PRIMEIRA EDIÇÃO DE 18-8-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
18 DE AGOSTO DE 2016
Durante encontro, terça-feira (16), com a cúpula do PSDB, preparatório do jantar ampliado de quarta (17) com sua bancada, o presidente Michel Temer reagiu inesperadamente, ao ser pressionado a refletir sobre o eventual apoio a um tucano para presidente da República, em 2018. “Sem problemas”, respondeu do alto de sua experiência. “Peço que me tragam o nome de consenso até amanhã, no jantar, e eu o apoiarei”.
O problema dos tucanos é exatamente este: eles não conseguem se entender sobre quem será o candidato do PSDB em 2018.
No jantar da véspera com Aécio Neves, extra-agenda, Michel Temer agiu como orientava Ulysses Guimarães: “afinou o tom” com o PSDB.
Temer quis conversar com o senador José Aníbal (SP), muito ligado a José Serra, até o chamou para baforar um charuto, mas ele escapuliu.
O PSDB foi ciente, na reunião com Temer, de que precisa adiar seus perrengues e ajudar a garantir 60 votos contra Dilma, no julgamento.
Com a missão de zelar pelo bom uso dos recursos públicos, o Tribunal de Contas da União (TCU) achou relevante mobilizar sua área técnica para elaborar e promover uma concorrência pública com o objetivo de instalar um salão de beleza em suas dependências, a ser usado pelos ministros e servidores. Ainda impôs às empresas licitantes a oferta de serviços que incluem depilação de pernas e axilas e até “depilação de contorno”, nas partes íntimas. O salão funcionará durante o expediente.
O salão de beleza do TCU também oferecerá serviços de massagem relaxante e massagem estética para suas excelências.
No salão do TCU, um prédio público, haverá corte de barba e cabelo, tintura, escova, além de manicure, pedicure e sobrancelha.
O Tribunal de Contas não se deu ao trabalho de explicar seu salão de beleza. E o procurador do MP junto ao TCU desdenhou: “nada a dizer”.
Dilmistas adoraram saber que ela vai ao próprio julgamento, apostando que ex-aliados ficarão constrangidos. Mas sua presença será formal, na condição de ré. Não vai participar das discussões, nem da votação.
Conhecida pelo despreparo e principalmente pelo destempero, Dilma poderá aplicar um certeiro tiro no próprio pé, indo ao Senado. Até porque sua decantada “honestidade” deverá ser posta em causa.
A CPI da Funai/Incra chegará ao fim proibida – pelo ministro Ricardo Lewandowski – de examinar a quebra de sigilo de ONGs ligadas a gente do governo Dilma, suspeitas de desviar milhões que deveriam ser investidos em comunidades indígenas. Tudo foi para debaixo do tapete.
O senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) acha que o julgamento de Dilma, como qualquer outro, deveria ocorrer sem interrupções. Ele avalia que a presença de Dilma não mudará o resultado final.
A Câmara dos Deputados prometeu investigar a servidora flagrada pelo site Diário do Poder usando saiote de ginástica para bater o ponto de manhã cedo. Ela vai embora logo em seguida e retorna ao meio-dia, com os mesmos trajes, para bater o ponto “de saída” para o almoço.
Defensora dos “direitos” de quem faz vítimas, a deputada Maria do Rosário (PT-RS) quis faturar prestígio, em Porto Alegre, no protesto contra a morte de uma médica. Foi enxotada aos gritos de “cúmplice”.
Dilma disse no Twitter que impedir protestos nas Olimpíadas “é golpe à nossa democracia”. Faltou contar que foi ela quem sancionou a Lei. Aliás, semelhante a outra, que ela também propôs, na Copa de 2014.
Apesar de ter apoiado o impeachment de Dilma, o senador Acir Gurgacz (PDT-RO) foi flagrado pedindo votos pela presidente ré, a pretexto de ajudar petistas à beira de um ataque de nervos.
...é muito otimismo de Dilma marcar sua defesa para 96 horas após o início do julgamento do impeachment.

NO DIÁRIO DO PODER
ENTREGOU OS DEDOS E OS ANÉIS
Carlos Chagas
Na guerra da Coréia, quando a China entrou pela fronteira do norte e invadiu o sul daquele país dividido, empurrando as tropas americanas para o mar, o general Omar Bradley, chefe do Estado Maior do comando dos Estados Unidos, vetou a estratégia do general Douglas McArthur, que era de bombardear os chineses com armas atômicas. Disse tratar-se da guerra errada, na hora errada e contra o inimigo errado. Evitou a Terceira Guerra Mundial.
Guardadas as proporções, a carta da presidente afastada, Dilma Rousseff, aos senadores, foi a carta errada, na hora errada e contra o inimigo errado.
Primeiro porque se era para defender o seu mandato, Madame deveria ter atuado antes de a Câmara autorizar a licença para que fosse processada. Quando o impeachment passou para o Senado, era tarde demais.
Depois, por não ter percebido que forneceu aos senadores o argumento final para sua degola, ao propor eleições gerais fora de hora, reconhecendo a impossibilidade de continuar governando caso absolvida pelo Senado. Por último, ao insistir estar sendo vítima de um golpe capaz de ser evitado se tivesse mudado o governo e seus ministros logo depois de reeleita.
O resultado surge evidente: a carta não valeu de nada e apenas estimulou os senadores a apressar sua condenação. Até mesmo o gesto final capaz de salvar sua imagem para a História, Sua Excelência evitou: se tivesse renunciado em vez de denegrir o Congresso, ao menos poderia sair com honra do episódio.
Pelo contrário, sai derrotada em todos os planos, a começar pelo seu próprio partido e seu criador, o Lula. Bem que a alertaram, primeiro para não candidatar-se ao segundo mandato, depois, para mudar sua equipe e suas diretrizes de governo. Não percebeu a realidade à sua volta, insistindo que a população a apoiava e que o País estava no rumo certo. Ficou como aquele recruta que marchava com passo trocado, diferente do batalhão inteiro. Tivesse renunciado e salvaria os dedos, mesmo entregando os anéis.

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza
Quarta-feira, 17/08/2016 16:12
O rito do julgamento final do impeachment, que se iniciará em 25 de agosto, contém regras que favorecem Dilma Rousseff, a ré. Ela comparecerá no dia 29 de agosto. Deveria apenas responder às perguntas de seus juízes, os senadores. Mas terá direito a discursar por 30 minutos, prorrogáveis. Sem apartes. Durante o interrogatório, os inquisidores terão cinco minutos para formular suas perguntas. Dilma responderá sem limite de tempo. E os senadores não terão direito a réplica. As regras (íntegra aqui) foram sugeridas pelo presidente do STF, Ricardo Lewandowski, que comandará o julgamento, como determina a Constituição.
Em reunião dos senadores com Lewandowski, nesta terça-feira, os líderes Cássio Cunha Lima (PSDB) e Ronaldo Caiado (DEM) reclamaram do tratamento dispensado a Dilma. Queixaram-se sobretudo da ausência de réplicas. Mas prevaleceu o rito sugerido por Lewandowski. O tucano Cássio ponderou que o julgamento é jurídico, mas também é político. E disse que não seria razoável que um senador, após inquirir Dilma, ficasse sem direito de responder caso a ré o ofendesse ou fizesse algum ataque político.
Ficou entendido na reunião desta terça-feira que, na hipótese de se sentirem ofendidos por Dilma, os senadores poderão requerer a Lewandowski a prerrogativa de responder. Fora disso, terão de se contentar, na fase de arguição, com os cinco minutos destinados às perguntas. Paradoxalmente, por sugestão do senador Lindbergh Farias (PT-RJ), encampada por Lewandowski, as réplicas serão admitidas nos questionamentos dirigidos às testemunhas de defesa e de acusação.

NO BLOG DO JOTA
TCU e as obras do metrô de Fortaleza
Por Redação JOTA - Brasília
Quarta-feira, 17-8-2016
Por decisão unânime, os ministros do Tribunal de Contas da União determinaram que a Caixa, o Ministério das Cidades e o Governo do Ceará se manifestem sobre problemas técnicos e a falta de recursos para dar andamentos as obras do Metrô de Fortaleza (CE), que estão paradas desde 2014.
Lançado pela Presidente Dilma Roussef, o projeto não saiu do papel, pois os R$2 bilhões prometidos pelo Governo Federal não foram liberados. As obras resultaram num imbroglio jurídico com a principal empreiteira, a Cetenco, já tendo pedido pra sair do empreendimento.
A decisão do TCU dá prazo para que a Secretaria de Infraestrutura do Ceará explique possíveis irregularidades e para que a Caixa e o Ministério das Cidades se manifestem sobre:
1) indisponibilidade de recursos para a obra em comento frente aos contingenciamentos anunciados pelo Governo Federal que poderão ensejar a determinação de sustação dos efeitos da autorização de início de obra dado pela Caixa no âmbito do termo de compromisso 0409099-31/2013 /MINISTÉRIO DAS CIDADES/CAIXA e do condicionamento de nova autorização de início de obra à real disponibilidade de recursos após findo os contingenciamentos definidos pelo Governo Federal;
2) justificativas para recepção da licitação pretérita, que não atendia aos ditames do Acórdão 2.099/2011-TCU-Plenário, que poderá resultar na anulação da autorização de início de objeto dada pela Caixa;
3) inviabilidade da solução de Parceria Público Privada verificada no PMI que poderá ensejar a suspensão do atual termo de compromisso para construção da linha leste do Metrô de Fortaleza até que todas as questões relacionadas de viabilidade de operação estejam superadas ou sobre eventuais soluções alternativas que assegurem a futura funcionalidade da Linha Leste do Metrô de Fortaleza/CE.

NO O ANTAGONISTA
O Financista 18.08.16 06:50
As exportações brasileiras para a Venezuela, no acumulado de janeiro a julho em relação ao mesmo período de 2015, despencaram 63%...
Brasil 17.08.16 23:14
Envolvidos na investigação do suposto assalto a Ryan Lochte, os nadadores Gunnar Bentz e Jack Conger foram retirados do avião de volta aos Estados Unidos pela Polícia Federal.
Ainda não se sabe a localização de James Feignen.
Lochte já foi embora.
Brasil 17.08.16 20:36
Fábio Medina Osório também pediu a Gilmar Mendes para ingressar no mandado de segurança de José Sérgio Gabrielli, no qual o ex-presidente da Petrobras pede a liberação de seus bens pelo TCU...
Brasil 17.08.16 18:48
A denúncia contra Fernando Collor de Melo vai completar um ano no gabinete de Teori Zavascki, sem que ele tenha se manifestado sobre o seu recebimento...
Brasil 17.08.16 18:44
Rodrigo Janot pediu a Teori Zavascki que suspenda o sigilo da delação de Fábio Cleto, o ex-VP da Caixa que entregou o esquema de Eduardo Cunha e Lúcio Funaro na liberação de recursos do FI-FGTS...
Brasil 17.08.16 18:11
Emissários de Michel Temer têm ligado para deputados tentando convencê-los a não comparecer no julgamento de cassação de Eduardo Cunha, em 12 de setembro...
Brasil 17.08.16 17:45
Carlinhos Cachoeira e Fernando Cavendish deixaram a prisão, em Bangu, nesta tarde, um dia depois de o STJ determinar a soltura dos dois...
Brasil 17.08.16 17:09
O governo Michel Temer está com um levantamento, ao qual O Antagonista teve acesso, que revela uma dívida de R$ 3,2 bilhões da União com Estados e Municípios...

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