PRIMEIRA EDIÇÃO DE 24-01-2018 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Quarta-feira, 24 DE JANEIRO DE 2018
A área técnica do Tribunal de Contas da União pediu investigação, que no TCU chamam de “Tomada de Contas Especial”, contra a Andrade Gutierrez, empresa favorecida no esquema de corrupção dos governos Lula e Dilma. São R$530 milhões só num contrato para a obra da usina nuclear de Angra 3. O TCU avalia tornar indisponíveis meio bilhão (R$519 milhões) em bens da empreiteira. Não por acaso, a Andrade tenta afastar o TCU das negociações do seu acordo de leniência.
A Andrade Gutierrez não tem colaborado “em nada” durante estes anos de investigações pós-Lava Jato, segundo atestaram auditores do TCU.
O TCU pôde constatar fraudes em licitações, superfaturamento, gestão fraudulenta de contratos (incluindo termos aditivos indevidos) etc.
Depoimentos nas operações Pripyat e Irmandade confirmaram as principais irregularidades identificadas pelo TCU na obra de Angra 3.
A Andrade Gutierrez informou por sua assessoria que não vai comentar as suspeitas do TCU, “já que não há decisão sobre o assunto”.
O PT anunciou a meta de reunir em Porto Alegre, nesta quarta-feira (24), cerca de 50 mil manifestantes de todo o País, em atos favoráveis à impunidade do ex-presidente Lula, condenado a 9 anos e 06 meses de cadeia por corrupção e lavagem de dinheiro. Esse número representa apenas cerca de um terço das 148.236 pessoas que o PT conseguiu filiar, após governar várias vezes a Capital e o Estado.
A manifestação sobre “eleição sem Lula é golpe”, nesta terça-feira (23), não chegou a somar 10 mil pessoas no centro de Porto Alegre.
Quando a PF levou Lula em 2016, a “multidão petista” nem sequer encheu o saguão do aeroporto de Congonhas, para onde ele foi levado.
Para o PT garantir ato expressivo em Porto Alegre, bastaria convocar 2% dos seus 1.812.438 filiados. Mas eles parecem envergonhados.
Além do tríplex no Guarujá, há outras 06 ações contra Lula. E 02 denúncias. Ele é acusado 246 vezes de lavagem de dinheiro, 21 vezes de corrupção passiva, 3 de formação de quadrilha, 4 de tráfico de influência e 2 de obstrução, contabiliza o jornalista Carlos Brickmann.
Lula está sujeito ao limite de 160 anos de prisão, sem contar os agravantes, que podem ate dobrar a pena, caso venha a ser considerado culpado nos casos em que figura como acusado.
Michel Temer foi premiado pela meteorologia: fazia 8 graus quando desembarcou em Zurique. No dia anterior, eram 3 graus. Nesta quarta-feira, em Davos, há previsão de sol. Sol suíço, com máxima de 6 graus.
O hotel do presidente Michel Temer em Zurique (Suíça) chega a R$7 mil a diária, nas maiores suítes. O preço médio pela noite, no Park Hyatt, totaliza R$3,5 mil. É o sexto hotel mais caro da cidade.
Com diretores arrogantes e seus filmes ruins e pretensiosos, que não conseguem contar bem uma história, como fazem no cinema argentino, não admira que o Brasil tenha ficado outra vez de fora do Oscar.
"Se [Lula] for condenado, ele se tornará ficha suja e não poderá participar do processo eleitoral. E acabou. Lula não está acima da lei," mata a pau o presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP).
O julgamento de Lula mostrou que o imposto sindical enriqueceu tanto os sindicatos que sobrou dinheiro para bancar a viagem da pelegada a Porto Alegre. Alguns de avião. E hospedados em hotéis de luxo.
Apesar da crise econômica gravíssima, desemprego e desabastecimento recordes, “mortadelas” da Venezuela vão viajar 5.000km até Porto Alegre para cometer uma ilegalidade: estrangeiros não podem se manifestar sobre questões de política interna, no Brasil.
...quem se hospeda no Park Hyatt, no centro financeiro de Zurique, em geral fica com uma vontade louca de conferir o saldo bancário.

NO DIÁRIO DO PODER
DOAÇÃO SECRETA
SINDICATO DE ADVOGADOS QUER INVESTIGAR DOAÇÃO DA OAB-RJ ÀS SECCIONAIS PA E CE
QUINTÃO REPRESENTOU JUNTO À CORREGEDORIA DO CONSELHO DA OAB
Publicado terça-feira, 23 de janeiro de 2018 às 17:40 - Atualizado às 00:30
Da Redação
O presidente do Sindicato dos Advogados do Estado do Rio de Janeiro, Álvaro Quintão, protocolou hoje (23), na Corregedoria do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, representação contra a OAB-RJ, requerendo que sejam investigadas as doações feitas pela instituição às seccionais do Pará e Ceará.
No dia 8 de janeiro deste ano, o Diário do Poder informou, a partir de uma denúncia feita pelo sindicato, que a OAB-RJ gastou R$ 120 mil dos cofres da entidade na confecção de 17 mil agendas para distribuição aos advogados inscritos na OAB do Pará.
Duas semanas depois, o site Focus denunciou que a OAB-CE deve receber a ajuda da OAB-RJ para mobiliar a sede que está sendo concluída, na avenida Washington Soares. A informação foi dada pelo secretário-geral da entidade, advogado Fábio Timbó, em reunião do Tribunal de Defesa das Prerrogativas dos Advogados e confirmada pela Assessoria de Comunicação da entidade”.
Na representação ao corregedor Ibaneis Rocha Barros Junior, Quintão requer que as operações entre as seccionais sejam investigadas. “Para que haja repasse de valores de uma seccional para outra, é necessário que este repasse seja previamente apreciado pelo Conselho Federal da OAB, pois assim está estabelecido no §5º, do artigo 56, do Regulamento Geral da OAB”, diz um trecho do documento.

IMPOSTO DE RENDA
RAQUEL DODGE DENUNCIA DEPUTADO BETO MANSUR POR SONEGAÇÃO
PARLAMENTAR TERIA OMITIDO INFORMAÇÕES SOBRE SEU PATRIMÔNIO NO IR DE 2003
Publicado terça-feira, 23 de janeiro de 2018 às 18:00
Da Redação
A procuradora-geral da República Raquel Dodge denunciou, no dia 18, o deputado federal Beto Mansur (PRB) por suposta sonegação de Imposto de Renda que teria causado rombo de R$ 796 mil ao fisco no ano de 2003. O deputado afirma discordar de pareceres da Receita a respeito do caso e afirma que vai provar sua inocência na Justiça. A denúncia está sob relatoria do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal.
A reportagem localizou Mansur, que acompanha o presidente Michel Temer (PMDB) no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça. “O que eu sei é que a Receita me autuou, está cobrando valores, e eu não concordei. Estou discutindo isso e entrei na Justiça contra essa cobrança. Já apresentei provas e vou ganhar na Justiça”.
O Ministério Público Federal estima que ‘o montante de depósitos apurados de origem não comprovada foi de R$ 503.061,20’.
“Com relação à omissão de rendimentos com base em depósitos de origem não comprovada, pela análise da movimentação de valores no período fiscal indicado, a partir de contas bancárias, de depósito e de investimentos do acusado e a conciliação bancária destas, constataram-se créditos sem identificação de origem a justificar a renda amealhada”, afirma Raquel.
Segundo a procuradora-geral, ‘instado a se manifestar’, o parlamentar ‘justificou apenas parte dos ingressos, o que resultou na constatação de omissão de parte destes ingressos’.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República, ‘apesar de intimado para o pagamento do crédito tributário, até o momento, Beto Mansur não efetuou o recolhimento nem pedido de parcelamento do débito’.
“Tal situação, conforme aponta a autoridade fiscal, restabeleceu o montante exigível de imposto no valor de R$ 199.697,90, multa (não qualificada), de R$ 149.773,42 e juros de mora, em R$ 446.963,82”, detalha Raquel na denúncia. (AE)

CORRUPÇÃO
EX-SECRETÁRIO GASTOU US$7,7 MIL DE PROPINA EM VIAGEM A NOVA YORK
PINTO E SUA MULHER GANHARAM CARTÃO PARA VIAJAR AOS EUA EM 2015
Publicado terça-feira, 23 de janeiro de 2018 às 17:05 - Atualizado às 17:36
Da Redação
O ex-secretário de Obras do Rio de Janeiro, Alexandre Pinto (Gestão Eduardo Paes – MDB) gastou parte de sua propina em lojas de Nova York, segundo o Ministério Público Federal, no Rio. Em cinco dias de viagem, ele pagou mais de US$ 7 mil a marcas como Lacoste, Gucci e Chanel.
As informações foram repassadas à força-tarefa da Operação Lava Jato fluminense pelo operador financeiro e delator Celso Reinaldo Ramos Júnior. Ele entregou aos investigadores recibo dos gastos do ex-secretário no exterior.
Alexandre Pinto foi preso nesta terça-feira, 23, na Operação Mãos à Obra, desdobramento da Lava Jato. Ele já havia sido capturado em agosto do ano passado na Operação Rio 40 Graus.
A Lava Jato identificou que o ex-secretário de Paes cobrou propina de pelo menos seis obras e que usou a mãe e filhos para ocultar propina.
Em sua delação, Celso Reinaldo Ramos Júnior relatou que auxiliou Alexandre Pinto a abrir a offshore Centovali em nome de terceiros, com ações ao portador, para que a empresa tivesse contas bancárias em instituições financeiras no exterior que não poderiam estar em nome do ex-secretário.
O delator declarou aos investigadores que disponibilizou um cartão de crédito para que Alexandre Pinto ‘pudesse gastar os recursos mantidos de forma oculta no exterior na corretora de valores em uma viagem que o ex-secretário fez a New York com a espoa’.
“A pedido de Alexandre, o colaborador solicitou a emissão de um cartão de crédito de US$ 20 mil em seu próprio nome, e o entregou para que pudesse ser usado por Alexandre Pinto na referida viagem”, relatou a força-tarefa da Lava Jato.
“O colaborador apresentou, como prova de corroboração de suas declarações, o extrato da fatura do referido cartão de crédito no mês de outubro de 2015, que demonstra gastos de US$ 7.750,44, efetuados de 27 de outubro de 2015 a 31 de outubro de 2015 em lojas de grifes internacionais como Lacoste, Gucci, Michael Kors, Chanel, entre outras.”
Celso Ramos Júnior afirmou à Lava Jato que não teria como ele próprio fazer os gastos pois estava no Brasil ‘cursando uma especialização (MBA)’.
A Lava Jato consultou os registros do Sistema de Tráfego Internacional e identificou que o delator realmente estava no Brasil. Já o ex-secretário e a mulher, afirmaram os investigadores, ‘estavam efetivamente no exterior, tendo saído do Brasil em 26 de outubro de 2015 e retornado em 3 de novembro de 2015, período que coincide com as datas dos gastos efetuados no cartão de crédito emitido em nome de Celso Ramos Júnior a partir da conta da Centovali na corretora Hordeñana y Asociados’.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
Ruínas da política
No Supremo estão pendentes 273 inquéritos contra políticos, por corrupção. Como Lula e Collor, todos ascenderam no ocaso da ditadura
Por José Casado
Quarta-feira, 24 jan 2018, 07h20
Publicado no O Globo
De novo, Collor e Lula são candidatos à Presidência. Fernando Affonso, 68 anos, confirmou no fim de semana em Arapiraca (AL). Luiz Inácio, 72 anos, será reafirmado pelo Partido dos Trabalhadores, sexta-feira em Porto Alegre. Eram jovens promessas na política quando disputaram, 29 janeiros atrás.
Collor construíra uma história de êxito na oligarquia de Alagoas ─ um dos Estados mais pobres, governado por seu pai 35 anos antes, no rodízio entre senhores de engenho e “coronéis”. Trocou o governo estadual pela aventura presidencial e entrou na campanha com um caixa de US$ 12 milhões, coletado entre usineiros de açúcar e álcool, que beneficiara com uma década de isenções fiscais.
Lula era a antítese. Exaltava a biografia na moldura épica do migrante pernambucano que chegou ao Sul e ascendeu à elite urbana paulista, depois de se arriscar na liderança de greves em desafio à ditadura, empresas e à burocracia sindical cevada na tesouraria governamental desde a Era Vargas. Foi o segundo operário e líder sindical a disputar votos pela Presidência, na trilha aberta pelo cortador de mármore carioca, Minervino de Oliveira, vereador, ativista negro e comunista no Rio de 1930.
Era a primeira eleição presidencial direta depois de 21 anos de regime militar. Com exuberância nos insultos, Collor e Lula conseguiram ocultar dos eleitores as fragilidades de suas propostas para um país que ingressava na democracia sob grave crise econômica (aluguéis de imóveis aumentavam 866% ao ano).
Ofendiam-se diariamente, na TV e no rádio. Collor caluniava Lula, acusando-o de planejar “luta armada”, “banho de sangue” e “guerra civil”, sob “inspiração de Hitler e Khomeini”. Lula injuriava Collor, xingando-o de “imbecil” nascido em “berço de ouro” de uma família que “mata trabalhador rural”.
Collor venceu, enquanto ruía o comunismo do Muro de Berlim. Renunciou antes de ser deposto por corrupção, aprisionado na moenda política organizada por Lula e pelo PT. Passados 17 anos, em 2009, desembarcaram do avião presidencial para se abraçar nas ruas de Palmeira dos Índios (AL): “Quero fazer justiça ao Collor”, disse Lula. Comparou-o a Juscelino Kubitschek, cujo governo deflagrou a expansão da indústria de metalurgia na periferia paulistana ─ onde surgiu o sindicalista Lula.
Collor foi absolvido pelo Supremo em 2014, por falta de provas. Amanhã é a vez de Lula num tribunal, em súplica contra a condenação a nove anos e seis meses de prisão por corrupção. Ainda tem outros cinco processos.
Dos quatro presidentes que o Brasil escolheu nas urnas desde a redemocratização, dois acabaram destituídos (Collor e Dilma), um está no banco dos réus (Lula) e o atual (Temer) precisou vencer três votações seguidas (no TSE e na Câmara) para continuar no cargo e sustar seus processos por corrupção até o fim do mandato, em dezembro.
No Supremo estão pendentes 273 inquéritos contra políticos, por corrupção. Como Lula e Collor, todos ascenderam no ocaso da ditadura, dominaram o poder sob a Constituição de 1988, mas naufragaram nas vagas promessas aos eleitores sobre um país com horizonte bonito e tranquilo para as utopias políticas que eles mesmos corromperam.
A Lava-Jato está expondo o retrato desse fracasso de gerações.

NO BLOG DO JOSIAS
‘Erros do PT não são nada’, absolve o réu Lula
Por Josias de Souza
Quarta-feira, 24/01/2018 03:34
É dura a vida do brasileiro que acredita na máxima segundo a qual o ser humano aprende com os próprios erros. Horas antes do julgamento em segunda instância do processo em que é acusado de receber um apartamento tríplex como jabaculê da OAS, Lula escalou o palanque em Porto Alegre para declarar coisas assim:
“Uma vez fiquei com nojo de ver bandido falar mal do PT. De ver pessoas que eram chamadas de quadrilha falarem mal do PT. Pode ter um partido político igual, melhor não tem. Tem gente que comete erros? Tem. Mas os erros do PT, perto do erro deles, não são nada.”
A plateia reaprendeu duas lições que Lula já havia ensinado na época do Mensalão: 1) O PT fez, do ponto de vista político, o que é feito sistematicamente no Brasil desde a chegada das caravelas. 2) A diferença é que os fins virtuosos do petismo justificaram os meios espúrios.
“Se tem alguém que sabe cuidar do Brasil, que sabe cuidar do povo somos nós”, jactou-se Lula, diante dos devotos que se reuniram em Porto Alegre, cidade-sede do TRF-4, para cultuá-lo. “Fizemos tudo? Não. Erramos? Erramos, mas erramos porque somos seres humanos.”
A despeito de reconhecer que também está sujeito à condição humana, a divindade do PT absolveu a si mesmo das acusações que levaram Sergio Moro a condená-lo a nove anos e meio de cana e de todas as imputações que recheiam os outros oito processos criminais que carrega sobre os ombros: “Duvido que neste País tenha um magistrado mais honesto do que eu.”
Lula tornou-se um personagem paradoxal. À medida que a rotina penal o derruba do pedestal em movimentos lentos, a glória lhe sobe à cabeça numa velocidade de truque cenográfico.
Mensalão, Petrolão, apartamento na praia, sítio de veraneio, palestras de fancaria, tráfico de influência, dinheiro para o irmão, patrocínio para o filho, cargos à beira dos cofres públicos para bandidos que “falavam mal do PT”… Nada disso importa.
É errando que se aprende… A errar. Não faz sentido discutir nos tribunais se houve crimes, pois “os erros do PT, perto do erro deles, não são nada.” Sem mencionar o fato de que Lula se oferece para fazer o favor de governar o Brasil por mais um ou dois mandatos.

Julgamento de Lula exala um aroma de História
Por Josias de Souza
Quarta-feira, 24/01/2018 00:24
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região realiza nesta quarta-feira um julgamento histórico. Os petistas enxergam na berlinda um presidenciável perseguido injustamente. Os antipetistas vêem no banco dos réus um ex-presidente que desonrou o cargo. Mas a verdade é que o Tribunal não está julgando o ex-presidente ou o presidenciável. Julga-se Lula, um cidadão com direitos e deveres iguais aos de qualquer outro brasileiro.
A política brasileira está na lama. E não é de hoje. No Brasil pós-redemocratização, elegeram-se diretamente quatro presidentes. Dois sofreram impeachment: Collor e Dilma. Temer, o atual presidente arrasta duas denúncias criminais — flerta com uma terceira. E Lula, que deixou o Planalto com mais de 80% de popularidade, recorre da sentença que o condenou a nove anos e meio de cadeia. Num ambiente assim, o papel da Justiça é produzir veredictos que coloquem a sujeira em pratos limpos.
Lula pode ser absolvido ou condenado. É do jogo. O que foge à normalidade é a tentativa de converter um julgamento regular, feito sob as regras do devido processo legal, num falso atentado à democracia. Absolvido, Lula continuará desfilando pela cena eleitoral um rastro pegajoso que inclui outros oito processos criminais. Condenado, ficará inelegível. E pode ser preso.
Nunca na História desse País um ex-presidente esteve tão próximo de confirmar a máxima segundo a qual ninguém está acima da lei. É por isso que o julgamento de Porto Alegre tem cheiro de História.

NO O ANTAGONISTA
As iniciais de Lula
Brasil Quarta-feira, 24.01.18 07:39
Elio Gaspari lembra que, em 24 de janeiro de 1979, em Lins, o PT teve início.
O colunista prossegue:
“Do grupo de Lins, Jacó Bittar, o Turcão, elegeu-se prefeito de Campinas em 1988 e dois anos depois deixou o PT. Foi condenado em duas instâncias por atos de improbidade administrativa.
Depois da vitória petista em 2002, Lula colocou Bittar no Conselho do Fundo de Pensão da Petrobras. Dois anos depois, ele ganhou uma Bolsa Ditadura de R$ 7.000 mensais por conta de sua demissão da Petrobras. Seus dois filhos, Fernando e Kalil, associaram-se a Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, em empresas de entretenimento e tecnologia digital mimadas com contratos de operadoras de telefonia. Nelas, Lulinha teve um rendimento de R$ 5,2 milhões entre 2004 e 2014.
Fernando Bittar é um dos donos da propriedade onde está o sítio Santa Bárbara, em Atibaia. Lá, a Odebrecht gastou R$ 700 mil em obras, e a OAS pagou a cozinha.
Nos armários de uma das quatro suítes da casa havia roupas com as iniciais de Lula. Isso e mais uma agenda com seu nome achada numa sala.
Veículos a serviço de Lula estiveram no sítio 270 vezes. Entre 2012 e 2016 sete servidores que trabalham com ele receberam 1.090 diárias por terem ido a Atibaia. Cerca de 50 e-mails de funcionários do sítio e do Instituto Lula relacionam o ex-presidente com a propriedade. Num deles, cuidava-se de identificar o bicho que comera os marrecos do lago. Teria sido uma jaguatirica.”
Torcida no STJ
Brasil 24.01.18 07:30
No STJ, o palpite de que o julgamento de Lula no TRF-4 terá um placar de 2 a 1 é também torcida.
Alguns ministros fazem fila para dar a Lula condição de disputar a eleição. Questão de gratidão.
A bolsa de apostas do STF e do STJ
Brasil 24.01.18 06:50
Ministros do STF e do STJ ouvidos pela Folha de S. Paulo disseram “que é nula a possibilidade de não haver qualquer divergência entre os três titulares da turma do TRF-4 que vai julgar Lula.
Ao menos na dosimetria das penas, dizem, haverá desencontro. Muitos apostam em 2 a 1.”
O fundamental, hoje, é que Lula seja condenado por 3 a 0.
Se houver divergência na dosimetria, a defesa de Lula poderá empurrar o processo com a barriga por algum tempo, mas nada mudará o resultado final.
Sem vazamento
Brasil 24.01.18 06:45
A Oitava Turma do TRF-4 é blindada contra vazamentos. Ninguém sabe até agora exatamente o teor dos votos de Gebran Neto, Leandro Paulsen e Victor Laus.
O destino de Lula só será conhecido durante o julgamento e a íntegra dos votos será disponibilizada dentro de poucos dias.
O Brasil rejeita o PT (e quer Lula na cadeia)
Brasil 24.01.18 06:31
O PT tem o apoio de 16% dos brasileiros, segundo a pesquisa encomendada por O Globo.
É muita gente, considerando que seus quadrilheiros foram descobertos pela Lava Jato.
Mas a parcela da sociedade que rejeita o partido – 65% – e quer Lula na cadeia é infinitamente maior.
Só 8% dos brasileiros acham que eleição sem Lula é fraude
Brasil 24.01.18 05:55
A estratégia do PT fracassou.
Uma pesquisa do Ideia Big Data, encomendada por O Globo, perguntou se eleição sem Lula é fraude.
Só 8% dos entrevistados responderam que sim.
O jatinho que levou Lula a Porto Alegre
Brasil Terça-feira, 23.01.18 22:49
Lula foi a Porto Alegre a bordo do jatinho Legacy PR-AVX, que pertenceu ao empresário Eike Batista, hoje em regime de prisão domiciliar.
O ex-presidente já usou a aeronave outras vezes. Hoje, ela pertence a Michael Klein, dono das Casas Bahia.
Embora esteja em nome da Icon Táxi Aéreo, empresa de Klein, o Legacy seria da cota pessoal do bilionário. O PT alega que vai pagar pelo voo.
Lula já usou outras aeronaves da Icon. Uma delas foi citada numa reportagem de Veja sobre um suposto voo de Lula a Roma, com escala em Cabo Verde, levando 12 malas suspeitas.
A Icon (ex-CB Air) adquiriu recentemente a Morro Vermelho, da família Camargo Corrêa. Ela absorveu também a Global Aviation – grupo formado por Global Táxi Aéreo, Pássaro Azul, Reali Táxi Aéreo e SSR Assessoria.
Caixa aborta o golpe do FGTS
Brasil 23.01.18 20:53
A Caixa anunciou que não vai precisar mais do dinheiro do FGTS para capitalizar-se.
Esse golpe foi abortado pelos holofotes acesos pela auditoria externa.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 25/02/2024 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 2ª EDIÇÃO DE 25/02/2024 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 26/02/2024 - SEGUNDA-FEIRA