PRIMEIRA EDIÇÃO DE 18-10-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Quarta-feira, 18 de Outubro de 2017
Com boicote, Justiça do Trabalho pode ser extinta
A Câmara vai reagir duramente à articulação de entidades de juízes do Trabalho para boicotar a reforma trabalhista, que entra em vigor no dia 11. A ideia é votar projeto que extingue a Justiça do Trabalho, “justiça jabuticaba” que só existe no Brasil. A reação à desobediência de juízes recebeu o apoio do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, em reunião com deputados que atuaram na Comissão da Reforma Trabalhista.
Defensor da ideia
Rodrigo Maia havia defendido a extinção da Justiça do Trabalho em março: chegou a afirmar em Brasília que “não deveria nem existir”.
Justiça comum
O projeto prevê, com a extinção, que magistrados do Trabalho de todos os níveis, inclusive ministros, serão realocados na Justiça Federal.
Desnecessidade
Estudos mostram que a modernização das leis trabalhistas tornará inócua a Justiça do Trabalho, o que motiva mais a defesa da extinção.
Coveiros em ação
Entidades de “profissionais do Trabalho” têm feito seminários com sugestões de pretextos para que eles boicotem a reforma trabalhista.
Parte de três ilhas de Sarney à venda em São Luís
Um negócio imobiliário importante, pelo significado político, está nas mãos de José Lírio de Aguiar, conhecido corretor de Brasília: a venda, por R$37 milhões, de 12,5% de três ilhas da família Sarney, em São Luís (MA). São 2 milhões de metros quadrados de uma área de 16 milhões de metros. As ilhas Curupu (onde Sarney e filhos têm casas), Mogijana e De Fora ou Corimã foram avaliadas em R$200 milhões.
Condomínio familiar
Têm casas nas ilhas, além de Sarney, a ex-governadora Roseana e o irmão Fernando. O ministro Sarney Filho (Meio Ambiente) ainda não.
Aposentadoria
Gustavo Macieira, filho de Cláudio, irmão de d. Marly, comprou 12,5% das ilhas em fevereiro de 2005. Hoje aposentado, decidiu vendê-los.
Costa de São Luís
As ilhas ficam numa região valorizada, na costa da Ilha de São Luís, sendo considerada uma miniatura dos famosos lençóis maranhenses.
Aposta de Perondi
O experiente deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) prevê vitória do governo, na CCJ da Câmara, com até 42 votos. No plenário, aposta em repeteco da primeira denúncia contra Michel Temer: 263 votos.
Sem mocinho
O STF julga nesta quinta-feira ação de inconstitucionalidade da norma da Anvisa que proíbe a adição de ingredientes (como flavorizantes) a cigarros feitos no Brasil. A CNI sustenta que a Anvisa extrapola sua atuação, e fortalece o produto falsificado que fatura 48% do mercado.
Contra o fundão
O jurista Modesto Carvalhosa ingressou com ação direta de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal contra o fundão eleitoral de quase R$2 bilhões, criado na reforma política.
Oportunismo eleitoral
O PDT se aboletou em mais de 300 cargos do governo do DF por três anos, mas decidiu se afastar do desgaste que ajudou a produzir, porque a eleição vem aí. Na maior cara de pau, ainda pretende o apoio do PSB de Rodrigo Rollemberg à candidatura de Ciro Gomes.
Você quem paga
O Banco do Brasil cobra R$1 de comissão para cada saque de até R$100 que seus correntistas fazem em lotéricas. Ou seja, no mínimo a agiotagem do BB leva 1% de todos os saques em lotéricas.
Vigas misteriosas
Ainda é mistério o sumiço de seis vigas de aço removidas do elevado da Perimetral, no Rio. Tinham 40 metros e pesavam 20 toneladas cada. Sumiram em agosto de 2013 de um terreno próximo à Avenida Brasil.
Alô, TSE
O TSE ainda não julgou o processo contra o deputado estadual Almir Vieira (PRP), cassado pelo TRE-ES por corrupção e uso de recursos ilícitos na campanha em 2014. Foi acusado de desvios de R$550 mil de uma associação de servidores capixabas, que ele presidia.
Pensando bem...
...o relatório final da CPI, considerando a Previdência “superavitária”, não esclareceu se os seus integrantes também acreditam em duendes.

NO DIÁRIO DO PODER
Ministro entende que inquérito contra Maia não tem relação com a Lava Jato
Fachin exclui Rodrigo Maia da lista de suspeitos no escândalo

Publicado terça-feira,  17 de outubro de 2017 às 12:58 - Atualizado às 17:20
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), acolheu argumentos da defesa e entendeu que o inquérito que investiga repasses ilegais da Odebrecht ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, não tem relação com a Operação Lava Jato.
No inquérito, Maia é investigado junto com seu pai, César Maia (DEM-RJ), ex-prefeito do Rio de Janeiro e hoje vereador carioca.
Ambos são apontados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como suspeitos de receber R$950 mil em propina da Odebrecht para irrigar campanhas políticas, em troca de atuação pela aprovação de uma medida provisória com incentivos à indústria química. Eles foram citados por cinco delatores da empresa.
A defesa de Rodrigo Maia argumentou que os fatos em nada estavam relacionados com desvios na Petrobras, alvo principal das investigações da Lava Jato no STF. Fachin acatou os argumentos, remetendo o processo para que a presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, decida sobre a redistribuição.
Desde que assumiu a relatoria da Lava Jato, Fachin determinou a redistribuição de 74 inquéritos para outros ministros do STF, das mais de 150 investigações oriundas da Operação que já passaram por seu gabinete.


Modesto Carvalhosa e PSL entram com ação contra fundão eleitoral bilionário
Publicado terça-feira, 17 de outubro de 2017 às 16:39 - Atualizado às 17:35
Por Tiago de Vasconcelos
O escritório do jurista Modesto Carvalhosa e o Partido Social Liberal protocolaram ação direta de inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal contra o fundão eleitoral de quase R$ 2 bilhões, aprovado pela Câmara dos Deputados.
A Adin pretende suspender os efeitos da Lei 13.487/17, da reforma política, que instituiu o Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), o chamado “fundão eleitoral”.
O Partido Social Liberal, futuro Livres, foi o único partido que aceitou participar da ação, apesar de todos terem sido procurados para “dar corpo” ao processo.
A Constituição prevê no Artigo 17, parágrafo 3°, que a única fonte de recursos públicos de um partido político é o Fundo Partidário e que qualquer outra fonte de recursos públicos destinados a pessoas jurídicas de direito privado – como são enquadrados os partidos políticos pelo Código Civil – só seria válida por meio de emenda constitucional. Para aprová-la, no entanto, seriam necessários obter 3/5 dos votos dos da Câmara e do Senado Federal.
"Assim, o Congresso Nacional criou uma nova fonte de financiamento de campanhas eleitorais dos partidos políticos, com recursos públicos, a par da já existente e contra a letra e o espírito da Constituição", diz o documento apresentado ao STF. "Ocorre que, não por emenda à Constituição, e sim por meio de simples lei ordinária, é que o Congresso Nacional deu à luz esse sumidouro de dinheiro público alcunhado de FEFC", continua a Adin.
O fundão eleitoral bilionário foi aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado pelo presidente Michel Temer no último dia 6 de outubro. A fonte de recursos virá de 30% do total das emendas parlamentares de bancada e do corte de gastos com propaganda eleitoral no rádio e na TV.
"Noutras palavras, 30% de recursos da União que, por força do art. 23 da Constituição, devem ser aplicados em áreas como saúde, educação, habitação e saneamento básico dos Estados membros e do Distrito Federal, passam, em vez disso, e graças à lei do FEFC, a custear partidos e seus candidatos nas campanhas eleitorais já a partir de 2018", reclamam o PSL e Modesto Carvalhosa.
O fundão provocará no Orçamento do ano que vem um “rombo” de ao menos R$ 300 milhões.


Justiça absolve ex-sócio da ex-primeira-dama do Rio, Adriana Ancelmo
Thiago Aragão foi absolvido da acusação de obstrução à Justiça

Publicado terça-feira, 17 de outubro de 2017 às 19:18 - Atualizado às 19:50
Por Redação
O advogado Thiago Aragão, ex-sócio do escritório da ex-primeira-dama do Rio, Adriana Ancelmo foi absolvido da acusação de obstrução à Justiça, conforme denúncia do Ministério Público Federal (MPF). A sentença foi proferida na segunda-feira (16) pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal. Aragão ainda responde por lavagem de dinheiro, em outro processo.
Parte da acusação a Aragão foi baseada em colaboração premiada de Ítalo Garritano Barros, proprietário do restaurante Manekineko. Garritano disse que a empresa servia como local para lavar dinheiro ilícito que entrava pelo escritório de Adriana Ancelmo, fruto de transações ilegais do então governador Sérgio Cabral.
A defesa de Aragão argumentou, no entanto, que o MPF não conseguiu provar sua culpa, baseando-se unicamente na palavra do delator. Também sustentou, entre outras coisas, que após sua prisão, confessou ser o responsável pelo pagamento, por meio de recursos em espécie, de parte da folha salarial dos funcionários de Ítalo Garritano, e que recentemente, em interrogatório, admitiu que os honorários percebidos pelo escritório excediam o valor efetivo dos serviços prestados.
Além disso, a defesa alegou que Thiago sempre auxiliou nas investigações e que não houve qualquer influência negativa de sua parte sobre o delator Ítalo.
Apesar do MPF ter denunciado Aragão por integrar organização criminosa, promovendo embaraço à investigação, pedindo sua condenação e o perdimento do produto dos crimes, incluindo aí os valores bloqueados em contas e investimentos bancários, Bretas entendeu que a promotoria não foi capaz de provar a acusação.
O MPF foi procurado, para opinar sobre a sentença e a possibilidade de recurso, mas até a publicação desta matéria ainda não havia se pronunciado.(ABr)


NO BLOG DO JOSIAS
Temer abre os cofres por Aécio: R$ 200 milhões

Por Josias de Souza
Quarta-feira, 18/10/2017 04:31
Unido a Aécio Neves por solidariedade política e penal, Michel Temer mobilizou-se para devolver ao senador tucano o mandato, a liberdade noturna e o passaporte. O presidente gastou mais do que saliva. Para virar votos no plenário do Senado, Temer autorizou seus operadores políticos a acenar com a liberação de R$ 200 milhões em emendas orçamentárias.
Aécio precisava de pelo menos 41 votos. Amealhou 44 apoios. Os três apoios excedentes vieram da bancada do Mato Grosso do Sul: Simone Tebet e Waldemir Moka, ambos do PMDB; e Pedro Chaves, do PSC. Em privado, diziam que votariam contra Aécio. Após o aceno orçamentário, votaram a favor.
Convalescendo de uma cirurgia, o senador Romero Jucá, presidente do PMDB e líder do governo, avisara que não daria as caras no plenário nesta terça-feira. Ao farejar o cheiro de queimado, Temer estimulou-o a comparecer. Além de gotejar mais um voto no cesto de Aécio, Jucá ajudou o Planalto a demonstrar aos aliados que havia milhões de razões para socorrer Aécio.
Presidente do Conselho de Ética, o senador João Alberto, que já aliviara a barra de Aécio uma vez, arquivando um pedido de cassação do seu mandato, estava com uma cirurgia agendada para o horário da votação. Desmarcou. João Alberto é homem de José Sarney, que trata Aécio como um neto desde que herdou do avô dele, Tancredo Neves, a poltrona de presidente da República.
Numa terceira tentativa de prejudicar Aécio, a bruxa provocou um mal súbito no senador Paulo Bauer, líder do PSDB. Levaram-no para um hospital. Abre-alas do bloco ‘Somos Todos Aécio’, Renan Calheiros ponderou: “É fundamental fazermos um apelo ao senador Paulo Bauer, para que ele faça um esforço a mais e venha. Afinal, o João Alberto cancelou uma cirurgia. E o Romero Jucá teve arrancada metade das tripas e está aqui. Firme!”
Tirado da forca sem método, Aécio fez pose numa nota oficial: ''A decisão restabeleceu princípios essenciais de um Estado democrático”, escreveu. Para bom entendedor, suas meias palavras soaram como uma insinuação de que o Supremo atentara contra a democracia ao suspender-lhe o mandato.
Salvo pelo déficit público à moda de Temer, pela recuperação dos enfermos, pela solidariedade suicida do tucanato e pelo instinto de sobrevivência de 17 senadores que votaram com o nó da Lava Jato no pescoço, Aécio está agora em posição análoga à da formiguinha da anedota — aquela que foi resgatada pelo elefante.
Não basta a Aécio dizer “muito obrigado”. Temer espera receber sua retribuição na Câmara, onde tramita a segunda denúncia da Procuradoria contra ele. Aécio já ajudara a organizar o enterro da primeira denúncia. O Planalto espera que auxilie muito mais no segundo velório. U'a mão lava a outra. Mas o resto permanece sujo. O ruído que se ouve ao fundo é o eco do diálogo vadio que Aécio manteve com o delator Joesley Batista.

Devassidão ética inviabiliza o esconde-esconde
Por Josias de Souza
Terça-feira, 17/10/2017 23:18
Em meio ao surto de devassidão ética que acometeu a política brasileira, os políticos passaram a cultivar o desejo de viver uma vida pública como se fosse privada. O Senado se esforçou para votar o caso de Aécio Neves secretamente. Michel Temer e seus aliados se irritaram com a divulgação do conteúdo da delação do doleiro Lúcio Funaro, que expôs detalhes da relação íntima do presidente com a banda devassa do PMDB. Todos fogem dos olhares do eleitor.
A má notícia é que os políticos, sempre apaixonados pela sombra, continuam se esforçando para sonegar informações à opinião pública. Não se deram conta de que a sujeira já vazou pelas bordas do tapete. A boa notícia é que a tentativa frustrada de fuga expõe um certo sentimento de vergonha. Não resolve o problema. Mas pode ser um começo. Resta torcer para que o eleitor saiba usar a transparência a seu favor.
Se pudessem, os políticos apagariam as luzes eternamente, com medo de que houvesse eleitores escondidos no claro. Por sorte, já não é possível brincar de esconde-esconde na política. As listas de votação estarão na vitrine de 2018. No Senado, o caso de Aécio. Na Câmara, o caso de Temer. E todos os outros casos que ainda estão por vir. Os políticos já não conseguem escapar nem mesmo do espelho, cujo reflexo é de uma franqueza brutal e irretocável.


NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
Sem saber o que fazer com Aécio, Gleisi foi passear na Rússia
Enquanto 70 senadores decidiam o destino de Aécio, Gleisi escolhia a melhor hora para visitar o túmulo de Lênin

Por Augusto Nunes
Quarta-feira, 18 out 2017, 07h01
Designados para o cumprimento de “missões especiais” nos Emirados Árabes e na Rússia, nove senadores foram dispensados de absolver ou condenar Aécio Neves nesta terça-feira. “Missão especial”, para quem não sabe, é a expressão que camufla as frequentes excursões internacionais de luxo desfrutadas por pais (ou mães) da pátria e financiadas por quem paga imposto. Coerentemente, Gleisi Hoffmann, presidente do PT, optou pela visita ao antigo paraíso socialista.
Se estivesse no Brasil, Gleisi teria pela proa uma bifurcação feita de becos sem saída. Se absolvesse o colega tucano, confirmaria que a lealdade à sigla que preside é menos sólida que o compromisso com a bancada suprapartidária dos réus da Lava Jato. Se condenasse Aécio, a senadora paranaense desobrigaria de quaisquer remorsos os que resolvessem afastá-la do Congresso quando chegar a hora do julgamento da companheira conhecida no Departamento de Propinas da Odebrecht como Coxa ou Amante.
O problema foi resolvido pela agência de turismo do Senado. Enquanto 70 votantes decidiam o destino de Aécio, Gleisi escolhia a melhor hora para visitar o túmulo de Lênin.

A extradição de Battisti é uma homenagem à democracia
Os pugilistas cubanos Erislandy Lara e Guillermo Rigondeaux descobriram que Tarso Genro era um capitão-do-mato fantasiado de ministro da Justiça

Por Augusto Nunes
Terça-feira, 17 out 2017, 17h01
Em agosto de 2007, ajoelhado diante do ditador Fidel Castro em nome do governo Lula, Tarso Genro devolveu a Havana os pugilistas Erislandy Lara e Guillermo Rigondeaux, que haviam abandonado a delegação cubana no começo dos jogos Pan-Americanos do Rio e tentavam fugir para a Alemanha. Eles sonhavam com a liberdade quando foram capturados no interior do Rio pela Polícia Federal. Logo descobririam que Tarso era um capitão-do-mato fantasiado de ministro da Justiça.
A bordo de um avião militar pressurosamente cedido pelo venezuelano Hugo Chávez, foram deportados para a ilha-presídio e entregues aos carcereiros comunistas. “Eles quiseram voltar”, mentiu Tarso. A farsa, abençoada pelo ainda presidente Lula, foi implodida em janeiro de 2009 pela segunda e bem sucedida tentativa de fuga empreendida pelos dois lutadores. Longe do pesadelo, Erislandy e Rigondeaux narraram minuciosamente a trama forjada pelos vassalos de Fidel.
Em 2010, o mesmo Tarso Genro, em parceria com o mesmo Lula, impediu que o terrorista Cesare Battisti fosse extraditado para a Itália e ali cumprisse a pena de prisão perpétua aplicada pela Justiça do seu país natal ao executor de quatro “inimigos do proletariado”. Era assim que os integrantes da organização de extrema-esquerda de que fazia parte rebatizava os inocentes marcados para morrer pelos soldados que sonhavam com a ditadura socialista.
Ao qualificar de “período ditatorial” a Itália democrática dos anos 70, Tarso assassinou a verdade histórica sem ficar ruborizado. Com a mesma placidez criminosa, o benfeitor de homicidas de estimação explicou que não fez com Battisti o que fizera com os cubanos porque “não faz sentido entregar um perseguido ao carrasco”.
Esse período infeliz da nossa história foi corrigido pela metade. Rigondeaux e Erislandy vivem em liberdade. É hora de completar o serviço com a extradição do assassino Cesare Battisti.


NA VEJA.COM
‘Não me arrependo de nada’, diz delegado, sobre filho de Lula
Rodrigo Luís Galazzo afirma a VEJA que pediu busca e apreensão na casa de Marcos Cláudio Lula da Silva sem saber de quem se tratava

Por Ullisses Campbell
Terça-feira, 17 out 2017, 21h57 - Publicado em 17 out 2017, 21h33
O delegado Rodrigo Luís Galazzo, que comandou a busca e apreensão na casa do psicólogo Marcos Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quebrou o silêncio. Em entrevista a VEJA, ele disse que não sabia quem morava na residência e deixa claro que, se voltasse no tempo, faria tudo exatamente igual. Com 44 anos e 13 como delegado de polícia, ele disse ser comum pedir mandados de busca e apreensão apenas com base em indícios e suspeitas, mesmo sem um inquérito em andamento. “Não me arrependo de nada”, afirmou.
A operação foi realizada em cumprimento ao mandado da juíza Marta Brandão Pistelli, do fórum de Paulínia. Na quarta-feira (11), o secretário de Segurança de São Paulo, Mágino Alves Barbosa Filho, determinou instauração de procedimento administrativo para apurar em que condições ocorreu a diligência de busca e apreensão. Na segunda-feira, a juíza determinou sigilo no caso.
 - O senhor sabia que se tratava do filho do ex-presidente?
 - Em nenhum momento, eu sabia. Ao me dirigir para a residência, eu tinha o nome dos proprietários dos dois imóveis e em nenhum deles constava o nome do filho do Lula.
 - Como descobriu que se tratava da casa do filho do Lula?
 - Quando toquei a campainha e pedi a identificação dos moradores. Ele me mostrou a carteira de identidade e tomei conhecimento.
 - O senhor tinha um mandado para buscar armas e drogas, mas acabou levando outros objetos, como computador e DVDs. Por que fez isso?
 - Existe jurisprudência firmada no Tribunal Regional Federal de que a autoridade policial, em uma busca e apreensão, pode recolher outro material que não seja o objeto da busca, caso esse material aponte indício de outras infrações penais. Foi isso que aconteceu. Foram apreendidos computadores e documentos para análise. Depois, a Justiça pediu que devolvêssemos tudo, e foi o que fizemos.
 - O senhor foi movido por questões ideológicas?
 - Posso afirmar com mais de 100% de certeza que não sou filiado a qualquer partido político, não defendo nenhuma corrente ideológica muito menos sou simpatizante de partidos políticos. Sou simplesmente delegado de Polícia.
 - Se o tempo voltasse, o senhor atuaria nessa investigação de forma diferente?
 - Não tinha como saber quem morava lá. O alvo era o local e não os moradores da residência, a não ser que eu tivesse um mandado de prisão, o que não era o caso. Fiz meu trabalho com lisura e transparência. Não me arrependo de nada.
 - Como a denúncia de que havia armas pesadas e drogas na casa do filho do Lula chegou à sua delegacia?
 - Um morador ligou dizendo que suspeitava que havia armas e drogas nas duas residências em questão. Esse morador se identificou e foi pessoalmente à delegacia e contou as suas suspeitas. Com base nessa denúncia, fomos até o local e fizemos campanas. Como é um local reservado, resolvemos recuar para que as pessoas não notassem a presença de viaturas, mesmo que descaracterizadas.
 - Fora a denúncia, de onde vem a ideia de que poderia ter armamento pesado e drogas dentro da casa do filho do Lula?
 - Porque já havíamos apreendido grande quantidade de drogas em Paulínia e até armamento pesado, como fuzil.
 - Os policiais viram que as placas dos carros eram de outros Estados, mas não conseguiram pesquisar no sistema de quem eram esses carros?
 - Só conseguimos pesquisar a placa de um táxi, que não tinha nenhuma irregularidade. Em relação aos carros particulares com placas de outros estados, não conseguimos avançar na investigação.


NO O ANTAGONISTA
À espreita
Brasil Quarta-feira, 18.10.17 07:44
A imagem de Aécio Neves na capa de O Globo é o melhor resumo do Brasil.

 
Nem o STF pode impedir a candidatura de Lula
Brasil 18.10.17 07:34
O mesmo advogado que fez um parecer defendendo Michel Temer e Dilma Rousseff no TSE, Luiz Fernando Casagrande Pereira, foi contratado pelo PT para defender a candidatura de Lula em 2018.
De acordo com a Folha de S. Paulo, ele argumenta que Lula pode concorrer mesmo que ele seja condenado pelo TRF-4 e que tenha suas liminares rejeitadas pelo STJ e pelo STF.
Cármen Lúcia e seus pares realmente não contam mais nada.
A Nova Era da ORCRIM
Brasil 18.10.17 06:36
A Lava Jato morreu na semana passada, no STF.
O que ocorreu ontem, no Senado, foi apenas a missa do sétimo dia.
A impunidade garantida pelo Supremo criou um precedente que terá um efeito cascata no resto do Brasil.
Diz O Globo:
“O Senado inaugurou ontem uma nova era ao rejeitar as medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal a Aécio Neves. O espírito de corpo da Casa prevaleceu, e uma das consequências do resultado, além da volta de Aécio ao mandato de senador, é a instituição de uma espécie de casta com imunidade absoluta. Nada pode atingir seus integrantes, a não ser que sejam pegos em flagrante. Outros 29 senadores hoje podem ser alvo de medidas semelhantes. Dificilmente o Senado tomará posição diferente. O precedente deve ser seguido pela Câmara, com pelo menos 25% do plenário sob investigação. E é provável que se estenda a assembleias e câmaras de vereadores País afora.”
Recibos em série
Brasil 18.10.17 06:19
Sergio Moro, entrevistado pela GloboNews, disse que os corruptos devem ser presos porque se comportam como assassinos em série.
Ao mesmo tempo, ele está dando moleza para Lula.
A defesa do condenado, em vez de entregar os recibos ideologicamente falsos da cobertura de São 'Bernanrdo', pediu os originais dos documentos digitalizados pelo departamento de propinas da Odebrecht.
E Sergio Moro acatou o pedido.
O sistema Drousys, é evidente, foi usado exatamente para eliminar os originais e ocultar os crimes da empreiteira.
Os Maníacos da Propina
Brasil 18.10.17 06:02
O juiz Sergio Moro, entrevistado por Gerson Camarotti, na GloboNews, comparou os corruptos presos pela Lava Jato aos assassinos em série:
“Aqui podemos fazer uma comparação com uma situação que vemos muito no cinema: casos de serial killers. Não vai esperar ele ser preso até o fim do julgamento para que haja uma nova vítima.
“O mesmo raciocínio existe para a corrupção sistêmica. O que foi observado é que essas pessoas praticavam esses crimes de maneira sistemática, reiterada. Daí a necessidade de usar um instrumento drástico para impedir a prática desses crimes.”

Ele deu o exemplo de José Dirceu.
As letras da lei são claras: é preciso extraditar o terrorista Battisti
Brasil Terça-feira, 17.10.17 21:59
A Folha, em editorial, elenca todos os motivos para o Brasil extraditar o terrorista Cesare Battisti, mas, no fim, aflora aquele “Estado de Direito à brasileira”, que os criminosos como Battisti celebram e pode levar o País a desrespeitar mais uma vez um tratado com uma democracia ocidental amiga.
Leiam o trecho final do editorial:
“Não há como considerar perseguido político alguém já condenado num país democrático como a Itália, e já extraditado pela França.
Odiosos atos extremistas, se cometidos por alguém de outra índole ideológica, decerto não contariam com tanta solidariedade.
As democracias, entretanto, não seguem o regime das paixões arbitrárias. Resta ao STF analisar os novos aspectos do caso, sob uma ótica que não é das emoções imediatas nem dos interesses de Estado, mas sim a das letras claras da lei.”

As letras claras da lei mandam que Battisti seja enviado à Itália, para finalmente pagar por seus crimes, em obediência a um compromisso firmado pelo governo brasileiro com Roma, ignorado por Lula, e em respeito às famílias das vítimas do assassino. Isso nada tem a ver com paixões arbitrárias. As paixões arbitrárias é que mantiveram Battisti no Brasil.
Depois de Aécio, Delcídio quer retomar mandato
Brasil 17.10.17 21:57
Delcídio do Amaral se animou com a decisão que beneficiou Aécio Neves e já prepara recurso ao Supremo para recuperar seu mandato de senador.
Está certíssimo.
A serenidade das ruas
Brasil 17.10.17 21:39
A serenidade de Aécio Neves também se reflete nas ruas. Nenhuma passeata, nem paneladas ou tomataços.
As instituições estão funcionando normalmente. O País foi pacificado.
17 envolvidos na Lava Jato votaram a favor de Aécio
Brasil 17.10.17 21:16
O Jornal Nacional fez as contas: dos 44 senadores que votaram a favor de Aécio Neves, 17 têm algum tipo de envolvimento nas investigações da Lava Jato.
Os restantes ainda podem vir a ter.
Rocha Loures é um injustiçado
Brasil 17.10.17 21:01
Com a revogação das medidas cautelares de Aécio Neves, não faz sentido manter Rodrigo Rocha Loures afastado do mandato de deputado e em prisão domiciliar.
É uma injustiça.
Fachin, o relator decorativo
Brasil 17.10.17 20:39
O “caso Aécio” deixa Edson Fachin no papel de relator decorativo da Lava Jato. Embora a culpa não seja sua, a renúncia da relatoria é a única saída honrosa. É isso ou se apequenar.












Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 25/02/2024 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 2ª EDIÇÃO DE 25/02/2024 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 26/02/2024 - SEGUNDA-FEIRA