LEIA HOJE NA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
09 DE OUTUBRO DE 2015
A presidente Dilma já passa a impressão aos mais próximos e até a funcionários do Planalto de que “entregou os pontos”. Já não consegue esconder o desânimo com a própria incapacidade de superar a crise e de manter-se no cargo. Os primeiros sinais de prostração foram vistos terça, 06, ao ser informada das derrotas no Congresso, que não conseguiu votar seus vetos, e no TSE, que decidiu investigar sua campanha.
Mulher voluntariosa, que costuma tratar subordinados como se fossem dementes, e aos gritos, Dilma agora se mostra triste e cabisbaixa.
Na quarta (7), antes do julgamento de suas contas pelo TCU, a presidente ficou abatida com a nova frustração no Congresso e a derrota no STF.
Mais cedo, na quarta, ela mal conseguia dar atenção no vistoso evento sobre as Olimpíadas. Sequer trocou palavra com o vice, Michel Temer.
O desânimo chegou ao auge na condenação no TCU. Ela se isolou em seu gabinete. Depois, auxiliares perceberam em Dilma sinais de choro.
Nas avaliações internas sobre a tentativa de “melar” o julgamento das contas de Dilma no Tribunal de Contas da União, o staff presidencial não lamentou a operação desastrada, mas, sim, o fato de não usar – semanas antes – suspeitas e investigações da Policia Federal contra ministros, como o próprio presidente do TCU, Aroldo Cedraz, ou o corregedor, Raimundo Carreiro, para “desmoralizar” de vez o tribunal.
O Planalto reconhece que, em vez de barulho, deveria ter sido discreto ao pedir ao Supremo Tribunal Federal a suspensão do julgamento.
O “trio parada dura” mentiu para agradar Dilma, afirmando que ela seria condenada “por causa do clima”. Ela quis acreditar nessa lorota.
Luiz Adams, José Eduardo Cardozo e Nelson Barbosa ficaram quietos e avalizaram, mesmo discordando, a única tática que não daria certo.
Quando tudo deu errado e a conta chegou, cadê Lula, o babalaô? Escafedeu-se, sumiu. Ele esteve em toda “engenharia” da reforma ministerial. Tirou e botou quem quis. Mas a “reforma” foi um desastre.
Marta Suplicy (PMDB-SP) está entre os admiradores do senador Romero Jucá (RR). A senadora adorou a entrevista dele à revista Veja pedindo o rompimento do PMDB com Dilma e a devolução dos cargos.
O ex-deputado petista Maurício Rands, muito ligado ao falecido ex-governador Eduardo Campos, associou-se ao irmão, Alexandre, que ficou rico com uma empresa de tecnologia, para comprar ontem o jornal Diário de Pernambuco. O valor da operação ainda não foi revelado.
Luiz Adams (AGU) fez a defesa do indefensável, no TCU, mantendo-se leal a Dilma, apesar de ter sido preterido para o STF. Ela prometeu a ele a vaga de ministro e nem sequer explicou por que escolheu outro.
O clima era de velório na reunião da bancada do PSB, esta semana. Deputados e senadores não escondiam mais suas posições: para eles, a presidente Dilma entrou em contagem regressiva.
Diante da chiadeira de tucanos, o PSDB deve derrubar a cobrança de R$ 20 mil de inscrição dos pré-candidatos a prefeito de São Paulo. Só Andrea Matarazzo e João Dória Jr. tinham esse dinheiro sobrando.
O gelo que a oposição tem dado em Eduardo Cunha (PMDB-RJ), após notícias turvas vindas da Suíça, é só na frente das Câmeras. DEM e PSDB continuam confabulando o impeachment com o deputado.
A liderança do novo blocão da Câmara, agora sem PMDB, vai mesmo começar com Eduardo da Fonte (PP-PE). O tempo de permanência será proporcional ao tamanho da bancada de deputados dos partidos.
... de tiro no pé em tiro no pé, Dilma enche o bico da oposição.

NO O ANTAGONISTA
Brasil 09.10.15 08:02 Comentários (13)
Parlamentares que lideram o movimento de impeachment de Dilma Rousseff, diz Mônica Bergamo, “já dão como certo que Eduardo Cunha arquivará o pedido de afastamento da presidente formulado por Hélio Bicudo na próxima terça-feira. Assim eles poderiam, já na quinta-feira, recorrer ao plenário, tentando votar a abertura de processo contra a petista”...
Brasil 09.10.15 07:47 Comentários (7)
A Folha de S. Paulo informa que Antônio Dias Toffoli, do TSE, “está pedindo aos ministros da corte que apressem a revisão do texto de seus votos na sessão de anteontem. Quer publicar o acórdão que determina a investigação das contas da campanha de Dilma o mais rápido possível”...
Brasil 09.10.15 07:41 Comentários (5)
Dilma Rousseff continua pedalando. Segundo o Valor, ela repetiu em 2015 uma prática que foi condenada pelo TCU nas contas de 2014:
“Dilma editou seis decretos autorizando créditos suplementares ao Orçamento deste ano antes do Congresso ter aprovado a redução da meta de superávit primário para 2015, o que fere o artigo 4º da lei orçamentária e o artigo 167, inciso V, da Constituição...
Brasil 09.10.15 07:29 Comentários (15)
Ministros do TSE ouvidos pelo Valor disseram que “a abertura da ação de impugnação de mandato eletivo contra Dilma Rousseff e Michel Temer transformou em possível o cenário, antes considerado improvável, de cassação de mandato da chapa presidencial”, como quer Aécio Neves.
Ao mesmo tempo, eles disseram que, “em previsão otimista, o julgamento no TSE se dará dentro de seis a oito meses”...ver mais
Brasil 09.10.15 07:20 Comentários (25)
Aécio Neves, diz o Valor, continua a apostar no TSE.
Ele está tentando convencer o empresariado de que a cassação de Dilma Rousseff e Michel Temer, com a consequente realização de novas eleições, “seria a única saída para dar a um novo presidente a legitimidade necessária para tirar o país da crise”...
Brasil 09.10.15 06:48 
A venda de portarias do governo de Dilma Rousseff está sendo investigado pela PF.
Mensagens interceptadas na Acrônimo, obtidas pelo Estadão, indicam que o grupo automotivo CAOA pagou propina ao tesoureiro clandestino de Fernando Pimentel, o Bené, em troca de incentivos fiscais.
Fernando Pimentel teria participado pessoalmente da negociação dos ajustes, que ocorreram na gestão de seu pau-mandado, Mauro Borges, à frente do ministério do Desenvolvimento...
Brasil 09.10.15 06:46 Comentários (1)
O ministro Herman Benjamin, do STJ, autorizou as buscas que a Acrônimo realizou na semana passada na casa de Mauro Borges, ministro do Desenvolvimento de Dilma Rousseff.
Em seu despacho, ele disse...
Brasil 09.10.15 06:40 Comentários (3)
A CPI do BNDES determinou a quebra de sigilos da Pepper Comunicação e da OPR Consultoria.
A Pepper, como se sabe, foi responsável pelo marketing digital do PT e da campanha Dilma Rousseff. A OPR é a empresa de Fernando Pimentel que recebeu uma montanha de dinheiro de sindicatos patronais...
Mundo 09.10.15 06:06 Comentários (18)
Não foi desta vez que Lula ganhou o Nobel da Paz, como pleiteavam os petistas.
O prêmio foi dado ao Quarteto do Diálogo Nacional da Tunísia, o grupo que garantiu a transição democrática do país, depois da Revolução de Jasmim.
Brasil 08.10.15 22:50 Comentários (14)
Na reunião ministerial de hoje, que durou duas horas, Dilma cobrou ação de seus ministros para tentar barrar o processo de impeachment no Congresso...
Brasil 08.10.15 22:36 Comentários (21)
O Antagonista foi informado de que Luís Inácio Adams ingressou no curso de mestrado em Direito da UFSC, recebeu até bolsa de estudo, mas não entregou a dissertação. Preferiu dedicar-se ao PT.
Brasil 08.10.15 22:00 Comentários (16)
Se o tucano Ataídes Oliveira tiver a coragem de convocar os lobistas Mauro e Cristina Marcondes para que expliquem os repasses de R$ 2,4 milhões ao filho de Lula, ele pode aproveitar a oportunidade e questionar o casal sobre outros temas...
Economia 08.10.15 21:42 Comentários (8)
O Antagonista foi informado por funcionários da GOL de que a empresa criou um programa de licença não remunerada para aliviar a folha de pagamento...
Brasil 08.10.15 21:13 Comentários (64)
O Antagonista convoca seus leitores a pressionarem o presidente da CPI do Carf, o tucano Ataídes Oliveira, a marcar logo a data do depoimento do casal Mauro e Cristina Marcondes, da consultoria Marcondes & Mautoni, aquela que repassou R$ 2,4 milhões à empresa de Luís Claudio Lula da Silva...
Brasil 08.10.15 20:51 Comentários (73)
O ex-diretor Paulo Roberto Costa, primeiro delator da Lava Jato, já deixou a prisão domiciliar e progrediu para o regime semiaberto...
Brasil 08.10.15 20:43 Comentários (45)
O Globo informa que Eduardo Cunha, segundo relatório do MP suíço, fechou duas das quatro contas controladas pelo banco Julius Baer, em abril do ano passado, um mês depois do início da Operação Lava-Jato...
Mundo 08.10.15 20:38 Comentários (29)
O prefeito de Roma renunciou. Ignazio Martino, de esquerda, vinha enfrentando acusações de improbidade desde que assumiu o cargo, há um ano e meio, mas a gota d'água foi a descoberta de que ele gastou indevidamente 150 mil euros no cartão de crédito da prefeitura, em 2014.
Pois é.
Brasil 08.10.15 20:28 Comentários (37)
Luis Inácio Adams teve outra brilhante ideia. Na reunião ministerial de hoje, ele se dispôs a elaborar para cada ministro um "roteiro" de perguntas e respostas sobre as contas de Dilma...
Brasil 08.10.15 20:20 Comentários (30)
Como já falamos mais cedo na reunião de pauta, Dilma sabe que errou feio ao enfrentar o TCU. Após a derrota fragorosa de ontem, a estratégia é descer do salto e calçar as sandálias da humildade - um velho clichê...
Brasil 08.10.15 20:10 Comentários (61)
Sibá Machado, que é líder do PT na Câmara, foi flagrado pela PF em encontros com o almirante Othon Pinheiro, da Eletronuclear, poucos dias antes da prisão do militar. Os dois almoçaram num restaurante no Rio...
Brasil 08.10.15 19:13 Comentários (69)
O STF aproveitou ontem que as atenções estavam voltadas para o TCU e decidiu em sessão administrativa autorizar o pagamento de diárias aos juízes auxiliares que são convocados da primeira instância para atuar no Supremo.
Esses juízes já recebem auxílio-moradia de R$ 4,3 mil e agora poderão acumular seis diárias mensais que totalizam R$ 5,4 mil...
Brasil 08.10.15 18:37 Comentários (82)
É muito bom ver que Rodrigo Janot atendeu rapidamente a um pedido do PSOL, via Lei de Acesso à Informação, de detalhes da investigação contra Eduardo Cunha...
Brasil 08.10.15 18:33 Comentários (45)
O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, tentou minimizar o parecer do Tribunal de Contas da União de rejeição às contas do governo Dilma Rousseff do ano passado...
Brasil 08.10.15 18:17 Comentários (66)
Lula vendeu uma MP, em 2009, para beneficiar a Caoa e outras montadoras? Pois o governo Dilma Rousseff vendeu portarias, em 2014, de acordo com reportagem da revista Época. Leiam um trecho...
Brasil 08.10.15 17:40 Comentários (217)
O deputado Jarbas Vasconcelos, do PMDB, deu uma entrevista a Josias de Souza, do UOL. Leiam o que ele disse:
"Me dá um desânimo danado ver pessoas como Mendonça Filho, que foi meu vice no governo de Pernambuco; Aécio Neves, que acaba de sair bem-posto de uma disputa presidencial; Carlos Sampaio, que é promotor de Justiça, toda essa gente sendo ludibriada por Eduardo Cunha. É triste...
Renan Calheiros Filho não quer nomear um procurador do Ministério Público de Contas de Alagoas para o Tribunal de Contas do estado, porque quer indicar o seu tio, Olavo Calheiros, irmão do presidente do Senado, via Assembleia Legislativa...

NO DIÁRIO DO PODER
09-10-2015
Carlos Chagas
APESAR DE TUDO, O PAÍS MUDOU
A decisão unanime do Tribunal de Contas da União, rejeitando as contas do governo Dilma em 2014, fez aflorar uma indagação que apenas bissextamente era feita por alguns curiosos. Hoje, todo mundo se pergunta e quer saber qual o maior responsável entre os donos do poder pelas pedaladas que constituíram crime contra a responsabilidade fiscal. Claro que a maior parcela de culpa recai sobre Madame, mas certamente alguém soprou para ela esse tresloucado mapa da mina onde não havia tesouro, apenas cobras e lagartos.
Fala-se do ministro da Fazenda da época, Guido Mantega, do chefe do Tesouro Nacional, Arno Augustim, e do depois chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante. Outros existirão, agora saltando de banda, mas por que não um amanuense qualquer, daqueles que datilografam cópias do Orçamento e julgam-se gênios, salvadores senão da pátria, ao menos do governo.
É provável que o Congresso deslinde a charada, tirando do lamaçal alguma raiz inesperada. Tanto faz se Renan Calheiros terá boa ou má vontade para iniciar nas Comissões Técnicas o processo capaz de levar deputados e senadores a também concordarem com o TCU. Depois, será o que Deus quiser, até o impeachment da presidente. O que salta aos olhos é a desfaçatez com que o governo endossou a ilegalidade. Havia, naqueles idos, a sensação de impunidade que Lula e Dilma absorveram tão bem. Tudo era permitido, desenvolvendo-se o mensalão, o petrolão e outras patifarias que vão sendo investigadas e, tomara, punidas por inteiro.
Do episódio envolvendo o TCU destaca-se a evidência de o palácio do Planalto não ter aprendido nada, ou esquecido tudo, desde o início da operação Lava Jato. Ficou ridícula a tentativa de incriminação da Corte de Contas e do relator Augusto Nardes. Primeiro, o ministro Luis Fux, do Supremo Tribunal Federal, desfez a manobra infantil. Depois, por unanimidade, o TCU respondeu em defesa de sua honra. A palavra agora é do Congresso.
Conclui-se que apesar de tanta lambança, o país mudou. Já não é tão fácil mentir, distorcer e roubar. A impunidade vem sofrendo sucessivas derrotas, esperando-se que não demore a degola do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, dada a confirmação de suas contas secretas na Suíça e, em especial, as negativas que o transformaram no irmão mais velho do Pinóquio.
OS QUATRO CAVALEIROS
No Congresso em estado de rebelião com o governo, correu uma loteria para os parlamentares definirem quais as quatro maiores pragas que assolam o Brasil. A primeira foi o desemprego. Depois, a inflação. Seguem-se a violência e a corrupção. Mas a incompetência e a especulação ameaçam e correm por fora.
O grave é que nenhuma dessas realidades merece do governo, até agora, um programa efetivo de combate. O candidato presidencial que primeiro definir projetos para a recuperação nacional começará em vantagem.

NA CARA DE PAU
ACUSADO DE 568 OPERAÇÕES DE LAVAGEM PEDE ABSOLVIÇÃO
EX-DEPUTADO PEDRO CORRÊA É RÉU POR CORRUPÇÃO, LAVAGEM, PECULATO
Publicado: 08 de outubro de 2015 às 15:25
O ex-deputado Pedro Corrêa (PP/PE) pede absolvição. Em alegações finais à Justiça Federal no Paraná, Pedro Corrêa – condenado no Mensalão, preso na Operação Lava Jato e réu por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato – afirma, por meio de sua defesa, que não praticou nenhum ato ilícito. Preliminarmente, a defesa sustenta incompetência do juiz federal Sérgio Moro ‘para julgar fatos referentes a supostos crimes cometidos em desfavor da Petrobrás’.
Pedro Corrêa está fazendo delação premiada na Procuradoria-Geral da República, mas isso não impede que ele seja processado pelos crimes que o Ministério Público Federal lhe atribui.
“Nenhuma conduta tipificada pelo Código Penal como peculato pode ser atribuída a ele, devendo ser absolvido de tal imputação’, requer o advogado Alexandre Augusto Loper, que representa o ex-deputado.
O Ministério Público Federal imputa a Corrêa 92 condutas tipificadas como peculato, com o auxílio de seu ex-chefe de gabinete na Câmara Ivan Vernon e sua própria filha, a ex-deputada Aline Corrêa (PP/SP). A força-tarefa da Lava Jato também atribui ao ex-parlamentar 568 operações de lavagem de dinheiro e sustenta que ele fez articulações para a nomeação de Paulo Roberto Costa na Diretoria de Abastecimento da Petrobrás – foco de corrupção e propinas na estatal petrolífera entre 2004 e 2014.
Segundo o Ministério Público Federal, através de Aline Corrêa, o ex-deputado e Ivan Vernon cometeram crime típico de funcionário público, o peculato, por supostamente se apropriarem dos valores referentes às remunerações de Renasci Cambui de Souza e Vera Lúcia Souza Shiba, contratadas para trabalharem no gabinete de Aline Corrêa na Câmara.
De acordo com a denúncia, Aline teria nomeado Renasci e Vera Lúcia para o cargo comissionado de secretária parlamentar, ‘se apropriando de valores de suas remunerações, em conjunto com Ivan Vernon e com o réu Pedro Corrêa’.
A defesa do ex-deputado busca derrubar a versão de que ele teve papel importante na escolha de Paulo Roberto Costa para a Diretoria de Abastecimento da Petrobrás. “Ainda que se admita a participação do réu Pedro Corrêa na articulação para a nomeação de Paulo Roberto Costa, após perder o mandato em 2006, seria improvável que mantivesse qualquer influência capaz de mantê-lo no cargo de diretor de Abastecimento da Petrobrás”, reage o advogado Alexandre Augusto Loper.
No mérito, o defensor destaca que ‘o tipo penal da corrupção passiva exige, como elemento fundamental, a condição de funcionário público ou função equiparada, sendo assim impossível tal imputação a Pedro Corrêa depois de perder seu mandato em 2006′.
A defesa de Pedro Corrêa assinala que ‘a prática de condutas tipificadas como corrupção passiva por Paulo Roberto Costa mediante sua condição pessoal de equiparado a funcionário público não se comunica com o réu Pedro Corrêa, já que não foi demonstrado qualquer tipo de ajuste entre eles’.
O advogado tenta esvaziar, ainda, a tese de que Corrêa tinha influência na Petrobrás. “A suposta força política de Pedro C orrêa é baseada apenas em depoimentos vazios, sem nenhum elemento objetivo ou situação fática concreta que possa demonstrar a existência de tal poder”, afirma Loper.
A defesa invoca o testemunho de Paulo Roberto Costa, segundo o qual, ‘confirma que jamais recebeu qualquer pedido de vantagem indevida ou aceitação de promessa de vantagem indevida da parte do réu Pedro Corrêa’.
“Ressalte-se novamente que, de acordo com o testemunho de Paulo Roberto Costa, jamais existiu qualquer pedido de Pedro Corrêa que se referisse a vantagens indevidas, à aceitação de promessas, ou ainda, ao favorecimento de empresas”, anota o advogado.
Alexandre Augusto Loper observa que ‘até mesmo uma anotação em uma caderneta serviu de suposição para imputar a Pedro Corrêa o recebimento ‘extra’ de R$ 5,3 milhões’.
“Em seu depoimento, Paulo Roberto Costa deixa claro que nunca soube como eram alocados os valores supostamente repassados ao Partido Progressista e que tal anotação não representa prova alguma, já que é apenas uma anotação copiada de uma planilha encontrada na sala de reuniões de Alberto Youssef”, argumenta o advogado, em alusão ao doleiro da Operação Lava Jato. (AE)

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
09/10/2015 às 3:26


NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 09/10/2015 04:44
A primeira reunião ministerial convocada por Dilma Rousseff depois da reforma do seu gabinete teve uma ausência notável: Joaquim Levy. O ministro da Fazenda está em Lima. Participa na capital peruana da reunião anual do FMI e do Banco Mundial. Nesta quinta-feira, Levy realçou num debate a importância de manter o foco nos ajustes que o novo ambiente econômico exige. Em Brasília, Dilma e os colegas de Levy deslocaram o foco para outro tema: o impeachment. Nas palavras de Dilma, “um golpe democrático à paraguaia.''
Em conversa com um dos ministros que se reuniram com Dilma, o blog perguntou qual foi a orientação da presidente sobre as medidas do ajuste fiscal ainda pendentes de votação no Congresso. E ele: “Para minha surpresa, esse matéria perdeu espaço para o impeachment e para o esforço que o governo fará com o propósito de reverter no Congresso a decisão do TCU de rejeitar as contas de 2014.”
Membro da equipe econômica, o ministro Nelson Barbosa (Planejamento) estava no encontro com Dilma. Mas limitou-se a fornecer, a pedido da chefe, uma longa explicação sobre a dor de cabeça do TCU. Foi auxiliado pelo advogado-geral da União, Luis Inácio Adams. Ambos tacharam de equivocada a decisão do tribunal de contas. E voltaram a esgrimir a tese segundo a qual governos anteriores também “pedalaram” sobre os cofres de bancos estatais, sem que o TCU os incomodasse.
Em privado, Levy e seus auxiliares têm manifestado o receio de que a crise política leve o governo a negligenciar o ajuste fiscal. Afora a recriação da CPMF, tão difícil de aprovar quanto vital para o êxito dos planos do governo, há outras tentativas de cavar novas receitas que não saem do lugar. Entre elas a proposta que autoriza a repatriação de dinheiro enviado ilegalmente ao exterior por brasileiros. Embora tramite em regime de urgência, o projeto está na Câmara desde o início de setembro. E ainda não saiu do lugar, frustrando uma perspectiva de receita de R$ 11,4 bilhões.
Nada disso foi mencionado na reunião ministerial. Dilma soou mais preocupada em pedir aos seus ministros que mobilizem as respectivas bancadas no Congresso para deter a tentativa da oposição de apeá-la da poltrona de presidente. O impechment também frequentou o debate de que participou Levy em Lima. Vai acontecer?, perguntaram a Levy. E ele, lacônico: “Não sei.”
Acompanha Levy na viagem a Lima o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Ele disse claramente que a política envenena a economia: “A parte fiscal de nosso ajuste está numa velocidade menor que a pensada originalmente. Isso tem a ver com dificuldades políticas. Mas há consenso crescente em torno da necessidade de esse ajuste fiscal ser processado o mais rápido possível.''

NO BLOG ALERTA TOTAL
Sexta-feira, 9 de outubro de 2015
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Azedou de vez a sempre falta e péssima relação de Dilma Rousseff com seu vice Michel Temer. Ontem, depois de mais um bate boca entre ambos, a Presidente perdeu as estribeiras depois que Temer lhe indicou que a saída menos traumática para a crise atual seria a renúncia dela. A versão da briga entre ambos, que a imprensa amestrada não noticia por conveniência, circulou ontem nos gabinetes dos mais articulados senadores e deputados.
Todos os problemas de desgovernabilidade foram agravados pela fragilização de um dos principais inimigos de Dilma. A presidenta espera receber alguma retaliação, antes da quase certa denúncia da Procuradoria-Geral da República contra Eduardo Cunha, assim que forem traduzidos os documentos enviados pela Justiça da Suíça, revelando depósitos milionários em nome dele e familiares. A situação de Cunha na presidência da Câmara é tão insustentável quanto a de Dilma na Presidência da República.
Em comum, os dois têm a aversão ao ato de renúncia. Jogar a toalha não faz parte da natureza bélica de ambos. Dilma e Cunha vivem em confrontos e conflitos. Dilma, de forma mais escancarada. Cunha, brigando nos bastidores. O presidente da Câmara leva ligeira vantagem sobre Dilma no imediatismo da crise. Acredita-se que ele tenha mais bala na agulha para fechar a tampa do caixão da gestão Dilma. Cunha já estaria com a artilharia pronta, para cair atirando. As consequências seriam imprevisíveis.
A tensão deve se elevar nas próximas horas. Ontem, já se dava como favas contadas que a onda de ataque do Ministério Público Federal contra políticos sob suspeita de corrupção atingirá, em breve, o presidente do Senado. Na avaliação geral entre os congressistas, Renan Calheiros seria muito mais frágil e fácil de derrubar que Eduardo Cunha. Independentemente de tal prognóstico ser verdadeiro, a crise institucional brasileira se agrava de maneira inimaginável. Concretamente, a cúpula do Congresso Nacional tem passado atestados públicos de que não tem a menor condição de resolver os impasses.
Outro que deu uma sumida de cena esta semana, e que pode ser alvo de um explosivo dossiê midiático (mais um na coleção), é o blindadíssimo chefão Luiz Inácio Lula da Silva. Notícias negativas contra ele não têm surtido efeito prático, além de desgastar ainda mais a imagem que foi completamente desconstruída entre os formadores de opinião, mas que ainda guarda alguma popularidade mínima entre os brasileiros completamente sem noção. A crise está longe de se resolver... 
(...)

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