SEGUNDA EDIÇÃO DE 17-02-2018 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NO BLOG DO NOBLAT
Intervenção no Rio foi empurrada goela abaixo de Pezão
Pezão arregalou os olhos e ficou em silêncio
Por Ricardo Noblat
Sábado, 17 fev 2018, 08h00
Quando o governador Luiz Fernando Pezão (MDB), na Quarta-Feira de Cinzas, admitiu em entrevista à televisão que o esquema de segurança montado para o carnaval no Rio de Janeiro havia falhado, ele forneceu sem querer a senha para que o presidente Michel Temer pusesse em marcha o processo de intervenção federal no Estado.
Temer e Moreira Franco, ministro da Secretaria-Geral da presidência da República, haviam conversado a respeito pela primeira vez na tarde da terça-feira no Palácio do Jaburu, em Brasília. Temer estava chocado com as cenas de violência que vira na televisão. À noite, Moreira consultou o ministro Raul Jungmann, da Defesa, que concordou com a ideia.
Autorizados por Temer, os dois embarcaram para o Rio na manhã da quinta-feira e foram direto para o Palácio da Guanabara, sede do governo do Rio. A conversa com Pezão foi curta, franca e objetiva. Quando falaram da disposição de Temer em decretar intervenção na área da segurança pública do Estado, primeiro Pezão arregalou os olhos e ficou em silêncio.
Depois, recuperado do susto e informado dos detalhes, rendeu-se aos argumentos dos dois sem oferecer maior resistência. Reconheceu que perdera o controle sobre o aparelho policial do Estado. Um dos ministros chegou a lembrar a Pezão que, no ano passado, ele recusara a sugestão de nomear um general para a Secretaria de Segurança Pública.
Do palácio, os dois ministros e o governador foram para a Base Aérea do Galeão e voaram ao encontro de Temer em Brasília. À noite, no Palácio da Alvorada, diante de outros ministros do governo e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), Pezão comportou-se como um aliado de primeira hora da intervenção.
“Façam como quiserem. Vocês já não decidiram? Como não fui consultado, não tenho outra saída a não ser concordar”, queixou-se em voz alta o presidente da Câmara, irritado. Em momento algum, Temer deu qualquer sinal de que recuaria da ideia. Foi Pezão quem acalmou Maia: “Rodrigo, você sabe que precisamos disso… O Rio precisa”. Maia calou-se.

NO CEARÁ NEWS 7
Assessora de Audic Mota participa do sequestro da amante do pai
Na hora da ação, Larissa Pessoa deixou cair o crachá da Assembleia na casa da vítima
Marta Pessoa é a esposa do ex-vereador de Tauá, Josivaldo Alves. Ela foi, nesta sexta-feira (16), com as filhas, ao Município de Pio IX, no Piauí, e raptaram a suplente de vereadora Silvia Alencar (amante de Josivaldo). O trabalho foi sujo: deram uma pisa na amante e depois soltaram a coitada na BR-020.
Um das filhas de Josivaldo, Larissa Pessoa, é assessora do deputado estadual, Audic Mota (MDB). Na hora da ação, ela deixou cair o crachá da Assembleia na casa da vítima.
Veja o crachá de Larissa

Ação conjunta
A Polícia do Piauí entrou em contato com a Polícia do Ceará, que identificou, cercou e prendeu as cinco acusadas.
Confira o nome das filhas de Josivaldo: Luiza Jéssica, Larissa Pessoa, Gabi e Fabíola. A esposa do adúltero é Marta.
Em tempo
Josivaldo é empresário do ramo de postos de combustíveis no Ceará e no Piauí. É ex-vereador de Tauá e foi candidato a prefeito nas eleições de 2012.
O empresário é evangélico e, segundo as fontes do Ceará News 7, toda semana estava na igreja com a Bíblia debaixo do braço, pregando a palavra de Deus.
Entenda
O fato mais estranho é que as autoras foram presas em flagrante. Após serem ouvidas, foram liberadas na Delegacia Regional de Tauá. O inquérito será apurado no Estado do Piauí, local de origem do crime, mas as vingadoras estão liberadas.
Já se manobra politicamente para o crime grave se transformar apenas em um TCO.
(...)
Olha a Silvia (foto abaixo)


NO O ANTAGONISTA
Gleisi divulga fotomontagem de Moro como se fosse real, para atingir reputação do juiz
Brasil Sábado,17.02.18 17:30
Depois de “confundir” faixa de torcedor europeu com homenagem a Lula e verso musical “Vai dar PT” (perda total) como tributo ao governo petista da Bahia, Gleisi Hoffmann divulgou uma fotomontagem de Sérgio Moro, como se fosse imagem real, para tentar atingir a reputação do juiz.
“Afe, muitos interesses por trás! Menos os do povo!!!”, escreveu Gleisi no Twitter, ao compartilhar uma imagem de Moro à frente de um quadro de patrocinadores de evento e também a versão ampliada de uma parte do quadro, na qual se veem a logomarca do PSDB e a da Rede Globo.
Um cidadão então divulgou a foto original do juiz no evento em questão, com o crédito do fotógrafo Fábio Rodrigues Pozzebom, da Agência Brasil, na qual o quadro de patrocinadores não existe, como qualquer um pode comprovar em uma pesquisa rápida nos sites de busca.
“Eu conto, vocês contam ou ela já sabe?”, ironizou Thiago, o cidadão que denunciou a farsa.

Eu conto, vcs contam ou ela já sabe?
“Afe”, o desespero tem dessas coisas.
Gleisi deu PT.
Forza, Gleisi!
(*) A senadora apagou o tuíte logo após a publicação desta nota. Mas O Antagonista tinha o print.)
Os bandidos são mais organizados que os interventores
Brasil 17.02.18 15:31
Estão batendo cabeça na intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro.
O general-interventor tem ou não poder de polícia? Se tem, vai usá-lo como?
O ministro da Defesa diz uma coisa e o general-interventor diz outra, para depois voltarem atrás e negar o que já disseram respectivamente.
Assim não dá. Essa intervenção está cada vez mais com jeito de gambiarra.
A bandidagem é bem mais organizada.

Dono da Traffic delata Andrés Sanches nos EUA
Brasil 17.02.18 14:30
O empresário José Hawilla, dono da empresa de marketing esportivo Traffic, delatou Andrés Sanches, deputado federal do PT e presidente do Corinthians, à Justiça dos Estados Unidos.
Segundo Wanderley Nogueira, da rádio Jovem Pan, Hawilla disse o seguinte:
“Durante a Copa do Mundo de 2010, o Sr. Ricardo Teixeira começa uma relação de divisão com o chefe da seleção, Sr. Andrés Sanches e este, muito ambicioso, se dispôs a ajudar a mim e ao Sr. Ricardo Teixeira, desde o pagamento de clubes, entidades e até mesmo empresários de jogadores (…).
A relação do senhor Andrés Sanches com o Sr. Ricardo Teixeira se tornou um elo muito forte, onde o mesmo estava encarregado de fazer propinas chegarem até os clubes e federações e também com as TVs.”
Hawilla contou que, depois de muita colaboração com Teixeira, foi oferecido de “presente” a Sanches o “cargo de presidente de seleções de futebol da CBF, em janeiro de 2012”.
“A aproximação ficou ainda maior”, mas, no que dizia “respeito ao pagamento de propinas”, a relação começou “a ficar insustentável pois o Sr. Sanchez cada vez mais pedia e exigia”.
“Os valores nas negociatas eram cada vez mais abusivos, deixando irritados os dirigentes de outros continentes, patrocinadores do Brasil, presidentes de federações internacionais e outros.”
Hawilla disse que “Sanches evitava aparecer, mas os mais próximos de Teixeira sabiam que ele estava por trás, inclusive que a parte dele e dos clubes do Brasil” vinham pelas “empresas de material esportivo”.
“Ele pedia para ser entregue em um apartamento na Rua Apinages, bairro Sumaré, São Paulo, Brazil.”
Em razão de vários desentendimentos, em reunião de novembro de 2017, “com desaprovação do Sr. Sanches eles decidem terminar o ciclo”.
“O Sr. Sanches jamais aceitou esta intervenção do Sr. [Marco Polo] Del Nero, que considerava um perigo e uma bomba para o esquema.”
Hawilla informou “que, no Estado da Flórida, foi o sr. Sanches presenteado com uma casa, no sentido de ficar calado”, porém não soube dar maiores detalhes sobre o imóvel.

TSE começa a decidir sobre fichas-sujas como Lula
Brasil 17.02.18 13:00
Para evitar acusações de perseguição a Lula, que deve ter o registro de candidatura negado em agosto, o TSE vai julgar ao longo deste semestre casos relativos à Lei da Ficha Limpa que estão pendentes na Corte, informa O Globo.
“Também devem ser julgados processos sobre a Lei Complementar 64, que trata de regras de inelegibilidade. A ideia é demonstrar que o Tribunal não vai permitir candidatura de políticos que cometeram crimes, ou que afrontaram a moralidade pública. Os primeiros julgamentos estão previstos para a próxima terça-feira.
Entre os ministros, a tendência é declarar a inelegibilidade desse tipo de candidato — inclusive Lula (…).
Os registros de candidatos às eleições deste ano devem ser analisados a partir de 15 de agosto. A Corte tem até 17 de setembro para julgar todos os casos.”

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
O exército de Stédile sempre garante a derrota ao lado que apoia
O exército do MST é tão real quanto a honestidade de Lula, a honradez de Dilma, a seriedade de Gleisi Hoffmann e a valentia de Zé Dirceu
Por Augusto Nunes
Sábado, 17 fev 2018, 14h13
Nesta Quarta-Feira de Cinzas, João Pedro Stédile vestiu a fantasia de general de cordão carnavalesco para anunciar a iminente mobilização de tropas que, há anos, permanecem aquarteladas na garganta do gigolô da reforma agrária. Nunca saíram de lá pela simples razão de que jamais existiram. Mas o comandante de araque não perde nenhuma chance de escolher o lado errado da guerra, e agora resolveu render-se sem luta na Venezuela, “em defesa do regime popular e democrático do presidente Nicolás Maduro”.
Vai apenas ampliar o formidável acervo de fiascos. Em 2008, por exemplo, Stédile avisou que o colosso beligerante invisível entraria em ação no Paraguai. Se os imperialistas que falam Português não topassem rever o Tratado de Itaipu, e curvar-se sem chiadeira a todas as exigências e reivindicações do sócio que se expressa em espanhol, as tropas engrossadas por soldados sem-terras se juntariam às Forças Armadas do país vizinho e participariam da invasão do Brasil. Berrada a bravata, o general da banda esqueceu a audaciosa promessa e retomou a rotina das invasões de terras produtivas.
Em 2015, a versão brasileira do exército de Brancaleone ameaçou promover uma ofensiva contra os homens da lei para manter em liberdade o fora da lei Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-presidente foi condenado a 12 anos e 01 mês de cadeia e Stédile foi despejar bazófias em outras freguesias. Só nesta quarta-feira, 14, acordou querendo briga de gente grande. E começou os preparativos para uma capitulação desonrosa na Venezuela de Maduro. Conversa de 171.
O exército do chefão do MST é tão real quanto a honestidade de Lula, a honradez de Dilma, a seriedade de Gleisi Hoffmann ou a valentia de José Dirceu. E seu comandante não hesitaria em render-se incondicionalmente caso um recruta do tiro de guerra de Taquaritinga disparasse um único e escasso tiro de festim.





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