SEGUNDA EDIÇÃO DE 20-10-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NO BLOG DO NOBLAT
Fecha-se o certo à Lava Jato

Sexta-feira, 20/10/2017 - 03h10
Por Ricardo Noblat
Se dependesse do senador Romero Jucá (RR), presidente do PMDB e um dos mais poderosos nomes do governo Temer, “a sangria” provocada pela Lava Jato no meio político e empresarial já teria sido estancada há muito tempo. Desde, pelo menos, o início de 2015, quando conversou por telefone com Sérgio Machado, o ex-presidente da Transpetro que gravou seu desabafo.
Embora com atraso, está em curso a mais nova tentativa de estancar a sangria. E até aqui, pelo menos, ela avança com sucesso. O cerco à Lava Jato está se fechando com a colaboração do governo, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF). Se não for revertido, a mais bem-sucedida operação de combate à corrupção da História do Brasil irá simplesmente para o brejo.
Depois de ter sepultado a primeira denúncia de corrupção contra o presidente Michel Temer, o governo está pronto para sepultar a segunda. Pagou caro pelo enterro da primeira, distribuindo cargos, verbas e outras sinecuras com partidos e deputados acostumados a tirar vantagem de tudo. Pagará mais caro pelo enterro da segunda. Adeus reforma da Previdência Social!
O Senado livrou um dos seus filhos mais ilustres, Aécio Neves (PSDB-MG), da punição que lhe foi imposta pela Primeira Turma do STF. Devolveu-lhe o mandato suspenso. E a livre circulação à noite. Aécio foi salvo pelo voto nada constrangido de algumas dezenas de senadores às voltas com um monte de processos. Suspeitos de crimes uniram-se para se proteger. Natural.
O STF protagonizou a patacoada de abdicar de uma de suas funções a pretexto de evitar a eclosão de uma nova crise. Não mais será dele a última palavra quando se tratar da punição de um parlamentar, mas sim do parlamento – Câmara dos Deputados, Senado, assembleias legislativas e câmaras de vereadores. Políticos, unidos, jamais serão vencidos!
Em breve, o STF desfechará mais um duro golpe na Lava Jato, ao recuar da decisão de que condenado em segunda instância da Justiça poderá ser preso de imediato. Caberá à terceira instância autorizar ou não a prisão. Não é nada, não é nada, mas é por isso que o privilégio de só ser julgado pelo STF dificilmente será revisto. Processos ali costumam prescrever. As condenações são escassas.
Se necessário, o Congresso votará novas leis para que algo parecido com a Lava Jato não se repita jamais. Não sentirá o mínimo pingo de vergonha por proceder assim. É o Brasil velho que esperneia, estrebucha e resiste ainda cheio de energia ao nascimento do novo.

Fernando Collor: o senador dos milhões
Sexta-feira, 20/10/2017 - 09h47
Por Hugo Marques, Veja
O senador Fernando Collor de Mello (PTC-AL) quadruplicou sua fortuna em oito anos de mandato, que subiu de 4,8 milhões de reais para 20,3 milhões de reais, entre 2006 e 2014. Os investigadores da Lava-Jato identificaram que o enriquecimento veloz do senador se deu ao mesmo tempo em que a Petrobras era dilapidada por uma organização criminosa formada por políticos e empresários. Collor é réu no Supremo Tribunal Federal por ter embolsado 29 milhões de reais.
A influência de Collor estava na BR Distribuidora, onde nomeou a diretoria. Collor encontrou uma maneira inusitada para tentar escapar do processo. Ele enviou carta à gerente de sua agência bancária em Brasília pedindo o estorno dos depósitos feitos em sua conta corrente pelo doleiro Alberto Youssef. VEJA teve acesso à cópia da carta e de uma tabela que a Polícia Federal encontrou na residência de Collor.
Lá, estão registrados projetos da UTC, com cifras ao lado. Collor é acusado de receber entre 15 e 20 milhões da reais em propina para privilegiar a UTC nos contratos com a BR Distribuidora. A reportagem completa está publicada em VEJA dessa semana.

Eunício diz que votará em Lula em 2018, caso PMDB não lance candidato

Sexta-feira, 20/10/2017 - 09h17
No O Globo
O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), declarou apoio ao ex-presidente Lula, nas eleições de 2018, se não houver entendimento nacional do PMDB para o pleito. A declaração foi publicada no jornal “O Povo”, do Ceará.
— Se não houver um entendimento nacional, se não houver uma aliança local que me obrigue diferente, eu sou eleitor do Lula – disse o presidente do Senado ao jornal “O Povo”, após seminário do Sebrae em Fortaleza (CE).
De acordo com a reportagem, a declaração fortalece tese que Eunício estaria se aproximando do governador Camilo Santana (PT) com a intenção de disputar uma das vagas ao Senado dentro da possível aliança com o petista.
O peemedebista avaliou que o PMDB não deve lançar candidato próprio à Presidência. Ele defendeu a liberação das alianças nos estados.
O PMDB é um partido livre — disse.

Para o que presta Aécio
Sexta-feira, 20/10/2017 - 09h04
Por Ricardo Noblat
Presta para continuar servindo à República como senador, a julgar pelo voto em bloco dos seus companheiros do PSDB.
Mas para continuar presidindo o partido ele não presta, a julgar pela opinião de grande parte dos seus companheiros.
Tasso Jereissati (CE), presidente interino do PSDB, ameaça deixar o cargo na próxima semana se Aécio não renunciar a ele em definitivo.

PF achou anotações de valores da Odebrecht e Braskem na casa de Aécio

Sexta-feira, 20/10/2017 - 08h28
Por Luiz Vassallo, Estadão
A Polícia Federal encontrou na casa do senador Aécio Neves, durante buscas e apreensões no âmbito da Operação Patmos, anotações com valores de 200 mil e 510 mil relacionados à Odebrecht e à Braskem. No papel manuscrito, ao lado da anotação ‘CNO’ (Construtora Norberto Odebrecht), consta os nomes ‘Pimenta’ e ‘Direção Estadual’. Ao lado de ‘Braskem, o tucano anotou ‘Direção Estadual’. Para os investigadores, os valores ‘provavelmente’ são ‘monetários’ e são ‘possivelmente fruto de atividade ilícita’.
As buscas e apreensões na casa de Aécio Neves se deram em maio, quando o senador foi afastado do cargo por decisão do ministro Luiz Edson Fachin, à época em que foi deflagrada a Patmos. No âmbito da Operação, o tucano foi gravado pedindo R$ 2 milhões a Joesley Batista, acionista da JBS. Os valores teriam sido repassados ao primo do senador, Frederico Pacheco, o Fred, e as primeiras tratativas teriam sido realizadas pela irmã do senador, Andrea Neves, ambos flagrados em ação controlada da Polícia Federal. Aécio foi denunciado por corrupção passiva por supostas propinas de R$ 2 milhões dos delatores.

Alô, ministro! Alô, senador!
Sexta-feira, 20/10/2017 - 08h02
Por Ricardo Noblat
O que prova afinal o relatório da Polícia Federal divulgado ontem sobre as 43 chamadas telefônicas via WhatsApp feitas de dois aparelhos celulares do senador Aécio Neves para o celular do ministro Gilmar Mendes no período de 16 de março a 13 de maio deste ano?
Prova que os dois costumam se falar com assiduidade, apenas isso. Embora pareça esquisito que um senador às voltas com mais de 10 processos no Supremo Tribunal fale tão frequentemente com o ministro relator de, pelo menos, quatro deles. Sobre o que conversaram?
Isso o relatório não diz. Aécio disse em nota que conversou com Gilmar sobre reforma política. Gilmar disse em nota que conversou com Aécio sobre a lei de abuso de autoridade. Uma coisa não tem necessariamente a ver com a outra, mas pode ter.
Dará em que o relatório da Polícia Federal? Em nada, naturalmente. Aqui quase tudo dá em nada.


NO BLOG ALERTA TOTAL
Sexta-feira, 20 de outubro de 2017
No Brasil global, a realidade é uma ficção
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Tem tudo para bater recordes de audiência, na Rede Globo, o capítulo final da novela “A Força do Querer”. O que acontecerá com a bandida Bibi Perigosa que ficou boazinha? O Secretário de Segurança vai “terminar” com ela? E a PM linda, honesta e lutadora, que ele namora, fica com quem? O certo é que ela dará porrada no UFC... Igual ao Rodrigo Maia no PMDB... Galvão Bueno está pronto para narrar a luta...
Ainda na novela global: o traficante chefe vai sentar o aço no Rubinho que deseja lhe tomar o morro? Como ficará a bela bígama doidona que pratica o poliamor? A rica viciada em jogo terá salvação? E como será o Globo Repórter ao vivo - que vai misturar jornalismo de ficção com realidade novelesca? Melhor não perguntar como a Bibi deixa o crime, e o Aécio segue na carreira - de encenador...
Todos que não viram a novela adoram assistir ao capítulo fatal. Michel Temer segue na sua força do querer ficar na Presidência. Apesar do desgaste e muita negociação, quarta-feira que vem ele conseguirá se salvar pela segunda vez. A base amestrada juntará os votos suficientes para rejeitar a denúncia criminal feita Procuradoria-Geral da República. O problema temerário é a quinta-feira. A novela está longe de chegar a um capítulo final.
A vida pública brasileira segue em ritmo de ficção dramática e criminosa. A galinha econômica ameaça alçar seu voo irreal. E o Fla-Flu eleitoral promete mais emoções que o campeonato brasileiro de futebol e mais baixarias que um filme policial ultrapornográfico. A sereia traidora flerta com o Lula, mas pode terminar amante do Jair Bolsonaro. Só o Mangabeira Unger aposta que ela prefira ficar com o Ciro Gomes. Do jeito que a coisa vai, podemos tudo, inclusive o Álvaro Dias. A Globo ensaia um roteiro de campanha para Luciano Huck. Mas não será fácil para a Angélica chegar de táxi no cargo de primeira-dama. Pior para o Henrique Meirelles: Dona Edinalva quer ficar com ele... Acha que é o Boto...
O Brasil precisa ser reinventado em um choque de realidade. Basta de ilusão e desilusão. Vamos debater uma nova Constituição, porque a fascista de 1988 nem deu o que tinha que dar. Ela é a mãe de todas as crises. Só a Major Jeiza pode dar porrada no Estado-Ladrão. Porém, o Secretário de Segurança da ficção pode trocá-la pela bandida convertida. Melhor para o Zeca Tatu e para quem tiver dinheiro para comer um bacalhau de primeira lá no Portugal Pequeno de Niterói. Que tal pegar um dinheiro emprestado no Santander (patrocinador da novela) para pagar o almoço, que nunca é grátis?
Chega de ficção! A solução é uma Intervenção Constitucional. Cada cidadão consciente tem o dever moral de exercer seu legítimo poder instituinte para promover mudanças. Precisamos de um País Republicano, Federalista e Transparente. O problema é que os inimigos reais do Estado-Ladrão ainda estão desunidos e sem Harmonia (não confundir com o clube da elite paulistana onde o ex-relator constituinte Nelson Jobim pode levar uma bola preta e ser impedido de se tornar sócio). A realidade é dura e ficcional. Temos de formular um projeto estratégico para o Brasil.
Hoje é Dia do Maquinista. O problema é que colocar o Brasil nos trilhos não é tarefa para canalha, mas sim para gente inteligente, com conceitos corretos e propósitos nobres. Onde podemos encontrar tais personagens. Não na novela, mas sim no mundo real, por pior que ele pareça. Glória Perez bem que podia escrever um roteiro menos doido que a vida real dos brasileiros. Lula será candidato, mesmo que condenado. A Bibi Perigosa daria uma primeira-dama nada angelical (perdão, Huck). $talinácio devia convidar o Sabiá para vice. Ou, então, o Jobim, se ele for barrado pela seletiva cúpula do Harmonia.
Estamos na Rocinha (sem trocadilho infame). Ir embora para a Catalunha não resolve. O negócio real do momento é colher jabuticabas. Temos excesso de produção da nossa fruta símbolo. Mas, antes, é preciso renovar a fé de que podemos e devemos mudar o Brasil para melhor. A coisa só fica pior se o Temer fizer uma foto do Rodrigo Maia vestido de sereia - que não sabe com quem fica. Ele não faria isto, porque a Marcela o trocaria pelo Boto cor de rosa.
Não é fácil. Nossa realidade é uma ficção.
(...)

NO JORNAL DA CIDADE ONLINE
Todos os detalhes e mentiras do mais emblemático inventário de São Bernardo do Campo

Por Amanda Acosta - Articulista e repórter
amanda@jornaldacidadeonline.com.br
Quinta-feira,19/10/2017 às 19:58            

A análise do processo de inventário de dona Marisa Letícia demonstra de maneira inequívoca o quanto a família Lula da Silva é dissimulada e infame.
Tive o cuidado de me debruçar sobre o processo e percebi com absoluta nitidez, o quanto Lula vive, viveu e criou os seus filhos envoltos num repugnante castelo de mentiras, falsidades e falcatruas.
É de cátedra que Lula em 2005 afirmou que ‘A desgraça da mentira é que você passa a vida inteira contando mentira para justificar a primeira que você contou’. Veja:
Enrolado até o pescoço em um emaranhado de processos, inquéritos e procedimentos judiciais, envolvendo ele próprio e aos filhos, todos avessos ao trabalho, o ex-presidente não poderia ter na sua defesa advogados distantes desta realidade.
Escolheu um velho compadre e antigo ‘laranja’, Roberto Teixeira, que trouxe a tiracolo um genro aético, agressivo, irritante e trapaceiro.
Cristiano Zanin representa a escória da advocacia. Seu modus operandi processual é fétido.
Para tanto, o inventário de dona Marisa é um notório exemplo.
Logo na petição inicial, ao atribuir valor à causa, Zanin já agiu em desacordo com as normas legais, visando evidentemente obter vantagem, pagando um pequeno valor a título de custas judiciais. Veja:


Valor atribuído ao milionário inventário

O ínfimo valor recolhido de custas judiciais
A juíza do caso imediatamente determinou a correção do valor da causa e o consequente complemento das custas processuais. Abaixo a decisão da juíza:


O ato seguinte do advogado de Lula foi tentar conseguir o ‘segredo de justiça’ dos autos, que foi prontamente indeferido pela magistrada.
Zanin tenta obter o segredo de justiça

O despacho que indeferiu o sigilo
Não tendo conseguido o almejado ‘segredo de justiça’, o advogado teria que cumprir a determinação no sentido de arrolar os bens a serem partilhados. Protelou ao máximo. Inicialmente pediu um prazo de 60 dias.

Passados os 60 dias, Zanin não cumpriu o que se comprometeu. Pediu mais 30 dias de prazo, sob a enfadonha alegação de ‘entraves burocráticos diversos’.
__________


Vencido o novo prazo, a relação de bens para a partilha finalmente foi juntada, oportunidade em que foram declinados os herdeiros. Veja:

Entretanto, mais uma vez evidenciando o seu ‘modus operandi’, Zanin fez uma ressalva em seu petitório, dizendo da impossibilidade de obter extratos de todos os investimentos financeiros que deveriam ser inventariados. Ou seja, existem outros investimentos ainda não arrolados.
Algo ele esconde. Impossível que em nove meses após a morte de dona Marisa Letícia não se tenha conseguido obter os extratos de todos os seus investimentos.


De todo modo, uma coisa é certa: tais investimentos representam quantias vultosas, pois foram realizados na B3 S/A Brasil, Bolsa, Balcão, que se trata de uma administradora de mercados, conforme demonstra o documento abaixo.

O que se vê é que, mesmo nos detalhes, a atuação dos advogados do ex-presidente Lula é carreada de irregularidades, ilegalidades e extrema falta de ética.
Um documento, o instrumento de procuração de Marcos Cláudio Lula da Silva, contém uma informação falsa. O filho mais velho de Lula é qualificado como ‘vereador’. Na data em que a procuração foi assinada, Marcos Cláudio já havia perdido a disputa da reeleição e não detinha mais o mandato. No mínimo, nesse caso, faltou denodo por parte dos advogados. Veja abaixo.


Percebe-se que o problema da dupla Roberto Teixeira e Cristiano Zanin não é tão somente com o juiz Sérgio Moro, na República de Curitiba, é generalizado, é com a lei e com o estabelecimento da verdadeira Justiça.

No caso Aécio, Senado pisou no Supremo e o STF precisa reagir para não se apequenar
Por Jorge Béja (*)
Quinta-feira, 19/10/2017 às 12:05
Passou despercebido um erro procedimental crasso e que invalida a decisão do Senado que devolveu a Aécio Neves (PSDB-MG) o exercício do mandato de senador da República.
Vamos à explicação: em 26.9.2017, no julgamento da Ação Cautelar nº 4327, a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), por 3 a 2, decidiu impor a Aécio as medidas cautelares de afastamento do exercício do mandato e o seu recolhimento noturno, em razão do inquérito em que o tucano é investigado a partir das delações premiadas de executivos da JBS.
Foi uma decisão soberana? Sim. Recorrível? Não.
A 1ª Turma também decidiu pela remessa dos autos, em 24 horas, à Casa Legislativa (Senado) para "resolver" sobre as medidas impostas, mantendo-as ou revogando-as, tal como acontece com as prisões em flagrante de deputados e senadores por crime inafiançável? Não, a 1ª Turma, no dia seguinte, 27.9.2017, apenas enviou ofício ao presidente do Senado comunicando a decisão para que a mesma fosse cumprida. E assim terminou a tramitação daquela Ação Cautelar nº 4327, de 4 volumes.
Por coincidência ou não, no dia 11.10.2017, o plenário do Supremo Tribunal Federal julgou a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 5526, proposta em 2016 pelo PP, PSC e Solidariedade, tendo como causa de pedir a suspensão do exercício do cargo do então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ordem que foi determinada pelo STF naquele ano de 2016. Seis, dos cinco ministros, acolheram parcialmente a ação e decidiram que o STF pode impor medidas cautelares contra parlamentares. Porém, qualquer medida que impossibilitar, direta ou indiretamente o exercício regular do mandato parlamentar, a restrição (ou as restrições) deverá ser submetida, em 24 horas às Casas Legislativas respectivas, para aprová-las ou não, tal como acontece com a prisão em flagrante de deputados e senadores por crime inafiançável.
Foi aí que ocorreu o erro procedimental. O Senado, por conta própria e sem que os autos de 4 volumes da Ação Cautelar nº 4327, que impôs medidas cautelares ao senador Aécio fossem enviados pela 1ª Turma àquela Casa Legislativa,  aproveitou aquela decisão de 6 a 5 da ADI 5526/2016 e resolveu, de ofício, negar aval à decisão que o STF, por sua 1ª Turma, impôs a Aécio. De ofício, porque o Senado assim votou e assim decidiu sem ter os autos judiciais em seu poder. Os senadores votaram e decidiram sobre um processo que eles próprios desconhecem. Os autos da Ação Cautelar nº 4327 continuam lá na 1ª Turma do STF, de onde nunca saíram. Daí o acerto, involuntário, do protesto do senador Roberto Rocha (PSDB-MA) que reclamou "como podemos julgar Aécio se nem conhecemos o processo, nem temos os autos do processo".
O inconformismo do referido senador, e que nada mais era do que uma justificativa para votar pelo retorno de Aécio, acabou sendo, sem ele saber, corretíssimo e de acertado cunho jurídico. O Senado não poderia negar ou conceder aval às restrições cautelares impostas ao senador tucano pelo STF sem que os autos de 4 volumes (físicos ou eletrônicos) estivessem em poder da presidência e da mesa do Senado. E quando o Senado, sem ter sido provocado e sem conhecer o processo judicial, decide aprovar ou não, medidas cautelares penais que a Suprema Corte impôs a um de seus membros, decidiu de forma abstrata, sem os autos, sem examinar as provas, sem conhecer a fundamentação da decisão que, cautelarmente, impôs restrições ao exercício do mandato de um de seus membros.
Enfim, decidiu contra a própria determinação contida naquele 6 a 5, quando o plenário estabeleceu a necessidade da remessa dos autos pelo STF à Casa Legislativa, não apenas nos casos de prisão em flagrante por crime inafiançável de senador ou deputado, bem como no caso da decretação de qualquer medida cautelar que impossibilite, direta ou indiretamente o regular exercício do mandato parlamentar.
O processualmente correto, constitucional e obediente àquela decisão do 6 a 5 seria este: em 12 de outubro passado, dia seguinte à sessão plenária do 6 a 5, cumpria ao relator da 1ª Turma encaminhar, de ofício, os 4 volumes da Ação Cautelar nº 4327 ao Senado para que os senadores resolvessem sobre as restrições impostas a Aécio Neves. Caso a 1ª Turma não remetesse os autos ao Senado, cumpria, então, ao presidente do Senado avocá-los, oficiando à 1ª Turma do STF para tal fim. O certo é que nenhuma coisa nem outra aconteceu. Os senadores se reuniram e decidiram não cumprir a decisão do STF, sem os autos do processo judicial e, consequentemente, sem examinar provas e conhecer a fundamentação da decisão da 1ª Turma.
No plano constitucional, foi desrespeitado o princípio da harmonia entre os Poderes da República. E no plano processual, a votação dos senadores que desaprovou a decisão judicial do STF e trouxe Aécio de volta ao exercício do mandato, é tão inválida quanto inócua. Era preciso que os autos da Ação Cautelar nº 4327 da 1ª Turma fossem remetidos ao Senado.
Sem os autos e diante do completo desconhecimento do que neles contém, a votação no Senado foi aleatória. Nula, portanto.
É certo que agora o presidente do Senado oficiará, se é que não já oficiou, ao presidente da 1a. Turma do STF comunicando que os senadores não referendaram as cautelares impostas a Aécio. E é perfeitamente possível, plausível e justo que a 1ª Turma do STF responda que a votação não tem validade e que as restrições continuam vigentes, isto porque os autos do processo cautelar, de 4 volumes, nem chegaram a ser remetidos ao Senado, para que as cautelares restritivas impostas fossem ou não referendadas, lacuna que invalida a votação, sendo necessária sua repetição, desta vez com os autos em poder do Senado.
(*) Advogado no Rio de Janeiro e especialista em Responsabilidade Civil, Pública e Privada (UFRJ e Universidade de Paris, Sorbonne). Membro Efetivo do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB)

No leito do hospital, Glaucos recebeu 12 ligações de Teixeira
Da Redação
Sexta-feira, 20/10/2017 às 07:03
A história da falsificação dos recibos de aluguel de dona Marisa Letícia cada vez fica mais evidente.
Assim que o patético Cristiano Zanin apresentar os recibos originais, as perícias que deverão ser realizadas irão fatalmente se transformar no tiro de misericórdia da constatação da prática criminosa.
As capengas alegações de Lula irão se enfraquecer ainda mais e teremos o inevitável nascedouro de mais um processo crime.
O Ministério Público Federal informou nesta quinta-feira (19) ao juiz Sérgio Moro que o relatório das ligações havidas entre Roberto Teixeira e Glaucos Costamarques, apontou 12 contatos telefônicos entre os dois, no período em que o ‘laranja’ estava internado no hospital do Dr. Roberto Khalil.
Certamente Teixeira não ligou para Glaucos afim de desejar ‘melhoras’.

Síndica entrega irmão de Geddel
Sexta-feira, 20/10/2017 às 09:01
A dupla de irmãos que, durante décadas, se chafurdou nos cofres públicos está com os seus dias contados.
Não fosse Lúcio Vieira Lima, o deputado irmão de Geddel, detentor de ‘foro privilegiado’ certamente estaria com sua prisão preventiva decretada.
A síndica do prédio onde os dois malandros guardavam dinheiro sujo, confirmou à Polícia Federal que os dois frequentavam o imóvel.
Segundo Patrícia Santos Queiros, o entra e sai de malas era constante.
Ora Geddel, ora Lúcio, ambos retiravam as chaves do imóvel na portaria do edifício, sob pretexto de que estariam guardando pertences do falecido pai.

NO O ANTAGONISTA
Moro volta a defender prisão preventiva e alerta para risco de fuga
Brasil Sexta-feira, 20.10.17 11:14
Em sua sentença de hoje em que condena Bruno e Jorge Luz, o juiz Sergio Moro volta a defender a importância das prisões preventivas.
Por favor, leiam:
“Os elementos probatório disponíveis, afinal, são no sentido de que se tratam de outros intermediários de propinas em contratos públicos, como os anteriormente identificados Alberto Youssef, Fernando Antônio Falcão Soares, Júlio Gerin de Almeida Camargo e Milton Pascowitch, entre tantos outros identificados no âmbito da assim denominada Operação Lava a Jato, e que fazem do ilícito e da fraude a sua profissão.
Apenas a prisão preventiva foi capaz de encerrar as suas carreiras delitivas, sendo ela aqui também necessária.”

E mais:
“Não se pode também ignorar a presença de um risco concreto de fuga em relação a pessoa condenada por corrupção e lavagem e que mantém ativos milionários secretos no exterior. Os valores no exterior viabilizam não só a fuga, mas também que, no exterior, possa o condenado fruir do produto do crime com segurança.”
Moro: “Quem, em geral, vem criticando a colaboração premiada é, aparentemente, favorável à regra do silêncio”
Brasil 20.10.17 11:24
Sérgio Moro, de fato, aproveitou a sentença em que condenou Bruno Luz e Jorge Luz para rebater as críticas às delações premiadas.
Por favor, leiam mais este trecho:
“Em outras palavras, crimes não são cometidos no céu e, em muitos casos, as únicas pessoas que podem servir como testemunhas são igualmente criminosos.
Quem, em geral, vem criticando a colaboração premiada é, aparentemente, favorável à regra do silêncio, a omertà das organizações criminosas, isso sim reprovável.
É certo que a colaboração premiada não se faz sem regras e cautelas, sendo uma das principais a de que a palavra do criminoso colaborador deve ser sempre confirmada por provas independentes e, ademais, caso descoberto que faltou com a verdade, perde os benefícios do acordo, respondendo integralmente pela sanção penal cabível, e pode incorrer em novo crime.”

CPI ataca Fachin
Brasil 20.10.17 10:56
A CPI da JBS vai usar Ricardo Saud para tentar desmoralizar Edson Fachin.
Segundo a Folha de S. Paulo, os membros da CPI querem interrogar Ricardo Saud sobre o trecho de sua conversa gravada com Joesley Batista em que ele diz que vai “fazer igual Fachin (…)” e “beber até 5 horas da manhã”.
Lava Jato enquadra ex-agente de instituição suíça
Brasil 20.10.17 10:58 
A Lava Jato brasileira também emparedou um ex-agente de instituição bancária suíça que, atuando no Brasil, realizava a abertura e a gestão de contas mantidas junto ao Banco Société Générale, informa a força-tarefa da Lava Jato.
Por meio da cooperação jurídica internacional, descobriu-se que o tal agente cooperou para que dois funcionários da Petrobras abrissem contas para movimentar milhões no exterior.
17,7 milhões de reais apenas para um investigado
Brasil 20.10.17 10:53
A operação de hoje da PF alcançou quatro funcionários de alto escalão da Petrobras.
As propinas a eles foram pagas entre 2008 e 2014, em espécie e, principalmente, por meio de depósitos em contas no exterior.
Apenas para um dos investigados foram destinados 17,7 milhões de reais. Parte desse dinheiro está bloqueado por autoridades suíças.
A vaquinha de Lula
Brasil 20.10.17 10:49
O PT vai fazer uma vaquinha na internet para bancar as caravanas de Lula.
A Odebrecht faz falta.
O TCU de Joesley
Brasil 20.10.17 08:09
Joesley Batista levou para passear em seu iate dois ministros do TCU.
Em seguida, eles passaram o dia em sua casa em Angra dos Reis.
Segundo a Veja, as mordomias foram oferecidas em 11 de junho de 2016, quando o TCU já analisava as negociatas da JBS.
Os dois ministros são Vital do Rêgo e Bruno Dantas.

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