já marcou para gravar os programas de TV do candidato. Faça isso, Lula. Afunde de uma vez a candidatura do prefeitinho.
Einstein proibido de falar de Mantega
Brasil 24.09.16 09:09
O Antagonista falou com Claudio Lottemberg, presidente do Albert Einstein. Ele disse que não ficou sabendo detalhes da internação de Eliane Berger e que também não estava autorizado a passar informações.
A Coluna do Estadão diz hoje que Guido Mantega proibiu o hospital de divulgar informações. Diz também que o delegado que esteve no hospital para cumprir a ordem de prisão foi informado na recepção de que Mantega se encontrava no setor de endoscopia.
TCU QUER BLOQUEAR BENS DE DILMA
Brasil 24.09.16 08:42
Fabio Fabrini, do Estadão, obteve parecer da área técnica do TCU que pede a responsabilização de Dilma Rousseff e dos integrantes do conselho de administração da Petrobras que aprovaram a compra da Refinaria de Pasadena, no Texas.
Além de Dilma, estão na lista Antonio Palocci, José Sérgio Gabrielli, os empresários Cláudio Haddad e Fábio Barbosa, além do general Gleuber Vieira. O TCU quer que todos sejam solidários na restituição aos cofres públicos de US$ 266 milhões, cerca R$ 860 milhões.
O pedido de bloqueio ainda será submetido ao Ministério Público de Contas e, depois, será levado a plenário.
TEORI FATIA DELAÇÃO DE MACHADO
Brasil 24.09.16 08:16
Teori Zavascki fatiou a delação de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, gerando assim quatro novos procedimentos investigatórios no STF. Diferentemente de outras colaborações, a de Machado não estava associada a nenhuma investigação anterior.
A delação de Machado serviu de base para que a PGR fizesse aquele pedido (frustrado) de prisão contra José Sarney, Renan Calheiros, Romero Jucá e Eduardo Cunha.
Os trechos desmembrados trazem menções a Michel Temer, que não poderá ser investigado enquanto estiver na Presidência. Também há citações a Henrique Alves, Ideli Salvati e Aécio Neves.
Com a roupa do corpo
Brasil 23.09.16 19:42
Um funcionário do Albert Einstein disse a O Antagonista que Guido Mantega e a mulher ingressaram no hospital apenas com a roupa do corpo, o que sugere um procedimento de emergência -- mas muita emergência -- ou algo que não demanda internação.
Se era de muita emergência, os médicos não poderiam esperar que Mantega fosse solto.
Que cirurgia foi essa?
Brasil 23.09.16 19:39
Em sua nova versão sobre a cirurgia da madrasta, Marina Mantega acrescentou um detalhe dramático sobre a prisão de Guido Mantega.
"Quando ligaram para o celular dele avisando que a Polícia estava na casa dele, minha madrasta, que já estava sonolenta por causa dos procedimentos do pré-operatório, chegou a ouvir sobre a presença dos policiais, coitada."
O advogado José Roberto Batochio já tinha dito ontem que Eliane Berger estava pré-anestesiada e que foi operada no final da manhã. Significa que a mulher de Mantega chegou ao hospital às 4h30, foi sedada por volta das 7h e operada algumas horas depois.
Trata-se de um procedimento bastante incomum para uma cirurgia agendada.
MORO NO COFRE DE LULA
Brasil 23.09.16 18:03
Sérgio Moro acatou pedido do MPF, antecipado por O Antagonista, para que a Secretaria de Administração da Presidência examine o material apreendido pela Lava Jato no cofre do Banco do Brasil.
É aquele acervo presidencial com coroa de ouro, sabre cravejado de diamantes, jóias, esculturas e medalhas presenteadas por chefes de Estado estrangeiros.
Lula se apropriou dos itens e escondeu tudo num cofre, em 2011, em nome de Marisa e Lulinha.

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